Conhecido como Velho dos Antepassados, Kumush (Kmukamch) é o deus criador da tribo Modoc. Alguns diziam que utilizava uma máscara azul e possuía olhos nas mãos.
Kumush foi até o mundo dos espíritos, visitar sua filha já morta. Lá os espíritos dançam e cantam à noite, mas voltam a ser esqueletos de dia. Após passar seis dias e seis noites por lá, decidiu retornar com alguns dos espíritos. Colocou alguns ossos em um grande cesto e começou a longa subida de volta. Por duas vezes, tropeçou e alguns ossos caíram e voltaram a ser espíritos, gritando de felicidade por voltarem a descansar. Na terceira tentativa de subir, Kumush gritou que, quando eles vissem a maravilhosa terra criado por ele com um sol brilhante, eles jamais iriam querer voltar para o mundo dos espíritos. Quase chegando na saída, Kumush jogou o cesto para evitar qualquer tropeço e, assim, conseguiu voltar com sua filha e os ossos.
Selecionou, então, os ossos para cada tribo e os plantou no chão. Deles nasceu não só o povo Modoc, mas também os Shasta, os Klamath entre outros. Pediu aos rios e montanhas ao redor que cuidassem do povo Modoc, que seria seu protegido. Em seguida, Kumush começou a criar todas as coisas, nomeando-as e definindo suas funções. Para finalizar, fez uma casa no meio dos céus para morar com sua filha.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Kumush
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segunda-feira, 5 de setembro de 2011
O estudo da própria consciência humana
Geralmente, o estudo da mitologia é considerado como inexpressivo devido à crença de que mitos são formas rudimentares de produzir conhecimento e que não são necessários em nossa vida moderna. O que é um erro, pois o estudo dos atributos das divindades fornece as bases para o estudo da própria consciência humana.
Os mitos se expressam através de símbolos e metáforas representando temas abstratos, que muitas vezes não conseguimos traduzir perfeitamente em palavras. Antigamente transmitidos por poetas e sacerdotes, hoje o papel da produção dos mitos pertence aos escritores que recriam o sentido da vida em contos modernos.

Del Debbio é também o autor da Enciclopédia de Mitologia de 640 páginas, com mais de 7 mil verbetes e 900 ilustrações! Ela traz elementos das mitologias grega, romana, egípcia, indiana, árabe, chinesa, japonesa, celta, nórdica, européia, polinésia, sulamericana, norte-americana, asteca, maia, inca, goécia e bíblica!
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Mitologia em quadrinhos digital e nacional!


O jovem nerd Társio viaja até Paraty para assistir a entrevista com seu ídolo na Flip (a famosa Feira Literária Internacional de Paraty), o quadrinista e escritor Noah Gaiman (Noah mesmo, e não Neil - o verdadeiro). Após a palestra, ele sofre uma desilusão amorosa e decide afogar as mágoas nas ótimas cachaças locais. Esse erro joga o jovem em uma série de eventos que ele jamais esperaria. Ele não consegue passagens para retornar ao Rio de Janeiro, onde mora, e não tem dinheiro para se hospedar na cidade. Sua única alternativa é um misterioso indivíduo que habita naquelas paragens, o sombrio Luiz Pinga. Mas, como um demônio, Luiz não presta favores sem uma contrapartida a altura. Társio se vê envolvido numa trama sobrenatural que vai muito além de toda a realidade. A trama envolve mitologias, magia e mistério e o destino dos próprios deuses.


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quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Tapio
Apesar de ser chamado de Rei Urso (talvez se transformasse nesse animal), Tapio é descrito tendo um corpo verde humanóide, com barba e sobrancelhas de líquen e musgo, e chifres de gravetos na cabeça. Diz-se que se cobria com um manto de folhas para camuflagem.
Vivia rodeado pelas divindades dos bosques, a quem os habitantes adoravam a fim de garantir o êxito nas caçadas. Algumas vezes, Tapio era considerado mortal: quando alguma floresta ou bosque era violado, ele escurecia o local e sufocava até a morte as pessoas que degradaram a natureza.
O antigo nome da Finlândia, Tapiola, vêm de seu nome.
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Deus sustentável
Nada de ouro, marfim ou diamantes. No mundo moderno, os deuses vão ter que se contentar em ganhar esculturas de materiais ecológicos. Foi isso que fez artista indiano Surya Prakash: construiu uma estátua da divindade hindu Ganesha com copos de papel.
Foto: Noah Seelam – France Presse
A homenagem foi feita para o festival do deus, que acontecerá no dia 1º de setembro.
(Matéria da Folha de São Paulo)

A homenagem foi feita para o festival do deus, que acontecerá no dia 1º de setembro.
(Matéria da Folha de São Paulo)
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Uluru

No meio do inóspito deserto da Austrália central, há um monte colossal de arenito vermelho, o Uluru, um dos locais mais sagrados para os aborígenes australianos. Seu nome ocidental é Ayers Rock (em homenagem ao Primeiro-Ministro australiano Henry Ayers) ou, somente, A Rocha, que possui 8km de circunferência, 318 metros de altura e se estende por 2,5km de profundidade. A pedra obtém sua cor ferruginosa através da oxidação dos minerais que a impregnam - como feldspato - o que também causa a emissão de um brilho vermelho ao amanhecer e ao pôr-do-sol.

Há várias histórias de turistas que levaram para casa um pedaço do Uluru e devolveram a lembrança alegando que foram amaldiçoados por levar uma parte do monumento sagrado. O Parque Nacional Australiano que administra o local diz receber um pacote por dia, enviado de várias partes do mundo, com uma amostra do Uluru e um pedido de desculpas.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
O incompreendido Odin...
A tirinha acima é de Carlos Ruas, ilustrador de Niterói (RJ), responsável pelo blog Um sábado qualquer, que possui tirinhas que brincam com a religião. Na categoria Buteco dos Deuses, várias divindades aparecem conversando com Deus em situações mais do que inusitadas. Divertidíssimo!
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Colagens espirituais
Saindo um pouco do eixo comum por aqui, resolvi mostrar para vocês algumas das belas colagens digitais do designer gráfico e ilustrador espanhol Luis Toledo - que também é conhecido como La Prisa Mata. Várias tem um tom místico e uma riqueza de detalhes ímpar. Vejam:


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terça-feira, 16 de agosto de 2011
E como vai o entretenimento mitológico?

A sequência de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010) - marcada para março de 2012 - continua em pré-produção, com Sam Worthington (Perseu) falando que será melhor e mais profundo do que o primeiro. Que onda é essa de profundidade, hein?

Oba!
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
Pachacamac

Era simbolizado por um totem esculpido em madeira com cerca de 2 metros de altura, conservado em uma câmara escura do templo de Inti (para simbolizar sua invisibilidade), que era forrada de ouro e prata. Esse ídolo tinha duas faces opostas, uma delas decorada com serpentes, a outra com espigas de milho, que possivelmente representavam seus aspectos destruidor e criador, respectivamente. Também era representado em cerâmicas como um grifo (asas e rosto de condor e corpo de puma, duas das grandes divindades animais dos incas).
Existe um enorme sítio arqueológico que leva seu nome em Lima, no Peru (e eu visitei!). A arquitetura do lugar mostra características anti-sísmicas e o templo ao deus era enorme. Do topo, é possível ver duas ilhas rochosas no Pacífico que conta uma lenda...
Pachacamac teria se encantado pela beleza da curandeira Urpe, que vivia nas proximidades de seu templo. Como não podia vir ao reino dos mortais, o deus colocou seu sémen em uma lúcuma (fruta local) que chegou às mãos de Urpe. A curandeira engravidou e deu a luz ao semideus Vichama. Aos 3 anos, Vichama pediu para conhecer seu pai. Pachacamac ouviu as preces de seu filho e decidiu vir à Terra como um mendigo. Quando se apresentou, Urpe se desesperou ao ver que seu filho ficaria desamparado com um pai tão pobre e fugiu na direção do mar. Furioso, Pachacamac os transformou nas pedras que você vê na foto abaixo.


Existe uma outra lenda que coloca Pachacamac como criador do primeiro homem e da primeira mulher da Terra. No entanto, o deus esqueceu de alimentá-los e o homem morreu de fome. A mulher, então, amaldiçoou Pachacamac e rezou para Inti para engravidar. Furioso, Pachacamac matou o menino que nasceu e o esquartejou. De cada pedaço, surgiu uma fruta ou uma planta comestível. O segundo filho da mulher foi Vichama que escapou da morte. Pachacamac matou, então, a mulher. Vichama vingou-se de sua mãe, vencendo o deus em batalha. Jogou seus pedaços no oceano, que se tornaram peixes. Por essa razão, alguns acreditam que Pachacamac também seja o deus dos peixes e da pesca.
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