Ilustração do chileno Genzo |
sábado, 2 de março de 2013
Poseidon em fúria
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Crises religiosas
Temos vivido um período intenso se falarmos de religião. Terreiros de candomblé sendo destruídos, uma intolerância ignorante dos evangélicos, uma disputa por direitos civis que esbarra em fundamentalismos cristãos... E, pra finalizar, tivemos recentemente a estranha renúncia do Papa, o líder católico, revelando a política que controla a fé.
Por essas razões, acabei me lembrando de uma crise recente que a Igreja Católica passou quando Dan Brown lançou, em 2003, O Código Da Vinci (Ed. Sextante, 2004) e o transformou em um sucesso estrondoso.
No best-seller, Dan Brown expõe ao mundo suas teorias sobre a humanidade de Jesus, colocando o simbologista Robert Langdon em busca do Santo Graal. Sua jornada o leva a descoberta que Jesus foi casado com Maria Madalena e teve filhos, ou seja, existiria uma linhagem sanguínea que viria do filho de Deus. Brown ainda culpa a Igreja pela demonização da mulher, que levou a transformação da esposa de Jesus em uma prostituta. Tudo por causa do I Concílio de Nicéa, onde homens do clero decidiram dizer como seriam as coisas dali pra frente, inclusive sumindo com Evangelhos de alguns apóstolos e criando seitas secretas. Ou seja... Brown provava que o homem estava por trás de tudo, e não Deus.
A Igreja tentou impedir o lançamento do livro e, posteriormente, boicotar a estréia do filme estrelado por Tom Hanks. Mas 80 milhões de livros foram vendidos e sei lá quantos outros milhões já assistiram ao filme. Vários documentários e outros livros foram gerados para tentar explicar, entender ou desmistificar as obras de Leonardo Da Vinci. Até o Museu do Louvre chegou fazer um caminho de visitação específico para as obras presentes no livro.
E o pior ainda estava por vir, pois esse livro abriu caminho para a obra anterior de Dan Brown, Anjos e Demônios (Ed. Sextante, 2005), do ano 2000, que criava uma conspiração dentro do Vaticano por conta da partícula divina. OPA! O Papa é assassinado, um conclave é formado e o carmelengo assume? Mais seitas secretas e uma dúvida sobre a divindade do Big Bang? O novo filme? Mais sucesso? A primeira aventura de Robert Langdon era tudo que a Igreja NÃO precisava... Claro que ela tentou embarreirar os dois novamente, mas, como sofreu muito da primeira vez, preferiu fazer um discurso de lamento e força dogmática. Aos interessados na atual renúncia papal, o livro contém descrições do conclave que escolhe o novo líder da instituição.
Talvez pra tentar melhorar um pouco sua relação com a Igreja Católica, Brown resolveu lançar um livro que coloca Deus e a Bíblia como o novo Graal. Mas como ele é polêmico (e muito!), resolveu mostrar todas as ligações possíves da famigerada Francomaçonaria com o Cristianismo! Mesmo que ele passe o tempo inteiro provando que ambos possuem raízes pagãs, a mistura com magia negra e sacrifícios com sangue pioraram a situação do escritor. E como mexe com a cúpula americana também (viu como ele é polêmico?), duvido que ele consiga fazer um filme d'O Símbolo Perdido (Ed. Sextante, 2009). Sorte da Igreja... No entanto, vale destacar que este livro repetidamente enfatiza que a interpretação humana talvez seja o grande mal em torno das religiões.
O discurso deste blog sempre foi exatemente esse: a humanidade da religião a torna passível de erros e interpretações particulares. É isso que Dan Brown faz ao expor a humanidade da Igreja em seus livros. Eu acho que é um bom momento para relê-los ou rever os filmes, seja por diversão, informação, argumentação (contrária ou a favor) ou preparação... porque Dan Brown está preparando a quarta aventura de Langdon onde abordará a Divina Comédia de Dante Alighieri. Esperem intrigas no Inferno, no Purgatório, no Paraíso - e principalmente - na Igreja!
Por essas razões, acabei me lembrando de uma crise recente que a Igreja Católica passou quando Dan Brown lançou, em 2003, O Código Da Vinci (Ed. Sextante, 2004) e o transformou em um sucesso estrondoso.
No best-seller, Dan Brown expõe ao mundo suas teorias sobre a humanidade de Jesus, colocando o simbologista Robert Langdon em busca do Santo Graal. Sua jornada o leva a descoberta que Jesus foi casado com Maria Madalena e teve filhos, ou seja, existiria uma linhagem sanguínea que viria do filho de Deus. Brown ainda culpa a Igreja pela demonização da mulher, que levou a transformação da esposa de Jesus em uma prostituta. Tudo por causa do I Concílio de Nicéa, onde homens do clero decidiram dizer como seriam as coisas dali pra frente, inclusive sumindo com Evangelhos de alguns apóstolos e criando seitas secretas. Ou seja... Brown provava que o homem estava por trás de tudo, e não Deus.
A Igreja tentou impedir o lançamento do livro e, posteriormente, boicotar a estréia do filme estrelado por Tom Hanks. Mas 80 milhões de livros foram vendidos e sei lá quantos outros milhões já assistiram ao filme. Vários documentários e outros livros foram gerados para tentar explicar, entender ou desmistificar as obras de Leonardo Da Vinci. Até o Museu do Louvre chegou fazer um caminho de visitação específico para as obras presentes no livro.
E o pior ainda estava por vir, pois esse livro abriu caminho para a obra anterior de Dan Brown, Anjos e Demônios (Ed. Sextante, 2005), do ano 2000, que criava uma conspiração dentro do Vaticano por conta da partícula divina. OPA! O Papa é assassinado, um conclave é formado e o carmelengo assume? Mais seitas secretas e uma dúvida sobre a divindade do Big Bang? O novo filme? Mais sucesso? A primeira aventura de Robert Langdon era tudo que a Igreja NÃO precisava... Claro que ela tentou embarreirar os dois novamente, mas, como sofreu muito da primeira vez, preferiu fazer um discurso de lamento e força dogmática. Aos interessados na atual renúncia papal, o livro contém descrições do conclave que escolhe o novo líder da instituição.
Talvez pra tentar melhorar um pouco sua relação com a Igreja Católica, Brown resolveu lançar um livro que coloca Deus e a Bíblia como o novo Graal. Mas como ele é polêmico (e muito!), resolveu mostrar todas as ligações possíves da famigerada Francomaçonaria com o Cristianismo! Mesmo que ele passe o tempo inteiro provando que ambos possuem raízes pagãs, a mistura com magia negra e sacrifícios com sangue pioraram a situação do escritor. E como mexe com a cúpula americana também (viu como ele é polêmico?), duvido que ele consiga fazer um filme d'O Símbolo Perdido (Ed. Sextante, 2009). Sorte da Igreja... No entanto, vale destacar que este livro repetidamente enfatiza que a interpretação humana talvez seja o grande mal em torno das religiões.
O discurso deste blog sempre foi exatemente esse: a humanidade da religião a torna passível de erros e interpretações particulares. É isso que Dan Brown faz ao expor a humanidade da Igreja em seus livros. Eu acho que é um bom momento para relê-los ou rever os filmes, seja por diversão, informação, argumentação (contrária ou a favor) ou preparação... porque Dan Brown está preparando a quarta aventura de Langdon onde abordará a Divina Comédia de Dante Alighieri. Esperem intrigas no Inferno, no Purgatório, no Paraíso - e principalmente - na Igreja!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Só amor
Cartão de 1909 |
Tenho até uma sugestão: já que o Dia dos Namorados no Brasil é comemorado no dia 12 de junho e é um dia mais comercial do que outra coisa, que tal aproveitar a oportunidade de hoje para expressar o amor ao próximo (mesmo que ele ainda não esteja do seu ladinho) sem pensar em presentes, compras e mimos.
Só carinho!
Só amor!
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sábado, 9 de fevereiro de 2013
Momo
Na mitologia grega, Momo (Momus) era a personificação do sarcasmo, da reclamação, da culpa e da ironia. Ao contrário do que se pensa, Momo era mulher, patrona de escritores e poetas, representada com uma máscara que levantava para exibir seu rosto, e com um boneco numa das mãos, simbolizando a loucura. Filha de Nix (sem pai), aparecia constantemente no cortejo de Dionísio, ao lado de Comos, deus das farras.
Conta-se que Momo foi convidada para avaliar a criação de três deuses em concurso: Atena, Poseidon e Hefesto. Criticou Atena por ter criado a casa, pois devia ter rodas de ferro em sua base, para que o dono pudesse levá-la assim que viajasse. Zombou do deus do mar por ter criado o touro com os olhos sob os chifres, quando esses deviam estar no meio, para que ele pudesse ver suas vítimas. Por fim, riu do ferreiro dos deuses por ter fabricado Pandora sem uma porta para que se pudesse ver o que ela mantinha oculto em seu coração. Não bastando isso, ironizou Afrodite, dizendo que não passava de uma tagarela e que usava sandálias que rangiam, e teve a audácia de fazer comentários jocososos sobre a infidelidade de Zeus para com Hera. Seus atos a levaram ao exílio do Monte Olimpo.
Mais tarde, estando Zeus preocupado com o fato de que a Terra oscilava com o peso da humanidade, permitiu o retorno de Momo ao convívio do Olimpo desde que ela o ajudasse a descobrir uma solução para o problema. Brincalhona, ela sugeriu que o deus criasse uma mulher belíssima pela qual muitas nações guerrassem e assim se destruíssem. Zeus levou-a a sério e assim nasceu Helena, que levou os gregos à Guerra de Tróia.
Na Roma antiga, Momo e Comos foram unificados em uma divindade masculina que se tornou símbolo de festas e a imagem icônica em manifestações artísticas. Durante os três dias de festividades ao deus Saturno (o nosso Carnaval), o mais belo soldado era designado para representar o deus Momo, ocasião em que era coroado rei e tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o “Rei Momo” era sacrificado. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso da cidade, para servir de símbolo da fartura, do excesso e da extravagância.
Na Espanha, um boneco de Momo era queimado durante as festas pascoais para lembrar a morte de Jesus. No século XV, escritos espanhóis o chamam de Rei Macaco. No século XIX, em Barraquilla (Colômbia), um alegre folião era coroado Rei Burlesco nos salões de baile, e autorizava a desordem carnavalesca com bumbos, pratos e maracas, em paródia ao cerimonial solene dos ministreis que, nos tempos coloniais, saíam à praça pública para ler as ordens dos vice-reis.
Conta-se que Momo foi convidada para avaliar a criação de três deuses em concurso: Atena, Poseidon e Hefesto. Criticou Atena por ter criado a casa, pois devia ter rodas de ferro em sua base, para que o dono pudesse levá-la assim que viajasse. Zombou do deus do mar por ter criado o touro com os olhos sob os chifres, quando esses deviam estar no meio, para que ele pudesse ver suas vítimas. Por fim, riu do ferreiro dos deuses por ter fabricado Pandora sem uma porta para que se pudesse ver o que ela mantinha oculto em seu coração. Não bastando isso, ironizou Afrodite, dizendo que não passava de uma tagarela e que usava sandálias que rangiam, e teve a audácia de fazer comentários jocososos sobre a infidelidade de Zeus para com Hera. Seus atos a levaram ao exílio do Monte Olimpo.
Poseidon, Pandora, Hefesto, Atena e Momo (Maerten van Heemskerck, 1561) |
Mais tarde, estando Zeus preocupado com o fato de que a Terra oscilava com o peso da humanidade, permitiu o retorno de Momo ao convívio do Olimpo desde que ela o ajudasse a descobrir uma solução para o problema. Brincalhona, ela sugeriu que o deus criasse uma mulher belíssima pela qual muitas nações guerrassem e assim se destruíssem. Zeus levou-a a sério e assim nasceu Helena, que levou os gregos à Guerra de Tróia.
Na Roma antiga, Momo e Comos foram unificados em uma divindade masculina que se tornou símbolo de festas e a imagem icônica em manifestações artísticas. Durante os três dias de festividades ao deus Saturno (o nosso Carnaval), o mais belo soldado era designado para representar o deus Momo, ocasião em que era coroado rei e tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o “Rei Momo” era sacrificado. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso da cidade, para servir de símbolo da fartura, do excesso e da extravagância.
Momo em detalhe da pintura de Hippolyte Berteaux no teto do Teatro Graslin, em Nantes (França) |
Na Espanha, um boneco de Momo era queimado durante as festas pascoais para lembrar a morte de Jesus. No século XV, escritos espanhóis o chamam de Rei Macaco. No século XIX, em Barraquilla (Colômbia), um alegre folião era coroado Rei Burlesco nos salões de baile, e autorizava a desordem carnavalesca com bumbos, pratos e maracas, em paródia ao cerimonial solene dos ministreis que, nos tempos coloniais, saíam à praça pública para ler as ordens dos vice-reis.
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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Sem perdão
Meus comentários sobre as insanidades proferidas pelo pastor Silas Malafaia estão no meu blog Philos+Hippos. Mas venho aqui novamente deixar claro que repudio manifestações de ódio e sou a favor da liberdade de crença religiosa. Este blog tem um objetivo quase histórico de apresentar as questões de fé que permeiam a humanidade e sente pena de religiões que desrespeitam a própria cultura.
Por essa razão, trago as palavras do antropólogo e sociólogo Renato Kress, que concordo e assino embaixo:
Para justificar isso, trago algumas questões de uma carta irônica recebida pela internet. Parece-me que foi de um "fã" de uma pastora americana chamada Laura:
Sinceramente... acho que não há mais nada a declarar.
Por essa razão, trago as palavras do antropólogo e sociólogo Renato Kress, que concordo e assino embaixo:
Lamento (de verdade) informar a muitos religiosos, mas a Bíblia foi escrita pela junção de tradições orais (quem conta um conto...) de povos tribais, sobre a revisão de um imperador romano, Constantino, e de um bispo, Irineu, que mandou incendiar os evangelhos dos quais ele não concordava, junto com os representantes desses evangelhos, que eram muito mais do que 4. Isso aconteceu no Concílio de Nicéia (dúvidas, "Google"). Depois disso ela foi reescrita e reeditada várias vezes por monges na Idade Média.Ratifico que não questiono a fé de ninguém. Mas é preciso que todos entendam que as religiões e os livros religiosos são criações do homem e não criações de Deus, qualquer que seja Ele. As interpretações humanas distorcem a partir de benefício próprio.
Não me basearia na Bíblia para nada, porque sei que, naturalmente, suas incoerências internas são fruto da costura de várias "coerências" diversas que passaram por ali ao longo de séculos.
Pessoalmente creio em Deus, sim. Assim como creio na vinda de Jesus e na missão que ele teve na terra. Por sinal também creio em Sidarta Gautama (Buda), Zoroastro, Martin Luther King Jr., Gandhi e Madre Teresa de Calcutá. Não vejo distinção entre eles porque me atenho ao que todos têm em comum: a difusão do amor incondicional ao próximo e do respeito pela vida.
Para mim, qualquer palavra - dentro ou fora da Bíblia ou de qualquer outro livro sagrado - que destoe de "Amai ao próximo como a ti mesmo" é balela e jogo de poder, dominação e controle de pessoas de caráter pequeno utilizando de má-fé a influência e a força de pessoas de caráter gigantesco.
Para justificar isso, trago algumas questões de uma carta irônica recebida pela internet. Parece-me que foi de um "fã" de uma pastora americana chamada Laura:
Obrigado por ter feito tanto para educar as pessoas no que diz respeito à Lei de Deus. Eu tenho aprendido muito com seu show, e tento compartilhar o conhecimento com tantas pessoas quantas posso. Quando alguém tenta defender o homossexualismo, por exemplo, eu simplesmente o lembro que Levíticos 18:22 claramente afirma que isso é uma abominação. Fim do debate.
Mas eu preciso de sua ajuda, entretanto, no que diz respeito a algumas leis específicas e como seguí-las:
a) Quando eu queimo um touro no altar como sacrifício, eu sei que isso cria um odor agradável para o Senhor (Levíticos 1:9). O problema é os meus vizinhos. Eles reclamam que o odor não é agradável para eles. Devo matá-los por heresia?
b) Eu gostaria de vender minha filha como escrava, como é permitido em Êxodo 21:7. Na época atual, qual você acha que seria um preço justo por ela?
c) Eu sei que não é permitido ter contato com uma mulher enquanto ela está em seu período de impureza menstrual (Levíticos 15:19-24). O problema é: como eu digo isso a ela? Eu tenho tentado, mas a maioria das mulheres toma isso como ofensa.
d) Levíticos 25:44 afirma que eu posso possuir escravos, tanto homens quanto mulheres, se eles forem comprados de nações vizinhas. Um amigo meu diz que isso se aplica a mexicanos, mas não a canadenses. Você pode esclarecer isso? Por que eu não posso possuir canadenses?
e) Eu tenho um vizinho que insiste em trabalhar aos sábados. Êxodo 35:2 claramente afirma que ele deve ser morto. Eu sou moralmente obrigado a matá-lo eu mesmo?
f) Um amigo meu acha que mesmo que comer moluscos seja uma abominação (Levíticos 11:10), é uma abominação menor que a homossexualidade. Você pode esclarecer esse ponto?
g) Levíticos 21:20 afirma que eu não posso me aproximar do altar de Deus se eu tiver algum defeito na visão. Eu admito que uso óculos para ler. A minha visão tem mesmo que ser 100%, ou pode-se dar um jeitinho?
h) A maioria dos meus amigos homens apara a barba, inclusive o cabelo das têmporas, mesmo que isso seja expressamente proibido em Levíticos 19:27. Como eles devem morrer?
i) Eu sei que tocar a pele de um porco morto me faz impuro (Levíticos 11:6-8), mas eu posso jogar futebol americano se usar luvas? (as bolas de futebol americano são feitas com pele de porco)
j) Meu tio tem uma fazenda. Ele viola Levíticos 19:19 plantando dois tipos diferentes de vegetais no mesmo campo. Sua esposa também viola Levíticos 19:19, porque usa roupas feitas de dois tipos diferentes de tecido (algodão e poliéster). Ele também tende a xingar e blasfemar muito. É realmente necessário que eu chame toda a cidade para apedrejá-los (Levíticos 24:10-16)? Nós não poderíamos simplesmente queimá-los em uma cerimônia privada, como deve ser feito com as pessoas que mantêm relações sexuais com seus sogros (Levíticos 20:14)?
Eu sei que você estudou essas coisas a fundo, então estou confiante que possa ajudar. Obrigado novamente por nos lembrar que a palavra de Deus é eterna e imutável.
Seu discípulo e fã ardoroso.
Sinceramente... acho que não há mais nada a declarar.
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sábado, 2 de fevereiro de 2013
Dia de responsabilidade ambiental
Em um dia 2 de fevereiro, lá pra década de 1930, tornou-se dia de festa no mar. É o momento que milhares de pessoas saem de suas casas em direção às praias para saudar a rainha das águas salgadas, Iemanjá, orixá responsável pelo equilíbrio mental, fartura e prosperidade.
É importante lembrar que os orixás vibram pela natureza, portanto, é preciso de consciência ambiental na hora de fazer as oferendas. Por exemplo:
- Não leve para as águas nenhum elemento que coloque a vida marinha em risco.
- Coloque flores.
- Use balaio de palha ecológica.
- Se for preparar a comida sagrada (eboyá), faça a base de milho branco, temperada como cebola, sal e azeite de dendê.
- Prefira elementos biodegradáveis. Nada de sintético!
Mas lembre-se que a fé é mais importate que uma oferenda material.
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Nefertum
Na mitologia egípcia, Nefertum (ou Nefertem) era uma divindade primeva da cidade de Mênfis, deus solar dos perfumes. Seu nome poderia ser traduzido como "o Todo ressurgiu" ou "o recém-surgido é completo". De acordo com um mito de criação antigo, Nefertum teria surgido do oceano primevo sobre um botão azul de lótus, tornando-se "aquele que traz a luz", o primeiro raio de sol.
Acredita-se que Nefertum possa ser a criança que, ao amadurecer, se torna o deus Rá. Ou, então, seria a flor sobre o nariz desse deus, perfumando e iluminando seus caminhos. No Livro dos Mortos está escrito:
Na cosmogonia de Heliópolis, o deus era associado a Atum, sendo visto como a manifestação deste deus quando criança que saiu da flor de lótus que apareceu no monte primordial que emergiu das águas. De acordo com o relato, as lágrimas derramadas por este menino deram origem à humanidade. O nome nefer-tum seria "belo Atum".
Já no Delta do Nilo, ele seria o filho original de Wadjet, uma deusa-serpente que assume a forma de leão.
Pertence a uma tríade junto a seu pai Ptah e sua mãe Sekhmet, a deusa-leoa. É representado por vezes com uma cabeça de leão ou como um jovem sentado sobre uma flor que desabrocha. Veste uma coroa em forma de lótus, ornada por duas plumas e dois colares, símbolos de fertilidade. Por vezes ele próprio está sobre um leão inclinado, carregando um sabre. Foram encontrados diversos amuletos com a figura do deus.
É considerado patrono da artes cosméticas, das flores curativas (inclusive dos narcóticos e afrodisíacos) e da aromaterapia. Por ser o raio de sol de todas as manhãs, também era associado ao renascimento e, portanto, patrono de vários ingredientes utilizados no processo de mumificação.
Acredita-se que Nefertum possa ser a criança que, ao amadurecer, se torna o deus Rá. Ou, então, seria a flor sobre o nariz desse deus, perfumando e iluminando seus caminhos. No Livro dos Mortos está escrito:
Levanta-te como Nefertem do lótus azul, para as narinas de Ra, o deus solar criador, e saia no horizonte a cada dia.Alguns egiptólogos acreditam que a influência do deus foi reduzida posteriormente, e ele teria se unido a Horus para formar uma única divindade solar.
Na cosmogonia de Heliópolis, o deus era associado a Atum, sendo visto como a manifestação deste deus quando criança que saiu da flor de lótus que apareceu no monte primordial que emergiu das águas. De acordo com o relato, as lágrimas derramadas por este menino deram origem à humanidade. O nome nefer-tum seria "belo Atum".
Já no Delta do Nilo, ele seria o filho original de Wadjet, uma deusa-serpente que assume a forma de leão.
Pertence a uma tríade junto a seu pai Ptah e sua mãe Sekhmet, a deusa-leoa. É representado por vezes com uma cabeça de leão ou como um jovem sentado sobre uma flor que desabrocha. Veste uma coroa em forma de lótus, ornada por duas plumas e dois colares, símbolos de fertilidade. Por vezes ele próprio está sobre um leão inclinado, carregando um sabre. Foram encontrados diversos amuletos com a figura do deus.
É considerado patrono da artes cosméticas, das flores curativas (inclusive dos narcóticos e afrodisíacos) e da aromaterapia. Por ser o raio de sol de todas as manhãs, também era associado ao renascimento e, portanto, patrono de vários ingredientes utilizados no processo de mumificação.
A lótus azul (Nymphaea caerulea) |
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Zeus mimadinho
(Via Riotyras)
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Shamash
Relevo na parte superior da estela do Código de Hamurabi, mostrando Shamash entregando as leis. |
Junto com sua mãe Nanna e sua irmã gêmea Inanna (em alguns registros, também esposa), formava a Tríade Celeste (Sol, Lua e Vênus). Sua consorte era conhecida como Aya (ou Sherida), entretanto, raramente é mencionada em inscrições, não havendo textos sobre ela, exceto em combinação com o deus. Nergal já foi considerado pai de Shamash ou um aspecto sinistro do deus-sol, personificando sol escaldante do meio-dia e os solstícios.
Todos os dias surgia de uma porta na montanha do leste e conduzia sua carruagem para a montanha do oeste. À noite, viajava na direção leste por baixo da terra, de modo a estar de volta pela manhã. No submundo, julgava as cuasa humanas e decidia o destino dos mortos. Aparece no poema de Gilgamesh, invocando os sete heróis do tempo para defender o mundo. Alguns povos, diziam que Shamash era também um sábio guerreiro.
Na suméria, era chamado de Utu, a personificação da luz que bane o mal. No Grande Dilúvio sumério, após sete dias de tempestade, Utu apareceu numa barca para trazer de volta a luz.
Tábua de Shamash com representação do deus frente seu disco solar, realizando julgamentos. |
Havia diversos templos dedicados ao deus, porém seus principais centros de adoração (E-babbara, "casa brilhante") eram em Larsa (atual Senkerah) e Sippar (cidade de Abu Habba), sendo este último o mais famoso.
Alguns estudiosos acham que, inicialmente, Shamash era uma divindade secundária, provavelmente subordinada à lua, dado ao fato que os povos predecessores dos Sumérios eram nômades e usavam a lua e as estrelas para se orientar. Entretanto com o advento da agricultura, o sol ganhou importância e se tornou um dos principais deuses do panteão. Há ainda relatos de deuses solares secundários que o auxiliavam em suas tarefas, tais como Bunene (que dirigia a carruagem solar), Mesahru (o Direito) e Kettu (a Justiça em si).
No judaísmo, shamash é o nome da vela que acende as outras velas da menorah. Fica sendo a nona vela e não deve ser apagada. Como é proibido utilizar as luzes de Chanukah para qualquer função, a shamash fica disponível para usos emergenciais.
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Heróis do Olimpo - O herói perdido
Li o primeiro livro da nova saga de Rick Riordan, Os heróis do Olimpo. Em O Herói Perdido somos apresentados a novos semideuses, mas também revemos velhos conhecidos. Anteriormente, falei sobre esse livro, mas ainda não tinha informações sobre ele, mas, quando falei sobre o lançamento do segundo livro, vi que tinha algumas pistas do que vinha por aí... como um novo acampamento e um Percy Jackson longe do livro. Isso mesmo: Percy é só um nome neste livro. Talvez o título merecesse uma revisão...
É importante saber que agora se cruza mitologia grega com a romana. A ideia é que os deuses mudam de aparência, de atributos e de personalidade para refeletir a cultura em que estão inseridos. Em Roma, os deuses teriam se tornado "mais militares".
Riordan mergulha no imaginário mitológico, tirando deuses, personagens e criaturas das duas mitologias. Dessa vez temos Medéia, Midas, Bóreas, Éolo, gigantes e muito mais. Tudo para livrar Hera das garras do gigante Porfírion.
Mas vamos deixar bem claro que o autor não foi muuuito inspirado desta vez. A premissa desta saga é a mesma da primeira: fazer de tudo para não acabar acordando o grande vilão. Primeiro era Cronos, agora é Gaia. Temos novamente três protagonistas: antes Percy (filho de Poseidon), Annabeth (filha de Atena) e Grover (um sátiro); agora Jason (filho de Júpiter), Piper (filha de Afrodite) e Leo (filho de Hefesto). Voltamos a ter uma saga relacionada com a Teogonia grega: antes Titanomaquia; agora a Batalha dos Gigantes, a Gigantomaquia.
Parece que o segundo livro é finalmente sobre Percy, enquanto o terceiro livro está por vir (e deve se chamar A marca de Atena). É mantido o estilo infanto-juvenil e a pegada - o que é sempre válido como porta de entrada para novos leitores e amantes de mitologia -, mas em algum lugar fica aquela sensação de que não precisava mais livros. Vou aguardar uma reviravolta.
É importante saber que agora se cruza mitologia grega com a romana. A ideia é que os deuses mudam de aparência, de atributos e de personalidade para refeletir a cultura em que estão inseridos. Em Roma, os deuses teriam se tornado "mais militares".
Riordan mergulha no imaginário mitológico, tirando deuses, personagens e criaturas das duas mitologias. Dessa vez temos Medéia, Midas, Bóreas, Éolo, gigantes e muito mais. Tudo para livrar Hera das garras do gigante Porfírion.
Mas vamos deixar bem claro que o autor não foi muuuito inspirado desta vez. A premissa desta saga é a mesma da primeira: fazer de tudo para não acabar acordando o grande vilão. Primeiro era Cronos, agora é Gaia. Temos novamente três protagonistas: antes Percy (filho de Poseidon), Annabeth (filha de Atena) e Grover (um sátiro); agora Jason (filho de Júpiter), Piper (filha de Afrodite) e Leo (filho de Hefesto). Voltamos a ter uma saga relacionada com a Teogonia grega: antes Titanomaquia; agora a Batalha dos Gigantes, a Gigantomaquia.
Parece que o segundo livro é finalmente sobre Percy, enquanto o terceiro livro está por vir (e deve se chamar A marca de Atena). É mantido o estilo infanto-juvenil e a pegada - o que é sempre válido como porta de entrada para novos leitores e amantes de mitologia -, mas em algum lugar fica aquela sensação de que não precisava mais livros. Vou aguardar uma reviravolta.
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