sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um Percy egípcio?

Rick Riordan está uma máquina de fazer livros adolescentes de mitologia! O autor da série de Percy Jackson – que já está na segunda fase – também investiu na mitologia egípcia nas Crônicas dos Kane. A sinopse do primeiro livro, A Pirâmide Vermelha, é:
Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane. Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que expulsa-lo ao esquecimento e forças das crianças a fugir para salvar suas vidas. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz os cada vez mais perto da verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós.

Apesar da presença de deuses, esse livro parece ter um estilo mais aventureiro, Indiana Jones, Tomb Raider. No entanto, a Editora Intrínseca já lançou o segundo volume – O Trono de Fogo – com uma sinopse que o aproxima dos poderes adolescentes percyanos:
Os deuses do Egito Antigo foram libertados, e desde então os irmãos Carter e Sadie Kane vivem mergulhados em problemas. Descendentes da Casa da Vida, ordem secreta que remonta à época dos faraós, os dois têm poderes especiais, mas ainda não os dominam por completo. Refugiados na Casa do Brooklin, local de aprendizado para novos magos, eles correm contra o tempo. Seu inimigo mais ameaçador, Apófis, está se erguendo, e em poucos dias o mundo terá um final trágico. Para terem alguma chance de derrotar as forças do caos, precisarão da ajuda de , o deus sol. Despertá-lo não será fácil: nenhum mago jamais conseguiu. Carter e Sadie terão de rodar o mundo em busca das três partes do Livro de Rá, para só então começarem a decifrar seus encantamentos. E, é claro, ninguém faz ideia de onde está o deus.

Apófis... Cronos... vai dizer que não encontrou alguma semelhança só de ler as sinopses? Bom... o que importa é que esses livros são uma nova porta de entrada para adolescentes nas histórias mitólogicas, agora as do fascinante Egito. Já andei vendo algums críticas falando que essa série tem uma narrativa bem mais interessante por seu teor aventureiro.

Aproveito para dizer que o segundo filme de Percy Jackson – que será baseado no livro O mar de monstros – já está marcado para março de 2013.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Apsu

Apsu era o deus primevo das águas doces e da Água Celestial da Sabedoria. Suas águas circundavam a terra, enchendo-a com bondade e otimismo. No entanto, a Terra – uma ilha comprida flutuante – era também circundada pelo oceano salgado e amargo da deusa-dragão Tiamat. Apsu fundiu-se, então, a deusa e se tornou seu consorte.

Da mistura fermentada dessas águas, diversos deuses e deusas nasceram, entre eles Anu e Ea, que rapidamente assumiram o controle das ações divinas. Não muito satisfeito com isso, Apsu declarou guerra a esses deuses, mas foi morto por Ea e sepultado no subterrâneo.

Como um ser divindo primordial, Apsu continuou brotando do subterrâneo em forma de fontes de água doce que borbulhavam na superfície da Terra. Diz-se que, da lama gerada por suas águas, o homem foi moldado.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Orixás em quadrinhos

Penetre o universo de Olodunmaré, os caminhos de Omulu, as estratégias de Ogum e a generosidade de Oxóssi. A editora Marco Zero lançou o álbum Orixás - Do Orum ao Ayê, que retrata a criação do mundo segundo a mitologia africana, com o nobre objetivo de difundir uma cultura que tem muitas ligações com a nossa.

Dividida em cinco capítulos recheados de narrativas arrojadas, essa HQ traz ao público histórias que apenas eram partilhadas por quem frequenta os lugares sagrados em que se cultuam os orixás. A arte de Caio Majado conecta o Ayê (o mundo físico) e o Orum (a morada dos deuses), transformando os orixás em meio deuses, meio super-heróis.

Me parece uma bela introdução a este vasto mundo.

sábado, 8 de outubro de 2011

A fúria de Asura

Nem só de mitologia grega vive o mundo dos games... Kratos (da série God of War) deve ganhar um concorrente oriental: Asura's Wrath é o nome do novo jogo da Capcom, que parece se basear na mitologia hindu.

No jogo, o personagem principal é Asura, um deus de seis braços desprovido de seus poderes e traído pelos antigos companheiros, precisa recuperar as antigas habilidades e vingar-se dos demais deuses do Oriente. No entanto, ele não estará sozinho, contando com uma poderosa divindade para auxiliá-lo em sua jornada que vai do passado ao futuro.



Lutar contra deuses de proporções planetárias é meio exagerado, não?

Bom... Asuras eram antideuses na mitologia hindu. Inicialmente, eram poderosos deuses védicos considerados materialistas, pecadores e malignos. Eles disputaram o soma (elixir da imortalidade) com os Devas e perderam. Com o surgimento da dualidade bem/mal, os Asuras foram relacionados a demônios. Em certos casos, Asuras e Devas trabalhavam juntos por um bem comum e, por essa razão, nem sempre eles eram considerados maus, mas um caminho alternativo. Alguns asuras, inclusive, foram incorporados ao panteão hindu, como Varuna e Mitra.

Em alguns aspectos, os asuras poderiam ser relacionados aos Titãs gregos ou os gigantes nórdicos, seres primordiais que abraçavam características mais selvagens. Na tradição semita-cristã, eles poderiam ser caracterizados como anjos caídos.





Máscara artesanal de um asura.

domingo, 2 de outubro de 2011

Para crianças

Saiu hoje no Globinho, uma pequena nota sobre o lançamento do livro Histórias greco-romanas, de Ana Maria Machado com ilustrações de Laurent Cardon (2011, Editora FTD).

Minotauros em ação, rapaz virando flor, tecelã se transformando em aranha, labirintos, palácios... Histórias de amor e muitas aventuras de autores gregos e romanos são recontados por Ana Maria. Tem Hermes, Dédalo e Ícaro, Teseu, Ariadne, Eco, Narciso, Eros, Aracne e muio mais.

É uma ótima forma de introduzir a mitologia no mundo infantil. O livro é recomendado para crianças a partir do 4º ano fundamental (8/9 anos).

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Xipe Totec


Filho de Ometeotl, Xipe Totec era o misterioso deus das plantas, da agricultura, da primavera e das estações do ano, símbolo da morte e do renascimento da Natureza. Dizia-se que ele se esfolava para dar de alimento aos humanos, assim como o milho perde suas casca antes de cair na terra e se tornar uma semente ou como as cobras que trocam de pele.

Estátua de cerâmica
Protetor dos ourives e do ponto cardeal Oeste, foi um dos quatro deuses criadores astecas – junto a seus irmãos Teacatlipoca, Quetzalcoatl e Huitzilopochtli. Por sua aparência sempre cheia de feridas e pele ensanguentada e descascada, alguns acreditavam que ele era o responsável por guerras e doenças (pragas, cegueira, feridas, tumores, bolhas etc.). Mas quando estava com sua pele nova, brilhava como ouro. Frequentemente era representado com listras verticais descendo da testa até o queixo. Carregava um escudo amarelo e um recipiente cheio de sementes.

Era também chamado de Senhor dos Esfolados e Deus das Torturas, porque, em suas festas, as vítimas eram esfoladas vivas e depois sacrificadas. A pela retirada era usada como um casaco pelos sacerdotes por 20 dias até apodrecer e cair, num sinal de vida nova na primavera. Muitos astecas guardavam a pele apodrecida acreditando em suas propriedades curativas.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Deuses numa praça próxima a você!

Recebi esta semana uma matéria que teria saído no jornal O Globo de sábado sobre a arquiteta Vera Dias, referência no patrimônio público quando se fala nos 710 monumentos e chafarizes da cidade do Rio de Janeiro – que ela sabe de cor onde estão todos! Na foto de Marco Ramos (ao lado), vemos a arquiteta com as estátuas de Mercúrio (Hermes), Minerva (Atena) e Marte (Ares), na Praça Noronha Santos, na Cidade Nova.

Imaginem quantos outros não devem estar por aí numa praça próxima a você!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Medalhas da vitória

Nesta segunda-feira, foi lançada as medalhas dos Jogos Paraolímpicos em Londres 2012. Quem venceu o concurso de criação das medalhas com cerca de 100 designers, foi a chinesa Lin Cheung que teve como inspiração a deusa grega da vitória, Niké – isso mesmo, a da marca esportiva e irmã do Cratos mitológico, não do videogame.


 

Um dos lados da medalha representa o que seria a asa da escultura que está exposta no Bristish Museum (o original da peça, esculpida entre 425 e 421 A.C, fica no Museu Olímpico, na Grécia). O outro lado parece um tecido drapeado.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vodyanoi

Os vodyanoi são seres (ou espíritos) masculinos hostis que vivem no fundo de lagos. São descritos como rãs do tamanho de focas com face humana ou como homens envelhecidos com barba esverdeada, cabelo comprido e ralo, corpo coberto de limo, algas e escamas negras, patas membranosas no lugar de mãos, cauda de peixe e olhos que queimam como carvões em brasa. Alguns contos chamam os vodyanoi de "povo do mar" ou "povo-peixe". Acredita-se que eles dividiam-se em castas de guerreiros e sacerdotes.

Esses seres também são acusados de serem os responsáveis pela destruição de represas e moinhos d'água. Pescadores, moleiros e apicultores fazem sacrifícios para apaziguá-los, colocando uma pitada de tabaco na água e dizendo "Eis aqui seu tabaco, Senhor Vodyanoi, agora dê-me um peixe".

Eles raramente vêm em terra, mas quando o fazem é para arrastar viajantes incautos para seu palácio de cristal aquático decorado com partes de barcos naufragados. Os humanos ou morriam afogados ou se tornavam seus escravos, passando a respirar debaixo d'água.

Nos contos tchecos, os afogados morrem e o vodník guarda suas almas em potes de porcelana que eles consideram sua riqueza. Caso um pote se abra, a alma escapa em forma de bolhas. Não há menção de uma habitação especial. Seus únicos servos são peixes.

"Vodyanoi" significa "aquático" e, em muitas línguas, é a palavra para o signo de Aquário. Também ser escrito vodnik, wodnik, vadzianik e vodenjak.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

God of War - A saga!


O site Tech Tudo da Globo trouxe uma máteria de Ingo Müller contando o enredo da série de jogos God of War que eu reescrevo aqui. O primeiro episódio saiu em 2005 e se transformou em um dos maiores jogos da Sony Computer Entertainment. No jogo, você é Kratos e vive uma saga de vingança em meio à mitologia grega. Confira a seguir a história que temos até aqui (cheia de spoilers):

Deimos
O início da história
Profecias antigas previam que o crepúsculo dos deuses gregos ocorreriam pelas mãos dos furiosos Titãs. Porém, segundo a visão de um oráculo, o fim do Olimpo se daria pelas mãos de um mortal. O soberano Zeus acreditava que este mortal seria o guerreiro Deimos, por conta de suas estranhas marcas de nascença. O jovem Deimos era irmão de Kratos e ambos treinavam para fazer parte do exército espartano, uma organização militar conhecida pela sua tenacidade.

Então, Deimos foi repentinamente sequestrado pelo deus da guerra Ares. Kratos tentou impedir o rapto, mas sofreu uma derrota que deixou marca em seu olho esquerdo. Deimos foi levado para o reino da morte para ser torturado por Thanatos, o deus da morte em pessoa. Acreditando que seu irmão estava morto, Kratos fez uma série de tatuagens vermelhas, imitando as marcas de nascença de Deimos. Os anos passaram, e Kratos se tornou um jovem imbatível e sanguinolento capitão do exército espartano.

Encurralado durante a campanha contra uma horda de bárbaros, Kratos estava prestes a ser morto quando evocou o nome de Ares, rogando força para destruir seus inimigos em troca de servidão ao então deus da guerra. Ares fez a sua parte, e permitiu que Kratos liberasse um ciclone de destruição, rechaçando seus inimigos. Porém, o preço do poder veio junto com o ônus: a partir daquele momento, o mortal estava acorrentado para sempre às Lâminas do Caos (presas em seus braços por correntes em brasa), símbolo de seu poder e de sua servidão.



Fantasma de Esparta
Kratos passou a servir Ares com devoção, matando centenas em nome do olimpiano. Mas dedicação não era suficiente para o deus da guerra: ele queria uma máquina de matar focada, que o seguisse cegamente, o guerreiro perfeito. Para isto, precisava remover a ligação de Kratos aos demais mortais. Assim, Ares enganou Kratos e fez com que ele, cego pelo instinto assassino, tirasse a vida de sua própria mulher e filha, que estavam escondidas no Templo de Atenas localizado em uma vila castigada pelo combate. Percebendo a consequência de suas ações, Kratos renunciou a servidão a Ares, mas foi amaldiçoado pelo oráculo da vila a carregar a cor das cinzas dos mortos em sua pele.

Em busca de redenção, Kratos concordou relutantemente em servir outros deuses. Lutou em Ática contra a invasão do exército persa e evitou a tomada da cidade por um basilisco. No entanto, após a batalha, o mundo acabou coberto de trevas por conta do estranho desaparecimento do deus sol Helios.

As correntes do Olimpo
Sua nova missão do guerreiro passou a ser descobrir o paradeiro de Helios, colocando o personagem em rota de colisão com o titã Atlas e Morfeu, o deus do sono, sequestradores da divindade que pretendiam destruir o Pilar do Mundo. Kratos desceu ao Hades, o Submundo, para recuperar o Sol e enfrentou Caronte. Durante esta jornada, Kratos foi tentado pela deusa Perséfone, que habitava o Hades após ter sido abandonada por Zeus. A deusa possibilitou o encontro do espartano com sua falecida filha Calíope. Mas o espartano descobriu que a Rainha do Inferno era a verdadeira mentora por trás dos planos de destruição.

Forçado a escolher entre sua filha e os deuses, Kratos ficou com a segunda opção, matou Perséfone utilizando almas puras e acorrentou Atlas ao pilar do mundo. Com isso, foi separado definitivamente de sua filha.

Acertando as contas
Kratos chegou a derrotar a Hidra com um fragmento dos poderes de Poseidon. Mas, foi quando a cidade de Atenas estava sendo destruída por Ares e seus exércitos, que a deusa Atena recorreu a Kratos, dando-lhe a tarefa de matar o deus da guerra em troca do perdão por seus pecados. Porém, Kratos ainda era mortal, e para acabar com Ares ele precisaria de uma fonte adicional de poder, algo que pudesse derrotar até mesmo um olimpiano. Afrodite lhe deu o poder da petrificação depois que ele derrotou a Medusa; e Zeus o ensinou a controlar os raios. Em seguida, ele iniciou a busca pela lendária caixa de Pandora. Depois de passar por uma série de testes (entre harpias e sua quase morte no Tártaro), Kratos recuperou o artefato e derrotou Ares. Mas matar o deus trouxe pouca satisfação ao guerreiro, pois ele ainda era assombrado pelas visões de atos terríveis de seu passado. Por conta disso, Kratos resolveu acabar com o seu sofrimento pulando de um precipício.

Contudo, antes do fim da queda fatal, ele foi resgatado por Atena, que ofereceu o posto de deus da guerra ao espartano e suas lâminas de guerra. Kratos, então, passou a ocupar uma cadeira em meio aos deuses.



Em busca do passado
Nem mesmo o novo status divino conseguiu aplacar a angustia no coração do espartano. Contrariando os conselhos de Atena, Kratos decidiu se reconciliar com o passado e iniciou uma jornada até a Atlântida em busca de sua mãe, Calisto. Após derrotar Scylla, a encontrou já doente. Quando Calisto estava prestes a revelar a identidade de seu pai, ela foi transformada contra sua vontade em uma besta horrenda, e Kratos teve de matá-la, ficando sem as respostas que tanto desejou... mas conseguiu revelar que Deimos, seu irmão, ainda estava vivo!

Kratos partiu imediatamente ao encontro de seu irmão perdido, e no caminho libertou a titã de magma Thera de sua prisão em um vulcão sob Atlântida, o que resultou na destruição da cidade.

Kratos foi até os domínios da morte para localizar e libertar Deimos. Culpando-o pelo seu longo encarceramento, Deimos atacou seu irmão. Mas o confronto foi breve e logo os dois juntaram forças para enfrentar Thanatos e suas Fúrias. O deus matou Deimos, mas Kratos derrotou Thanatos. Novamente sozinho, o deus da guerra culpou os deuses por seu sofrimento e prometeu vingança.


Colosso de Esparta
Entediado com sua vida no Olimpo, Kratos auxiliava o exército de Esparta marchar sobre a Grécia, em detrimento das outras cidades que honravam outros deuses. A deusa Hera mandou o gigante Argos confrontá-lo, iniciando um complô para que Kratos perdesse moral no panteão. Alguns deuses mandaram Ceryx, filho de Hermes, pedir que ele parasse seus esforços de conquista, que poderiam resultar na destruição da Grécia. Kratos não deu ouvidos ao mensageiro e o matou, aguardando a retaliação.

Kratos se juntou ao exército espartano durante a batalha de Rodes, onde foi atacado pela gigantesca estátua que defendia a cidade. Para derrotar o colosso, Zeus o aconselhou Kratos a depositar todo seu poder na Espada do Olimpo. Após destruir o construto, Kratos foi engando por Zeus que, tomando a Espada do Olimpo, cravou a arma carregada na barriga do espartano. Nesse momento, Zeus revelou que é pai de Kratos com Calisto, tornando o guerreiro um dos semideuses bastardos. E Zeus, assim como seu pai Cronos, liquidou o filho que poderia destroná-lo.



Vingança e fúria
Sem vida, Kratos foi para o Submundo. De lá, aconselhado por Gaia, fugiu por pura determinação e desejo de vingança contra Zeus. Quando teve uma chance clara de matar o soberano do Olimpo com poderes de vários titãs, Atena absorveu o impacto do golpe e morreu. Furioso, Kratos iniciou uma campanha contra todos os deuses. Para sitiar o Olimpo, dominou as fiandeiras do destino e teceu uma nova trama do tempo, colocando-se no passado, durante a Titanomaquia, a batalha dos Titãs contra os deuses, vencida originalmente pelos habitantes do Olimpo. Agora aliado dos titãs, Kratos cavalgou Gaia, a própria terra, e conseguiu matar Poseidon e furar a primeira linha de defesa divina. Mas na luta com Zeus, Kratos e Gaia tombaram no Rio Estige.

Novamente sozinho, Kratos iniciou uma chacina, matando deuses, semideuses, heróis, titãs e mortais sem distinção. Cada inimigo tombado trazia consequências terríveis para o mundo, já que os deuses mortos respondem por aspectos importantes da vida na terra. Kratos continuava sua marcha de vingança até ser visitado pelo espírito de Atena, que transcendeu para uma existência superior, apoiando-o no crepúsculo dos deuses. Ela o guiou até a Chama do Olimpo, que tem o poder para destruir Zeus. Porém, a chave para a chama era Pandora, antiga proprietária da lendária caixa que deu poderes para o espartano matar Ares tempos atrás.

Redenção
Kratos precisou atravessar o labirinto de Dédalo para resgatar Pandora, com quem rapidamente desenvolve uma relação paternal. Este carinho pela garota fez com que Kratos começasse a hesitar ao perceber que apenas o sacrifício dela poderia domar a chama. Apesar dos protestos do guerreiro, ela concluiu seu propósito, permitindo que ele abrisse a caixa de Pandora e encontrasse um recipiente vazio...

Neste momento, Zeus atacou com a intervenção de Gaia. Os três começaram uma luta sangrenta, até que Kratos conseguiu empalar Zeus no coração da titã, que se desfez. Pensando que Zeus também estava morto, Kratos deu as costas, mas foi atacado novamente por ele, que o neutralizou em um combate mental. O espírito de Atena apareceu novamente, congratulando Kratos e exigindo que ele entregasse para ela a mais poderosa das armas, que ele retirou da caixa de Pandora para poder derrotar Zeus. Kratos argumentou que a caixa estava vazia. Até que se deu conta que Atena se referia à esperança, a última coisa retirada da caixa e que agora está nele.

Sabendo que o mundo não poderia ser governado por deuses ou entidades distantes, Kratos cravou a Espada do Olimpo no próprio corpo, permitindo que a esperança fosse libertada no mundo. Deu-se início, assim, a uma nova era, a Era dos Mortais, que reconstruíram a Terra arrasada graças a sua persistência e autonomia recém-conquistada.

Sequência
Toda essa história acontece nos seguintes jogos:
  1. God of War - Ascension, com fatos ocorridos logo após Kratos assassinar sua esposa e filha.
  2. God of War - Chain of Olympus, com Kratos em busca de Helio.
  3. God of War, com Kratos vs. Ares.
  4. God of War - Ghost of Sparta, o novo deus da guerra vai atrás de seu irmão no inferno.
  5. God of War - Betrayal, a última aventura de Kratos antes de enfrentar os deuses.
  6. God of War II, primeiro round de Kratos vs. Zeus.
  7. God of War III, segundo round de Kratos e os Titãs vs. Zeus e os Olimpianos.

A ordem de lançamento dos jogos é a seguinte:
  1. 2005: God of War para Playstation 2
  2. 2007: God of War - Betrayal para Celulares
  3. 2008: God of War II para Playstation 2
  4. 2008: God of War - Chain of Olympus para PSP
  5. 2010: God of War - Ghost of Sparta para PSP
  6. 2010: God of War III para Playstation 3
  7. 2013: God of War - Ascension para Playstation 3

Uma saga e tanto, não?
Importante dizer que esse anti-herói Kratos não faz parte da mitologia: ele é uma criação de David Jaffe para o Santa Monica Studios, interpretado pelo ator britânico Joseph Gatt (que fez a captura de movimentos do personagem) e dublado pelo americano Terrence Carson, que deu vida aos berros do herói. Para os gregos, Cratos era um titã, a personificação da força.

E preparem-se: um filme já vem sendo discutido em Hollywood!

Mais informações AQUI