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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Teutates

Teutates era uma divindade paradoxal: em seu aspecto temível, era o deus gaulês da guerra, venerado com rituais selvagens durante os quais, para propiciá-lo, se sacrificavam vítimas, afogadas num lago; em seu aspecto mais benéfico, foi descrito como inventor das artes, associado também às viagens, ao comércio e à riqueza. Foi identificado ao deus romano Mercúrio por Júlio César.

Suas qualidades guerreiras eram celebradas no século XII: quando formaram uma ordem militar durante a Terceira Cruzada, os guerreiros e sacerdotes germânicos adaptaram o nome do deus para a denominação coletiva de Guerreiros Teutônicos.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Na dança

Apresento a vocês duas belas coreografias de balé relacionadas com a mitologia grega:

Afternoon of a Faun

Apollon Musagetes

Curtam!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

HÉRCULES: Arte hercúlea

Por ser talvez o heroi da mitologia clássica mais conhecido universalmente, Hércules é um dos que teve mais sorte entre os artistas desde a Antiguidade. Seus trabalhos, assim como outras lendas ligadas ao herói, são figurados já desde o começo do séc. VII a.C., quando surge na cerâmica grega a técnica da decoração em negro. As divindades e os herois eram representados em figuras negras e contornos entalhados contra o fundo alaranjado da argila, em composições inspiradas em obras pictóricas (madeira e afrescos) que se perderam, mas cuja existência é atestada por fontes literárias. Entre os muitos exemplos, destacam-se uma ânfora ática do século VI a.C. com a Disputa pela Corça da Cerineia entre Héracles, Apolo e Ártemis, sob o olhar de Atena (Museu do Vaticano) e duas ânforas do início do século V a.C. (Museu do Louvre) que mostram Hércules golpeando a Hidra de Lerna com um machado e Hércules luta contra as aves estinfálidas. Nestes dois exemplos, são bem visíveis os atributos tradicionais do heroi: a pele do Leão da Nemeia e a clava. Às vezes, o semideus também é representado com uma espada (presente de Hermes) ou com arco e flechas (dados por Apolo).

Na segunda metade do século VI a.C., aparecem também os primeiros vasos com decoração invertida, ou seja, de figuras vermelhas que tem contornos negros no interior e se recortam sobre fundo negro. Durante cerca de um século os ceramistas usaram essa técnica não só para realizar o escorço das figuras, mas também mostram a profundidade espacial e a expressão psicológica dos personagens. Entre os exemplos mais importantes desse estilo aplicado à figura de Hércules, está vaso de grandes dimensões (cratera em cálice) de c. 510 a.C., do ceramista Eufrônio, com a representação da luta entre Hércules e Anteu, e o vaso de boca larga (canjirão) com a cena de O jovem Hércules estrangulando as serpentes, de c. 480 a.C.


Também são muitas as representações do heroi na estatuária antiga. Entre os exemplos mais interessantes, há dois: o Hércules Lansdowne e o Hércules de Farnese, ambos do século IV a.C. Não faltam os exemplos de mosaicos greco-romanos ou de arte etrusca que tem como tema as gestas dele.

A figura de Hércules se mantém como um tema preferido pelos artistas e pelos respectivos clientes até os primeiros séculos da era cristã, para depois desaparecer do horizonte artístico, junto com outros temas mitológicos, no decorrer dos séculos seguintes. Uma de suas representações tardias na arte antiga é a da pintura parietal (mural) do século I d.C. proveniente de Herculano, com Hércules estrangulando as serpentes.

Outros herois e deuses da mitologia clássica reapareceram na arte durante o século XV, no Renascimento italiano. Já então visto como encarnação do bem que triunfa sobre o mal, segundo a interpretação neoplatônica da lenda, Hércules se torna mais uma vez um assunto popular, destinado a perdurar. O escultor e pintor Antonio del Pollaiolo foi um dos primeiros a utilizar temas exclusivamente mitológicos. Por volta de 1460 pintou, a pedido de Lourenço o Magnífico, três grandes telas sobre os trabalhos de Hércules, que infelizmente se perderam. Duas madeirinhas de Pollaiolo com Hércules e a Hidra e Hércules e Anteu (Galleria degli Uffizi) são consideradas evocações dessas obras. Nelas, já não vemos o linearismo* e a bicromia das representações dos vasos antigos, mas uma restituição clássica da anatomia unida às poderosas figuras masculinas da estatuária antiga, que estava sendo redescoberta no decorrer do século XV pelos artistas humanistas. As cenas são impregnadas de energia, graças as nervosas linhas de contorno que compõe a figura de Hércules e as dos seus adversários. Em Hércules e a Hidra, a pele de leão se infla com o enérgico salto do heroi para a frente e a ponta do manto descreve uma curva, assim como os longos pescoços da Hidra e sua cauda que se enrola a uma perna de Hércules. Além disso, as cenas não se recortam mais sobre o fundo monocromático, abstrato, mas sobre um paisagem a perder de vista, conquista da pintura flamenga e dos estudos sobre a perspectiva.
* Linearismo se baseia na consistência mais expressiva e física da linha de cor e do chiaoscuro para uma definição mais clara e limpa da forma às custas da sensação de profundidade. Essa tendência artística se desenvolveu por volta do século XV e teve em Botticelli um de seus expoentes.
O mesmo Pollaiolo representa Hércules e Anteu num pequeno bronze de c. 1475. Vicenzo de Rossi, escultor florentino do século XVI, dá sua versão do tema num grupo escultórico que hoje se encontra no Palazzo Vecchio, em Florença; em 1599, Giambologna realiza o grupo marmóreo com Hércules e o centauro Nesso. Alguns anos mais tarde, Rubens pinta Héracles estrangulando o leão da Nemeia (várias versões) e Héracles no jardim das Hespérides (Galleria Sabauda, Turim); o pintor espanhol Francisco de Zurbarán fornece suas versões para os trabalhos de Hércules em telas (veja aqui sua tela de Hércules e Cérbero).

Mais tarde, nos primeiros anos neoclássicos do século XIX, o escultor Antonio Canova explorou o tema da cólera de Héracles executando um grupo escultórico de grande dramaticidade, no qual mostra o herói arremessando no ar seu amigo Licas (veja aqui). Uma versão entre o fantástico e o fantasmagórico de um episódio da vida do herói nos é dada por Héracles e a Hidra de Lerna, de Gustave Moreau. Seria errôneo, contudo, atribuir a popularidade do heroi entre os artistas exclusivamente ao aspecto simbólico do bem que triunfa sobre o mal. Talvez, mais do que qualquer outra coisa, os artistas sejam atraídos pelo caráter dramático e exasperado de suas aventuras.



PARTE: I - II - III - IV - V
TRABALHO: I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII
PARTE: VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII - XIII - Livro

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Brigantia

Como deusa celta da vitória, Brigantia (Briganta, Brigindo) era apropriadamente a protetora dos brigantes, tribo do norte da Bretanha que habitava o local hoje conhecido como West Yorkshire, poderosa o bastante para resistir às forças do Império Romano por mais de 150 anos. Parece ter sido associado por Júlio César a “Minerva Celta” – uma das divindades locais que ele descreveu após invadir a Bretanha em 55 a.C. Certamente a deusa corresponde à romana Minerva, tanto no seu aspecto guerreiro quanto no seu papel de protetora das artes e do artefato: uma estátua do século III mostra Brigantia segurando a lança de Minerva e um globo que simboliza o governo, com suas asas da vitória aparecendo por trás dos seus ombros. Séculos mais tarde, pode ter sido também o modelo para Britânia, a guerreira que usava capacete e carregava um tridente, personificando o Império Britânico.

Embora os brigantes fossem mais tarde subjugados pelos legionários romanos, que marcharam para o norte para construir o Muro de Adriano no século II, sua divindade ainda era reverenciada durante a ocupação romana da Bretanha como uma deusa ninfa das fontes. Pode também corresponder à irlandesa Brígida, à qual se atribuíam a cura e a medicina, protegia muitas fontes, cujas águas possivelmente curavam os enfermos.

sábado, 19 de março de 2016

Ossanha protege o Jardim Botânico do Rio

No meio da cidade do Rio de Janeiro tem um paraíso chamado Jardim Botânico. E ele é protegido por Ossanha, orixá do verde, belamente representado nessa estátua em resina de 5 metros de altura do artista plástico baiano Tatti Moreno (2004).

sábado, 12 de março de 2016

Minotaura

Já tivemos uma Centaura, por que não uma Minotaura também?

Óleo sobra madeira da espanhola surrealista Remedios Varo (1959).

Essa obra está na exposição Frida Khalo - Conexões entre mulheres surrealistas no México, que fica até 27 de março na Caixa Cultural do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

HÉRCULES: Inspiração

Como havia dito no início da saga, meu sobrinho de quatro anos me inspirou a percorrer a mitologia grega em busca da história de Hércules. E nesse ínterim, sentei com ele para desenhar os famosos trabalhos. O que você vê a seguir, pra mim, é absolutamente incrível.

O Leão da Nemeia.
A Hidra de Lerna.
A Corça da Cerineia.
O Javali do Erimanto.
As Cavalariças de Augias.
As Aves do Lago Estínfale.
O Touro de Creta.
As Éguas de Diomedes.
O Cinturão de Hipólita.
Os Bois de Gerião.
Os Pomos das Hespérides.
Cérbero.

Quatro anos.


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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Arte ao Lado

No meu blog pessoal, criei um projeto para divulgar arte. Identifiquei pessoas ao meu redor entre amigos, familiares e conhecidos que estavam envolvidos com arte e escrevi sobre processos criativos e expressões artísticas.

Dentre o grupo escolhido, estava uma ex-aluna minha, Letícia Vicentini, que só fez crescer seu talento. Para escrever e ilustrar a postagem, eu precisei olhar alguns trabalhos dela e encontrei essas duas aquarelas:


Gostou? Então, veja AQUI as belezas que ela faz. Vale a pena! E se quiser ver outras postagens desse projeto, clique aqui.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Centaura

A exposição Ficções - que está na Caixa Cultural do Rio de Janeiro até 6 de setembro - reúne mais de 40 obras de 33 artistas contemporâneos brasileiros. Dentre elas, está Centaura, de Daniel Lannes, uma visão - digamos - romântica de um centauro fêmea.

Óleo sobre linho, 2014.

Veja mais da exposição AQUI.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Medusa marinara

Vik Muniz (1999).

Vik Muniz é famoso por suas composições utilizando diversos materiais, que vão do lixo ao diamante. Não poderia ser diferente com a "Medusa Marinara", inspirada na belíssima Medusa de Caravaggio.

Esta obra está exposta na Casa Daros (RJ) até o início de agosto.

domingo, 5 de abril de 2015

Deuses gregos dark

White Mountain é uma série de cartazes que mostra os deuses gregos como humanos, em seus desejos mitológicos e aspirações atemporais.


Impressões desses trabalhos de Franca Tessarz (textos) e Malte Gruhl (projeto gráfico) podem ser comprados aqui. Tem de U$19 (cartaz impresso), de U$36 (cartaz com moldura) e de U$85 (cartaz em tela), fora as taxas.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Signos geométricos

Ontem, signos selvagens. Hoje, geométricos.

Áries
Touro
Gêmeos
Câncer
Leão
Virgem
Libra
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Aquário
Peixes

Essas imagens são obras da artista plástica brasileira Odilla Mestriner (1928-2009), da série Signos (1975), retiradas do site do Instituto Odilla Mestriner. Vale a pena conhecer mais sobre ela.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Signos selvagens

O americano Damon Hellandbrand (ou Orion35) fez uma releitura selvagem dos signos do zodíaco.


Tá mais pra assustador...