sábado, 9 de setembro de 2017
Svantovit
O deus eslavo da guerra tem quatro cabeças, simbolizando seu grande poder, e segura um cálice de chifre de touro. Cada ano, seus adoradores enchiam o chifre de vinho, e depois conferiam o nível para predizer a colheita. Quanto mais cheio o chifre, melhor a colheita. Cada um de seus templos tinha um cavalo branco, sagrado para o deus, o qual era usado para predizer o resultado das guerras. Os eslavos orientais associavam Svantovit com Rod.
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terça-feira, 5 de setembro de 2017
Njörd
Njörd, o belo deus do mar, era um dos vanires mais preocupado em trazer vida e poder ao mundo do que propriamente em lidar com justiça e paz. Mas, durante uma batalha contra os aesires, foi capturado e chegou a representar uma trégua entre as duas raças. Pode-se perceber sua origem vanir nos papéis que desempenha como deus benévolo, protetor dos marinheiros e pescadores, que colhe no mar o alimento, que dá vida aos seres humanos, e, ocasionalmente, com um deus menos pacífico, que controla o poder do vento e das tempestades.
Njörd amava Skadi, uma deusa da montanha do longínquo norte, filha de um gigante que viajava de esquis e caçava com arco e flecha, e casou-se com ela. Mas, embora tivessem dois filhos – as divindades gêmeas da fertilidade, Frey e Freya –, a união deles não durou muito: Njörd não conseguia viver longe do mar e Skadi não suportava a vida longe de suas montanhas. Um mito diz que as tempestades são o resultado da tristeza de Njörd com a perda de Skadi.
Njörd amava Skadi, uma deusa da montanha do longínquo norte, filha de um gigante que viajava de esquis e caçava com arco e flecha, e casou-se com ela. Mas, embora tivessem dois filhos – as divindades gêmeas da fertilidade, Frey e Freya –, a união deles não durou muito: Njörd não conseguia viver longe do mar e Skadi não suportava a vida longe de suas montanhas. Um mito diz que as tempestades são o resultado da tristeza de Njörd com a perda de Skadi.
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terça-feira, 29 de agosto de 2017
Khonsu
O deus da lua Khonsu (ou Khons) em geral era retratado com o astro na cabeça, mas, às vezes, apresentava cabeça de falcão, para mostrar que era também um deus dos céus. Seu nome significa “aquele que vaga”, por causa das viagens da lua pelo céu. Dizia-se que passava de criança a adulto durante a primeira metade do mês, antes de voltar a ser criança, quando a lua minguava.
Era filho de Amon e Mut, formando o trio de deuses adorados na cidade de Tebas.
Era filho de Amon e Mut, formando o trio de deuses adorados na cidade de Tebas.
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terça-feira, 25 de julho de 2017
Tsao Chün (Zao Jun)
Tsao significa lareira ou forno e pode ter sido um príncipe da Dinastia Han que gostava de cozinhar. Normalmente, é retratado como um velho gentil cercado pela esposa e pelos filhos; mas não se limitava a ser um guardião. Do seu “templo” – um pequeno nicho perto do fogão da cozinha onde está representado numa pintura em papel –, o deus do lar registrava cada movimento e cada palavra da família.
Então, na noite do vigésimo quarto dia da décima segunda lua, Tsao Chün subia aos céus para apresentar seu relatório aos deuses do Paraíso Ocidental. Desse relatório dependia a prosperidade ou as adversidades dos donos da casa. Portanto, nesta noite a família lhe oferecia notas de dinheiro, bolos de mel e vinho para adoçar a língua do deus. Em seguida, queimavam a imagem numa pequena fogueira de madeira de pinho e soltavam fogos de artifício para iluminar sua subida.
Quando Tsao Chün volta à terra, uma nova imagem de papel é colocada no nicho, onde permanece pelo ano todo. Durante a ausência do deus, os membros da família ficam livres para fazer o que lhes aprouver. Mas sempre se lembram de que o desastre pode chegar sem que ele esteja por perto para protegê-los.
Então, na noite do vigésimo quarto dia da décima segunda lua, Tsao Chün subia aos céus para apresentar seu relatório aos deuses do Paraíso Ocidental. Desse relatório dependia a prosperidade ou as adversidades dos donos da casa. Portanto, nesta noite a família lhe oferecia notas de dinheiro, bolos de mel e vinho para adoçar a língua do deus. Em seguida, queimavam a imagem numa pequena fogueira de madeira de pinho e soltavam fogos de artifício para iluminar sua subida.
Quando Tsao Chün volta à terra, uma nova imagem de papel é colocada no nicho, onde permanece pelo ano todo. Durante a ausência do deus, os membros da família ficam livres para fazer o que lhes aprouver. Mas sempre se lembram de que o desastre pode chegar sem que ele esteja por perto para protegê-los.
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terça-feira, 18 de julho de 2017
Nerthus
Os povos da antiga Dinamarca adoravam Nerthus, uma deusa de fertilidade. Eles levavam a imagem dela ao redor da zona rural em um vagão para fazer as colheitas crescerem bem.
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terça-feira, 11 de julho de 2017
Mictlantecuhtli
Mictlantecuhtli era o senhor tolteca do reino dos mortos e deus do mundo inferior (Mictlan), onde reinava com sua esposa, Mictecacihuatl.
O reino dos mortos tinha várias áreas. Para a parte gelada e sombria, iam os que não tinham o direito a nenhum lugar nos céus. Ali, eles comiam cobras venenosas, o único alimento disponível. Quando alguém morria de causas naturais, seu corpo era vestido com roupas finas e colocado sobre uma pira funerária com um pacote de alimento e um cão vermelho – previamente morto num ritual – e queimava por três dias, antes de entrar no Mictlan. Para chegar à parte pacífica e silenciosa, a alma da pessoa morta tinha de empreender uma perigosa viagem com ajuda do cão através de oito florestas sombrias, oito desertos, oito montanhas e um rio caudaloso e traiçoeiro.
A aparência do deus indicava claramente seu papel: era representado como um esqueleto de ossos muito brancos, dentes muito salientes num crânio descarnado, e coberto de manchas de sangue. Freqüentemente homenageado com penas de corujas e ornamentos de papel na cabeça, ele usava um colar de olhos.
Os presentes mais comuns oferecidos ao deus no mundo inferior eram tiras de pele humana arrancadas dos corpos, e durante a festa, no templo Tlalxicco, o suposto umbigo do mundo, um homem que representava o papel do deus era sacrificado à noite. Os astecas adotaram o culto a esse deus dos toltecas.
O reino dos mortos tinha várias áreas. Para a parte gelada e sombria, iam os que não tinham o direito a nenhum lugar nos céus. Ali, eles comiam cobras venenosas, o único alimento disponível. Quando alguém morria de causas naturais, seu corpo era vestido com roupas finas e colocado sobre uma pira funerária com um pacote de alimento e um cão vermelho – previamente morto num ritual – e queimava por três dias, antes de entrar no Mictlan. Para chegar à parte pacífica e silenciosa, a alma da pessoa morta tinha de empreender uma perigosa viagem com ajuda do cão através de oito florestas sombrias, oito desertos, oito montanhas e um rio caudaloso e traiçoeiro.
A aparência do deus indicava claramente seu papel: era representado como um esqueleto de ossos muito brancos, dentes muito salientes num crânio descarnado, e coberto de manchas de sangue. Freqüentemente homenageado com penas de corujas e ornamentos de papel na cabeça, ele usava um colar de olhos.
Os presentes mais comuns oferecidos ao deus no mundo inferior eram tiras de pele humana arrancadas dos corpos, e durante a festa, no templo Tlalxicco, o suposto umbigo do mundo, um homem que representava o papel do deus era sacrificado à noite. Os astecas adotaram o culto a esse deus dos toltecas.
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domingo, 25 de junho de 2017
Amma
O deus supremo dos povos Dogon de Mali, na África Ocidental, fez o Sol, a Lua, as estrelas, sendo o responsável pelos céus e pelas chuvas. Amma ficou só e se acasalou com a Terra. O primeiro filho foi Ogo (ou Yurugu).
Da segunda gestação, vieram os perfeitos gêmeos divinos, Nommo (ou Nummos), que se tornaram água e luz, a força vital do mundo. Eles acreditavam que as pessoas que nascessem sem um par ficavam com personalidade desequilibrada, como o chacal. Dali em diante, pediram para Amma criar o primeiro homem e a primeira mulher como almas gêmeas, para que todos fosse equilibrados.
O primeiro casal teve mais quatro pares de gêmeos, os antepassados dos Dogon, que roubaram de Amma macho e fêmea de cada animal do Céu e uma amostra de todas as plantas. Tudo foi colocado em uma pirâmide gigante que deslizou até a Terra em um arco-íris. O fogo foi trazido por uma linha presa à pirâmide e ao Sol.
Da segunda gestação, vieram os perfeitos gêmeos divinos, Nommo (ou Nummos), que se tornaram água e luz, a força vital do mundo. Eles acreditavam que as pessoas que nascessem sem um par ficavam com personalidade desequilibrada, como o chacal. Dali em diante, pediram para Amma criar o primeiro homem e a primeira mulher como almas gêmeas, para que todos fosse equilibrados.
O primeiro casal teve mais quatro pares de gêmeos, os antepassados dos Dogon, que roubaram de Amma macho e fêmea de cada animal do Céu e uma amostra de todas as plantas. Tudo foi colocado em uma pirâmide gigante que deslizou até a Terra em um arco-íris. O fogo foi trazido por uma linha presa à pirâmide e ao Sol.
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quarta-feira, 15 de março de 2017
Hermafrodito
Dá-se normalmente o nome de hermafrodito a todos os seres cujo gênero é duplo, simultaneamente masculinos e femininos. Mais particularmente os mitógrafos se referem, com este nome, a um filho de Afrodite e Hermes.
Eis a sua história: Hermafrodito, cujo nome evocava simultaneamente os nomes de sua mãe e de seu pai, fora educado pelas ninfas da floresta do monte Ida, na Frígia. Como filho de Afrodite, era natural que possuísse grande beleza e, como filho de Hermes, que fosse sexualmente curioso, mas extremamente volúvel. Quando fez quinze anos começou a correr o mundo para conhecê-lo e – por que não? – seduzi-lo.
Viajava pela Ásia Menor quando, um dia, encontrando-se na Cária, chegou às margens de um lago maravilhosamente belo. Neste lago morava uma ninfa, Sálmacis. E ela se apaixonou perdidamente pelo novo deus. Fez-lhe inúmeras propostas, mas o jovem, com receio de "prender-se", recusou.
Ela fingiu-se resignada, mas escondeu-se enquanto ele se despia e se lançava ao lago. Assim que o viu nos seus domínios e, principalmente, à sua mercê, Sálmacis nadou, alcançou-o e agarrou-o com todas as suas forças.
Hermafrodito tentou, em vão, afastá-la de si. Ela, entretanto, elevou uma prece aos deuses, pedindo-lhes que fizessem com que os dois corpos jamais se separassem. Os deuses escutaram-na e uniram-nos num novo ser, de natureza dupla. Mas, por seu lado, Hermafrodito obteve do Olimpo que todo aquele que se banhasse nas águas do lago Sálmacis perdesse sua virilidade. No tempo de Estrabão (65 a.C.) ainda se atribuía ao lago este efeito.
Muito frequentemente, pelo menos nos monumentos figurados, Hermafrodito é representado entre os companheiros de Dioniso.
Eis a sua história: Hermafrodito, cujo nome evocava simultaneamente os nomes de sua mãe e de seu pai, fora educado pelas ninfas da floresta do monte Ida, na Frígia. Como filho de Afrodite, era natural que possuísse grande beleza e, como filho de Hermes, que fosse sexualmente curioso, mas extremamente volúvel. Quando fez quinze anos começou a correr o mundo para conhecê-lo e – por que não? – seduzi-lo.
Viajava pela Ásia Menor quando, um dia, encontrando-se na Cária, chegou às margens de um lago maravilhosamente belo. Neste lago morava uma ninfa, Sálmacis. E ela se apaixonou perdidamente pelo novo deus. Fez-lhe inúmeras propostas, mas o jovem, com receio de "prender-se", recusou.
Ela fingiu-se resignada, mas escondeu-se enquanto ele se despia e se lançava ao lago. Assim que o viu nos seus domínios e, principalmente, à sua mercê, Sálmacis nadou, alcançou-o e agarrou-o com todas as suas forças.
Hermafrodito tentou, em vão, afastá-la de si. Ela, entretanto, elevou uma prece aos deuses, pedindo-lhes que fizessem com que os dois corpos jamais se separassem. Os deuses escutaram-na e uniram-nos num novo ser, de natureza dupla. Mas, por seu lado, Hermafrodito obteve do Olimpo que todo aquele que se banhasse nas águas do lago Sálmacis perdesse sua virilidade. No tempo de Estrabão (65 a.C.) ainda se atribuía ao lago este efeito.
Muito frequentemente, pelo menos nos monumentos figurados, Hermafrodito é representado entre os companheiros de Dioniso.
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sábado, 11 de março de 2017
Purim
Os judeus estavam exilados na Babilônia, desde a destruição do Templo de Salomão pelos babilônios e da dispersão do Reino de Judá. A Babilônia, por sua vez, foi conquistada pela Pérsia.
O rei da Pérsia do século 4 – provavelmente Xerxes nos livros de história, ou Assuero (Acháshverosh, em hebraico) na Bíblia – mandou executar a desobediente Rainha Vashti. A fim de preencher o posto de rainha, Assuero fez um concurso de beleza cuja vencedora foi Ester, uma bela jovem judia. Aconselhada por seu primo (ou tio) Mordechai, Ester decidiu esconder sua identidade judaica do novo esposo e, assim, se tornou a Rainha da Pérsia.
Hamán – o perverso e egomaníaco conselheiro do rei – criou uma lei pela qual todas as pessoas deveriam se curvar diante dele. Entretanto, Mordechai recusou-se a cumpri-la, uma vez que um judeu só pode se curvar perante Deus. Hamán ficou tão enfurecido que baixou o seguinte decreto: todos os judeus, homens, mulheres e crianças, seriam mortos em um dia que ele escolheria. Supersticioso, fez um sorteio (“purim” em persa) para saber qual dia seria.
Hamán ficou muito feliz quando o resultado do sorteio saiu dia 13 no mês de Adár (entre fevereiro e março). Ele sabia que Moisés morrera nesse mês e isso seria um bom presságio para ele. O que ele não sabia era que, na tradição judaica, os grandes homens morrem em seus aniversários, pois todos os dias de suas vidas são plenos e completos. Moisés nasceu e morreu em Adár, que, dessa forma, era visto como um período abençoado.
A Meguilát Ester ou, simplesmente, Meguilá (“rolo”, em hebraico) é o livro bíblico que narra a história de Ester e os acontecimentos de Purim. Nele ficamos sabendo que a ameaça de Hamán caiu por terra quando Ester revelou sua identidade ao esposo em um jantar. Através de uma série de notáveis “coincidências”, o rei chegou a conclusão que Mordechai era digno de honra e que Hamán deveria ser executado. E, quando Assuero descobriu que Hamán construíra uma forca para Mordechai, ordenou que o conspirador fosse enforcado nela. Mordechai se tornou o novo conselheiro do rei e baixou um decreto que permitia os judeus de se defenderem de seus inimigos.
Os judeus consideram o Purim um milagre da vitória dos justos contra os ímpios, comemorado no dia 14 de Adár, dia seguinte do evento narrado no Livro de Ester. Nada de sobrenatural aconteceu e nem mesmo o nome de Deus é citado no livro, mas acredita-se que Suas ações estavam por trás dos acontecimentos. As coincidências da história, contra todas as possibilidades, provam que se tratava de um jogo de moralidade dirigido por Deus. Purim seria, então, um registro dos milagres ocultos que acontecem o tempo todo e dos quais não nos damos conta. Por exemplo, a sorte seria um resultado predestinado por Deus. Algumas pessoas chamam de sincronicidade.
Em Purim, as pessoas costumam vestir máscaras e fantasias, representando o ato de Ester esconder sua identidade ao rei. O nome Ester significa “oculto” em hebraico, nome apropriado não só para o seu ato, mas também pelas ações de Deus. Também distribuem comida e dinheiro aos pobres.
Um famoso doce triangular chamado "Orelha de Hamán" (oznei haman) é feito na data recheado de uva preta, geleia, doce de frutas ou sementes de papoula. A origem do nome vem do costume antigo de cortar a orelha de quem ia ser enforcado e como esse foi o destino do vizir, apelidou-se a iguaria por esse nome. Outra denominação do biscoito é Hamantaschen, a palavra ídiche para “bolsos de Hamán”, já que as sementes de papoula representariam o suborno que o maldoso conselheiro do rei cobrava. Para os poloneses, o biscoito se chama Pirichkes. O formato triangular da iguaria também tem várias versões: para alguns representa o chapéu de três pontas de Hamán e para outros a força dos três fundadores do judaísmo: Abraão, Isaac e Jacó.
terça-feira, 7 de março de 2017
Makosh
Makosh (ou Mokosh) era uma deusa da fertilidade associada à água e à provisão abundante de comida, conhecida apenas pelos povos eslavos orientais.
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