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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Uluru


No meio do inóspito deserto da Austrália central, há um monte colossal de arenito vermelho, o Uluru, um dos locais mais sagrados para os aborígenes australianos. Seu nome ocidental é Ayers Rock (em homenagem ao Primeiro-Ministro australiano Henry Ayers) ou, somente, A Rocha, que possui 8km de circunferência, 318 metros de altura e se estende por 2,5km de profundidade. A pedra obtém sua cor ferruginosa através da oxidação dos minerais que a impregnam - como feldspato - o que também causa a emissão de um brilho vermelho ao amanhecer e ao pôr-do-sol.

Muitos mitos secretos se passam nessa rocha, em cujas paredes inferiores e cavernas há pinturas antiquíssimas. Acredita-se que seja um portal para o Tempo do Sonho, ou até mesmo o próprio local. Outros dizem que foram os Ungambikulas que criaram a pedra ao brincar com a lama depois de um dilúvio. Após a criação do universo, os irmãos teriam voltado a Uluru e se tornaram pedregulhos.

Há várias histórias de turistas que levaram para casa um pedaço do Uluru e devolveram a lembrança alegando que foram amaldiçoados por levar uma parte do monumento sagrado. O Parque Nacional Australiano que administra o local diz receber um pacote por dia, enviado de várias partes do mundo, com uma amostra do Uluru e um pedido de desculpas.

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