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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

HÉRCULES: Referências e associações mitológicas

As mais antigas menções às lendas de Hércules estão na Ilíada e na Teogonia de Hesíodo, mas são breves. De modo geral, a maioria das referências textuais antigas se perdeu, restando um resumo tardio escrito pelo Pseudo-Apolodoro no século II. Três tragédias gregas chegaram até os dias de hoje em forma de literatura: duas de Eurípedes (Héracles e Os heráclidas) e uma de Sófocles (As traquinianas). Os documentos iconográficos fornecem mais informações e algumas representam, até mesmo, episódios não relatados em fontes literárias.

Uni amamenta Hercle. Detalhe em espelho etrusco.
Volterra, séc. III a.C.
O culto ao herói existia em quase toda a Grécia* e em diversas partes da Eurásia. No panteão etrusco, Uni é a deusa suprema - identificada posteriormente com a grega Hera - e mãe do herói Hercle, possivelmente a origem de todos os mitos greco-romanos.
* Mesmo que escritores helenísticos do mito de Ícaro tenham dito que Hércules construiu um túmulo para o rapaz na ilha de Creta, o herói não era reverenciado por lá.
Antigas fontes romanas indicam que o herói grego veio substituir um antigo pastor mitológico chamado pelos povos da Itália de Garanus (Recaranus), que era famoso por sua força. Enquanto o mito de Hércules incorporou muito da iconografia e da própria mitologia do personagem grego (como a morte de Caco), ele também tinha um número de características e lendas que eram marcadamente romanas. Chegou a ser considerado padroeiro das famílias por tudo que passou com as suas e diz-se que Carmenta (Carmentis), uma divindade romana e uma ninfa da Arcádia, filha do rio Lado, previu o futuro glorioso do herói.

Na Gália, Segomo ("vitorioso, único poderoso") era cultuado como um deus da guerra que, em tempos de religião gálico-romana, foi igualado a Marte e Hércules. O líder mítico Gálates, que constituiu parte da antiga população da Gália central, seria um heráclida.

Detalhe numa porta de bronze,
por Lee Lawrie, 1939, EUA.
Já os gauleses associavam Ogmios a um Hércules mais velho (ou Hermes). Essa divindade era descrita como um homem calvo com um arco e uma clava liderando um bando de homens aparentemente felizes ostentando correntes presas na língua e nas orelhas. Alguns estudiosos encaram isto como uma metáfora para eloquência, possivelmente relacionadas à práticas dos bardos e à capacidade de persuasão de Hércules.

Os celtas na Irlanda acreditavam que seu ancestral Celto seria filho de Hércules. Acreditavam em Ogma, o campeão dos Tuatha de Dannan, que usava sua maça para defender o povo e teria inventado a linguagem rúnica dos druidas, o ogham.

O historiador romano Tácito registra uma afinidade especial dos povos germânicos por Hércules associado a Thunaraz. Ele afirma que existia a memória do herói em celebrações antes de combates com cânticos que acendiam os ânimos. Maças de ouro com inscrições “ao deus Hércules” espalharam-se no período romano. Essas maças foram comparadas à clava de Donar e ao martelo de Thor como amuletos.

A lenda de Hércules também avançou pela Ásia. Megástenes, um enviado grego à Índia, comparou a saga do herói aos feitos descritos no Mahabarata. Cites, personagem mitológico ancestral dos persas, seria um heráclida. Estudiosos das primeiras civilizações associam o herói mesopotâmico Gilgamesh e a divindade fenícia Melqart ao herói grego.


PARTE: I - II - III - IV - V
TRABALHO: I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII
PARTE: VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII - XIII - Livro

sábado, 6 de junho de 2015

Donar

O deus germânico do trovão era Donar. Cultuado pelos celtas, é associado com as grandes florestas de carvalho e leva um machado, símbolo do raio. É comparado ao deus escandinavo Thor - sendo até chamado de Thunnor pelos anglo-saxões - e ao deus eslavo Perun.