sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lua Azul

A Lua azul vista hoje na Acrópole
Quem olhar para o céu hoje à noite vai ver um evento que só acontece, em média, a cada três anos: a Lua Azul. Mas não se engane com o nome, pois não tem nada a ver com a cor do astro. Ela é, na verdade, o acontecimento de duas luas cheias em um mesmo mês. Só isso. A primeira foi no dia 2 de agosto e tivemos outra hoje, dia 31.

As últimas luas azuis ocorreram em 31 de maio de 2007 e 31 de dezembro de 2009. As próximas deverão ocorrer em julho de 2015, janeiro e março de 2018, outubro de 2020, agosto de 2023, maio de 2026, dezembro de 2028... e assim por diante.

O registro da Lua Azul não é considerado um evento da astronomia. Ele ocorre por causa da falta de sincronização entre o calendário de fases da Lua (29,5 dias) e o calendário gregoriano (meses de 30 ou 31 dias, menos fevereiro), adotado na maior parte do mundo. "É mais um evento popular, que os místicos gostam de invocar, e não tem importância astronômica", diz Gustavo Rojas, astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos.

Fevereiro é o único mês que não pode ter a Lua Azul, mesmo em anos bissextos. Inclusive é possível um ano não ter nem uma lua cheia no mês de fevereiro, nesses anos, acontece uma Lua Cheia no final de janeiro e a outra no início de março, ou seja duas Luas Azuis no mesmo ano. Isto ocorre em média a cada 35 anos.

De acordo com alguns historiadores, o nome Lua Azul foi criado no século XVI, porque algumas pessoas diziam que viam a lua azulada, enquanto outras a viam cinza. Muitas discussões ocorreram até se concluir que era impossível a Lua ser azul. Criou, assim, uma espécie de expressão linguística que passou a ser sinônimo de algo impossível ou difícil. O termo ganhou força principalmente nos EUA e algumas frases como "só me caso com você se a lua estiver azul" foram rapidamente popularizadas.

Segundo Rojas, a escolha do nome "Lua Azul" para descrever duas luas no mesmo mês foi infeliz porque a expressão já era usada na astronomia para descrever anos tropicais com 13 luas cheias, onde pelo uma das estações do ano tem quatro luas cheias, em vez de três. O novo uso da expressão surgiu em 1946, por erro de um astrônomo amador, que acabou se perpetuando.

domingo, 26 de agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O folclore brasileiro de Maurício de Sousa

Curupira
A Mauricio de Sousa Produções está lançando a série Turma da Mônica - Brincando de Folclore. Trata-se de uma série de livros pop-up (aqueles em que as imagens em dobradura levantam da página quando o livro é aberto) que contam as histórias de algumas das lendas do folclore brasileiro sempre com participação da Turma da Mônica.

A série é quinzenal até a edição 11 e será semanal a partir daí, contando com 50 volumes, cada um dedicado a uma lenda diferente:
Saci | Curupira | Boto rosa | Iara | Mula sem Cabeça | Boitatá | Lobisomem | Negrinho do Pastoreio | Vitória Régia | Cuca | Cabra Cabriola | João de Barro | Cobra Honorato | A loira do banheiro | Uirapuru | Gralha-azul | Onça-boi | Lua | Pirarucu | Pai do mato | Onça maneta | Negro D'Água | Jericoacara | Mandioca | Jurutaí | Diamante | Erva Mate | Bicho Homem | Mapinguari | O milho | Iemanjá | Bumba meu boi | Chorô do Ipê | Santo Antônio casamenteiro | São João | Origem das frutas | Peixe eletrônico | Vagalume | Mãe D'Ouro | Por que os galos cantam? | Vaqueiro misterioso | Japim mágico | e outras!
A coleção também conta com livros de atividades e adesivos, que permitirão que as crianças fixem as histórias em suas mentes através de atividades divertidas. O projeto conta com a supervisão de uma pedagoga para garantir a qualidade do material em relação ao seu conteúdo.

Lançada pela Planeta DeAgostini, a série tem preço de lançamento de R$4,99. A partir da segunda edição, vai para R$9,99.

Gente... que barato! Tem coisa aí que nunca ouvi falar! E no traço do Maurício de Sousa!!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Hidromel

O hidromel é uma bebida alcoólica fermentada à base de mel e água (usualmente, na proporção 1 para 2). Alguns apontam sua origem há 8 mil anos, na Pérsia e na Índia. Portanto, sua fabricação é anterior à do vinho e seguramente à da cerveja, podendo ser considerada a primeira bebida fermentada na História. As culturas antigas consumidoras desta bebida foram os gregos, romanos, celtas, saxões e os vikings, cuja mitologia a colocava como néctar divino. Também era conhecido o consumo de uma bebida similar pelos maias. Os povos de língua inglesa chamam o hidromel de mead, palavra de raiz grega, a mesma do sânscrito methus. Mulso é outra palavra para hidromel e para uma mistura de vinho com mel.

Mas é na mitologia dos povos escandinavos que se encontra grande parte de suas lendas. Após a guerra entre os dois panteões divinos, os Aesires e os Vanires, eles cuspiram em um jarro para determinar a trégua. Dele, surgiu Kvasir, o gigante da sabedoria. Kvasir viajava pelos nove mundos disseminando a paz e o conhecimento. Até chegar em Nidavellir, o reino dos anões, onde foi assassinado pelos irmãos Fjalar e Galar, que misturaram o sangue do gigante à uma bebida fermentada. Assim, quem bebesse desse líquido – chamado de Hidromel da Poesia – adquiria enorme conhecimento.

Um dia, os gigantes invadiram o reino dos anões e levaram odrörir (o recipiente da bebida mágica) para a morada de Suttung, o poderoso gigante das montanhas. Para recuperá-la, Odin disfarçou-se do gigante Bolverk, seduziu a giganta Gunnlud que protegia o recipiente e conseguiu roubar o hidromel. Como uma águia, levou a bebida em seu bico para Asgard. Já sendo o todo-poderoso, Odin acabou ganhando poderes proféticos. Depois, a bebida ficou sob a responsabilidade de Bragi, deus da poesia e provável filho de Gunnlud com Odin.

O epíteto de "bebida divina" não era exclusiva dos escandinavos. Na mitologia grega, Ganimedes era o copeiro do Olimpo que servia aos deuses com hidromel e ambrosia.

Acredita-se em uma tradição que os recém-casados deveriam consumir esta bebida durante o primeiro ciclo lunar após as bodas para nascer um filho varão. Daí teria surgido a lua de mel.

"Thor", um single malte de 16 anos que foi fabricado pela Highland Park com um case de madeira que lembrava um barco viking e o martelo de Thor estampado na garrafa. Custava U$245.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O oitavo anão


O cão Pluto, personagem criado por Walt Disney em 1930, tem o mesmo nome que o planeta Plutão (em inglês, Pluto) o que não é mera coincidência: o personagem foi assim batizado em homenagem àquele corpo celeste, que por sua vez recebeu o nome romano do deus do submundo por ser escuro e gelado.

Como a União Astronômica Internacional rebaixouo astro à categoria de planeta anão, a Walt Disney Co. divulgou um comunicado bem-humorado em que os Sete Anões se solidarizam com o cachorro do Mickey Mouse. Fazendo trocadilhos com os nomes dos personagens, um trecho da carta aberta ao público diz:
Embora a gente esteja pensando que é coisa do Dunga, o rebaixamento de Plutão - uma decisão que algum Zangado tomou e que outros tiraram uma Soneca a respeito - não é Dengoso dizer que nos deixa Feliz o fato do Pluto da Disney se unir a nós como o oitavo anão.
Bonecos do famoso cachorro de cor laranja foram vistos em demasia nos muitos protestos que aconteceram em algumas partes do mundo, antes e depois da "polêmica" decisão dos astrônomos.