Hebe, estátua de Antonio Canova esculpida entre 1800-1805. (Museu Hermitage, Rússia) |
Uma lenda diz que Hebe era somente filha de Hera, que, ao comer alface selvagem em um banquete do deus Apolo, teria engravidado da deusa. A verdura é, inclusive, associada à jovem.
Um dia, quando servia aos deuses em um banquete, caiu numa posição inconveniente. Alguns olimpianos puseram-se a rir sem parar e a jovem, envergonhada, negou-se a continuar servindo-os. Foi substituída, então, pelo mortal Ganímedes, trazido por Zeus para a função.
Por ser aquela que alimentava os deuses, Hebe era vista como a deusa da imortalidade, assim como a deusa escandinava Idun. Ela seria responsável por conceder a força para os deuses não envelhecerem e permanecerem com a aparência jovial. Uma lenda conta que Hebe deu sua juventude por um dia ao herói Iolaus para ele derrotar seu inimigo, Euristeu.
Muitos também a adoravam como uma deusa da beleza por conta de sua juventude. Por essa razão, era frequentemente associada a Afrodite, fosse como sua companheira ou sua mensageira (espalhando juventude e suas paixões). Costumava ser retratada como uma bela jovem de vestido sem mangas ou de peito nu.
Pintura do casamento de Hebe e Hércules em vaso. |
Recebia o epíteto de Basileia ("princesa") e Dia ("brilhante"), e os romanos a chamaram de Juventas. Em Flios, sul da Grécia, existiu um templo dedicado a ela, com galos e galinhas (animais sagrados a ela e a Hércules). O símbolo do signo de Aquário é uma representação da deusa despejando o néctar dos deuses.
Hebe, deusa da mocidade, estátua em mármore de Giulio Starace (1887-1952), 1934 |