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terça-feira, 20 de julho de 2010

Itzamna

Cerâmica maia

Itzamna ("casa do iguana ou crocodilo") era o senhor dos céus, deus do dia e da noite, criador da humanidade e patrono das ciências e da escrita. Era retratado como um velho desajeitado e bondoso, de nariz avermelhado e bulboso, sem dentes, utilizando um chapéu florido. Às vezes aparecia como uma serpente plumada (Kukulcán) – identificado com Quetzalcoatl dos astecas –, um crocodilo ou uma iguana e, por isso, era chamado de Dragão Celeste.

Também é representado como um deus de quatro cabeças, cada uma como uma direção cardeal, ou então, quatro deuses diferentes, os Itzamnas. No entanto, os Itzamnas também podem ser seus filhos Bacabs, os gigantes que sustentam o céu: Cauac (o Sul amarelo), Ix (o Oeste negro), Kan (o Leste vermelho) e Mulac (o Norte branco).

Itzamna ajudava a humanidade com seus poderes de cura (possuía uma mão medicinal incandescente capaz de ressuscitar os mortos) e jamais era relacionado a quaisquer males ou desastres, sendo totalmente benevolente, o lado positivo do Sol (Kinich Ahau, que é um deus, mas às vezes considerado uma versão de Itzamna). Portanto, estava desligado de guerras e sacrifícios humanos. Os maias acreditavam que ele teria vindo como um grande herói que ensinou a escrita, o calendário, a agricultura (principalmente do milho) e os rituais religiosos. Sacerdotes maias colhiam o orvalho, pois o consideravam lágrimas de Itzamna por causa da escuridão noturna.

Filho do criador Hunab Ku, foi casado com o Ixchel, com quem teve Yum Kaax, Ek Chuah, entre outros deuses das estrelas, da noite e das águas, responsáveis pela criação do céu, da terra e de tudo que há nela. A história de Itzamna e Ixchel é semelhante a de Izanagi e Izanami, da mitologia japonesa.