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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Skanda

Conta-se que a humanidade estava sob julgo dos demônios (asuras) de Taraka. O grande Brahma tentou barganhar com o demônio, que pediu invulnerabilidade absoluta para livrar o mundo de seus malefícios. Não confiando nas palavras de Taraka, Brahma concedeu seu desejo com um pequeno detalhe: ele poderia ser morto por um filho de Shiva, que estava viúvo e sem filhos, no momento. Taraka, então, passou a se considerar a criatura mais poderosa do universo e continuou a realizar suas maldades. Até mesmo alguns deuses foram combatidos e vencidos. Quando Shiva foi chamado para resolver essa situação, lançou algumas centelhas de fogo de seus olhos (que representavam sua própria personalidade) e gerou seis poderosas crianças que dominaram Taraka e seus demônios e devolveram a paz ao universo.

Parvati, mulher de Shiva, passou a amar tanto essas crianças e os abraçava com tamanha força que eles se transformaram num só deus de seis cabeças e doze braços. Assim, Skanda tornou-se o deus dos exércitos e das batalhas no lugar de Indra e Agni, um deus gerado de Shiva, sem mãe.

Alguns escritos contam outra história. Shiva ainda estava de luto pela morte de sua esposa Sati, até que os deuses a trouxeram de volta como Parvarti. Mas, em seu celibato, Shiva não queria ter filhos. Os deuses Kama e Agni conseguiram encontrar algumas gotas do sêmen do deus, mas não conseguiram carregá-la, deixando-as cair entre as seis estrelas Plêiades. Lá nasceu Skanda que desenvolveu seis faces, uma para cada mãe estelar.

Skanda é o irmão de Ganesha por parte de Shiva e Parvati. É dito que se casou com Devasena, mas a maior parte dos registros de Skanda são de um deus misógino que só se interessava por aventuras bélicas.

Costuma ter um pavão a seu lado e está sempre segurando várias armas em suas doze mãos, como o dardo da proteção, o disco da sabedoria e da verdade, a maça da força, o arco da vitória e - principalmente - sua poderosa lança Vel.

É tambem chamado de Karttikeya, Murugan, Kumara e Subrahmanya. Na verdade, esses nomes podem ser o mesmo em diferentes idiomas ou podem ser de diferentes deuses que são retratados em inúmeros poemas épicos hindus como os Vedas e o Ramayana, mas se assemelham a Skanda em suas funções.

No budismo, Skanda faz parte da mitologia chinesa como um poderoso general de guerra que protege o dharma.

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