sexta-feira, 17 de junho de 2011

Irmão Urso

Hoje trago a vocês o desenho animado Irmão Urso (Brother Bear, 2003), a 45ª animação dos Estúdios Disney. Em busca de vingança por um de seus irmãos ter sido morto por um urso, o jovem Kenai acaba sendo amaldiçoado pelos espíritos da floresta. Obrigado a viver transfornado em um urso, Kenai começa a ver a realidade sob o ponto de vista dos animais e percebe que as coisas são bem mais complicadas do que imaginava. Logo faz amizade com outro urso, Koda, mas se vê em apuros quando seu próprio irmão começa a caçá-lo.

Essa é a sinopse básica dessa animação original que fala sobre companheirismo, fraternidade e amizade através de lendas dos povos inuítes. É passada há 10.000 anos, numa região fictícia na costa do Pacífico a noroeste do continente norte-americano ao final da Era Glacial. As paisagens são belíssimas com destaque para a Aurora Boreal, que seria a representação dos espíritos inuítes.


Ainda vemos os totens que mostram a enorme importância dos animais nas mitologias dos povos com ligação estreita com a natureza, como os inuítes, os indígenas brasileiros e norte-americanos, os aborígenes autralianos e as tribos africanas, entre outros. Nos extras do DVD, tem a apresentação de três lendas inuítes referentes a ursos. São elas:

DE ONDE VEM OS URSOS
Há muito tempo, vivia um garoto que passava seus dias andando na floresta. Um belo dia, ele chegou a frente do seu povo e disse que, se eles jejuassem por 7 dias, eles poderiam viver na floresta sem ter que trabalhar e com comida abundante. Eles aceitaram e logo depois seguiram o jovem. Com o tempo, eles se tornaram os ursos.

A CAÇADA AO GRANDE URSO
Um grande e poderoso urso aterrorizava os vilarejos. Quatro guerreiros levaram um cão para caçá-lo. A perseguição chegou a uma montanha que os levou aos céus, formando a constelação de Ursa Maior.

O MENINO QUE VIVIA COM URSOS
Um menino iroquois foi aprisionado por um tio malvado em uma caverna. Acabou sendo adotado por uma família de ursos. Muito tempo depois, o tio reviu seu sobrinho entre os ursos e pediu perdão por seu ato. O menino aceitou voltar para sua tribo se seu tio admitisse a importância dos ursos.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

É lenda!


Cinco lendas brasileiras foram abordadas no encarte Globinho do último sábado, num período do ano que o folclore nacional é festejado. Vou transcrever aqui a interessante matéria de Leonardo Cazes com ilustrações de André Melo:
Desde muito, muito tempo atrás, os homens criam histórias para tentar compreender as coisas ao seu redor. Por que a Lua possui quatro fases? Como surgiu o guaraná? Se hoje temos o Google para tirar nossas dúvidas, eles contavam apenas com a própria imaginação. E assim nasceram as lendas, transmitidas de pai para filho por gerações, até os tempos atuais.

No Brasil, houve uma grande mistura de lendas dos índios, que já viviam aqui, com outras africanas e europeias trazidas pelos escravos e colonizadores. Alguns personagens ficaram mais conhecidos, como a Cuca e o Saci Pererê, principalmente por sua divulgação na obra de Monteiro Lobato. Mas existem muitas outras, como o Carbúnculo e o Uirapuru, que você pode conhecer melhor aqui ao lado, em resumos que fizemos a partir do livro "As 100 melhores lendas do folclore brasileiro".

O autor da obra, A. S. Franchini, explica que as lendas brasileiras tem um papel parecido com a mitologia na Grécia Antiga, pois são uma forma de interpretar o mundo. Há milhares de anos, por exemplo, quando uma chuva alagava toda a cidade, os gregos acreditavam que era um castigo dos deuses, chateados com as atitudes dos homens na Terra.

— As lendas brasileiras são, de certo modo, a nossa mitologia, já que lidam com divindades indígenas e com mitos que falam da nossa nacionalidade. Todos lidam com os mesmos temas, comuns a todas as raças e povos, como amor, morte, sobrevivência, ambição, generosidade - explica Franchini.

Se você já escutou mais de uma versão sobre uma lenda, não se assuste. Essa é, inclusive, uma de suas características. Por serem transmitidas oralmente, elas assumem diferentes formas de acordo com a época e o lugar.

— Isso não só é natural e inevitável, como vital para a sobrevivência das lendas - diz o autor.

CARBÚNCULO
Ele é um lagarto mágico que, reza a lenda, vive no Rio Grande do Sul e possui um diamante na cabeça. O carbúnculo tem o poder de dar riqueza infinita a quem o possui e, à noite, transforma-se em uma bela mulher. Até hoje ele vive com seu único dono, um ex-sacristão, nos morros que ficam na divisa do Brasil com o Uruguai.

A ESCADA DE FLECHAS
Os índios kaigangs contam que seus ancestrais construíram uma escada de flechas pra chegar aos céus. O objetivo era fugir das onças que aterrorizavam a aldeia. O deus Tupã até ajudou, criando degraus de cipó. Mas, quando os índios foram subir, viram que os felinos já estavam lá em cima. Para evitar que as onças descessem e fizessem mais vítima, um casal valente foi até o céu, cortou a escada e nunca mais foi visto.

UIRAPURU
Moema e Juçara eram muito amigas, mas disputavam o amor de Peri, o índio mais bonito da aldeia. Para decidir com quem se casaria, ele sugeriu um duelo: quem acertasse com uma flecha o pássarp apontado por ele, seria sua esposa. Juçara venceu, e Moema fugiu para a mata, lamentando. O deus Tupã, com pena dele, resolveu transformá-la numa ave que teria o canto mais belo, o Uirapuru, que em tupi significa "pássaro que nao é pássaro". Quando o Uirapuru canta, a floresta toda fica em silêncio.

NEGRINHO DO PASTOREIO
Negrinho era um escravo encarregado de cuidar dos cavalos de um fazendeiro. Os animais são roubados, o menino leva uma surra e é obrigado a procurar os bichos. Sem sucesso, leva outra surra e morre. O fazendeiro manda, então, jogar o corpo num formigueiro. Dias depois, quando volta ao local, vê o garoto, sem nenhum machucado, se levantar e montar um cavalo. Daí em diante, o Negrinho vaga pelos campos e ajuda pessoas a encontrar coisas perdidas. Essa lenda prega contra a escravidão.

POR QUE ONÇA NÃO GOSTA DE GENTE?
Os índios kayapós explicam de uma maneira curiosa o porquê das onças não gostarem de gente. Na sua tradição, os animais dominavam o fogo e o arco e flecha, ainda desconhecidos pelos indígenas. Um dia, uma onça levou um índio até sua casa e ensinou a ele tudo o que sabia. Ambicioso, este voltou para a aldeia, contou o que aprendeu e voltou para roubar toda a carne que o animal tinha caçado com seus instrumentos. Reza a lenda que o bicho nunca aceitou a trição, e passou a perseguir os homens.
Bem legal! Não só as lendas (não conhecia algumas) como o texto todo!

sábado, 11 de junho de 2011

O herói perdido

Rick Riordan não aguentou e retornou a série de Percy Jackson e os Olimpianos com o livro O herói perdido (The lost hero). Lançado em outubro de 2010, o livro iniciou uma nova série, Os heróis do Olimpo, e chegou ao Brasil pela Editora Intrínseca este mês.

A sinopse oficial diz que, "depois de salvar o Olimpo do titã Cronos, Percy Jackson e seus amigos trabalharam duro para reconstruir o Acampamento Meio-Sangue. É lá que a próxima geração de semideuses terá de se preparar para enfrentar uma nova e aterrorizante profecia. Os novos campistas seguirão firmes na inevitável jornada, mas, para sobreviver, precisarão contar com a ajuda dos semideuses dos quais todos já ouvimos falar".
Sete meios-sangues responderão ao chamado.
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final,
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.
Mas essa sinopse parece esconder algumas diferenças cruciais que já estão sendo comentadas por aí:
  • Percy está desaparecido e só é citado no livro (o título meio que já entrega isso, não?)!
  • Sendo assim, o livro é escrito na terceira pessoa (Percy era o narrador anteriormente).
  • Teremos um novo trio de protagonistas e parece que um novo acampamento!
  • É mais juvenil do que infanto-juvenil, com mais ação e humor mais pontual.
  • A abordagem mitológica será bem mais greco-romana do que somente grega.
O autor também já confirmou o segundo livro, The Son of Neptune (O Filho de Netuno) para o final do ano, mostrando que Percy pode (ou não) reaparecer.

E lá vamos nós!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ipilya


Ipilya na marca Australian Indigenous Health Info Net,
criada pela artista aborígene Donna Lei Rioli
Em um gigantesco pântano, vive Ipilya, uma gigantesca lagartixa responsável pelas tempestades e trovoadas do período das monções. Diz-se que ela engole água e lama para em seguida esguichá-las nos céus, criando as nuvens de chuva. Feliz com o resultado, Ipilya se move entre as nuvens como os raios e seu rugido dá som aos trovões.

Passada as chuvas, Ipilya descansa. É uma entidade pacífica, porém, ataca os desavisados que invadem seu pântano. As tribos do norte da Austrália temiam os répteis que viviam em poços e costumam realizar inúmeras cerimônias para agradá-los.

O interessante é que as lagartixas são um dos dos poucos lagartos que realmente produzem som vocal, mas obviamente não chega a um rugido.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lupa cinematográfica

Agora vocês podem saber tudo sobre mitologia no cinema indo direto na lupa específica sobre o assunto. É essa aí do lado que também é a última na listagem.