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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Percy Jackson - O mar de monstros

Perdão se volto ao assunto dos livros da série de Percy Jackson, mas comecei a lê-los e pretendo terminá-los (um dia...). Não vou desvendar o segundo volume das aventuras do garoto semideus como fiz com o primeiro e com o filme adaptado. Mas gostaria de citar alguns pontos mitológicos, tentando não contar segredos.

O segundo livro se baseia em duas grandes aventuras da mitologia grega: a Odisseia e os Argonautas. A Odisseia é um poema épico de Homero que conta a viagem de Ulisses de volta para casa. No caminho, inúmeros perigos como Caribdis, o ciclope Polifemo e os tais lotófagos que pareceram no Cassino em Las Vegas do primeiro livro/filme. Os Argonautas são um grupo de heróis que se juntaram a Jasão para recuperar seu trono indo atrás do Velocino de Ouro na Cólquida. Dito isso, fica meio óbvio quais serão os perigos e qual é o objetivo, não?

Temos vários personagens novos e alguns que já apareceram, mas são mais desenvolvidos pelo autor (como Clarisse, filha de Ares). Fala-se em: lestrigões, Ganimedes, Hermes, ciclopes, cavalos marinhos gregos (que são cavalos com rabo de peixe), sereias (com uma descrição que me surpreendeu), harpias, Circe, Píton, centauros e por aí vai. Percy, Annabeth, Grover e Quíron estão de volta, assim como o traidor Luke.

A linha dos livros parece realmente seguir bem de perto a série Harry Potter. Neste livro, continuam as tentativas de reviver o titã Cronos (Voldermort?) e ficamos sabendo de uma profecia que coloca Percy como uma arma que pode se virar contra os deuses. Fora isso... vocês já perceberam que também temos um trio de protagonistas: Percy (Harry, o deslocado herói), Annabeth (Hermione, a inteligente) e Grover (Ron, o alívio cômico)?

Continua sendo interessante ver como o autor transpõe a mitologia grega para os dias atuais, como, por exemplo, Hermes sendo o verdadeiro mensageiro dos deuses com camisa do correio e um caduceu que vira um celular, ou o Mar de Monstros do título que é o misterioso Triângulo das Bermudas. A entrada de Tântalo também é muito boa. No entanto, esse volume me deu a impressão de que é preciso ter algum conhecimento de mitologia para realmente entender as subtramas, pois muita coisa é explicada superficialmente e acaba ficando distorcido na transposição. Mesmo assim, é um bom ponto de entrada para os jovens no mundo da mitologia grega.

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