quarta-feira, 13 de abril de 2016

Ask e Embla

O primeiro homem, criado pelos deuses de uma árvore em cinzas, e a primeira mulher, criada de uma árvore de olmo, feitos pelos três criadores no litoral do mar gigante de Midgard. Odin deu vida ao casal. Vili lhes deu pensamentos e sentimentos e Ve deu-lhes a capacidade de ver e ouvir. Ask e Embla geraram a raça humana e Midgard tornou-se sua morada.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Tonatiuh

No antigo mito centro-americano dos Cinco Sóis (as cinco eras mundiais), Tonatiuh representava a Quinta Era. Esse deus governava o mundo de Tonatiuhican, o céu asteca, um paraíso espiritual reservado apenas aos mais dignos, como os guerreiros mortos em batalhas e as mulheres que morriam ao dar à luz.

Como deus do oriente e do sol, seu poder era constantemente desafiado pela luta enfrentada em seu nascimento diário, com sua passagem pelos céus durante o dia e sua morte à noite. Feroz e belicoso, Tonatiuh era também uma divindade guerreira que fortalecia os soldados no calor e nos esforços das batalhas.

As esferas de influência de Tonatiuh indicavam que seu poder sofria ameaças constantes. A humanidade só poderia mantê-lo se exercitasse a virtude de elevada moral – junto com um ciclo interminável de sacrifícios humanos. Os apetites do deus estão graficamente representados em suas imagens. Seu corpo, no centro de um grande disco solar cheio de raios, é vermelho, e ele usa um cocar de penas de águia. Sua língua tem a forma da faca sacrifical que os sacerdotes astecas usavam para arrancar o coração das vítimas vivas – oferenda que as presas gigantes de Tonatiuh seguram firmemente. A violência deste deus era tão grande que os astecas atribuíram seu nome ao mais cruel dos conquistadores espanhóis, Pedro de Alvarado.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Brigantia

Como deusa celta da vitória, Brigantia (Briganta, Brigindo) era apropriadamente a protetora dos brigantes, tribo do norte da Bretanha que habitava o local hoje conhecido como West Yorkshire, poderosa o bastante para resistir às forças do Império Romano por mais de 150 anos. Parece ter sido associado por Júlio César a “Minerva Celta” – uma das divindades locais que ele descreveu após invadir a Bretanha em 55 a.C. Certamente a deusa corresponde à romana Minerva, tanto no seu aspecto guerreiro quanto no seu papel de protetora das artes e do artefato: uma estátua do século III mostra Brigantia segurando a lança de Minerva e um globo que simboliza o governo, com suas asas da vitória aparecendo por trás dos seus ombros. Séculos mais tarde, pode ter sido também o modelo para Britânia, a guerreira que usava capacete e carregava um tridente, personificando o Império Britânico.

Embora os brigantes fossem mais tarde subjugados pelos legionários romanos, que marcharam para o norte para construir o Muro de Adriano no século II, sua divindade ainda era reverenciada durante a ocupação romana da Bretanha como uma deusa ninfa das fontes. Pode também corresponder à irlandesa Brígida, à qual se atribuíam a cura e a medicina, protegia muitas fontes, cujas águas possivelmente curavam os enfermos.

terça-feira, 5 de abril de 2016

Welsit Manatu

O criador do povo lenape é Welsit Manatu ("espírito bom"). Ele fez tudo o que há no mundo: criou a Terra do barro, formou os humanos e plantou ervas úteis para o povo comer e usar como remédio. Também ajudou as pessoas matando ou transformando seres nocivos. Por exemplo, reduziu o enorme esquilo que comia gente a um tamanho pequeno. Seu trabalho é desfeito pelo cruel Mahtantu, que criou plantas venenosas e morcegos.

sábado, 2 de abril de 2016

Cagn

Um dos heróis do povo san (os bosquímanos do Deserto do Kalahari) era o ardiloso louva-a-deus Cagn. Transformando-se numa grande variedade de animais, podia inclusive fazer suas sandálias virarem dois cães ferozes, que atacavam os inimigos. Quando Cagn era morto sob a forma animal, seus ossos podiam ser consertados e ele voltava à vida.