segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Medalhas da vitória

Nesta segunda-feira, foi lançada as medalhas dos Jogos Paraolímpicos em Londres 2012. Quem venceu o concurso de criação das medalhas com cerca de 100 designers, foi a chinesa Lin Cheung que teve como inspiração a deusa grega da vitória, Niké – isso mesmo, a da marca esportiva e irmã do Cratos mitológico, não do videogame.


 

Um dos lados da medalha representa o que seria a asa da escultura que está exposta no Bristish Museum (o original da peça, esculpida entre 425 e 421 A.C, fica no Museu Olímpico, na Grécia). O outro lado parece um tecido drapeado.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vodyanoi

Os vodyanoi são seres (ou espíritos) masculinos hostis que vivem no fundo de lagos. São descritos como rãs do tamanho de focas com face humana ou como homens envelhecidos com barba esverdeada, cabelo comprido e ralo, corpo coberto de limo, algas e escamas negras, patas membranosas no lugar de mãos, cauda de peixe e olhos que queimam como carvões em brasa. Alguns contos chamam os vodyanoi de "povo do mar" ou "povo-peixe". Acredita-se que eles dividiam-se em castas de guerreiros e sacerdotes.

Esses seres também são acusados de serem os responsáveis pela destruição de represas e moinhos d'água. Pescadores, moleiros e apicultores fazem sacrifícios para apaziguá-los, colocando uma pitada de tabaco na água e dizendo "Eis aqui seu tabaco, Senhor Vodyanoi, agora dê-me um peixe".

Eles raramente vêm em terra, mas quando o fazem é para arrastar viajantes incautos para seu palácio de cristal aquático decorado com partes de barcos naufragados. Os humanos ou morriam afogados ou se tornavam seus escravos, passando a respirar debaixo d'água.

Nos contos tchecos, os afogados morrem e o vodník guarda suas almas em potes de porcelana que eles consideram sua riqueza. Caso um pote se abra, a alma escapa em forma de bolhas. Não há menção de uma habitação especial. Seus únicos servos são peixes.

"Vodyanoi" significa "aquático" e, em muitas línguas, é a palavra para o signo de Aquário. Também ser escrito vodnik, wodnik, vadzianik e vodenjak.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

God of War - A saga!


O site Tech Tudo da Globo trouxe uma máteria de Ingo Müller contando o enredo da série de jogos God of War que eu reescrevo aqui. O primeiro episódio saiu em 2005 e se transformou em um dos maiores jogos da Sony Computer Entertainment. No jogo, você é Kratos e vive uma saga de vingança em meio à mitologia grega. Confira a seguir a história que temos até aqui (cheia de spoilers):

Deimos
O início da história
Profecias antigas previam que o crepúsculo dos deuses gregos ocorreriam pelas mãos dos furiosos Titãs. Porém, segundo a visão de um oráculo, o fim do Olimpo se daria pelas mãos de um mortal. O soberano Zeus acreditava que este mortal seria o guerreiro Deimos, por conta de suas estranhas marcas de nascença. O jovem Deimos era irmão de Kratos e ambos treinavam para fazer parte do exército espartano, uma organização militar conhecida pela sua tenacidade.

Então, Deimos foi repentinamente sequestrado pelo deus da guerra Ares. Kratos tentou impedir o rapto, mas sofreu uma derrota que deixou marca em seu olho esquerdo. Deimos foi levado para o reino da morte para ser torturado por Thanatos, o deus da morte em pessoa. Acreditando que seu irmão estava morto, Kratos fez uma série de tatuagens vermelhas, imitando as marcas de nascença de Deimos. Os anos passaram, e Kratos se tornou um jovem imbatível e sanguinolento capitão do exército espartano.

Encurralado durante a campanha contra uma horda de bárbaros, Kratos estava prestes a ser morto quando evocou o nome de Ares, rogando força para destruir seus inimigos em troca de servidão ao então deus da guerra. Ares fez a sua parte, e permitiu que Kratos liberasse um ciclone de destruição, rechaçando seus inimigos. Porém, o preço do poder veio junto com o ônus: a partir daquele momento, o mortal estava acorrentado para sempre às Lâminas do Caos (presas em seus braços por correntes em brasa), símbolo de seu poder e de sua servidão.



Fantasma de Esparta
Kratos passou a servir Ares com devoção, matando centenas em nome do olimpiano. Mas dedicação não era suficiente para o deus da guerra: ele queria uma máquina de matar focada, que o seguisse cegamente, o guerreiro perfeito. Para isto, precisava remover a ligação de Kratos aos demais mortais. Assim, Ares enganou Kratos e fez com que ele, cego pelo instinto assassino, tirasse a vida de sua própria mulher e filha, que estavam escondidas no Templo de Atenas localizado em uma vila castigada pelo combate. Percebendo a consequência de suas ações, Kratos renunciou a servidão a Ares, mas foi amaldiçoado pelo oráculo da vila a carregar a cor das cinzas dos mortos em sua pele.

Em busca de redenção, Kratos concordou relutantemente em servir outros deuses. Lutou em Ática contra a invasão do exército persa e evitou a tomada da cidade por um basilisco. No entanto, após a batalha, o mundo acabou coberto de trevas por conta do estranho desaparecimento do deus sol Helios.

As correntes do Olimpo
Sua nova missão do guerreiro passou a ser descobrir o paradeiro de Helios, colocando o personagem em rota de colisão com o titã Atlas e Morfeu, o deus do sono, sequestradores da divindade que pretendiam destruir o Pilar do Mundo. Kratos desceu ao Hades, o Submundo, para recuperar o Sol e enfrentou Caronte. Durante esta jornada, Kratos foi tentado pela deusa Perséfone, que habitava o Hades após ter sido abandonada por Zeus. A deusa possibilitou o encontro do espartano com sua falecida filha Calíope. Mas o espartano descobriu que a Rainha do Inferno era a verdadeira mentora por trás dos planos de destruição.

Forçado a escolher entre sua filha e os deuses, Kratos ficou com a segunda opção, matou Perséfone utilizando almas puras e acorrentou Atlas ao pilar do mundo. Com isso, foi separado definitivamente de sua filha.

Acertando as contas
Kratos chegou a derrotar a Hidra com um fragmento dos poderes de Poseidon. Mas, foi quando a cidade de Atenas estava sendo destruída por Ares e seus exércitos, que a deusa Atena recorreu a Kratos, dando-lhe a tarefa de matar o deus da guerra em troca do perdão por seus pecados. Porém, Kratos ainda era mortal, e para acabar com Ares ele precisaria de uma fonte adicional de poder, algo que pudesse derrotar até mesmo um olimpiano. Afrodite lhe deu o poder da petrificação depois que ele derrotou a Medusa; e Zeus o ensinou a controlar os raios. Em seguida, ele iniciou a busca pela lendária caixa de Pandora. Depois de passar por uma série de testes (entre harpias e sua quase morte no Tártaro), Kratos recuperou o artefato e derrotou Ares. Mas matar o deus trouxe pouca satisfação ao guerreiro, pois ele ainda era assombrado pelas visões de atos terríveis de seu passado. Por conta disso, Kratos resolveu acabar com o seu sofrimento pulando de um precipício.

Contudo, antes do fim da queda fatal, ele foi resgatado por Atena, que ofereceu o posto de deus da guerra ao espartano e suas lâminas de guerra. Kratos, então, passou a ocupar uma cadeira em meio aos deuses.



Em busca do passado
Nem mesmo o novo status divino conseguiu aplacar a angustia no coração do espartano. Contrariando os conselhos de Atena, Kratos decidiu se reconciliar com o passado e iniciou uma jornada até a Atlântida em busca de sua mãe, Calisto. Após derrotar Scylla, a encontrou já doente. Quando Calisto estava prestes a revelar a identidade de seu pai, ela foi transformada contra sua vontade em uma besta horrenda, e Kratos teve de matá-la, ficando sem as respostas que tanto desejou... mas conseguiu revelar que Deimos, seu irmão, ainda estava vivo!

Kratos partiu imediatamente ao encontro de seu irmão perdido, e no caminho libertou a titã de magma Thera de sua prisão em um vulcão sob Atlântida, o que resultou na destruição da cidade.

Kratos foi até os domínios da morte para localizar e libertar Deimos. Culpando-o pelo seu longo encarceramento, Deimos atacou seu irmão. Mas o confronto foi breve e logo os dois juntaram forças para enfrentar Thanatos e suas Fúrias. O deus matou Deimos, mas Kratos derrotou Thanatos. Novamente sozinho, o deus da guerra culpou os deuses por seu sofrimento e prometeu vingança.


Colosso de Esparta
Entediado com sua vida no Olimpo, Kratos auxiliava o exército de Esparta marchar sobre a Grécia, em detrimento das outras cidades que honravam outros deuses. A deusa Hera mandou o gigante Argos confrontá-lo, iniciando um complô para que Kratos perdesse moral no panteão. Alguns deuses mandaram Ceryx, filho de Hermes, pedir que ele parasse seus esforços de conquista, que poderiam resultar na destruição da Grécia. Kratos não deu ouvidos ao mensageiro e o matou, aguardando a retaliação.

Kratos se juntou ao exército espartano durante a batalha de Rodes, onde foi atacado pela gigantesca estátua que defendia a cidade. Para derrotar o colosso, Zeus o aconselhou Kratos a depositar todo seu poder na Espada do Olimpo. Após destruir o construto, Kratos foi engando por Zeus que, tomando a Espada do Olimpo, cravou a arma carregada na barriga do espartano. Nesse momento, Zeus revelou que é pai de Kratos com Calisto, tornando o guerreiro um dos semideuses bastardos. E Zeus, assim como seu pai Cronos, liquidou o filho que poderia destroná-lo.



Vingança e fúria
Sem vida, Kratos foi para o Submundo. De lá, aconselhado por Gaia, fugiu por pura determinação e desejo de vingança contra Zeus. Quando teve uma chance clara de matar o soberano do Olimpo com poderes de vários titãs, Atena absorveu o impacto do golpe e morreu. Furioso, Kratos iniciou uma campanha contra todos os deuses. Para sitiar o Olimpo, dominou as fiandeiras do destino e teceu uma nova trama do tempo, colocando-se no passado, durante a Titanomaquia, a batalha dos Titãs contra os deuses, vencida originalmente pelos habitantes do Olimpo. Agora aliado dos titãs, Kratos cavalgou Gaia, a própria terra, e conseguiu matar Poseidon e furar a primeira linha de defesa divina. Mas na luta com Zeus, Kratos e Gaia tombaram no Rio Estige.

Novamente sozinho, Kratos iniciou uma chacina, matando deuses, semideuses, heróis, titãs e mortais sem distinção. Cada inimigo tombado trazia consequências terríveis para o mundo, já que os deuses mortos respondem por aspectos importantes da vida na terra. Kratos continuava sua marcha de vingança até ser visitado pelo espírito de Atena, que transcendeu para uma existência superior, apoiando-o no crepúsculo dos deuses. Ela o guiou até a Chama do Olimpo, que tem o poder para destruir Zeus. Porém, a chave para a chama era Pandora, antiga proprietária da lendária caixa que deu poderes para o espartano matar Ares tempos atrás.

Redenção
Kratos precisou atravessar o labirinto de Dédalo para resgatar Pandora, com quem rapidamente desenvolve uma relação paternal. Este carinho pela garota fez com que Kratos começasse a hesitar ao perceber que apenas o sacrifício dela poderia domar a chama. Apesar dos protestos do guerreiro, ela concluiu seu propósito, permitindo que ele abrisse a caixa de Pandora e encontrasse um recipiente vazio...

Neste momento, Zeus atacou com a intervenção de Gaia. Os três começaram uma luta sangrenta, até que Kratos conseguiu empalar Zeus no coração da titã, que se desfez. Pensando que Zeus também estava morto, Kratos deu as costas, mas foi atacado novamente por ele, que o neutralizou em um combate mental. O espírito de Atena apareceu novamente, congratulando Kratos e exigindo que ele entregasse para ela a mais poderosa das armas, que ele retirou da caixa de Pandora para poder derrotar Zeus. Kratos argumentou que a caixa estava vazia. Até que se deu conta que Atena se referia à esperança, a última coisa retirada da caixa e que agora está nele.

Sabendo que o mundo não poderia ser governado por deuses ou entidades distantes, Kratos cravou a Espada do Olimpo no próprio corpo, permitindo que a esperança fosse libertada no mundo. Deu-se início, assim, a uma nova era, a Era dos Mortais, que reconstruíram a Terra arrasada graças a sua persistência e autonomia recém-conquistada.

Sequência
Toda essa história acontece nos seguintes jogos:
  1. God of War - Ascension, com fatos ocorridos logo após Kratos assassinar sua esposa e filha.
  2. God of War - Chain of Olympus, com Kratos em busca de Helio.
  3. God of War, com Kratos vs. Ares.
  4. God of War - Ghost of Sparta, o novo deus da guerra vai atrás de seu irmão no inferno.
  5. God of War - Betrayal, a última aventura de Kratos antes de enfrentar os deuses.
  6. God of War II, primeiro round de Kratos vs. Zeus.
  7. God of War III, segundo round de Kratos e os Titãs vs. Zeus e os Olimpianos.

A ordem de lançamento dos jogos é a seguinte:
  1. 2005: God of War para Playstation 2
  2. 2007: God of War - Betrayal para Celulares
  3. 2008: God of War II para Playstation 2
  4. 2008: God of War - Chain of Olympus para PSP
  5. 2010: God of War - Ghost of Sparta para PSP
  6. 2010: God of War III para Playstation 3
  7. 2013: God of War - Ascension para Playstation 3

Uma saga e tanto, não?
Importante dizer que esse anti-herói Kratos não faz parte da mitologia: ele é uma criação de David Jaffe para o Santa Monica Studios, interpretado pelo ator britânico Joseph Gatt (que fez a captura de movimentos do personagem) e dublado pelo americano Terrence Carson, que deu vida aos berros do herói. Para os gregos, Cratos era um titã, a personificação da força.

E preparem-se: um filme já vem sendo discutido em Hollywood!

Mais informações AQUI

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Kumush

Conhecido como Velho dos Antepassados, Kumush (Kmukamch) é o deus criador da tribo Modoc. Alguns diziam que utilizava uma máscara azul e possuía olhos nas mãos.

Kumush foi até o mundo dos espíritos, visitar sua filha já morta. Lá os espíritos dançam e cantam à noite, mas voltam a ser esqueletos de dia. Após passar seis dias e seis noites por lá, decidiu retornar com alguns dos espíritos. Colocou alguns ossos em um grande cesto e começou a longa subida de volta. Por duas vezes, tropeçou e alguns ossos caíram e voltaram a ser espíritos, gritando de felicidade por voltarem a descansar. Na terceira tentativa de subir, Kumush gritou que, quando eles vissem a maravilhosa terra criado por ele com um sol brilhante, eles jamais iriam querer voltar para o mundo dos espíritos. Quase chegando na saída, Kumush jogou o cesto para evitar qualquer tropeço e, assim, conseguiu voltar com sua filha e os ossos.

Selecionou, então, os ossos para cada tribo e os plantou no chão. Deles nasceu não só o povo Modoc, mas também os Shasta, os Klamath entre outros. Pediu aos rios e montanhas ao redor que cuidassem do povo Modoc, que seria seu protegido. Em seguida, Kumush começou a criar todas as coisas, nomeando-as e definindo suas funções. Para finalizar, fez uma casa no meio dos céus para morar com sua filha.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O estudo da própria consciência humana

Geralmente, o estudo da mitologia é considerado como inexpressivo devido à crença de que mitos são formas rudimentares de produzir conhecimento e que não são necessários em nossa vida moderna. O que é um erro, pois o estudo dos atributos das divindades fornece as bases para o estudo da própria consciência humana.

Os mitos se expressam através de símbolos e metáforas representando temas abstratos, que muitas vezes não conseguimos traduzir perfeitamente em palavras. Antigamente transmitidos por poetas e sacerdotes, hoje o papel da produção dos mitos pertence aos escritores que recriam o sentido da vida em contos modernos.

Este é o início da postagem "Invocando os deuses", do dia 25 de agosto, de Marcelo Del Debbio em seu blog Teoria da Conspiração. A importância dos mitos é bem maior do que se imagina hoje em dia. Talvez apenas profissionais das áreas de história, arqueologia, psicologia e afins que tenham essa noção: conhecer mitologia é conhecer a humanidade.

Del Debbio é também o autor da Enciclopédia de Mitologia de 640 páginas, com mais de 7 mil verbetes e 900 ilustrações! Ela traz elementos das mitologias grega, romana, egípcia, indiana, árabe, chinesa, japonesa, celta, nórdica, européia, polinésia, sulamericana, norte-americana, asteca, maia, inca, goécia e bíblica!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Mitologia em quadrinhos digital e nacional!


O jovem nerd Társio viaja até Paraty para assistir a entrevista com seu ídolo na Flip (a famosa Feira Literária Internacional de Paraty), o quadrinista e escritor Noah Gaiman (Noah mesmo, e não Neil - o verdadeiro). Após a palestra, ele sofre uma desilusão amorosa e decide afogar as mágoas nas ótimas cachaças locais. Esse erro joga o jovem em uma série de eventos que ele jamais esperaria. Ele não consegue passagens para retornar ao Rio de Janeiro, onde mora, e não tem dinheiro para se hospedar na cidade. Sua única alternativa é um misterioso indivíduo que habita naquelas paragens, o sombrio Luiz Pinga. Mas, como um demônio, Luiz não presta favores sem uma contrapartida a altura. Társio se vê envolvido numa trama sobrenatural que vai muito além de toda a realidade. A trama envolve mitologias, magia e mistério e o destino dos próprios deuses.

Essa é a sinopse da revista em quadrinhos digital Mitologias, produzida por Luiz Augusto de Souza (roteiro e desenhos), Ulisses Teixeira (roteiro), Leonardo Bartolo (roteiro), Regina Alonso (capista) e Giu Alonso (revisão e produção editorial) – ou seja, produto 100% nacional! A revista sai pelo selo Atitude Independente dos roteiristas, que busca ser uma alternativa na produção e distribuição on line de quadrinhos gratuitos para entretenimento e diversão. Até agora são três edições, mais a edição #0 que funciona como uma preparação para o clima mitológico. Você pode ver as capas ao lado. Prestigiem essa iniciativa e mergulhem nesse novo universo mitológico!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Tapio

Tapio era o grande patriarca dos deuses das florestas na mitologia finlandesa. Uma lenda conta que Tapio teria sido a primeira árvore. Era casado com a Mielikki, a Dama das Florestas, com quem teve Nyyrikki e Tuulikki.

Apesar de ser chamado de Rei Urso (talvez se transformasse nesse animal), Tapio é descrito tendo um corpo verde humanóide, com barba e sobrancelhas de líquen e musgo, e chifres de gravetos na cabeça. Diz-se que se cobria com um manto de folhas para camuflagem.

Vivia rodeado pelas divindades dos bosques, a quem os habitantes adoravam a fim de garantir o êxito nas caçadas. Algumas vezes, Tapio era considerado mortal: quando alguma floresta ou bosque era violado, ele escurecia o local e sufocava até a morte as pessoas que degradaram a natureza.

O antigo nome da Finlândia, Tapiola, vêm de seu nome.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Deus sustentável

Nada de ouro, marfim ou diamantes. No mundo moderno, os deuses vão ter que se contentar em ganhar esculturas de materiais ecológicos. Foi isso que fez artista indiano Surya Prakash: construiu uma estátua da divindade hindu Ganesha com copos de papel.

Foto: Noah Seelam – France Presse

A homenagem foi feita para o festival do deus, que acontecerá no dia 1º de setembro.

(Matéria da Folha de São Paulo)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Uluru


No meio do inóspito deserto da Austrália central, há um monte colossal de arenito vermelho, o Uluru, um dos locais mais sagrados para os aborígenes australianos. Seu nome ocidental é Ayers Rock (em homenagem ao Primeiro-Ministro australiano Henry Ayers) ou, somente, A Rocha, que possui 8km de circunferência, 318 metros de altura e se estende por 2,5km de profundidade. A pedra obtém sua cor ferruginosa através da oxidação dos minerais que a impregnam - como feldspato - o que também causa a emissão de um brilho vermelho ao amanhecer e ao pôr-do-sol.

Muitos mitos secretos se passam nessa rocha, em cujas paredes inferiores e cavernas há pinturas antiquíssimas. Acredita-se que seja um portal para o Tempo do Sonho, ou até mesmo o próprio local. Outros dizem que foram os Ungambikulas que criaram a pedra ao brincar com a lama depois de um dilúvio. Após a criação do universo, os irmãos teriam voltado a Uluru e se tornaram pedregulhos.

Há várias histórias de turistas que levaram para casa um pedaço do Uluru e devolveram a lembrança alegando que foram amaldiçoados por levar uma parte do monumento sagrado. O Parque Nacional Australiano que administra o local diz receber um pacote por dia, enviado de várias partes do mundo, com uma amostra do Uluru e um pedido de desculpas.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O incompreendido Odin...

(clique para ampliar)

A tirinha acima é de Carlos Ruas, ilustrador de Niterói (RJ), responsável pelo blog Um sábado qualquer, que possui tirinhas que brincam com a religião. Na categoria Buteco dos Deuses, várias divindades aparecem conversando com Deus em situações mais do que inusitadas. Divertidíssimo!