Apsu era o deus primevo das águas doces e da Água Celestial da Sabedoria. Suas águas circundavam a terra, enchendo-a com bondade e otimismo. No entanto, a Terra – uma ilha comprida flutuante – era também circundada pelo oceano salgado e amargo da deusa-dragão Tiamat. Apsu fundiu-se, então, a deusa e se tornou seu consorte.
Da mistura fermentada dessas águas, diversos deuses e deusas nasceram, entre eles Anu e Ea, que rapidamente assumiram o controle das ações divinas. Não muito satisfeito com isso, Apsu declarou guerra a esses deuses, mas foi morto por Ea e sepultado no subterrâneo.
Como um ser divindo primordial, Apsu continuou brotando do subterrâneo em forma de fontes de água doce que borbulhavam na superfície da Terra. Diz-se que, da lama gerada por suas águas, o homem foi moldado.
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terça-feira, 18 de outubro de 2011
Apsu
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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Tiamat
Inicialmente, quando o mundo cultuava a Grande Deusa, Tiamat era a mãe dos elementos, responsável por tudo que existe, o caos primitivo da mitologia babilônica e sumérica.
Seu marido Apsu era o deus do abismo das águas doces e ela era a deusa dos oceanos. Do encontro da água doce e da água salgada, nasceram os primeiros deuses: Lachmu e Lachamu. No Enuma Elish - poema épico da criação patriarcal babilônica, escrito em sete tábuas de argila (2000 a.C) -, ficamos sabendo que a primeira prole de deuses gerou novas divindades, que irritavam tanto Apsu quanto Tiamat, mas a deusa os perdoava por serem seus familiares. Mas Apsu queria matá-los para que a tranquilidade reinasse novamente. Com medo de Apsu, os deuses pediram que o deus Ea o mattase antes. E ele assim o fez.
Enfurecida, Tiamat se casou com seu filho Kingu e deu à luz uma grande lista de seres, como dragões, sereias, escorpiões e serpentes aquáticas. Com Kingu no comando, o exército de Tiamat atacou os deuses, que deseperados pediram ajuda ao poderoso Marduk, filho de Ea. Marduk disse que, se vencesse a batalha, queria ser coroado rei dos deuses (princípio monoteísta). Ele, então, teceu uma rede e apanhou Kingu e todos os monstros, acorrentou-os e os atirou no Submundo. Partiu, então, para matar Tiamat transformada em dragão. Primeiro, cegou-a o dragão com seu disco mágico (possivelmente representado pelo próprio sol). Depois feriu-a mortalmente com sua lança invencível, símbolo da vontade criativa e procriação. O herói teve ainda o auxílio dos sete ventos para destruir a deusa-dragão. Com metade do corpo dela, fez o céu, e com a outra metade, a terra. De sua saliva formou as nuvens e de seus olhos fez fluir os rios Tigre e Eufrates. Finalmente de seus seios criou grandes montanhas.
Essa batalha entre Tiamat e Marduk é o épico Bem vs. Mal, Ordem vs. Caos, a superiorização de um deus sobre os outros, o patriarcalismo supremo. Era anualmente comemorada nos festivais de fim de ano.
Outros mitos, descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho (Tiamat, em árabe). Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na qual foi acrescentada a figura de Marduk, foi mantido na Babilônia durante muito tempo o calendário menstrual, nomeando os meses do ano de acordo com as fases da Lua.
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