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quarta-feira, 7 de março de 2018

Apep

O deus-cobra Apep, enrodilhado no mundo subterrâneo, tinha poder suficiente para aniquilar suas vítimas. Todos os dias, quando o deus-sol viajava pelo mundo subterrâneo, Apep atacava o barco do deus. Os mortos, liderados por Seth, um deus de força insuperável, conseguiam todas as noites derrotar a serpente, permitindo que o barco passasse. Mas todos os dias Apep revivia, pronto para atacar o deus-sol de novo e aterrorizar com seu sibilo ensurdecedor todas as almas recém-chegadas.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Khonsu

O deus da lua Khonsu (ou Khons) em geral era retratado com o astro na cabeça, mas, às vezes, apresentava cabeça de falcão, para mostrar que era também um deus dos céus. Seu nome significa “aquele que vaga”, por causa das viagens da lua pelo céu. Dizia-se que passava de criança a adulto durante a primeira metade do mês, antes de voltar a ser criança, quando a lua minguava.

Era filho de Amon e Mut, formando o trio de deuses adorados na cidade de Tebas.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Bes

Considerada a divindade doméstica mais popular do Egito, Bes era um anão libidinoso, rude e cômico. Amante da música, do canto e das bebedeiras, era associado a todos os prazeres humanos. Mas também protegia as pessoas do mau olhado e dos espíritos ruins, sendo muito adorado pelo povo. Trazia prosperidade aos recém-casados, encorajava o amor livre e cuidava das crianças. Todas as casas tinham a sua imagem esculpida nas cabeceiras das camas ou nos espelhos, ou pintada nas paredes dos dormitórios – até mesmo nos reais. Junto com Taweret, cuidava das mulheres que estavam dando à luz e, por isso, em casas onde iria acontecer um parto se via sua figura desenhada sobre a cama da mulher grávida. Seus símbolos eram instrumentos musicais – como o pandeiro e a harpa – e as facas.

Bes era representado com um rosto largo e barbudo, grande orelhas pontudas e uma língua comprida, que alguns diziam parecer estar com uma máscara. Gordinho e de pernas arqueadas, vestia uma pele de leopardo ou leão, com a própria cauda do animal, e uma pena de avestruz nos cabelos despenteados. Acreditava-se que sua feiúra afastava os espíritos malignos e, por essa razão, ao contrário dos outros deuses egípcios que só eram pintados de perfil, Bes era sempre retratado de frente. Também por causa de sua feiúra, Bes se tornou o deus dos cosméticos e de todas as formas de embelezamento feminino. Sua imagem era reproduzida em tubos de kajal, potes de rouge e cremes, e frascos de perfume.

Quando os egípcios foram dominados pelos romanos, por volta de 31 a.C., as forças invasoras adotaram o deus, mas substituíram suas vestes egípcias pelas de legionário romano. Era também chamado de Besu ou Bisu.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Ammut

A deusa Ammut ficava ao lado da balança, quando o coração dos mortos era pesado, na entrada do outro mundo. Se o morto tivesse levado uma vida má e não estivesse em condições de sobreviver no outro mundo, ela comia seu coração; daí vinha seu título, Devoradora dos Mortos. Sua forma incorporava três dos animais mais temidos do antigo Egito: cabeça de crocodilo, corpo de leão e quarto traseiro de hipopótamo.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Deuses do Egito

Deuses do Egito (Gods of Egypt, 2016) é um filme errado por inúmeras razões.

A principal delas talvez seja a polêmica gerada pela falta de atores negros no elenco de um filme que deve representar o Egito Antigo. E essa polêmica está no auge de Hollywood. Na verdade, até tem um personagem negro com certa importância (o deus Thot, de Chadwick Boseman), mas é perceptível que os papéis principais ficaram com atores brancos de pele bronzeada – e ainda tem uma cota com uma atriz vietnamita (Elodie Yung, a deusa Hator). Aconteceu algo invertido no primeiro filme do Thor... Mas eu preciso fazer um destaque importante:
Veja pinturas do Egito Antigo e você não encontrará pessoas negras! Elas eram pintadas de um alaranjado (às vezes puxando pro vermelho, às vezes para o amarelo). Quem disse que naquele tempo o Egito só tinha negros? Só por que é na África. Não. A probabilidade é que o tom de pele da época seja um marrom avermelhado, uma pele árabe bronzeada de sol. Nas pinturas egípcias, a cor negra estava associada tanto à noite e à morte, quanto à fertilidade e à regeneração, uma vez que o solo do Rio Nilo era enegrecido. A cor era usada em sobrancelhas, olhos e detalhes.
Bom... outro erro está nas atuações. Eu realmente gostaria de saber o que levou Geoffrey Rush () Gerard Butler (Set) e Nikolaj Coster-Waldau (Horus) a aceitarem os papéis principais nesse filme. Se foi dinheiro, eles devem repensar suas estratégias de carreira porque o filme custou U$140 milhões e não rendeu nem 30. Todos parecem estar em "modo automático/over" e Butler ainda tem um momento Leônidas de Esparta... Se foi para alavancar a carreira do jovem casal protagonista que nem vale citar o nome, também não deu.


Mas esse erro pode estar no próprio roteiro do filme. O irmão ciumento (Set) que toma tudo do irmão bonzinho (Osíris) e vira um ditador que quer dominar absolutamente tudo é comum e foi mal trabalhado, pois ficou raso e sem propósito, gratuito mesmo. As motivações e conexões entre os personagens também não possuem desenvolvimento ou profundidade e vão do 8 ao 80 em segundos. O amor do ladrão a la Indiana Jones e da jovem puríssima não engrena, assim como o amor entre os deuses não convence. Não que eu tenha ido ao cinema ver uma obra-prima do cinema, mas nem os efeitos especiais e os cenários exuberantes chamam atenção.


Mas vamos à mitologia em si...

Começo dizendo o seguinte: a mitologia egípcia não é de grandes sagas e histórias como as mitologias grega, escandinava, japonesa, celta... Que eu saiba, a mais importante é realmente essa relação entre Osíris, Set, Ísis e Horus. Assim que puder, pesquisarei melhor sobre isso... mas essa situação acaba por tornar todo o filme um erro. Nem mesmo a história entre esses deuses ficou boa.

As representações dos deuses egípcios realmente tinham uma versão humana e outra zoomorfizada, ou seja, com cabeça de animal, mas nada de armaduras Transformers! O fato de serem maiores do que os humanos é uma livre interpretação do "Peso da Alma", uma regra artística que coloca deuses e faraós (representantes divinos na Terra) maiores do que as pessoas comuns em pinturas. Mas sangue de ouro... isso é coisa de Percy Jackson. Já as serpentes gigantes que soltam fogo, parecem coisa de Fúria de Titãs.


Já o além-vida é realmente uma das partes mais importantes da religião/mitologia egípcia: praticamente todos os deuses possuíam alguma relação com o pós-vida. Anúbis (o deus-chacal que talvez seja a cara mais conhecida dessa mitologia) e o Salão das Duas Verdades (onde uma pena é usada como medida de peso) fazem parte da caminhada de toda alma. Porém, aquela passagem luminosa que parecia um olho e levava as almas após a pesagem não existe. O sistema é outro que planejo descrever aqui um dia.

Acho que o filme serve para mostrar que esses deuses também existem. A correlação deles está correta: Rá é o deus-sol, Horus é o céu, Hator é a deusa do amor (entre outras coisas), Thot é o deus da sabedoria, Apep (Apófis) é um grande demônio, etc etc. Confesso que não sei qual roteiro tornaria esses deuses atrativos por causa da ligação com a morte, mas merecia mais.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Hapi

Hapi era o deus das enchentes do rio Nilo. Vivia numa caverna, perto da catarata do rio. Era sua tarefa manter as duas margens do rio sempre férteis, e fazia isso espalhando sementes na água, quando ela fluía para a terra. Era retratado com grandes seios pendentes e ma barriga pronunciada, ambos símbolos de fertilidade. Na cabeça, usava enfeites feitos de plantas aquáticas.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Chu

Chu, deus do ar e pai dos gêmeos Geb e Nut, foi criado por Rá-Aton. Era às vezes retratado de joelho segurando os céus nos ombros. Sua principal tarefa era trazer o deus sol e o faraó à vida no começo de cada novo dia. Também era um torturador que sacrificava as almas dos maus no mundo subterrâneo.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mut

Mut (ou “mãe”) podia ser representada como uma vaca ou um gato, já que era às vezes identificada com as deusas Hator e Bastet. Usava um adorno de cabeça em forma de abutre ou coroas (branca ou dupla).

Com seu marido Amon e o filho Khonsu, formava o trio de deuses adorados na cidade de Tebas. Os egípcios acreditavam que, quando uma rainha engravidava, Mut descia à terra, transformava-se na rainha e dava à luz o futuro faraó.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Nefertum

Na mitologia egípcia, Nefertum (ou Nefertem) era uma divindade primeva da cidade de Mênfis, deus solar dos perfumes. Seu nome poderia ser traduzido como "o Todo ressurgiu" ou "o recém-surgido é completo". De acordo com um mito de criação antigo, Nefertum teria surgido do oceano primevo sobre um botão azul de lótus, tornando-se "aquele que traz a luz", o primeiro raio de sol.

Acredita-se que Nefertum possa ser a criança que, ao amadurecer, se torna o deus . Ou, então, seria a flor sobre o nariz desse deus, perfumando e iluminando seus caminhos. No Livro dos Mortos está escrito:
Levanta-te como Nefertem do lótus azul, para as narinas de Ra, o deus solar criador, e saia no horizonte a cada dia.
Alguns egiptólogos acreditam que a influência do deus foi reduzida posteriormente, e ele teria se unido a Horus para formar uma única divindade solar.

Na cosmogonia de Heliópolis, o deus era associado a Atum, sendo visto como a manifestação deste deus quando criança que saiu da flor de lótus que apareceu no monte primordial que emergiu das águas. De acordo com o relato, as lágrimas derramadas por este menino deram origem à humanidade. O nome nefer-tum seria "belo Atum".

Já no Delta do Nilo, ele seria o filho original de Wadjet, uma deusa-serpente que assume a forma de leão.

Pertence a uma tríade junto a seu pai Ptah e sua mãe Sekhmet, a deusa-leoa. É representado por vezes com uma cabeça de leão ou como um jovem sentado sobre uma flor que desabrocha. Veste uma coroa em forma de lótus, ornada por duas plumas e dois colares, símbolos de fertilidade. Por vezes ele próprio está sobre um leão inclinado, carregando um sabre. Foram encontrados diversos amuletos com a figura do deus.

É considerado patrono da artes cosméticas, das flores curativas (inclusive dos narcóticos e afrodisíacos) e da aromaterapia. Por ser o raio de sol de todas as manhãs, também era associado ao renascimento e, portanto, patrono de vários ingredientes utilizados no processo de mumificação.

A lótus azul (Nymphaea caerulea)

domingo, 30 de dezembro de 2012

Ouroboros

O nome vem do grego antigo: oura significa "cauda" e boros significa "devora". Assim, a palavra ouroboros (oroboro ou uroboro) designa "aquele que devora a própria cauda". É representado por uma serpente ou um dragão que morde a própria cauda, simbolizando a eternidade. Por vezes é representado como dois animais míticos, mordendo o rabo um do outro. Está relacionado com a alquimia, e é possível que o símbolo matemático de infinito tenha tido sua origem a partir da imagem de dois ouroboros, lado a lado.

O ouroboros também simboliza o ciclo da evolução voltando-se sobre si mesmo, a roda da existência, a dança sagrada de morte e reconstrução. Contém as ideias de movimento, continuidade, autofecundação e, em consequência, o eterno retorno. Estudiosos crêem que seja um símbolo da criação do universo, já que uma serpente enrolada em um ovo era um símbolo comum para egípcios, druidas celtas e hindus. Outros interpretam o símbolo como a serpente do mundo infernal e a forma circular do mundo celeste.

Geralmente, em livros antigos, o símbolo vem acompanhado da expressão hen to pan ("um é o todo"). Mas a primeira aparição conhecida da imagem foi em um texto funerário egípcio na tumba de Tutankamon que se refere às ações do deus Ra e sua união com Osíris no submundo. Em uma ilustração, duas serpentes segurando seus rabos na boca estão sobre a cabeça e sob os pés de uma divindade enorme que representa a unidade Ra-Osíris. As duas serpentes simbolizam Mehen, deus que protegia Rá durante sua jornada contra Apep.

Vale registrar que, na tentativa de encontrar a raiz etimológica da palavra, percebeu-se que em copta (idioma do Antigo Egito) “ouro” significa “rei” e em hebraico “ob” significa “serpente”.

Amuleto gnóstico com
ouroboros circulando
um escaravelho com
palavras mágicas.
O ouroboros entrou no Ocidente através da Grécia e foi adotado pelo Gnosticismo, pelo Hermetismo e pela Alquimia, sobrevivendo até o período medieval e a Renascença. O químico alemão August Kekulé pensou na forma hexagonal do benzeno depois de ter sonhado com um ouroboros.

Ouroboros também está ligado à mitologia nórdica – pois Jormungand, a serpente do mundo, está mordendo a própria cauda – bem como a mitologia hindu através do conceito da kundalini.

Carl Jung diz que o ouroboros é um arquétipo universal: "Os alquimistas, a sua maneira, sabiam mais sobre a natureza do processo de individuação do que os modernos e expressavam esse paradoxo através do símbolo dos Ouroboros, a serpente que come sua própria cauda, com significado de infinito ou totalidade. Na imagem encontra-se o pensamento de devorar-se e transformar-se em um processo circulatório, pois ficou claro para os mais astutos que a matéria prima da arte era o próprio homem. O Ouroboros é um símbolo dramático para a integração e assimilação do oposto, ou seja, da sombra. Este processo de feedback é ao mesmo tempo um símbolo da imortalidade, já que ele se mata e se traz à vida, fertiliza-se e dá a luz a si mesmo. Ele simboliza o Um, que procede do choque de opostos, e ele, portanto, constitui o segredo da matéria prima que indubitavelmente se origina do inconsciente do homem."
Mas essa postagem é para desejar um excelente 2013 para todos os leitores do blog. Afinal, os maias predisseram que terminamos um ciclo e iremos começar uma nova era. Abracem o novo!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Alto Egito

Ainda no ritmo egípcio, vejam esse impressionante vídeo feito pelos russos da AirPano, utilizando um aeromodelo de controle remoto sobre as pirâmides do Egito e a esfinge de Gizé. Elas ficaram ainda mais espetaculares e vistas de ângulos só possíveis graças ao pequeno helicóptero.



Ótimo! E no site deles tem outros incríveis panoramas aéreos em vídeo, como o do Taj Mahal, do Coliseu, dos Moais chilenos, das Linhas de Nazca, de Machu Picchu e de outros locais do mundo.

domingo, 21 de outubro de 2012

Saga egípcia no fim e explicadinha

Vocês se lembram que Rick Riordan - autor dos livros de Percy Jackson - também fez uma série sobre mitologia egípcia? Então, a Ed. Intrínseca lançou o terceiro e último livro d'As Crônicas dos Kane: A sombra da serpente.

Os irmãos Sadie e Carter Kane são descendentes de uma sociedade secreta de magia estabelecida no Antigo Egito. Seus poderes são fundamentais para a restauração do Maat, a ordem do mundo. Nessa edição, Apofis, a serpente do Nilo e Deus do Caos está livre, e eles tem apenas 3 dias para salvar o planeta e seus aliados amaldiçoados.

E com uma mitologia tão complexa quanto a egípcia envolvida, sem contar os inúmeros personagens importantes, a editora também lançou um livro explicando todos esses detalhes: As Crônicas de Kane: Guia de Sobrevivência. O livro, com 144 páginas em cores, traz fichas detalhadas de todos os personagens da obra, além de explicar detalhes sobre os artefatos místicos e criaturas sobrenaturais que aparecem na série, e também elementos como interpretação de hieróglifos e mensagens secretas ancestrais.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mais mitos em quadrinhos e livros infantis

A Editora Scipione lançou nas livrarias os dois primeiros volumes da coleção Mitos em Quadrinhos - Mitos Egípcios e Mitos Africanos -, publicados originalmente na Inglaterra em 2006 na coleção Graphic Mythology da editora David West Books.

MITOS AFRICANOS
Os africanos antigos adoravam contar histórias e cantar canções. Assim, a tradição oral, ao longo de gerações, deu-nos os mitos africanos tal qual conhecemos hoje. Originária de muitos lugares e tribos diferentes, a mitologia africana é um baú cheio de histórias e personagens tão grandiosos quanto a vida. Este livro traz três mitos africanos – “A história da criação”, “O cão e o chacal” e “A história da aranha Ananse” – contados no formato de quadrinhos.

MITOS EGÍPCIOS
O Egito é considerado uma das primeiras grandes civilizações da Terra. Ao longo de mais de 3 mil anos, os antigos egípcios criaram uma rica e épica mitologia para manifestar sua religião. Neste livro, o leitor conhecerá as histórias de Rá, Ísis e Osíris, Hórus e Seth e outros personagens míticos marcantes.

Cada volume tem 48 páginas e custa R$ 32,50. Se a coleção for completa, ainda teremos mitologia grega, romana, meso-americana e chinesa.

A Editora Sciopine faz parte do Grupo Abril, líder no mercado de livros didáticos do setor privado. Ela ainda tem outras coleções de livros sobre mitologia grega:

PROJETO REENCONTRO INFANTIL
Antes mesmo de nascer, Hércules já estava destinado a ser o maior herói de todos os tempos. Filho de Zeus e Alcmena, mortal bela e sábia, sofre com o ciúme de Hera. Enfeitiçado pela deusa, Hércules mata a própria mulher e seus filhos. E, para receber o perdão dos deuses, tem de executar doze grandes feitos. Usando sua força, inteligência e sobretudo paciência, torna-se um dos maiores exemplos dos mitos e valores gregos. (48 páginas, R$31,50)

COLEÇÃO MITOS GREGOS
Os mitos gregos são contados nesta coleção em linguagem simples, com belíssimas ilustrações. São eles: Teseu e o Minotauro, Pégaso, o cavalo voador, Jasão e o Velocino de Ouro, Ícaro, o menino que podia voar, Odisseu e o cavalo de madeira, Perseu e a monstruosa Medusa, O toque dourado do Rei Midas, Aracne, a mulher-aranha e O segredo da caixa de Pandora (32 páginas cada, R$23,90)


Gosto muito de tudo isso!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Para o Egito e além!


Hoje, dia 9 de maio, o Google homenageia o 138º aniversário de Howard Carter, um dos mais importantes arqueologistas e egiptólogos britânicos. Entre muitas importantes descobertas, é o responsável por ter descoberto a tumba de Tutankhamon no Vale dos Reis!


Parabéns pra ele e pra toda a humanidade que tem o prazer de conhecer os mistérios do Antigo Egito!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mais livros de Rick Riordan

Após um ano de espera, a Editora Intrínseca lança hoje O filho de Netuno, o segundo volume da nova saga de Percy Jackson, Os heróis do Olimpo.

A sinopse - que dá seqüência a O herói perdido - nos diz que Percy está confuso após acordar de um longo sono e não sabe muito mais que o próprio nome. Ele consegue chegar a um acampamento de meios-sangues romanos e, mesmo quando a loba Lupa lhe conta que ele é um semideus, sua mente não recobra qualquer lembrança, somente um único nome: Annabeth. Ao lado de dois novos colegas semideuses, Percy embarca numa missão aparentemente impossível rumo ao Alasca para cumprir seu papel na misteriosa Profecia dos Sete, com consequências desastrosas para todo o mundo caso venham a falhar.

Expandindo o universo de Percy para a mitologia romana, teremos novas criaturas, como, por exemplo, a supracitada Lupa que pode ser a famosa loba romana. E Rick Riordan já avisou que vai lançar A marca de Atena, o terceiro volume em outubro deste ano! Considerando o cronograma da Intrínseca, a terceira parte só deve chegar em 2013... A editora mantém ativo um blog sobre as duas séries: Percy e os Olimpianos e Os heróis do Olimpo.

Essa demora de Rick Riordan se deve às suas múltiplas séries. Além de Percy, já falei aqui sobre a Saga dos Kane que envolve mitologia egípcia. E o autor acabou de terminar de escrever o último capítulo da trilogia: A sombra da serpente. A Editora Intrínseca também mantém um blog desta saga, mas ainda não dá notícias sobre sua publicação (a previsão seria final deste ano).

Assim como fiz com a primeira série de Percy Jackson, estou esperando esses novos livros de Rick Riordan avançarem em suas histórias por aqui para poder lê-los e desvendá-los.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ptah

São muitos os mitos que cercam Ptah, o Grande Escultor. Na cosmogonia de Mênfis (uma das capitais do Antigo Egito), ele era o Deus Criador, filho de Nun e Naunet, espíritos dos mares primevos. Criou o mundo pelo verbo. Teria criado os primeiros deuses somente com o ato de pensar neles e dar-lhes nome.

Também teria criado outros seres a partir da pedra, da madeira e do metal, usando suas habilidades como escultor. Para os egípcios, o coração (a origem do pensamento) e a voz (o sopro de vida) eram vistos como uma prova da presença de Ptah. Por essa razão, no momento do nascimento de uma criança, gritava-se "Ptah!" e a alma (ka) passava a habitar seu corpo e a criança chorava.

Formava uma tríade divina com sua esposa Sekhmet e seu filho Nefertum. Imhotep e Maahes também eram seus filhos. Acreditava-se que o faraó Ramsés II teria sido esculpido por Ptah em metal para governar o Egito. Mas com a ascensão de outros faraós e mudança de capital do império, Ptah perdeu importância, tornando-se o Divino Artesão, patrono dos ourives, dos escultores e dos ferreiros, sendo comparado ao Hefesto grego.

Na maioria das vezes, é retratado como um homem de pele clara com uma barba curta, vestindo um sudário branco bem justo (ou poderia estar mumificado). Usa na cabeça uma calota (como um solidéu) e segura um cetro que combina o ankh (símbolo da vida), o was (representação de força e poder) e o djed (pilar da estabilidade). Muitas vezes aparece com grandes orelhas por ter fama de atender às súplicas da humanidade. É também um símbolo da fertilidade masculina.

Ptah foi associado a diversos outros deuses do panteão egípcio (Hapi, Osíris, Tatenen, Seker etc.) e ao boi Ápis. Por essa razão, muito se vê sobre ele. Encontra-se também muitos estudos que ligam sua teogonia ao que veio a ser a religião judaico-cristã, com um deus acima dos outros.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um Percy egípcio?

Rick Riordan está uma máquina de fazer livros adolescentes de mitologia! O autor da série de Percy Jackson – que já está na segunda fase – também investiu na mitologia egípcia nas Crônicas dos Kane. A sinopse do primeiro livro, A Pirâmide Vermelha, é:
Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane. Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que expulsa-lo ao esquecimento e forças das crianças a fugir para salvar suas vidas. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz os cada vez mais perto da verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós.

Apesar da presença de deuses, esse livro parece ter um estilo mais aventureiro, Indiana Jones, Tomb Raider. No entanto, a Editora Intrínseca já lançou o segundo volume – O Trono de Fogo – com uma sinopse que o aproxima dos poderes adolescentes percyanos:
Os deuses do Egito Antigo foram libertados, e desde então os irmãos Carter e Sadie Kane vivem mergulhados em problemas. Descendentes da Casa da Vida, ordem secreta que remonta à época dos faraós, os dois têm poderes especiais, mas ainda não os dominam por completo. Refugiados na Casa do Brooklin, local de aprendizado para novos magos, eles correm contra o tempo. Seu inimigo mais ameaçador, Apófis, está se erguendo, e em poucos dias o mundo terá um final trágico. Para terem alguma chance de derrotar as forças do caos, precisarão da ajuda de , o deus sol. Despertá-lo não será fácil: nenhum mago jamais conseguiu. Carter e Sadie terão de rodar o mundo em busca das três partes do Livro de Rá, para só então começarem a decifrar seus encantamentos. E, é claro, ninguém faz ideia de onde está o deus.

Apófis... Cronos... vai dizer que não encontrou alguma semelhança só de ler as sinopses? Bom... o que importa é que esses livros são uma nova porta de entrada para adolescentes nas histórias mitólogicas, agora as do fascinante Egito. Já andei vendo algums críticas falando que essa série tem uma narrativa bem mais interessante por seu teor aventureiro.

Aproveito para dizer que o segundo filme de Percy Jackson – que será baseado no livro O mar de monstros – já está marcado para março de 2013.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

E nos quadrinhos, a mitologia vai de vento em popa!

As mitologias do mundo sempre foram um prato cheio para a literatura e para o mundo dos quadrinhos. Vejam, por exemplo, o recente filme de Thor que foi baseado na mitologia nórdica contada pela Marvel Comics. Ou, então, o próximo filme do Hércules que está sendo baseado em uma HQ.

A Bluewater Productions resolveu investir pesado em enredos mitológicos para suas HQs. A editora é especializada em quadrinhos biográficos e adaptações, como por exemplo, a coleção Ray Harryhausen Presents, que traz o primeiro filme de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 1981) no papel - e ainda continua sua história -, assim como o filme Jasão e os Argonautas (Jason and the Argonauts, 1963) - que ainda tenho que falar por aqui. Também tem em seu catálogo duas revistas mensais: The legend of Isis e 10th Muse.


Em The legend of Isis, a deusa egípcia Ísis foi deslocada 5 mil anos no futuro e está presa no corpo de uma mulher. Agora ela precisa se adaptar ao século 21 e, com a ajuda de uma equipe mística, enfrentar o mal antigo que resisitiu ao tempo. No próximo arco de histórias a ser lançado em setembro (The First Flight of Horus), Ísis descobrirá que seu filho Hórus está de volta e nada satisfeito.

Já em 10th Muse, a mitologia grega é abordada. Sabemos que são nove Musas, então, como a comum Emma se tornou a misteriosa décima musa? E em setembro, será lançada uma derivada desta revista que conta a história de uma nova Medusa! Depois de se cortar na lâmina da espada que decapitou a Medusa original, Gloria Merrick se transforma na nova Medusa e vira alvo de Esteno e Euríale, górgonas e irmãs da criatura mitológica. Resta saber se ambas estão caçando Merrick para matá-la ou se querem fazer com que ela continue o trabalho da irmã morta há tempos.

Acho que os quadrinhos irão aparecer com mais frequência por aqui...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Min

Min é um deus criador do Antigo Egito adorado como deus da sexualidade e da reprodução. Costumava ser representado com a pele negra segurando seu pênis ereto na mão esquerda e um mangual (ou chicote) na mão direita. Em sua cabeça, uma coroa de penas ou chifres de touro. Seus símbolos eram o touro branco, uma flecha farpada, e uma cama de alface egípcia, vegetal que os egípcios acreditavam ser um poderoso afrodisíaco por ser alta, retilínea e liberar uma substância leitosa quando friccionada (características superficialmente semelhantes as do pênis).

Como um deus da potência sexual masculina, era homenageado durante os ritos de coroação, quando o faraó era esperado para semear a sua semente - geralmente se pensa ter sido sementes de alface egípcia, embora se acredite que o faraó era esperado para demonstrar que ele poderia ejacular - e assim garantir a inundação anual do Nilo. No início da época de colheita, sua imagem era levada para fora do templo e levada para abençoar os campos, enquanto jogos nus eram realizados em sua homenagem. Muitas de suas estátuas e imagens foram destruídas com a chegada do Cristianismo.

Alguns estudiosos encontraram um lado destrutivo do deus, com representações suas carregando um raio (ou flecha farpada), como se fosse um deus da guerra. Mas hoje acredita-se em erro de traduções. Também foi ligado a Khnum por sua força criadora e fertilizadora no Nilo e até mesmo a Horus. Por conta dos rituais orgásticos em seu nome, foi associado a , na mitologia grega.

sábado, 21 de agosto de 2010

Wepwawet

Paleta de Narmer, com estandartes de Wepwawet sendo levados para o Duat.

Na antiga mitologia egípcia, Wepwawet (Upuaut) era um deus da guerra do Alto Egito, com cabeça de chacal ou lobo, também adorado na cidade grega de Licópolis ("cidade de lobos") . Seu nome significa "o que abre caminhos" e acreditava-se que ele era o responsável por limpar as rotas dos exércitos. Em grego, era Ophois.

Estandarte com chacais
Suas ligações com guerras acabaram associando-o também à morte. Wepwawet tornou-se o responsável por guiar as almas dos mortos atráves do submundo egípcio (Duat) e ajudava a pesar seus corações no julgamento final. Por essa razão, foi confundido com Anúbis na unificação egípcia, mas Wepwawet seria um ajudante desse deus. Algumas lendas colocam Wepwawet como aquele que garantiu que as faculdades mentais dos humanos no pós-vida, ao realizar uma cerimônia de "abertura da boca". Em textos mais recentes, Wepwawet também é confundido com o grande Ra, o que abre os caminhos do céu. Parece que todos os inícios egípcios contavam com a presença desse deus.

Era retratado com um chacal grisalho ou um lobo que acompanhava os faraós como seus guardiãos e protetores de suas conquistas. Por essa razão, estandartes com chacais eram comumente vistos. Raramente em forma humana, tinha cabeça canina e utilizava armamentos de guerra, como uma maça ou um arco, além da coroa uraeus com a serpente real.