terça-feira, 7 de março de 2017

Makosh

Makosh (ou Mokosh) era uma deusa da fertilidade associada à água e à provisão abundante de comida, conhecida apenas pelos povos eslavos orientais.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Ull

Ull era o deus dos invernos. Filho de Sif, usava esquis para se movimentar e caçar. Quando Odin foi expulso de Asgard por seduzir donzelas, Ull reinou por dez anos. Com o retorno de Odin, se exilou na Suécia, onde foi adorado.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Kitembo

Kitembo, criado por André Rodrigues
para o desfile da União da Ilha (2017).
Para os bantos de Angola, Kitembo é o Senhor do Tempo, tanto cronológico quanto mitológico. Era um inquice (ou nkisi, orixá) de natureza caçadora e guerreira que usava uma bandeira branca de mastro longo (Bandeira do Tempo) que podia ser vista de qualquer lugar para manter os caçadores cientes de suas localizações. Essa representação vem da época que os povos banto de Angola eram nômades.

Kitembo é irmão de Kafundegi (Obaluaiê), Katendê (Ossaim) e Hongolo (Oxumaré). Sua forte ligação com Kafundegi fez com que os filhos de ambos se parecessem. O quarteto de irmãos são chamados de inquices monstros de Nzumbarandá (Nana).

Conta uma lenda de Angola, que Kitembo era um homem muito agitado que fazia e resolvia muitas coisas ao mesmo tempo. Entretanto, vivia reclamando e cobrando de Nzambi, o criador, que o dia era muito curto para fazer tudo. Um dia, Nzambi teria lhe dito: “Eu errei em sua criação, pois você é muito apressado”. E ele teria, então, respondido: “Não tenho culpa se o dia é pequeno e as horas miúdas para realizar tudo que planejo”. A partir desse momento, Nzambi determinou que ele passasse a controlar o tempo, tendo domínio sobre os elementares e movimentos da natureza.

Por ser o tempo, era o inquice das mudanças e transformações. Estava ligado ao ar que regula à direção dos ventos, as estações do ano, as épocas do plantio e das colheitas, à reprodução dos animais e à energia que move o Sol e a Lua, influenciando diretamente os dias na Terra. Sua ferramenta – uma escada (ou grelha) com uma lança voltada pra cima – representava o crescimento, em referência ao próprio tempo e à evolução material e espiritual. Suas cores eram o branco e o verde, e seu dia a terça-feira.

Também chamado de Kindembu é um dos inquices menos sincretizados, mas possui ligações com o Iroko do candomblé ketu ou o vodu Loko do candomblé jeje. Acreditava-se que por ser um inquice das florestas (frequentemente associado à gameleira branca), tenha contribuído para a redução de seu culto e a diminuição de seus filhos de santo.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Bes

Considerada a divindade doméstica mais popular do Egito, Bes era um anão libidinoso, rude e cômico. Amante da música, do canto e das bebedeiras, era associado a todos os prazeres humanos. Mas também protegia as pessoas do mau olhado e dos espíritos ruins, sendo muito adorado pelo povo. Trazia prosperidade aos recém-casados, encorajava o amor livre e cuidava das crianças. Todas as casas tinham a sua imagem esculpida nas cabeceiras das camas ou nos espelhos, ou pintada nas paredes dos dormitórios – até mesmo nos reais. Junto com Taweret, cuidava das mulheres que estavam dando à luz e, por isso, em casas onde iria acontecer um parto se via sua figura desenhada sobre a cama da mulher grávida. Seus símbolos eram instrumentos musicais – como o pandeiro e a harpa – e as facas.

Bes era representado com um rosto largo e barbudo, grande orelhas pontudas e uma língua comprida, que alguns diziam parecer estar com uma máscara. Gordinho e de pernas arqueadas, vestia uma pele de leopardo ou leão, com a própria cauda do animal, e uma pena de avestruz nos cabelos despenteados. Acreditava-se que sua feiúra afastava os espíritos malignos e, por essa razão, ao contrário dos outros deuses egípcios que só eram pintados de perfil, Bes era sempre retratado de frente. Também por causa de sua feiúra, Bes se tornou o deus dos cosméticos e de todas as formas de embelezamento feminino. Sua imagem era reproduzida em tubos de kajal, potes de rouge e cremes, e frascos de perfume.

Quando os egípcios foram dominados pelos romanos, por volta de 31 a.C., as forças invasoras adotaram o deus, mas substituíram suas vestes egípcias pelas de legionário romano. Era também chamado de Besu ou Bisu.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Wen Chang

Wen Chang é o respeitado deus da literatura, cujo nome costuma estar inscrito nas paredes das casas. Originalmente, era um professor que viveu no século III ou IV e seu papel como divindade só foi totalmente estabelecido mil anos depois.

Por ter sido sempre uma divindade popular, Wen Chang possuía um altar próprio em muitos templos taoístas. Diante das estátuas do deus, havia um cavalo negro, selado e com rédeas, servido por dois criados: um mudo, o outro surdo. Os criados representam os mistérios da literatura – a surdez aos pedidos de explicação e a mudez ante a incapacidade de fazer as pessoas compreenderem suas maravilhas. Seu principal assistente era Kuei Hsing, a divindade dos exames, tão popular quanto ele.

Tradicionalmente, os chineses consideravam a constelação da Ursa Maior como o lar do deus.