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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A África na Avenida

Os desfiles tem espaço para todos os deuses e santos, mas é a África que empodera as escolas. E, na segunda-feira, os orixás desceram e sambaram.

SALGUEIRO
Exu abriu a escola da malandragem e levou o Estandarte de Ouro de melhor Comissão de Frente.

Exu comanda a malandragem.
E teve componente que recebeu a energia dos orixás.

PORTELA
Poseidon voou sobre as águas na comissão de frente da Portela, que trazia Ulisses enfrentando o mar em sua Odisseia. E ainda teve Moisés sobre a águia-símbolo, vikings, múmias e o Eldorado nas viagens de Paulo Barros.


MANGUEIRA
Oyá que abriu os caminhos da Mangueira de Bethânia, mas a África mandou seus orixás pra avenida.


Dá-lhe Carnaval!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Deuses do samba

Essa foi a manchete do jornal de segunda-feira por conta da presença de deuses gregos no desfile da União da Ilha. No entanto, São Jorge e seu sincretismo foram enredo da Estácio de Sá e a Unidos da Tijuca trouxe um abre-alas com a criação do homem vindo do barro, assim como nas lendas africanas.

ESTÁCIO DE SÁ
Quimeras e dragões.

UNIÃO DA ILHA
Zeus!
Os Olimpianos.

UNIDOS DA TIJUCA

O que será que veremos hoje?
(Fotos: G1)

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Momo

Na mitologia grega, Momo (Momus) era a personificação do sarcasmo, da reclamação, da culpa e da ironia. Ao contrário do que se pensa, Momo era mulher, patrona de escritores e poetas, representada com uma máscara que levantava para exibir seu rosto, e com um boneco numa das mãos, simbolizando a loucura. Filha de Nix (sem pai), aparecia constantemente no cortejo de Dionísio, ao lado de Comos, deus das farras.

Conta-se que Momo foi convidada para avaliar a criação de três deuses em concurso: Atena, Poseidon e Hefesto. Criticou Atena por ter criado a casa, pois devia ter rodas de ferro em sua base, para que o dono pudesse levá-la assim que viajasse. Zombou do deus do mar por ter criado o touro com os olhos sob os chifres, quando esses deviam estar no meio, para que ele pudesse ver suas vítimas. Por fim, riu do ferreiro dos deuses por ter fabricado Pandora sem uma porta para que se pudesse ver o que ela mantinha oculto em seu coração. Não bastando isso, ironizou Afrodite, dizendo que não passava de uma tagarela e que usava sandálias que rangiam, e teve a audácia de fazer comentários jocososos sobre a infidelidade de Zeus para com Hera. Seus atos a levaram ao exílio do Monte Olimpo.

Poseidon, Pandora, Hefesto, Atena e Momo (Maerten van Heemskerck, 1561)

Mais tarde, estando Zeus preocupado com o fato de que a Terra oscilava com o peso da humanidade, permitiu o retorno de Momo ao convívio do Olimpo desde que ela o ajudasse a descobrir uma solução para o problema. Brincalhona, ela sugeriu que o deus criasse uma mulher belíssima pela qual muitas nações guerrassem e assim se destruíssem. Zeus levou-a a sério e assim nasceu Helena, que levou os gregos à Guerra de Tróia.

Na Roma antiga, Momo e Comos foram unificados em uma divindade masculina que se tornou símbolo de festas e a imagem icônica em manifestações artísticas. Durante os três dias de festividades ao deus Saturno (o nosso Carnaval), o mais belo soldado era designado para representar o deus Momo, ocasião em que era coroado rei e tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o “Rei Momo” era sacrificado. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso da cidade, para servir de símbolo da fartura, do excesso e da extravagância.

Momo em detalhe da pintura de Hippolyte Berteaux no teto do Teatro Graslin, em Nantes (França)

Na Espanha, um boneco de Momo era queimado durante as festas pascoais para lembrar a morte de Jesus. No século XV, escritos espanhóis o chamam de Rei Macaco. No século XIX, em Barraquilla (Colômbia), um alegre folião era coroado Rei Burlesco nos salões de baile, e autorizava a desordem carnavalesca com bumbos, pratos e maracas, em paródia ao cerimonial solene dos ministreis que, nos tempos coloniais, saíam à praça pública para ler as ordens dos vice-reis.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Alegorias divinas

Como eu disse, as alegorias e adereços mostraram a força dos mitos e lendas por todo o mundo, sendo capazes de se relacionar com quaisquer enredo. As mitologias africana e greco-romana e - é claro - as lendas do folclore brasileiro nunca faltam. Vejam algumas representações:

A Medusa de Caravaggio apareceu para falar das influências do pintor Romero Britto no desfile da Renascer de Jacarepaguá.
Uma integrante da Portela veio de Iemanjá no reino subaquático da Bahia de Clara Nunes.
Mães de santo vieram na comissão de frente da Portela com Milton Gonçalves representando todos os orixás.
A Bahia de Jorge Amado (da Imperatriz Leopoldinense) também teve Iemanjá representando os mares que inspiravam o autor.
Este carro da Imperatriz tinha Xangô sobre sua tartaruga e o dourado de Oxum.
A loba romana na ala da Porto da Pedra.
A quimera mitológica do abre-alas da Beija-Flor de Nilópolis.
Na comissão de frente da Beija-Flor, a serpente encantada que fica sob São Luís do Maranhão.
Acadêmicos do Salgueiro trouxe o céu, o inferno, lobisomens e mulas sem cabeça para falar da literatura de cordel.
A comissão de frente da Estação Primeira de Mangueira era um terreiro com todos os orixás.
Oxóssi veio como orixá guerreiro, protetor das florestas e do Cacique de Ramos da Mangueira.

Incrível, não? Já mostrei no blog as referências nos desfiles de 2010 e 2011. Agora é esperar a campeã de 2012 e as próximas viagens carnavalescas.

PS.: Todas as fotos são do Globo.com ou da Folha.com.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sambas divinos

Todo ano o Carnaval do Rio traz a mitologia nos desfiles das escolas de samba. Já até mostrei fotos sobre isso em 2010 e 2011. Esse ano vou mostrar as referências nos sambas-enredo:
  • IEMANJÁ: Essa é "arroz de festa"! Dificilmente ela é esquecida. Em 2012, ela está na Portela e na Imperatriz Leopoldinense (ambas com enredo sobre a Bahia).
  • OXALÁ E OXUM: Os dois orixás aparecem no samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense sobre a Bahia de Jorge Amado.
  • XANGÔ: A Beija-Flor de Nilópolis pede luz ao orixá em seus rituais que cantam a história de São Luís do Maranhão.
  • HERA: O polêmico enredo sobre o iogurte rendeu a Porto da Pedra muitas críticas e a deusa Hera ganhou uma frase no samba-enredo e "tece o caminho das estrelas".
  • LOBA: A loba que amamentou Rômulo e Remo - ditos como filhos do deus Ares e fundadores de Roma - é citada na Porto da Pedra.
  • OXÓSSI: O orixá guerreiro protege o Cacique de Ramos e a Estação Primeira de Mangueira.
Essas são apenas as citações nos sambas-enredo, mas eu garanto que muito mais vai aparecer entre as alegorias e adereços das escolas. Por exemplo, a Vila Isabel com um enredo sobre Angola deve trazer mais coisas sobre a mitologia africana, assim como a União da Ilha - que vai falar sobre Londres - garantiu a Távola Redonda e outras histórias inglesas.

Hoje tem e amanhã continua!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

É carnaval!

Curtam bastante essa festa que tem ligações com a mitologia greco-romana e os deuses Saturno e Baco / Dionísio!

Se quiser saber mais sobre a festa clique AQUI. Tem outras postagens sobre o assunto AQUI.

terça-feira, 8 de março de 2011

Sapucaí mitológica

Como falei no post anterior, a própria idéia do Carnaval pode ter vindo de rituais pagãos de homenagem aos deuses. Então, veremos que os deuses gregos e egípcios aparecem em praticamente todos os enredos, junto com o nosso sincretismo afro-brasileiro.

Um tridente de Poseidon em um carro do Salgueiro que simulava a Atlântida perdida mesclada com a Atlântida cinematográfica.

O boi Ápis da Mocidade. Um figura quase certa nos desfiles.

Um carro inteiro da Mocidade para a deusa Ísis. Como disse o humorista Helio de la Peña, parece até que o Egito é o berço do samba quando se vê os desfiles.

Baco esteve presente na festa que - possivelmente - era pra ele desde o início. Sátiros, faunos e bacantes rodeavam seu tripé da Mocidade. Interessante citar que essa estética rechonchuda do deus parece ter nascido após o desenho Fantasia da Disney.

Iemanjá (da Beija-Flor). Sempre!

E isso foi só no segundo dia de desfile... ainda tivemos um bateria de sátiros, um grande barco de Caronte, Poseidon inteiro (e não só no tridente), centauros, deuses hindus, lobisomens, Medusa ganhando vida em uma comissão de frente e por aí vai! Sem dúvida, o folclore e a mitologia são inspiração fundamental para todo e qualquer carnavalesco.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval


A implantação da Semana Santa pela Igreja Católica no século XI redefiniu os feriados eclesiásticos ao colocar a Páscoa no primeiro domingo após a primeira lua cheia a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul)*. A Páscoa é antecedida por quarenta dias de jejum (Quaresma), que havia sido definido pelo papa Gregório I no início do século VII. Esse longo período de privações acabou por incentivar a reunião de diversas festividades nos três dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma, há exatos sete domingos da Páscoa. Esses três dias eram chamados de "dias gordos". E, assim, nasceu o Carnaval.
* Por essa razão tanto a data da Páscoa quanto a do Carnaval são móveis. Na década de 1970, empresários do ramo turístico e agentes hoteleiros iniciaram um movimento para determinar uma data fixa para a folia, sob a alegação que a mobilidade do calendário traz prejuízos econômicos, uma vez que dificulta o planejamento de viagens. Por enquanto, não houve sucesso e a tradição católica se mantém.
Embora de origem ainda incerta, a palavra "carnaval" (carnis valles em grego, ou carnem levare em latim medieval) está relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne antes do grande jejum. A "terça-feira gorda" é também conhecida pelo nome francês Mardi Gras, que se tornou referência de carnaval pelo mundo (mas não é um feriado reconhecido por lei).

As festividades podem ter se originado de rituais pagãos para homenagear o início do Ano Novo e o renascimento da natureza. Na Antiga Roma, o carnaval prolongava-se por sete dias em dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período: os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

Alguns consideravam o carnaval uma festa para celebrar a colheita, homenageando o deus Baco com bebida e sexo. O Rei Momo representava o deus. Essas festas seriam semelhantes às festas gregas para Dionísio.

No período do Renascimento, surgiram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos, que – junto com as festividades de rua – acabaram se tornando os precursores do carnaval moderno. No século XIX, Paris e Nice foram as cidades francesas exportadoras das fantasias e alegorias carnavalescas.

O CARNAVAL NO BRASIL
Se hoje o Carnaval parece parte natural e essencial do que o Brasil efetivamente é, houve um tempo não muito distante em que a festa simplesmente não existia, ou acontecia somente com a timidez e o recato dos bailes europeus. Em meados do século XVII os primeiros bailes de máscara já eram registrados em solo brasileiro, mas as primeiras festas de rua só foram acontecer no século XIX.

Baile no Brasil Império.
O samba nasceu na Bahia, mas logo foi para o Rio, e se desenvolveu. O primeiro “rancho carnavalesco” – que daria origem, anos depois, aos blocos e às escolas de samba – foi o Reis de Ouro, fundado em 1893 no Rio de Janeiro pelo pernambucano Hilário Jovino Ferreira como uma derivação da festa da Folia de Reis. O Reis de Ouro apresentou novidades que até hoje permanecem, como a ideia de enredo, o uso de instrumentos de corda e de instrumentos africanos, como pandeiros, tantãs e ganzás, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira. Por mais que o samba e as festas de rua fossem criminalizados, as autoridades gostaram do Reis de Ouro, e no ano seguinte à sua fundação o rancho chegou a desfilar diante do presidente Deodoro da Fonseca. Porém, o apreço do presidente não tirou os desfiles da marginalidade, e Hilário foi preso algumas vezes.

Em 1889, acontecem os primeiros registros de blocos autorizados pela polícia – entre eles, o Grupo Carnavalesco São CristóvãoBumba meu BoiEstrela da MocidadeCorações de OuroRecreio dos InocentesUm Grupo de MáscarasNovo Clube TerpsícoroGuaraniPiratas do AmorBondengóZé PereiraLanceirosGuaranis da Cidade NovaPrazer da ProvidênciaTeimosos do CatetePrazer do LivramentoFilhos de Satã e Crianças de Família.

Por volta de 1907, nascia o que hoje ainda é uma das festas mais tradicionais e grandiosas do país: em Olinda, tinha início o Carnaval da cidade através do Clube Carnavalesco Misto Lenhadores e, em 1912 do Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas – já trazendo o frevo como característica do Carnaval pernambucano. Os bonecos de Olinda apareceram pela primeira vez em 1932, com o aparecimento do “Homem da Meia-Noite” na festa.

O Homem da Meia-Noite
Em 1914 o Carnaval também já era popular em São Paulo, e foi nesse ano que Dionísio Barbosa, que havia morado no Rio e conhecido os primeiros ranchos cariocas, funda o Grupo Carnavalesco da Barra Funda, conhecido como o primeiro bloco da capital paulista. Em 1918, o mais antigo bloco ainda em atividade do Rio de Janeiro é fundado: o Cordão do Bola Preta, até hoje um dos maiores e mais populares da cidade e do mundo.

Em 1928, no Rio, a Deixa Falar surgiu para se tornar a primeira Escola de Samba do Brasil, diferenciando-se dos blocos, que já existiam. Seus membros ensinavam para a população e difundiam o samba de cada ano, e o desfile visitava outros bairros a fim de popularizar a agremiação. Fundada e batizada no bairro do Estácio por Ismael Silva, junto de outros grandes sambistas como Bidê e Marçal, o sucesso da Deixa Falar – que viria a se tornar a Estácio de Sá – serviu como estímulo para a fundação de outras escolas ainda na virada dos anos 1920 para os anos 1930, como a Cada Ano Sai Melhor, Estação Primeira (Mangueira), Vai como Pode (Portela), Vizinha Faladeira e Para o Ano sai Melhor.

O Carnaval só seria reconhecido, oficializado e autorizado pelas autoridades cariocas, porém, em 1935, através de um decreto do prefeito Pedro Ernesto. A essa altura as escolas já eram populares, a tal ponto que o jornal Mundo Esportivo, editado pelo jornalista Mário Filho (que dá nome ao estádio do Maracanã) organizou, em 1932, o primeiro desfile competitivo de escolas de samba, vencido pela Mangueira.

Os Desfiles de Escolas de Samba se tornaram o evento mais midiático do Carnaval do Rio de
Janeiro, porém, sua essência está na festa de rua. Nos anos 1950, gente fantasiada se misturava nas avenidas ao pessoal de paletó. No baile do Copacabana Palace não faltavam marmanjos cantando marchinhas de smoking, correndo atrás de colombinas da alta sociedade.

Vassourinhas de Pernambuco seria fundamental no nascimento de outra marca fundamental do Carnaval brasileiro: o surgimento dos trios-elétricos em Salvador. Foi vendo um desfile do Vassourinhas com uma banda de fanfarra pelas ruas de Salvador, diante da animação que contagiou o povo baiano no ano de 1950, que Dodô e Osmar decidiram subir em um carro, ligar um violão e um protótipo de guitarra na bateria do automóvel e tocar frevo pela cidade. O arremedo de trio incendiou o povo, e, em 1952, através de um patrocínio, a dupla elétrica já estava em um carro maior. Em 1953, com o surgimento de outros grupos, o termo “Trio Elétrico” se consolidaria.

O "trio elétrico" em 1952.
A marca da marginalização e perseguição policial ficou para trás, e hoje o Carnaval é, em todo o país, uma festa de dimensões gigantescas que movimenta uma indústria. Em 2012, o Galo da Madrugada, bloco fundado no Recife em 1978, e o carioca Bola Preta teriam reunido cerca de 2,5 milhões de pessoas, e o Galo acabou recebendo o título de maior bloco do mundo pelo Guinness Book, que também declarou o carnaval do Rio de Janeiro como o maior carnaval do mundo.

O CARNAVAL NO MUNDO
NA AUSTRÁLIA
Mais que uma celebração hedonista, o Mardi Gras LGBT de Sydney é um festival multifacetado, que além de parada gay tem mostra de filmes e painéis de debates sobre a condição dos homossexuais.

NA ÁUSTRIA
Em Nassereith, uma pequena vila austríaca com pouco mais de 2 mil pessoas próximo à fronteira com a Alemanha, há registros de uma folia desde 1740. É o Schellerlaufen, com dois personagens principais: alguém fantasiado de urso representando a primavera que chega, e um caçador simbolizando o inverno.

NO CANADÁ
Conhecido como o maior carnaval de inverno do mundo, a folia na cidade de Quebec dura três semanas com concertos musicais, esculturas de neve, paradas noturnas e atividades esportivas, como competição de canoas e pesca no gelo. Mesmo com 10 graus negativos o carnaval do Canadá atrai milhares de pessoas do mundo.

NA COLÔMBIA
Na cidade de Bogotá acontecem uma série de eventos típicos e espetáculos em ritmos folclóricos. A festa foi considerada pela Unesco como “Obra Mestra do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade”, tem o clímax com a Batalha das Flores, onde as flores utilizadas para enfeitar os carros alegóricos são jogadas no público.

NO EQUADOR
No Equador, o carnaval dura duas semanas. As pessoas festejam indo para as praias jogar balões de água em amigos e também em pessoas desconhecidas. Acontecem desfiles com carros alegóricos feitos por todos os tipos de flores e frutas.

NA ESLOVÊNIA
O carnaval esloveno é diversificado e rico. O personagem mais popular da folia é o Kurent, uma fantasia com uma máscara monstruosa e demoníaca. Acontecem desfiles numa mistura de celebrações ocidentais e o antigo paganismo eslavo. Na quarta-feira de cinzas ocorre o enterro do pust, um boneco que simboliza todos os males.

NOS EUA
Em vez de samba, muito jazz. No lugar da cachaça, aguardiente de Ojén (bebida espanhola à base de anis). Mas o Carnaval de New Orleans tem semelhanças com o brasileiro pela influência da cultura negra – que se mistura com ícones da mitologia grega –, uma terça-feira gorda e até um tipo de Rei Momo. A festa tem um apelo internacional tão forte que o número de pessoas na cidade dobra nos dias dessa celebração americana.

Em Louisiana, a graça – além de se embebedar – é mendigar comida dos sítios da região para engrossar um gumbo (guisado típico) do bloco de fantasiados. Ganhar uma galinha viva é motivo de comemoração. O costume caipira tem origens na Europa Medieval, quando pobres se juntavam em datas próximas a festividades religiosas para pedir alimento nos castelos – cantando e dançando em retribuição à generosidade dos abonados.

Cabeções franceses.
NA FRANÇA
Os pontos altos do carnaval na cidade de Nice são os bonecos gigantescos de papel machê (semelhantes aos de Olinda) e a célebre Batalha das Flores na Riviera Francesa, quando foliões em carros alegóricos ou no chão mesmo atiram flores de todas as cores em quem estiver por perto.

NO HAITI
Carnaval no Haiti é época de marchar, cantar, dançar, se divertir, relaxar e um momento em que a sociedade aceita qualquer e quase todos os tipos de comportamento. Na ocasião acontecem canções para protestar a respeito de algo. Com a abertura política no país, a sátira carnavalesca se tornou ainda mais escancarada.

NA ITÁLIA
É na época do carnaval que Veneza recebe o maior número de turistas. A cidade ganha um aspecto de baile de máscaras a “céu aberto”, quando ricos e pobres se unem. As festas são celebradas no interior de palácios antiquíssimos com direito a fantasias super requintadas. A famosa máscara de nariz proeminente e pontiagudo representa o personagem “médico da peste”, inspirada numa proteção inventada no século XVII pelo médico Charles de Lorme para evitar que se infectasse com as doenças de seus pacientes.

NO JAPÃO
O festival Asakusa Samba Carnival tem carros alegóricos, ala das baianas, samba cantado em português e até passistas vestindo roupas importadas do Brasil! Muitas pessoas saem nas ruas para curtir a folia com samba no pé. O interessante é a presença de vários brasileiros, principalmente em lugares de destaque como nos carros alegóricos e puxadores de samba.

NA REPÚBLICA DOMINICANA
O carnaval dominicano é um verdadeiro show de identidade cultural sem limites para o colorido. O mais apreciado em muitas cidades é a brincadeira tradicional dos demônios espectadores que perseguem as pessoas que se aventuram em seu caminho.

NA SUÍÇA
O carnaval na Suíça tem início na segunda-feira, antes da quarta de cinzas, aproximadamente às 4h da manhã, com o Morgestraich, quando todas as luzes se apagam e várias pessoas desfilam com lanternas pelo centro da cidade ao som de músicas carnavalescas com flautas e tambores.

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