Wen Chang é o respeitado deus da literatura, cujo nome costuma estar inscrito nas paredes das casas. Originalmente, era um professor que viveu no século III ou IV e seu papel como divindade só foi totalmente estabelecido mil anos depois.
Por ter sido sempre uma divindade popular, Wen Chang possuía um altar próprio em muitos templos taoístas. Diante das estátuas do deus, havia um cavalo negro, selado e com rédeas, servido por dois criados: um mudo, o outro surdo. Os criados representam os mistérios da literatura – a surdez aos pedidos de explicação e a mudez ante a incapacidade de fazer as pessoas compreenderem suas maravilhas. Seu principal assistente era Kuei Hsing, a divindade dos exames, tão popular quanto ele.
Tradicionalmente, os chineses consideravam a constelação da Ursa Maior como o lar do deus.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Wen Chang
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Goibnu
O deus ferreiro da mitologia irlandesa, Goibnu, combinou sua arte com poderes mágicos e, junto com Luchta e Creidhne – outros deuses artesãos –, criou armas invencíveis para os Tuatha De Danann, os deuses da luz e da bondade, que as usaram na batalha contra os Fomore, gigantes divindades das trevas, deformadas e más.
Goibnu era também um mestre cervejeiro. Em um gigantesco caldeirão de bronze, ele fabricava uma bebida especial que servia no Banquete do Outro Mundo (Fled Gobnen). Qualquer pessoa que bebesse essa cerveja se tornava imune às enfermidades ou à morte.
Filho de Dian Cécht, o deus irlandês da medicina, Goibnu tinha dois irmãos: Samhain e Cian, o pai de Lugh, deus de todas as artes. Quando Balo do Olho Mau, avô de Lug, tentou matar seu bisneto recém-nascido, o deus ferreiro tornou-se o pai adotivo do menino e transmitiu-lhe todo o seu conhecimento sobre arte e artesanato.
Goibnu era também um mestre cervejeiro. Em um gigantesco caldeirão de bronze, ele fabricava uma bebida especial que servia no Banquete do Outro Mundo (Fled Gobnen). Qualquer pessoa que bebesse essa cerveja se tornava imune às enfermidades ou à morte.
Filho de Dian Cécht, o deus irlandês da medicina, Goibnu tinha dois irmãos: Samhain e Cian, o pai de Lugh, deus de todas as artes. Quando Balo do Olho Mau, avô de Lug, tentou matar seu bisneto recém-nascido, o deus ferreiro tornou-se o pai adotivo do menino e transmitiu-lhe todo o seu conhecimento sobre arte e artesanato.
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Coatlicue
Coatlicue era a criadora da terra e da humanidade. Alimentava-se de cadáveres humanos, além de governar o fogo e a primavera. Era a esposa do deus da guerra Mixcoatl, com quem teve quatrocentos filhos (as estrelas do hemisfério sul) e uma filha, Coyolxauhqui, a lua.
Um dia, enquanto varria sua casa – que era Tula, a montanha das serpentes –, a deusa foi engravidada por um punhado de penugem de beija-flor, e seus filhos a decapitaram para puni-la por aquela aparente desonra. Mas Huitzilopochtli, o deus-sol, irrompeu armado do corpo da deusa e matou os irmãos e a irmã, transformando-se assim o dia em noite. Essa batalha épica era celebrada regularmente no grande templo em Tenochtitlan (atual cidade do México), onde as mulheres eram jogadas degraus abaixo até morrer, em memória da morte da deusa.
Uma grande estátua de Coatlicue, que originalmente ficava no grande templo, confirma a aparência assustadora e odiosa da deusa. Seus pés eram enormes garras e ela vestia uma saia de cobras. Os seios, grotescamente caídos, estão entre um medonho colar de mãos e corações humanos cortados, com um crânio como pingente. Treze cordões de ouro decorados com caracóis caem pelas costas da deusa, simbolizando o céu mítico. No lugar da cabeça e das mãos, cobras trêmulas emergem da sua garganta cortada e dos pulsos, e duas enormes serpentes de sangue contornam sua face.
Um dia, enquanto varria sua casa – que era Tula, a montanha das serpentes –, a deusa foi engravidada por um punhado de penugem de beija-flor, e seus filhos a decapitaram para puni-la por aquela aparente desonra. Mas Huitzilopochtli, o deus-sol, irrompeu armado do corpo da deusa e matou os irmãos e a irmã, transformando-se assim o dia em noite. Essa batalha épica era celebrada regularmente no grande templo em Tenochtitlan (atual cidade do México), onde as mulheres eram jogadas degraus abaixo até morrer, em memória da morte da deusa.
Uma grande estátua de Coatlicue, que originalmente ficava no grande templo, confirma a aparência assustadora e odiosa da deusa. Seus pés eram enormes garras e ela vestia uma saia de cobras. Os seios, grotescamente caídos, estão entre um medonho colar de mãos e corações humanos cortados, com um crânio como pingente. Treze cordões de ouro decorados com caracóis caem pelas costas da deusa, simbolizando o céu mítico. No lugar da cabeça e das mãos, cobras trêmulas emergem da sua garganta cortada e dos pulsos, e duas enormes serpentes de sangue contornam sua face.
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sábado, 11 de fevereiro de 2017
Iyatiku
A deusa do milho. Ela vive em um reino subterrâneo chamado Shipap, onde os bebês nascem e para onde as pessoas retornam quando morrem.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
Nyame
Diferentes formas de Nyame – o deus supremo dos Ashanti, de Gana – governam os céus, a Terra e o Submundo. Os raios, por exemplo, são chamados de “Machados de Nyame”. Os Ashanti costumam colocar machados de pedra na "Árvore de Nyame", um poste bifurcado pela porta de casa, com oferendas em um vaso, para ajudar em sofrimento ou angústias.
Nyame também deu para os Ashanti o sagrado Tambor Dourado que contém a alma e o bem-estar dos Ashanti. O tambor foi levado do céu por um mágico legendário chamado Anotochi. É usado em cerimônias, quando é levado sob um magnífico guarda-chuva até o palácio real de Kumasi. Ninguém pode tocar no tambor, entretanto o rei dos Ashanti finge fazê-lo como parte do ritual.
Nyame também deu para os Ashanti o sagrado Tambor Dourado que contém a alma e o bem-estar dos Ashanti. O tambor foi levado do céu por um mágico legendário chamado Anotochi. É usado em cerimônias, quando é levado sob um magnífico guarda-chuva até o palácio real de Kumasi. Ninguém pode tocar no tambor, entretanto o rei dos Ashanti finge fazê-lo como parte do ritual.
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Que Saturno me ajude!
Em 2017, sete anos desse blog... Inacreditável! Depois de um 2016 onde o tempo me consumiu, é o próprio tempo que comanda os próximos 36 anos! Saturno vem com Oxóssi, Oxum, o número 1 e o verde como cor... parece que teremos recomeços, regenerações, reconstruções e uma fértil colheita de uma Natureza não tão feliz com o que andamos fazendo. Vamos ver o que conseguirei fazer por aqui.
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sábado, 1 de outubro de 2016
Yu Huang Shang Ti
Durante a dinastia Shang (1500 a 1050 a.C.), o deus mais poderoso do panteão chinês era Yu Huang Shang Ti (Shang Di). Como divindade suprema, ele eclipsava o sol, a lua e a terra com seus poderes e reinava nos céus como um governante dinástico. Controlava as forças naturais celestes: o trovão, os relâmpagos, o vento e a chuva. Acreditava-se que teria criado o universo a partir do caos e atuava como seu princípio unificador.
Mantendo-se afastado das vidas humanas, era uma inteligência abstrata controladora sem presença física, e por isso as imagens deste deus são raras. Os primeiros missionários cristãos que chegaram à China consideraram Yu Huang Shang Ti próximo a seu deus único e supremo.
Mantendo-se afastado das vidas humanas, era uma inteligência abstrata controladora sem presença física, e por isso as imagens deste deus são raras. Os primeiros missionários cristãos que chegaram à China consideraram Yu Huang Shang Ti próximo a seu deus único e supremo.
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quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Brighid
O nome da deusa celta da poesia, sabedoria e conhecimento dos mistérios da magia, Brighid (Brígida), significa rainha”, “poderosa” e “exaltada”. Essa poderosa divindade – cujo pai era o supremo Dagda – também estava associada à fertilidade e, sobretudo, ao dom de facilitar os partos. É possível que essa quantidade de associações seja pelo fato de ter duas irmãs homônimas, sendo uma a deusa da cura e a outra da metalurgia.
Brighid teve dois maridos: Bres, o belo e tirânico filho do rei dos Fomore (espíritos do mal que viviam sob o mar), e Tuirean, de quem teve três filhos. A cada primavera, ela depunha a azulada deusa do inverno. Suas viagens pela Irlanda, obtidas como recompensa por ter liquidado o pai de Lug, o deus de todas as artes, comparam-se às viagens de Jasão pela Grécia em busca do velocino de ouro.
Brighid era famosa por sua bondade e generosidade. Santa Brígida de Kildare - que viveu no século V e doou todas as propriedades da família aos pobres levando o pai à loucura - herdou muitas das tradições associadas a sua antecessora pagã: era invocada durante os partos, e o dia de seu festival, 1º de fevereiro, é o mesmo dia do antigo festival da primavera ou imbolc, que celebrava as ovelhas que começavam a dar leite, sagradas para a deusa celta.
Brighid teve dois maridos: Bres, o belo e tirânico filho do rei dos Fomore (espíritos do mal que viviam sob o mar), e Tuirean, de quem teve três filhos. A cada primavera, ela depunha a azulada deusa do inverno. Suas viagens pela Irlanda, obtidas como recompensa por ter liquidado o pai de Lug, o deus de todas as artes, comparam-se às viagens de Jasão pela Grécia em busca do velocino de ouro.
Brighid era famosa por sua bondade e generosidade. Santa Brígida de Kildare - que viveu no século V e doou todas as propriedades da família aos pobres levando o pai à loucura - herdou muitas das tradições associadas a sua antecessora pagã: era invocada durante os partos, e o dia de seu festival, 1º de fevereiro, é o mesmo dia do antigo festival da primavera ou imbolc, que celebrava as ovelhas que começavam a dar leite, sagradas para a deusa celta.
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domingo, 25 de setembro de 2016
Hinon
Espírito do trovão dos senecas, Hinon vive numa caverna sob as cataratas do Niágara. É conhecido por cuidar das pessoas atacadas por répteis. Um dia uma moça, desesperada porque uma cobra invadira-lhe o corpo e matara seu marido, jogou-se nas cataratas, numa canoa. Hinon salvou-a e tirou a cobra de dentro dela. Ela ficou com Hinon por algum tempo, e voltou para o seu povo.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Leza
Chefe dos deuses no Zimbábue, deus superior em Zâmbia e deus do céu em Angola, Leza é, acima de tudo, o deus propiciador da chuva, que diziam ser suas lágrimas. Mas, apesar de sua benignidade, os homens o temiam. Nuvens espessas era um sinal de que a ira do deus estava prestes a explodir: controlava os relâmpagos e arrotava trovões.
Segundo uma lenda, Leza pegou todos os animais e deu-lhes rabos para afugentar as moscas. Como o coelho e o musaranho chegaram atrasados, ficaram sem caudas. Outro conto fala que Leza levou um pássaro para o céu e deu-lhe três abóboras para que as entregasse aos primeiros homens na terra. Duas delas continham sementes, mas a terceira não deveria ser aberta até que o próprio deus descesse à terra para dar instruções acerca de seu conteúdo. Incapaz de controlar sua curiosidade, o pássaro abriu a terceira abóbora enquanto descia para a terra e, ao fazê-lo, despejou todo o seu conteúdo: animais ferozes, cobras venenosas, doenças, perigos e morte, deixando que tudo caísse sobre a terra.
Uma história dos povos de Tonga que ele decidiu pela morte de uma família inteira de uma jovem mulher. A infeliz construiu manualmente uma escada que a levou ao céu para perguntar ao deus o porquê de tanta aflição. No entanto, não conseguiu encontrar a estrada que conduzia a Leza, mas obteve a informação que a humanidade foi destinada ao sofrimento, e que ela não era nenhuma exceção.
Leza viveu entre os homens sob uma grande árvore e era visitado por seus devotos, que lhe traziam cabras e ovelhas para que se alimentasse. Um dia, disse a um devoto que acabara de lhe trazer quatro cabras para voltar à aldeia e anunciar sua chegada. Os aldeões se reuniram e viram a aproximação de uma grande nuvem de poeira, seguida de um furacão e de chuva torrencial. Então, Leza chegou e disse: “De hoje em diante vocês devem honrar a minha casa. Quanto a mim, nunca mais me verão”. E desapareceu para sempre. Quando estrela cadentes são vistas, o povo diz que Leza veio dar uma olhada na terra para ver como estão seus filhos.
Segundo uma lenda, Leza pegou todos os animais e deu-lhes rabos para afugentar as moscas. Como o coelho e o musaranho chegaram atrasados, ficaram sem caudas. Outro conto fala que Leza levou um pássaro para o céu e deu-lhe três abóboras para que as entregasse aos primeiros homens na terra. Duas delas continham sementes, mas a terceira não deveria ser aberta até que o próprio deus descesse à terra para dar instruções acerca de seu conteúdo. Incapaz de controlar sua curiosidade, o pássaro abriu a terceira abóbora enquanto descia para a terra e, ao fazê-lo, despejou todo o seu conteúdo: animais ferozes, cobras venenosas, doenças, perigos e morte, deixando que tudo caísse sobre a terra.
Uma história dos povos de Tonga que ele decidiu pela morte de uma família inteira de uma jovem mulher. A infeliz construiu manualmente uma escada que a levou ao céu para perguntar ao deus o porquê de tanta aflição. No entanto, não conseguiu encontrar a estrada que conduzia a Leza, mas obteve a informação que a humanidade foi destinada ao sofrimento, e que ela não era nenhuma exceção.
Leza viveu entre os homens sob uma grande árvore e era visitado por seus devotos, que lhe traziam cabras e ovelhas para que se alimentasse. Um dia, disse a um devoto que acabara de lhe trazer quatro cabras para voltar à aldeia e anunciar sua chegada. Os aldeões se reuniram e viram a aproximação de uma grande nuvem de poeira, seguida de um furacão e de chuva torrencial. Então, Leza chegou e disse: “De hoje em diante vocês devem honrar a minha casa. Quanto a mim, nunca mais me verão”. E desapareceu para sempre. Quando estrela cadentes são vistas, o povo diz que Leza veio dar uma olhada na terra para ver como estão seus filhos.
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