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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Medusa marinara

Vik Muniz (1999).

Vik Muniz é famoso por suas composições utilizando diversos materiais, que vão do lixo ao diamante. Não poderia ser diferente com a "Medusa Marinara", inspirada na belíssima Medusa de Caravaggio.

Esta obra está exposta na Casa Daros (RJ) até o início de agosto.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Pégaso


Perseu no Pégaso para o resgate de Andrômeda,
óleo de Frederick Leighton (1895)
Pégaso é o cavalo mais conhecido das mitologias. Sua mitologia esta conectada ao mito de Perseu e seu combate com a Medusa, pois teria nascido assim que a górgona foi decapitada pelo herói. Alguns dizem que Medusa estava grávida do estupro de Poseidon* e Pégaso saiu do pescoço sem cabeça. No entanto, faz mais sentido mitológico, aqueles que descrevem o sangue da górgona caindo no mar e dessa mistura nascer o cavalo alado de pelagem branca como a espuma do oceano. Quem saiu do corpo decapitado de Medusa foi Crisaor - portanto, irmão de Pégaso.

Belerofonte montado em Pégaso enfrenta a Quimera,
óleo de Peter Paul Rubens (1635).
Belerofonte é outro herói atado à mitologia de Pégaso. Para destruir a Quimera, Belerofonte precisava montar o cavalo alado e só o fez com ajuda de uma rédea de ouro dada pela deusa Atena. Após derrotar o monstro, tentou cavalgar até o Monte Olimpo, mas Zeus enviou uma vespa para picar Pégaso e derrubar o herói. Em seguida, Zeus decidiu colocar o animal à serviço dele e o instruiu a carregar seus raios. No fim, transformou-o em estrelas (Constelação de Pégaso). Por isso, é também considerado o Rei dos Céus, um símbolo de imortalidade, e está ligado às tempestades (a velocidade dos raios e o som dos trovões).


Seu nome vem do grego pëgë, que significa "fonte". O primeiro voo de Pégaso teria sido até o Monte Helicon, onde residiam as Musas, e, para lhes agradar, fez jorrar água da rocha em sua primeira patada no chão. Quem bebesse a água desta fonte (chamada Hipocrene), virava um poeta. Pégaso tornou-se, então, símbolo da inspiração poética e da imaginação. A musa Urânia era sua principal cuidadora.

Pégaso e as Musas no Monte Parnasso, óleo de Caesar van Everdingen (1650)
Pégaso não era o único cavalo alado da mitologia grega. A carruagem de Eos era puxada por dois cavalos alados Lampo e Faetonte. No entanto, a força simbólica de Pégaso era tão grande que muitos dizem que era ele o responsável por puxar a carruagem púrpura da Aurora - uma clara tentativa de unificar as criaturas em torno de um mito para fortalecê-lo.

* Importante ressaltar que Poseidon, deus do mar, também é considerado o deus que criou os cavalos.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Inferno!

Terminei o tão esperado e falado último livro de Dan Brown, Inferno (Ed. Arqueiro, 2013). A ética na engenharia genética e a superpopulação são os temas da vez.

Depois de tanta crise com a Igreja, acho que Brown resolveu ficar do seu lado ao falar sobre incrível obra de Dante Alighieri, A Divina Comédia. É inegável (e falado no livro), que essa obra foi responsável pela visualização do Inferno católico e, com isso, o aumento do medo do pecado com a consequente corrida às igrejas. Além disso, Brown deixa claro que o inimigo é o homem e o que ele pode fazer com a ciência.

É um bom livro, que tenta alcançar novamente o sucesso d'O Código Da Vinci, mas não chega lá. O passeio por Florença, Veneza e Istambul são sempre ótimos e as descrições das imagens simbólicas nas obras de arte são sempre incríveis, mas ele já não consegue mais o tom de surpresa. Já esperamos muita coisa que está para acontecer por repetição. Fora isso, me deu a impressão que ele escreve bem quando fala dos simbolismos, porém, quando entra em áreas de ciência, política e afins fica aquém do esperado e meio opinativo.

A medusa invertida na cisterna
da Basílica de Santa Sofia (Turquia).
A solução que ele nos oferece no fim do livro é eticamente questionável e fico até pensando que Brown está do lado dos "inimigos". Mesmo assim, te garanto que você vai ficar intrigado com o tal do matemático Malthus e sua teoria catastrófica sobre o crescimento populacional.

E é pra ficar mesmo.

Ah... e vem filme no fim de 2016!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Camiseteria

Dezembro chegou e o Natal se aproxima... você não sabe o que pedir ou o que dar de presente? Que tal divertidas camisas com temas mitológicos?

Mito ou Realidade?
Medusa e as serpentes amestradas
The Legend
Gostaram? É do site Camiseteria, uma "democracia fashionista", como eles gostam de dizer. Os membros do site enviam estampas que são votadas por outros membros e as melhores são transformadas em camisetas de alta qualidade e acabamento. E eu comprovo porque tenho várias! Inclusive uma da ossada de centauro!

Post NÃO patrocinado!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ah... Medusa!

Não tem jeito: Medusa nos fascina. E essa ilustração digital de Rob Shields é linda!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O caso de amor mais rápido e azarado da mitologia...

Um olhar de pedra. Um toque de ouro. É nisso que dá.

Midas & Medusa: um caso bem curto

Excelente tirinha do texano Scott Hilburn para seu The Argyle Sweater.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O mito de Perseu

Estátua em mármore de Perseu segurando a cabeça de Medusa.
Antonio Canova, 1800 (Museu do Vaticano)

O Rei Acrísio de Argos era pai da linda Danae, mas estava desapontado por não ter um herdeiro homem. Foi consultar, então, o Oráculo de Delfos e soube jamais teria um filho homem e que seu neto o mataria. Por isso, trancou Danae numa torre de bronze (ou masmorra), onde ninguém poderia encontrá-la. Mas Zeus - já apaixonado pela princesa - foi até ela em forma de chuva de ouro. Desse encontro, Perseu nasceu escondido pela ama de Danae. Ao saber do ocorrido pelo choro do recém-nascido, Acrísio matou a serviçal, enfiou Danae e seu neto numa urna e jogou-os ao mar. Protegida por Zeus, a urna foi levada à ilha de Serifo e encontrada pelo pescador Dictis, irmão do Rei Polidectes, que os acolheu como familiares. Perseu teria estudado com os sábios centauros e se tornado um forte e belo rapaz que protegia sua mãe de forma ciumenta.

O Rei Polidectes enlouqueceu de paixão por Danae em visita a seu irmão Dictis. Temendo o filho semideus, Polidectes enviou Perseu secretamente para Líbia (África) com intuito de matar a górgona Medusa como presente a ele, na esperança de que ele perecesse na expedição, uma vez que a górgona podia transformar uma pessoa em pedra com um olhar. Algumas histórias contam que, na verdade, Perseu teria oferecido trazer a cabeça da Medusa como presente a ele e Polidectes teria aproveitado a oportunidade para tentar se livrar do jovem.

Perseu pediu ajuda aos deuses: Hermes deu-lhe sandálias aladas e sua espada feita por Hefestos, Hades emprestou-lhe o capacete da invisibilidade e Atena entregou-lhe seu escudo polido. O jovem guerreiro voou até a caverna da górgona com as sandálias aladas e, com auxílio do capacete, enganou as Gréias que guardavam a entrada. Ainda com o capacete, Perseu se aproximou de Medusa sem que ela percebesse, usando o escudo de Atena como um espelho, de modo que não precisou olhar diretamente para Medusa. Do corpo morto, nasceu Pégaso e Crisaor.
Algumas lendas dizem que as armas de Perseu foram dadas por ninfas e não pelos deuses, e seriam uma capa da escuridão, uma bolsa de couro capaz de guardar a cabeça e botas aladas. Hermes teria guiado Perseu em sua jornada e teria emprestado uma foice para decapitar a górgona. Atena - ainda raivosa da górgona (explico melhor depois ) - teria aparecido com um espelho de bronze para ajudá-lo. Nessa lenda, por causa da bolsa, não há respingos de sangue e, portanto, não há serpentes. Pégaso também não é cavalgado, pois as botas aladas são o transporte.
Gravura de Perseu e Andrômeda
com o monstro morto
Perseu, então, cavalgou Pégaso para retornar a Grécia e encontrou o gigante Atlas que não queria permitir sua passagem. Perseu petrificou o gigante e, no embate, algumas gotas do sangue de Medusa caíram no deserto africano e se transformaram em víboras venenosas. Em seguida, o herói passou pelo rochedo onde Andrômeda fora acorrentada nua. Ela era a filha mais velha do Rei Cefeu e da Rainha Cassiopéia da Etiópia que tivera a temeridade de se julgar mais bela que Hera. Sempre vingativa, a deusa pediu que Poseidon liberasse um horrível monstro para devastar o reino de Cefeu. Algumas lendas, dizem que a ofensa de Cassiopéia foi ao próprio Poseidon, dizendo-se mais bela que as ninfas do mar.

Consultado o oráculo de Ammon, Cefeu soube que era preciso sacrificar Andrômeda ao monstro marinho. Persuadido da inocência de Andrômeda, Perseu livra-a dos grilhões e petrifica parte do monstro com a cabeça da Medusa, facilitando o trabalho de sua espada. Querendo desposar Andrômeda, Perseu ainda teve que utilizar da górgona para petrificar o pretendente Fineu e seus seguidores. De volta com Andrômeda em seus braços, Perseu entregou o presente a Polidectes que, incrédulo, abriu a encarou a górgona, tornando-se um rochedo. Em seguida, Perseu consagrou a cabeça da górgona a Atena, que pediu a Hefestos para fixá-la em seu escudo.

O herói levou Andrômeda e Danae para Argos, onde esperavam a reconciliação com Acrísio. Ainda temeroso, o rei fugiu para Tessália sem nem ver seu neto crescido. Participando dos jogos fúnebres do rei da Larissa, Perseu confirmou o Oráculo de Delfos: fazendo um lançamento desastroso, acertou acidentalmente seu avô sem saber que ele estava ali como espectador. Perseu se recusou a governar Argos, deixando-a para seu primo Megapentes, e foi para Tirinto, onde acabou por fundar a cidade de Micenas.

Acredita-se que todo o armamento divino de Perseu seja uma alegoria dos poetas: as asas de Hermes seriam um bom navio; o capacete de Hades seria o segredo dessa expedição mortal; e o escudo seria a grande cautela de Perseu. Modernos escritores dizem que Perseu foi um chefe fenício que teria roubado três cavalos na Líbia que eram chamados de Górgones. Pesquisadores encontram também referência a três navios mercantes que comerciavam na costa africana e teriam sido tomados pelo corsário Perseu. O monstro marinho teria sido um pirata que quis roubar a filha de Cefeu. Perseu venceu o pirata em um combate naval.

E OS FILMES, AFINAL?
  • Vê-se que é fundamental que Danae saia viva da urna, pois ela é o alvo da paixão louca que engatilha a expedição de Perseu. No filme de 81, a expedição é um teste divino, enquanto, no novo filme, é preciso matar o Kraken.
  • Interessante ver que, na mitologia, Perseu PEDE ajuda aos deuses, enquanto, em ambos os filmes, os deuses DÃO ajuda espontaneamente.
  • Pégaso realmente nasceu após a cabeça cortada da górgona. As sandálias aladas de Hermes foram substituídas por Pégaso, que realmente fica bem melhor na telona. Mas porque escorpiões e não as serpentes da mitologia? Afinal, serpentes fazem mais sentido se você pensar na estética da Medusa. É bem verdade que os escorpiões ficaram ótimos na telona também.
  • O capacete da invisibilidade (ou capa da escuridão) é o melhor presente. No filme de 81, ele precisou ser perdido, se não ia ficar fácil matar a Medusa no cinema. No novo filme, nem sinal do capacete, até porque Hades era o grande vilão e ele não iria dar um presentinho desses pra Perseu. Aliás... eu tinha dito que Hades não tinha participação nenhuma no mito de Perseu... me enganei e vou corrigir lá.
  • As gréias que guardavam a entrada do templo de Medusa são as bruxas de um olho só do filme. Eles nunca tiveram poderes precognitivos... falarei delas e de Medusa depois. No filme de 81, quem protege o templo é Dioskilos, um cão de duas cabeças - do qual não tenho referências.
  • Confirmado que o templo de Medusa não tinha relação com o Rio Estige no Mundo Subterrâneo. Mas poderia ser uma metáfora dos filmes a essa expedição mortal secreta. O templo pode ser na Líbia ou em Cabo Verde, ainda estou pesquisando melhor sobre isso e falarei mais quando falar da górgona.
  • Fiquei com a impressão de que Perseu cruza sem querer com Andrômeda na mitologia, o que difere totalmente dos filmes, quando ela chega a ser protagonista. O problema é que Líbia, Etiópia e Cabo Verde são distantes no mapa e ficaria difícil de entender esse percurso. Pelo menos, no filme de 81, eles falam que a ação ocorre em Jopa, na Fenícia, civilização que pode ter relações com a Líbia ou com os escritos modernos desse mito.
  • É possível que o enorme monstro seja uma baleia responsável por ondas gigantes, e não o Kraken, uma vez que o monstro é teria sido transformado na constelação de Baleia após sua petrificação.
  • Acrísio realmente morre pelas mãos de seu NETO Perseu, mas não como Calibos do novo filme.
  • Alguns historiadores dizem que a palavra "herói" deriva de um filho da deusa Hera. Herói teria sido um guerreiro de inúmeros feitos ilustres que ganhou um culto distinto dos deuses. Não consistia em sacrifícios e libações, mas numa espécie de pompa fúnebre onde se celebravam seus grandes feitos. É bem possível que isso tenha sido o mote para o roteiro de guerra entre deuses e homens do novo filme.
  • Viram que não existe Draco, Ixas, Eusébio, Io, Calibos, Talos, Bubo...?
  • No filme de 81, Ammon é guia de Perseu. No novo filme só vi esse nome nos créditos, mas nem vi. Agora a gente sabe que Ammon era um oráculo.