sábado, 30 de setembro de 2017

Anansi

Anansi (Ananse), um dos espíritos embusteiros mais famosos da África Ocidental, capaz de enganar até os deuses, nasceu como homem, mas foi chutado por causa de uma de suas brincadeiras e se desfez em mil pedaços.

Os Ashanti de Gana contam muitas histórias sobre o "Homem-Aranha", como quando se vingou de um leão, prendendo-o em sua teia numa grande árvore, para comer sua comida sem dividi-la.

Talvez a história mais conhecida seja a que Anansi queria comprar todas histórias do deus do céu, Nyame. Este disse que Anansi teria de capturar uma píton, um leopardo, um enxame de marimbondos e Mmoatia, uma fada. Anansi e sua mulher Aso enganaram a píton, amarando-a num galho, atraíram os marimbondos para uma cuia, pegaram o leopardo num poço e prenderam a fada fazendo com que ela grudasse em uma boneca pincelada com resina. Espantado quando Anansi apareceu com todas as criaturas que pedira, Nyame deu suas histórias ao embusteiro dizendo que ele vencera onde tantos outros haviam falhado e, a partir daquele momento, as histórias se chamariam as Histórias da Aranha.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Ekchuah

Com seus olhos pintados de preto, lábio inferior caído e uma longa cauda de escorpião, Ekchuah era um dos deuses mais surpreendentes do panteão maia, com dois papéis bastante diferentes e quase conflitantes: por um lado, protegia comerciantes e viajantes, carregando um saco de mercadoria nas costas como um vendedor ambulante; e, por outro, era o Líder da Guerra Negra – esse é o significado de seu nome –, uma divindade feroz e violenta, responsável por todos os que morriam nas batalhas.

sábado, 9 de setembro de 2017

Svantovit

O deus eslavo da guerra tem quatro cabeças, simbolizando seu grande poder, e segura um cálice de chifre de touro. Cada ano, seus adoradores enchiam o chifre de vinho, e depois conferiam o nível para predizer a colheita. Quanto mais cheio o chifre, melhor a colheita. Cada um de seus templos tinha um cavalo branco, sagrado para o deus, o qual era usado para predizer o resultado das guerras. Os eslavos orientais associavam Svantovit com Rod.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Njörd

Njörd, o belo deus do mar, era um dos vanires mais preocupado em trazer vida e poder ao mundo do que propriamente em lidar com justiça e paz. Mas, durante uma batalha contra os aesires, foi capturado e chegou a representar uma trégua entre as duas raças. Pode-se perceber sua origem vanir nos papéis que desempenha como deus benévolo, protetor dos marinheiros e pescadores, que colhe no mar o alimento, que dá vida aos seres humanos, e, ocasionalmente, com um deus menos pacífico, que controla o poder do vento e das tempestades.

Njörd amava Skadi, uma deusa da montanha do longínquo norte, filha de um gigante que viajava de esquis e caçava com arco e flecha, e casou-se com ela. Mas, embora tivessem dois filhos – as divindades gêmeas da fertilidade, Frey e Freya –, a união deles não durou muito: Njörd não conseguia viver longe do mar e Skadi não suportava a vida longe de suas montanhas. Um mito diz que as tempestades são o resultado da tristeza de Njörd com a perda de Skadi.