sexta-feira, 1 de junho de 2018

Festa Junina


Todo mês de junho, há uma data em que o dia e a noite têm a maior diferença de duração: o solstício. No Hemisfério Norte, é o mais longo dia de todo o ano, período da colheita na Europa e, até mais ou menos o século X, com os últimos pagãos se convertendo, as populações dos campos comemoravam a data e faziam sacrifícios para afastar demônios e pragas. Como a agricultura é associada à fertilidade, cada região celebrava seu casal de deuses específico: no Egito, os votos eram para Ísis e Osíris; na Grécia, havia a festa de Cronus, o patrono da agricultura, ou, apenas para as mulheres, Adônis e Afrodite, quando elas faziam plantações rituais e caíam na farra; outro relembrado era Prometeu, o criador da humanidade que trouxe o fogo.

A Igreja Católica considerava essas festas como meros rituais pagãos, então, resolveu adaptá-las. No século XIII, três santos passaram a ser homenageados no mês de junho: Santo Antônio (dia 13), São João Batista (dia 24) e São Pedro (dia 29). Como ninguém sabe quando João Batista nasceu realmente, foi escolhido o dia 24 pela conveniência de sobrescrever os rituais pagãos mais próximos do solstício, e veio a calhar de ser exatos seis meses antes do Natal. São João passou a ser celebrado com fogueiras em quase todo o mundo cristão e as festas juninas nasceram.

Três séculos depois, já nos anos 1500, os portugueses chegaram ao Brasil e, junto com eles, suas tradições (o primeiro registro de festa comemorativa a São João data de 1583, em São Paulo, feito pelo jesuíta Fernão Cardim). As comemorações por aqui também foram adaptadas porque junho é inverno e exatamente o oposto: o dia do solstício é o mais curto do ano. As roupas de caipira são representações de agricultores, de pessoas que vivem da terra. O milho, muito utilizado pelos indígenas, tinha sua época de colheita em junho e, assim, se tornou a base do cardápio das festas. No século XIX, os imigrantes trouxeram outras especialidades para o clima frio como, os tradicionais vinho quente, pinhão e espetos de churrasco, “exportados” para o Norte do país.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Hina

A Grande Deusa dos polinésios era a deusa da lua Hina (ou Moça), que assumia diferentes formas. Em uma lenda, ela era a esposa do ardiloso Maui, e emprestou seu cabelo para ajudar o marido a laçar o sol. Quando chamada de Hine-Tei-Wauin, a Grande Deusa Hina também era a deusa do parto. Ela se apaixonou por um mortal e teve um filho. O parto foi difícil, de modo que a deusa criou um poderoso conjuro que facilitava o parto. Essas palavras mágicas ainda eram recitadas por mães da Nova Zelândia no começo do século XX.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Assur

O maior de todos os deuses assírios, Assur era deus da Terra, do ar e do sol. Os assírios adaptaram a mitologia babilônica, tornando-o marido de Ishtar. Mas seu papel mais importante era o deus da guerra, e os prisioneiros de guerra desfilavam pelas ruas em sua homenagem.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Tulungusaq

Tulungusaq (Tulungersak) era o deus inuíte da criação. Transformou-se num corvo e voou de sua casa no céu para fazer a terra seca. Enquanto vagava pela terra, fez uma figura alada igual a si próprio com argila, mas, por ser muito irriquieta, Tulungusaq a atirou no vazio, onde se transformou em um espírito mau. Refez a figura sem as asas e, assim, criou o homem. Em seguida plantou ervas, flores e criou os animais. Por fim, fez a mulher para ser a companhia do homem.

Disfarçado como humano, Tulungusaq ensinou à humanidade como usar os animais, pescar, fazer fogo e cuidar das crianças. É também conhecido como Pai Corvo.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Yum Kaax

Os maias adoravam um deus do milho, Yum Kaax, ou “Senhor das Florestas”. Retratado como um belo jovem de testa larga com uma espiga de milho na coroa, esta divindade também desempenhou importante papel como protetor da agricultura.

Pode ser comparado ao deus asteca do milho Cinteotl, ao qual as pessoas ofereciam seu sangue no mês de abril. Juncos eram mergulhados no sangue e colocados do lado de fora das casas para assegurar um fornecimento regular de alimento o longo de todo o ano.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Heróis do Olimpo - A casa de Hades

Um ano e meio depois... e eu terminei o quarto livro da segunda saga de Percy Jackson, A Casa de Hades. Assim como falei no livro anterior, a saga está ficando tediosa em uma leitura confusa pelo excesso de personagens em tramas particulares (só tem um twist que me faz querer saber como vai terminar).

Este livro só tem uma coisa interessante: a representação do Tártaro como um organismo vivo. Cada canto do lugar é descrito a partir de referências do corpo humano e isso faz bastante sentido.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Tsuki-Yomi

O deus da lua japonês era Tsuki-Yomi. Ele surgiu das gotas de água que caíram no olho de Izanagi quando este foi se lavar, depois da viagem a Yomi (o mundo subterrâneo). Tsuki-Yomi era irmão de Amaterasu, mas os dois se separaram quando ele matou a deusa do arroz, Ukemochi. Desde então, noite e dia estão sempre separados.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Yama

De acordo com uma lenda, Yama foi um rei mítico que se tornou o primeiro homem a morrer e, portanto, o primeiro homem a ter sua alma julgada. Os deuses – com consentimento de Vivasvat, o sol – então o colocaram como árbitro final do destino dos que acabam de morrer. A sentença pronunciada por Yama decide se o destino final da alma é ascender às esferas celestes, outrora governada por ele; se deve voltar à terra para continuar a viagem rumo à salvação, no ciclo de reencarnações; ou se deve ser consignada, para sempre, a um dos muitos infernos do hinduísmo.

Mas, com o tempo, Yama tornou-se uma figura aterrorizante, o deus hindu da morte, príncipe dos infernos e juiz dos mortos. Com vestes vermelhas, carrega um laço, com o qual puxa as almas dos corpos dos moribundos. Um rio circunda seus domínios, cuja entrada é guardada por dois cães, cada um com quatro olhos. O símbolo budista da Roda da Vida é mostrado entre os braços e maxilares de Yama.

quarta-feira, 21 de março de 2018

Niké

A deusa grega Niké personificava a vitória nas batalhas e o sucesso nos jogos atléticos e corridas de cavalos. Filha do titã Palas com a ninfa do rio Estige, fez parte da armada alada de Zeus – junto a seu irmão Cratos – que lutou contra seu pai e os outros Titãs.

Os atenienses dedicaram a ela uma estátua em Delfos em 480 a.C., depois de derrotarem os persas em Salamina. Representada como uma pequena mensageira alada com uma coroa de louros, uma guirlanda e uma folha de palmeira, Niké costumava ser pintada em vasos e ajudava a preparar os guerreiros para as batalhas ou os atletas para as competições. A Vitória da Samotrácia, ou Vitória Alada, é uma das mais belas esculturas helênicas. Está no Museu do Louvre, em Paris.

Os romanos fizeram da deusa um símbolo da vitória sobre a morte. Vitória, sua correspondente romana, assegurava a vitória nas batalhas, e por isso se tornou muito popular entre os legionários. Em 29 a.C. dedicou-se a ela um altar no Senado, e a deusa normalmente aparecia nas moedas romanas. Após o advento do Cristianismo, passou a ser venerada com um anjo.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Byelobog e Chernobog

Desde os primeiros tempos, pares de deuses opostos – bem e mal – são comuns na mitologia eslava. Um dos mais antigos é o par formado por Byelobog e Chernobog. Vestido de branco, Byelobog, que era a força do bem e da criação, estava sempre em conflito com Chernobog, senhor do mal e da destruição, sempre de preto.

Essa dupla pode ter chegado ao mundo eslavo da Ásia Ocidental e é semelhante a Ahura Mazda e Angra Mainyu, da Pérsia.