Mostrando postagens com marcador lua. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador lua. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Hina

A Grande Deusa dos polinésios era a deusa da lua Hina (ou Moça), que assumia diferentes formas. Em uma lenda, ela era a esposa do ardiloso Maui, e emprestou seu cabelo para ajudar o marido a laçar o sol. Quando chamada de Hine-Tei-Wauin, a Grande Deusa Hina também era a deusa do parto. Ela se apaixonou por um mortal e teve um filho. O parto foi difícil, de modo que a deusa criou um poderoso conjuro que facilitava o parto. Essas palavras mágicas ainda eram recitadas por mães da Nova Zelândia no começo do século XX.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Tsuki-Yomi

O deus da lua japonês era Tsuki-Yomi. Ele surgiu das gotas de água que caíram no olho de Izanagi quando este foi se lavar, depois da viagem a Yomi (o mundo subterrâneo). Tsuki-Yomi era irmão de Amaterasu, mas os dois se separaram quando ele matou a deusa do arroz, Ukemochi. Desde então, noite e dia estão sempre separados.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Mawu e Lisa

O povo Fon, do Benin, acreditava que o deus da criação Nana Buluku era também chamado de Mawu-Lisa, que poderia ser, na verdade, a divisão de seus gêneros ou os nomes de seus filhos gêmeos, Mawu e Lisa. Nana Buluku teria se retirado após a criação, deixando o controle do mundo a cargo de seus filhos.

Mawu, deusa da lua, vivia no oeste e regia a noite; Lisa, o deus-sol controlador do dia, vivia no leste. Durante um eclipse, eles se encontraram e geraram outros sete pares de deuses-gêmeos, entre eles os que governam a terra, as tempestades, o ferro e o mar. Cada par tem sua língua, conhecida só por ele e seus sacerdotes.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Khonsu

O deus da lua Khonsu (ou Khons) em geral era retratado com o astro na cabeça, mas, às vezes, apresentava cabeça de falcão, para mostrar que era também um deus dos céus. Seu nome significa “aquele que vaga”, por causa das viagens da lua pelo céu. Dizia-se que passava de criança a adulto durante a primeira metade do mês, antes de voltar a ser criança, quando a lua minguava.

Era filho de Amon e Mut, formando o trio de deuses adorados na cidade de Tebas.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Hespérides

A rigor, o termo Hespérides designa dois grupos distintos de divindades. O primeiro e mais antigo é o das três deusas primaveris que personificam a luz da tarde e o ciclo do entardecer, representando o espírito fertilizador da natureza. Eram filhas de Nix (a noite) e Érebo (a escuridão). Em outras versões, eram filhas de Éter (luz celeste) e Hemera (luz do dia). Egle (a brilhante), Eritia (a vermelha) e Hespéria (a crepuscular) passeavam pelos céus, encarregando-se de iluminar todo o mundo com a luz vespertina. O séquito celeste era regido por Helio (Sol), Eos (Aurora) e Selene (Lua). Portanto, o ciclo do dia se abria com Hemera, passando pelas Hespérides e finalizando com Nix.


Atlas e as Hespérides, óleo de John Singer Sargent (1924).
O outro grupo é o das sete ninfas do Poente mais comumente ditas como filhas do titã Atlas com Héspera, deusa do entardecer. Também são descritas com filhas de Zeus e Têmis ou de Fórcis e Ceto. Elas eram Aretusa, Cinosura, Ciparissa, Clete, Egéria, Hespéria e Hespéris. Elas possuíam o dom da profecia, da metamorfose e de controlar a vontade dos animais. Eram consideradas guardiãs da ordem natural, dos tesouros dos deuses, das fronteiras entre o dia e a noite e entre os três mundos (Terra, paraíso e mundo subterrâneo). São mais conhecidas por serem as guardiãs dos Jardins de Hera, situados no extremo ocidental do mundo (mais precisamente na Mauritânia, África Ocidental), morando em um palácio em frente à árvore dos pomos dourados.

É possível perceber que a mitologia de Hércules se baseia em ambos os grupos para a penúltima tarefa do herói, quando diz que são três Hespérides, filhas de Atlas, que guardam os jardins.

O Jardim de Roma. Gravura de Giovanni Battista Falda (1680).

sábado, 23 de maio de 2015

Mama Quilla

A irmã e mulher de Inti era a deusa da lua, Mama Quilla. Ela era a deusa da fertilidade, testemunha dos votos de casamento e protetora das mulheres. Com suas diferentes fases, era também associada à passagem do tempo. Os incas eram muito supersticiosos a respeito dos eclipses da lua. Acreditavam que Mama Quilla estava sendo atacada por uma serpente gigantesca. Nessas ocasiões, faziam o máximo de barulho possível para espantar a serpente.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Lua de Sangue

Lua Azul... Super Lua... e agora Lua Vermelha? Isso mesmo! O fenômeno conhecido como Lua de Sangue é originário de um eclipse total da Lua com coloração avermelhada. Ele é o primeiro de quatro eclipses totais que vão acontecer em sequência – conhecido como Tétrade – e que terão seu ciclo encerrado em 28 de setembro de 2015 (ou outros eclipses serão em 8 de outubro de 2014 e 4 de abril de 2015).

Esse fenômeno esteve ligado a diversos tipos de crenças ao longo da história. Na Bolívia, por exemplo, acreditava-se que cachorros corriam atrás do Sol e da Lua e mordiam-nos: era o sangue da Lua que a deixava avermelhada. A população gritava e gemia para espantar os cães.

Em um versículo bíblico do profeta Joel do Antigo Testamento diz que “o Sol se converterá em trevas, e a Lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor”. Em Apocalipse (6:12-14) temos o seguinte:
Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo e sobreveio um grande terremoto. O Sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra como a figueira quando abalada pelo vento forte, deixa cair seus figos verdes. O céu recolheu-se como um pergaminho, quando se enrola. Então todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.
Só neste século serão oito tétrades! Dia 14 de abril de 2014 foi apenas o início da segunda tétrade do século! A primeira foi no biênio 2003-2004 e a próxima será em 2032-2033. Porém, para os judeus, essa tétrade é a mais importante pois os eclipses – tanto em 2014 quanto em 2015 – se alinham perfeitamente com o Pessach (Páscoa) e o Sucot (Festa dos Tabernáculos).

Do ponto de vista científico, a Lua de Sangue é um fenômeno perfeitamente explicado e previsível: a cor avermelhada ocorre porque os raios de Sol que iluminam a Lua nesta ocasião são filtrados pela atmosfera da Terra e chegam a ele com menos luz azul e com tons mais vermelhos.


Para completar, acima e ao lado direito, foi possível ver Marte (o planeta vermelho) e a brilhante estrela Espiga (a estrela mais brilhante da Constelação de Virgem).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Super Lua

Ontem foi noite de Super Lua! Em astronomia, é a ocasião na qual a Lua cheia se situa a não mais de 10% do seu ponto mais próximo da Terra no percurso da sua órbita elíptica (perigeu) de centro não-coincidente com o centro da Terra. Nesse evento, a Lua aparenta ser maior (15%) e mais brilhante (30%) que o normal.

A Super Lua não é rara: acontece a cada 14 meses. Em 2014, a diferença entre o perigeu e a Lua cheia será mínima, de apenas 27 minutos, fazendo com que o evento seja ainda mais espetacular.

Na cultura geral, por vezes associa-se este evento a desastres naturais, como terremotos, vulcões e tempestades, mas também nos oferece espetáculos, como o filmado pelo australiano Mark Gee.

Este blog já falou de outro evento astronômico, a Lua Azul, além de sempre que possível apresentar divindades relacionadas ao astro noturno.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Chang-o

Uma famosa lenda chinesa nos conta como Chang-O se tornou a Dama da Lua, mas são inúmeras as versões ou pequenas variações. Vou colocar algumas delas em outra cor.

Chango-O e seu marido, o herói arqueiro Hou-Yi, foram banidos dos céus pela Grande Rainha, depois que ele matou alguns de seus filhos. Arrasado, Yi enfrentou inúmeros perigos para recuperar sua imortalidade. Acabou sendo presenteado por Xi Wangmu com a Pílula da Imortalidade (ou um Elixir da Vida que teria sido roubado da Rainha dos Céus). Assim que chegou em casa e contou para Chang-O, foi novamente chamado para uma missão divina. Hou-Yi pediu que sua esposa guardasse em segredo a pílula para que eles tomassem juntos assim que ele voltasse da missão, avisando que só metade dela daria a imortalidade (Alguns dizem que ela não sabia o que era, mas foi tentada pela maravilhosa fragância).

Mas a curiosa esposa não aguentou e resolveu comer sua metade logo que seu marido saiu. Porém, Hou-Yi precisou voltar e, temendo ser punida, Chang-O engoliu a pílula inteira. A overdose mágica fez com que a mulher começasse a flutuar sem parar e seu marido não conseguiu alcançá-la.

Temendo uma punição divina (ou as flechas certeiras do marido), Chang-O se escondeu na Lua, onde encontrou a Lebre de Jade. Pediu que ela a ajudasse a criar uma nova pílula que a fizesse voltar à Terra, mas até agora nada conseguiu. Algumas histórias dizem que ela teria sido transformada em um sapo de três pernas (as fases lunares) no caminho até a Lua.

Ocasionalmente, é chamada ao convívio dos deuses, mas fica relutante em ir por ter se envolvido com um espírito. É simpática aos amantes e possui um festival em sua homenagem no décimo quinto dia do oitavo mês lunar (quando Hou-Yi poderia visitá-la). É também chamada de Zhang-O ou Chang'E.

Muitos a colocam como o princípio feminino da Lua (Yin) e seu marido como o princípio masculino do Sol (Yang), porque, na versão em que o elixir teria sido roubado, a Rainha dos Céus puniu o casal transformando-os nos astros que não se encontram nunca.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lua Azul

A Lua azul vista hoje na Acrópole
Quem olhar para o céu hoje à noite vai ver um evento que só acontece, em média, a cada três anos: a Lua Azul. Mas não se engane com o nome, pois não tem nada a ver com a cor do astro. Ela é, na verdade, o acontecimento de duas luas cheias em um mesmo mês. Só isso. A primeira foi no dia 2 de agosto e tivemos outra hoje, dia 31.

As últimas luas azuis ocorreram em 31 de maio de 2007 e 31 de dezembro de 2009. As próximas deverão ocorrer em julho de 2015, janeiro e março de 2018, outubro de 2020, agosto de 2023, maio de 2026, dezembro de 2028... e assim por diante.

O registro da Lua Azul não é considerado um evento da astronomia. Ele ocorre por causa da falta de sincronização entre o calendário de fases da Lua (29,5 dias) e o calendário gregoriano (meses de 30 ou 31 dias, menos fevereiro), adotado na maior parte do mundo. "É mais um evento popular, que os místicos gostam de invocar, e não tem importância astronômica", diz Gustavo Rojas, astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos.

Fevereiro é o único mês que não pode ter a Lua Azul, mesmo em anos bissextos. Inclusive é possível um ano não ter nem uma lua cheia no mês de fevereiro, nesses anos, acontece uma Lua Cheia no final de janeiro e a outra no início de março, ou seja duas Luas Azuis no mesmo ano. Isto ocorre em média a cada 35 anos.

De acordo com alguns historiadores, o nome Lua Azul foi criado no século XVI, porque algumas pessoas diziam que viam a lua azulada, enquanto outras a viam cinza. Muitas discussões ocorreram até se concluir que era impossível a Lua ser azul. Criou, assim, uma espécie de expressão linguística que passou a ser sinônimo de algo impossível ou difícil. O termo ganhou força principalmente nos EUA e algumas frases como "só me caso com você se a lua estiver azul" foram rapidamente popularizadas.

Segundo Rojas, a escolha do nome "Lua Azul" para descrever duas luas no mesmo mês foi infeliz porque a expressão já era usada na astronomia para descrever anos tropicais com 13 luas cheias, onde pelo uma das estações do ano tem quatro luas cheias, em vez de três. O novo uso da expressão surgiu em 1946, por erro de um astrônomo amador, que acabou se perpetuando.

domingo, 8 de abril de 2012

Coelhinho da Páscoa

Para os cristãos, o domingo de Páscoa marca a ressurreição de Cristo. A sexta-feira santa é a data do sofrimento e da crucificação de Cristo.

Mas o que o COELHO tem a ver com isso???

No Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos pagãos da Antiguidade consideravam o coelho branco como um símbolo da Lua e da Primavera. Portanto, é possível que ele tenha se tornado símbolo pascoal pelo fato da Lua determinar a data da Páscoa, que costuma cair próximo ao início da estação. Além disso, coelhos são mamíferos roedores muito férteis. O seu período de gestação não passa de quarenta dias (quaresma). A ideia da fertilidade foi utilizada pela Igreja como propagação rápida dos ensinamentos cristãos, com objetivo de aumentar a quantidade de discípulos sem distinção.

No Brasil, acredita-se que a tradição do coelho date do início do século XX, trazida em 1913, por imigrantes alemães. Conta a lenda que uma mãe muito pobre, sem ter o que dar para as crianças no dia de Páscoa, resolveu pintar ovos de galinha com cores vivas. Quando as crianças viram os ovos, lindos e coloridos, ficaram muito animadas. A alegria dos meninos assustou um coelho que, saltitando, se afastou do local e fez com que as crianças achassem que aqueles ovos tinham sido botados pelo bichinho!

No resto das Américas pode ter chegado por volta de 1700. Pelo mundo, outros animais participam das festividades: crianças tchecas acreditam que são cotovias que levam presentes, enquanto na Suíça, são os cucos que o fazem.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval


A implantação da Semana Santa pela Igreja Católica no século XI redefiniu os feriados eclesiásticos ao colocar a Páscoa no primeiro domingo após a primeira lua cheia a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul)*. A Páscoa é antecedida por quarenta dias de jejum (Quaresma), que havia sido definido pelo papa Gregório I no início do século VII. Esse longo período de privações acabou por incentivar a reunião de diversas festividades nos três dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma, há exatos sete domingos da Páscoa. Esses três dias eram chamados de "dias gordos". E, assim, nasceu o Carnaval.
* Por essa razão tanto a data da Páscoa quanto a do Carnaval são móveis. Na década de 1970, empresários do ramo turístico e agentes hoteleiros iniciaram um movimento para determinar uma data fixa para a folia, sob a alegação que a mobilidade do calendário traz prejuízos econômicos, uma vez que dificulta o planejamento de viagens. Por enquanto, não houve sucesso e a tradição católica se mantém.
Embora de origem ainda incerta, a palavra "carnaval" (carnis valles em grego, ou carnem levare em latim medieval) está relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne antes do grande jejum. A "terça-feira gorda" é também conhecida pelo nome francês Mardi Gras, que se tornou referência de carnaval pelo mundo (mas não é um feriado reconhecido por lei).

As festividades podem ter se originado de rituais pagãos para homenagear o início do Ano Novo e o renascimento da natureza. Na Antiga Roma, o carnaval prolongava-se por sete dias em dezembro. Todas as atividades e negócios eram suspensos neste período: os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que quisessem e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradicionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Saturno eram retiradas, como se a cidade o convidasse para participar da folia.

Alguns consideravam o carnaval uma festa para celebrar a colheita, homenageando o deus Baco com bebida e sexo. O Rei Momo representava o deus. Essas festas seriam semelhantes às festas gregas para Dionísio.

No período do Renascimento, surgiram os bailes de máscaras, com suas ricas fantasias e os carros alegóricos, que – junto com as festividades de rua – acabaram se tornando os precursores do carnaval moderno. No século XIX, Paris e Nice foram as cidades francesas exportadoras das fantasias e alegorias carnavalescas.

O CARNAVAL NO BRASIL
Se hoje o Carnaval parece parte natural e essencial do que o Brasil efetivamente é, houve um tempo não muito distante em que a festa simplesmente não existia, ou acontecia somente com a timidez e o recato dos bailes europeus. Em meados do século XVII os primeiros bailes de máscara já eram registrados em solo brasileiro, mas as primeiras festas de rua só foram acontecer no século XIX.

Baile no Brasil Império.
O samba nasceu na Bahia, mas logo foi para o Rio, e se desenvolveu. O primeiro “rancho carnavalesco” – que daria origem, anos depois, aos blocos e às escolas de samba – foi o Reis de Ouro, fundado em 1893 no Rio de Janeiro pelo pernambucano Hilário Jovino Ferreira como uma derivação da festa da Folia de Reis. O Reis de Ouro apresentou novidades que até hoje permanecem, como a ideia de enredo, o uso de instrumentos de corda e de instrumentos africanos, como pandeiros, tantãs e ganzás, e o casal de mestre-sala e porta-bandeira. Por mais que o samba e as festas de rua fossem criminalizados, as autoridades gostaram do Reis de Ouro, e no ano seguinte à sua fundação o rancho chegou a desfilar diante do presidente Deodoro da Fonseca. Porém, o apreço do presidente não tirou os desfiles da marginalidade, e Hilário foi preso algumas vezes.

Em 1889, acontecem os primeiros registros de blocos autorizados pela polícia – entre eles, o Grupo Carnavalesco São CristóvãoBumba meu BoiEstrela da MocidadeCorações de OuroRecreio dos InocentesUm Grupo de MáscarasNovo Clube TerpsícoroGuaraniPiratas do AmorBondengóZé PereiraLanceirosGuaranis da Cidade NovaPrazer da ProvidênciaTeimosos do CatetePrazer do LivramentoFilhos de Satã e Crianças de Família.

Por volta de 1907, nascia o que hoje ainda é uma das festas mais tradicionais e grandiosas do país: em Olinda, tinha início o Carnaval da cidade através do Clube Carnavalesco Misto Lenhadores e, em 1912 do Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas – já trazendo o frevo como característica do Carnaval pernambucano. Os bonecos de Olinda apareceram pela primeira vez em 1932, com o aparecimento do “Homem da Meia-Noite” na festa.

O Homem da Meia-Noite
Em 1914 o Carnaval também já era popular em São Paulo, e foi nesse ano que Dionísio Barbosa, que havia morado no Rio e conhecido os primeiros ranchos cariocas, funda o Grupo Carnavalesco da Barra Funda, conhecido como o primeiro bloco da capital paulista. Em 1918, o mais antigo bloco ainda em atividade do Rio de Janeiro é fundado: o Cordão do Bola Preta, até hoje um dos maiores e mais populares da cidade e do mundo.

Em 1928, no Rio, a Deixa Falar surgiu para se tornar a primeira Escola de Samba do Brasil, diferenciando-se dos blocos, que já existiam. Seus membros ensinavam para a população e difundiam o samba de cada ano, e o desfile visitava outros bairros a fim de popularizar a agremiação. Fundada e batizada no bairro do Estácio por Ismael Silva, junto de outros grandes sambistas como Bidê e Marçal, o sucesso da Deixa Falar – que viria a se tornar a Estácio de Sá – serviu como estímulo para a fundação de outras escolas ainda na virada dos anos 1920 para os anos 1930, como a Cada Ano Sai Melhor, Estação Primeira (Mangueira), Vai como Pode (Portela), Vizinha Faladeira e Para o Ano sai Melhor.

O Carnaval só seria reconhecido, oficializado e autorizado pelas autoridades cariocas, porém, em 1935, através de um decreto do prefeito Pedro Ernesto. A essa altura as escolas já eram populares, a tal ponto que o jornal Mundo Esportivo, editado pelo jornalista Mário Filho (que dá nome ao estádio do Maracanã) organizou, em 1932, o primeiro desfile competitivo de escolas de samba, vencido pela Mangueira.

Os Desfiles de Escolas de Samba se tornaram o evento mais midiático do Carnaval do Rio de
Janeiro, porém, sua essência está na festa de rua. Nos anos 1950, gente fantasiada se misturava nas avenidas ao pessoal de paletó. No baile do Copacabana Palace não faltavam marmanjos cantando marchinhas de smoking, correndo atrás de colombinas da alta sociedade.

Vassourinhas de Pernambuco seria fundamental no nascimento de outra marca fundamental do Carnaval brasileiro: o surgimento dos trios-elétricos em Salvador. Foi vendo um desfile do Vassourinhas com uma banda de fanfarra pelas ruas de Salvador, diante da animação que contagiou o povo baiano no ano de 1950, que Dodô e Osmar decidiram subir em um carro, ligar um violão e um protótipo de guitarra na bateria do automóvel e tocar frevo pela cidade. O arremedo de trio incendiou o povo, e, em 1952, através de um patrocínio, a dupla elétrica já estava em um carro maior. Em 1953, com o surgimento de outros grupos, o termo “Trio Elétrico” se consolidaria.

O "trio elétrico" em 1952.
A marca da marginalização e perseguição policial ficou para trás, e hoje o Carnaval é, em todo o país, uma festa de dimensões gigantescas que movimenta uma indústria. Em 2012, o Galo da Madrugada, bloco fundado no Recife em 1978, e o carioca Bola Preta teriam reunido cerca de 2,5 milhões de pessoas, e o Galo acabou recebendo o título de maior bloco do mundo pelo Guinness Book, que também declarou o carnaval do Rio de Janeiro como o maior carnaval do mundo.

O CARNAVAL NO MUNDO
NA AUSTRÁLIA
Mais que uma celebração hedonista, o Mardi Gras LGBT de Sydney é um festival multifacetado, que além de parada gay tem mostra de filmes e painéis de debates sobre a condição dos homossexuais.

NA ÁUSTRIA
Em Nassereith, uma pequena vila austríaca com pouco mais de 2 mil pessoas próximo à fronteira com a Alemanha, há registros de uma folia desde 1740. É o Schellerlaufen, com dois personagens principais: alguém fantasiado de urso representando a primavera que chega, e um caçador simbolizando o inverno.

NO CANADÁ
Conhecido como o maior carnaval de inverno do mundo, a folia na cidade de Quebec dura três semanas com concertos musicais, esculturas de neve, paradas noturnas e atividades esportivas, como competição de canoas e pesca no gelo. Mesmo com 10 graus negativos o carnaval do Canadá atrai milhares de pessoas do mundo.

NA COLÔMBIA
Na cidade de Bogotá acontecem uma série de eventos típicos e espetáculos em ritmos folclóricos. A festa foi considerada pela Unesco como “Obra Mestra do Patrimônio Oral e Intangível da Humanidade”, tem o clímax com a Batalha das Flores, onde as flores utilizadas para enfeitar os carros alegóricos são jogadas no público.

NO EQUADOR
No Equador, o carnaval dura duas semanas. As pessoas festejam indo para as praias jogar balões de água em amigos e também em pessoas desconhecidas. Acontecem desfiles com carros alegóricos feitos por todos os tipos de flores e frutas.

NA ESLOVÊNIA
O carnaval esloveno é diversificado e rico. O personagem mais popular da folia é o Kurent, uma fantasia com uma máscara monstruosa e demoníaca. Acontecem desfiles numa mistura de celebrações ocidentais e o antigo paganismo eslavo. Na quarta-feira de cinzas ocorre o enterro do pust, um boneco que simboliza todos os males.

NOS EUA
Em vez de samba, muito jazz. No lugar da cachaça, aguardiente de Ojén (bebida espanhola à base de anis). Mas o Carnaval de New Orleans tem semelhanças com o brasileiro pela influência da cultura negra – que se mistura com ícones da mitologia grega –, uma terça-feira gorda e até um tipo de Rei Momo. A festa tem um apelo internacional tão forte que o número de pessoas na cidade dobra nos dias dessa celebração americana.

Em Louisiana, a graça – além de se embebedar – é mendigar comida dos sítios da região para engrossar um gumbo (guisado típico) do bloco de fantasiados. Ganhar uma galinha viva é motivo de comemoração. O costume caipira tem origens na Europa Medieval, quando pobres se juntavam em datas próximas a festividades religiosas para pedir alimento nos castelos – cantando e dançando em retribuição à generosidade dos abonados.

Cabeções franceses.
NA FRANÇA
Os pontos altos do carnaval na cidade de Nice são os bonecos gigantescos de papel machê (semelhantes aos de Olinda) e a célebre Batalha das Flores na Riviera Francesa, quando foliões em carros alegóricos ou no chão mesmo atiram flores de todas as cores em quem estiver por perto.

NO HAITI
Carnaval no Haiti é época de marchar, cantar, dançar, se divertir, relaxar e um momento em que a sociedade aceita qualquer e quase todos os tipos de comportamento. Na ocasião acontecem canções para protestar a respeito de algo. Com a abertura política no país, a sátira carnavalesca se tornou ainda mais escancarada.

NA ITÁLIA
É na época do carnaval que Veneza recebe o maior número de turistas. A cidade ganha um aspecto de baile de máscaras a “céu aberto”, quando ricos e pobres se unem. As festas são celebradas no interior de palácios antiquíssimos com direito a fantasias super requintadas. A famosa máscara de nariz proeminente e pontiagudo representa o personagem “médico da peste”, inspirada numa proteção inventada no século XVII pelo médico Charles de Lorme para evitar que se infectasse com as doenças de seus pacientes.

NO JAPÃO
O festival Asakusa Samba Carnival tem carros alegóricos, ala das baianas, samba cantado em português e até passistas vestindo roupas importadas do Brasil! Muitas pessoas saem nas ruas para curtir a folia com samba no pé. O interessante é a presença de vários brasileiros, principalmente em lugares de destaque como nos carros alegóricos e puxadores de samba.

NA REPÚBLICA DOMINICANA
O carnaval dominicano é um verdadeiro show de identidade cultural sem limites para o colorido. O mais apreciado em muitas cidades é a brincadeira tradicional dos demônios espectadores que perseguem as pessoas que se aventuram em seu caminho.

NA SUÍÇA
O carnaval na Suíça tem início na segunda-feira, antes da quarta de cinzas, aproximadamente às 4h da manhã, com o Morgestraich, quando todas as luzes se apagam e várias pessoas desfilam com lanternas pelo centro da cidade ao som de músicas carnavalescas com flautas e tambores.

referência 1

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Coyolxauhqui

Disco com representação de Coyolxauhqui desmembrada

Coyolxauhqui é a antiga deusa da lua asteca. É filha de Mixcoatl e Coatlicue, irmã e líder dos malígnos Centzonuitznaua.

Sua mãe Coatlicue ficou magicamente grávida quando uma bola de penas de beija-flor tocou seu colo. Acreditando que isso seria a desonra da família, Coyolxauhqui juntou seus irmãos e irmãs para matá-la e impedir o nascimento de seu irmão bastardo, Huitzilopochtli. Coatlicue acelerou, então, o nascimento do deus que saiu já crescido e armado para a batalha. O deus decapitou todos os irmãos e os atirou aos céus para que sua mãe - que reprovou tamanha violência - se confortasse vendo seus filhos: Coyolxauhqui tornou-se a lua e deusa da Via Láctea, ainda líder de seus irmãos que se tornaram as 400 estrelas meridionais. Como Huitzilopochtli se tornou o deus-sol, acredita-se que o combate entre irmãos acontece sempre, na passagem do dia para a noite. Os rituais de sacrifício à deusa ocorriam da mesma forma que ocorreu com ela: primeiro, cortava-se mãos e pernas e, em seguida, tirava o coração e decapitava.

O nome de Coyolxauhqui significa "face pintada com sinos", devido aos minúsculos sinos de ouro que usava no rosto. Dizia-se que, quando a lua surgia grande e vermelha, era possível ver os sinos. Suas representações costumam ser apenas de sua cabeça em forma de disco, com marcações nas bochechas dos sinos, brincos com o ano solar e bolas aladas na testa. Se representada de corpo inteiro, utiliza um cinto de caveiras que seriam as cabeças de seus irmãos.

Alguns estudiosos acreditam que Coyolxauhqui possa ter sido uma divindade ainda mais primitiva, ligada à fertilidade da terra e dos homens. Seu irmão seria um deus da guerra e a disputa entre os dois seria uma forma de um culto guerreiro assumir a liderança política e social da população.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ixchel

Ixchel ou Ix Chel ("A de pele branca" ou, talvez, "Arco-Íris") era a deusa do amor, da gestação, dos trabalhos têxteis e da lua. Possivelmente, a maior deusa na mitologia maia, era também conhecida como Lady Arco-Íris, Mãe-Terra e Caverna da Vida. Muitos crêem que ela era a deusa jaguar da medicina e do parto na antiga cultura maia.

Como deusa da pintura e dos tecidos, Ixchabel Yax, foi casada com o grande Itzamna, com quem teve inúmeros deuses celestes. Mesmo casada, Ixchel é conhecida por seus inúmeros amantes. Quando se enchia dos ciúmes deles, ficava invisível por um bom tempo, apenas ajudando mães e seus recém-nascidos. Nessa forma, era representada por uma jovem e um coelho, símbolo de fertilidade e abundância no mundo inteiro.

Existem registros de inúmeros rituais xamanísticos dedicados à deusa no século XVI. Em sua manifestação agressiva, era a deusa das tempestades, representada por uma velha com uma serpente na cabeçamãos e pés em garras e ossos cruzados nas roupas que esvazia os recipientes de cólera sobre o mundo. Seu poder de trabalhar com a serpente do céu para provocar enchentes era muito temido. As inundações seriam produto de sua raiva pelos humanos e a maior delas pode ter sido o Grande Dilúvio que também aparece na mitologia cristã. Seus sacerdotes tentavam acalmá-la com sacrifícios freqüentes. O jarro esvaziando que aparece em várias de suas representações também pode ser referente ao ciclo lunar, uma vez que remete à lua minguante. E essa simbologia possui ligação direta com as funções maias de uma parteira (o jarro esvaziando seria o nascimento) e com o ciclo menstrual.

Possuía templos nas ilhas mexicanas de Cozumel e Isla Mujeres, onde grandes cerimônias eram realizadas em sua honra no sexto dia de lua. De um porto na península de Quintana Roo, partiam as canoas de peregrinos até os templos para solicitar ao oráculo da deusa (um sacerdote que ficava dentro de uma estátua feminina) um bom parto.

Estátua de Ixchel na ponta sul da Isla Mujeres, onde ainda existem ruínas de seu templo.(Foto: Arquivo pessoal)

terça-feira, 16 de março de 2010

Igaluk e Malina

Igaluk é o Homem da Lua, uma poderosa divindade da mitologia inuíte* associada à passagem das estações do ano e o movimento das marés, que também tinha controle sobre os animais.

Igaluk e sua irmã, Malina, eram muito próximos na infância, mas foram separados na juventude entre o alojamento dos homens e das mulheres. Um dia, Igaluk espiou o alojamento feminino numa noite de danças e descobriu que sua irmã era a mais bela. Desejoso, o rapaz protegeu sua identidade na escuridão, invadiu o alojamento e a violentou. Insatisfeito, Igaluk voltou na noite seguinte, porém Malina estava com as mãos cheias de fuligem e óleo de uma lamparina quebrada e conseguiu marcar seu agressor, que, para sua supresa, descobriu ser seu irmão. Desesperada e quente de raiva, Malina cortou seus seios e os ofereceu para Igaluk comer na frente de todos na aldeia. Em seguida, com uma tocha na mão, saiu fugida. Humilhado e envergonhado, Igaluk saiu atrás dela, seguindo as manchas de sangue, mas escorregou na neve ensanguentada e sua tocha perdeu força. Os dois correram tão rápido que uma lufada de ar os elevou aos céus, onde ela se tornou o Sol com sua chama brilhante e ele, a Lua com sua pouca luz.

A lenda da ascensão aos céus dos irmãos pode sofrer pequenas variações, mas a idéia central é essa.

Igaluk é tão obcecado por sua irmã que frequentemente se esquece de comer e vai afinando (Lua Minguante). Uma vez por mês, o deus some por três dias e desce à terra para poder comer (Lua Nova). Quando ocorre um eclipse, os povos do Ártico se amedrontam, pois acreditam que é mais um estupro. Durante um eclipse solar, os homens são proibidos de sair. Nos eclipses lunares, as mulheres não saem de suas casas. Quando ocorre o fenômeno atmosférico do parélio (halo ao redor do sol - foto), diz-se que Malina está comemorando o nascimento de uma menina ou a morte de um homem.


Povos no Alaska consideram Igaluk a divindade máxima do panteão. Na Groenlândia, é também chamado de Aningan.

* Inuit significa "pessoas" (singular, inuk) no idioma das civilizações que vivem no Ártico. São os chamados esquimós, que, na verdade, é um termo pejorativo entre os povos do Ártico que significa "comedores de carne crua".

segunda-feira, 8 de março de 2010

Jaci

Na cosmologia de alguns povos nativos do Brasil, Jaci é a Lua, irmã e também esposa de Coaraci, o Sol.

Assim diz a lenda que pode nos revelar a origem do nome da deusa (o lago) e entender como a Iara, poderia ser irmã de Jaci em alguns contos:
Irmã se apaixonou pelo irmão e o visitava cada noite em sua rede, misteriosamente, protegida pelas trevas. Para descobrir quem era aquela que o despertava para o amor, o irmão umedeceu-lhe as faces com urucum. E ela que habitava as margens do lago Iaci, espelhou-se em suas águas e viu que estava marcada para sempre. Manejando o arco, despediu flecha após flecha, até formar uma longa vara, e por ela subiu para se transformar na Lua. O irmão que habitava o alto da serra, indo vê-la e não a encontrando, de dor metamorfoseou-se em mutum (um pássaro). Ela agora vem mensalmente mirar-se nos espelhos dos lagos para ver se desapareceram as manchas.
Mas, para divinizá-la, algumas lendas fizeram com que o deus maior, Tupã, fosse responsável pela sua criação para ser a rainha da noite e trazer suavidade e encanto para a vida dos homens. Em outras, Coaraci teria transformado a mais bela "indígena" criada por ele na Lua.

Ela aparecia em duas formas: Jacy Omunhã (Lua Nova) e Jacy Icaua (Lua Cheia). É dito que Sumá, deusa guerreira da ira, era sua filha com Tupã. Também teria sido mãe de Araci com o mortal Itaquê.

Tornou-se mãe dos frutos, presidindo a vida vegetal, e controlava os gênios das florestas como o Saci, o Boitatá e o Curupira. Ela teria ensinado ao primeiro pajé como apaziguar os espíritos malignos e conversar com as almas dos antepassados. É também protetora dos amantes e da fertilidade, sendo comprada a Ártemis, na mitologia grega, a Vishnu, na mitologia hindu, e a Ísis, na mitologia egípcia.

terça-feira, 2 de março de 2010

Chandra

Estátua de Chandra
(séc. XIII, British Museum)
Chandra, o deus da lua, nasceu enquanto os deuses criadores hindus mexiam o mar de seiva. Por essa razão, também é conhecido como Soma, a bebida sagrada dos deuses (semelhante à ambrosia grega). Chandra minguava porque todo os dias os deuses pegavam um pouco de Soma, e voltava a crescer quando o deus Surya levava água para restaurar-lhe as forças. É descrito como um belo jovem de pele era branca como a seiva que tinha em suas mãos uma lótus e algumas espadas. Dirigia a carruagem lunar (a própria Lua) puxada por dez antílopes brancos (ou cavalos).

Por vir da seiva, era considerado um deus da vegetação e também um deus da fertilidade ao ser responsável pelo orvalho que cai a noite e é capaz de gerar vida na natureza. Por isso, quando um casal deseja ter filhos, orava para Chandra. Era dito que Buda era seu filho com a deusa Tara.

Seu nome significa "radiante" e também era chamado de Rajanipati (Senhor da Noite), Kshuparaka (Aquele que ilumina a noite) e Indu (Gota brilhante, o primeiro chakra). Era considerado um graha, uma força cósmica capaz de determinar o comportamento dos seres vivos. Graha também pode significar "planeta", referenciando a influência dos astros na vida terrestre. Na astrologia védica, Chandra reina sobre o signo de Câncer, e é responsável pela mente, pelas emoções e pela sensibilidade. Alguns atributos associados:

  • ANIMAL: Antílope e coelho
  • ALIMENTO: Arroz
  • DIA: Segunda-feira
  • COR: Branca
  • ELEMENTO: Água
  • METAL: Prata
  • PEDRA: Pérola e selenita
  • ESTAÇÃO: Inverno
  • DIREÇÃO: Noroeste