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quarta-feira, 23 de maio de 2018
Assur
O maior de todos os deuses assírios, Assur era deus da Terra, do ar e do sol. Os assírios adaptaram a mitologia babilônica, tornando-o marido de Ishtar. Mas seu papel mais importante era o deus da guerra, e os prisioneiros de guerra desfilavam pelas ruas em sua homenagem.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Ishtar / Inanna e Tammuz
Ishtar é a deusa babilônica da fertilidade e do amor sexual. Considerada a Grande Mãe, também era chamada de Deusa dos Deuses e Luz do Mundo por ter sido responsável por criar tudo que existe. Controlava a menstrução e o prazer, mas também era a deusa da guerra, mostrando a força das emoções nos combates. Assemelha-se em alguns pontos a Afrodite dos gregos e a Ísis dos egípcios.
Acredita-se que na Antiga Babilônia, Ishtar tenha sido inicialmente uma deusa da lua ligada à vegetação. No entanto, os sumérios a identificaram com alguns mitos de sua deusa Inanna e a alçaram ao mais alto panteão. Por essa razão, suas relações familiares eram bastante confusas. Pode ser tanto filha de deuses da lua quanto do todo-poderoso An - que também é descrito como seu marido. Seria irmã gêmea de Shamash, ou então, irmã de Marduk e Ereshkigal.
Ishtar tinha inúmeras aventuras amorosas, como Marduk e o herói Gilgamesh. Seu epíteto "A Virgem" seria pelo fato de nunca ter se casado - e esse epíteto também pode ter ligação com a Virgem Maria. Seu parceiro mais importante foi seu irmão/filho Tammuz (ou Dumuzi), deus da vegetação.
O mito que descreve as estações possui algumas leituras relacionadas ao casal. Em uma delas, Ishtar teria ido ao Mundo Inferior para ficar com seu amado falecido. Chegando às portas do reino de Ereshkigal, Ishtar ordenou que o guardião a deixasse passar pelos sete portões. O guardião a avisou que ela teria que tirar uma parte de sua roupa a cada portão que passasse e Ishtar acabou chegando nua ao trono de Ereshkigal para negociar. Enquanto isso, com a ausência da deusa, toda a atividade sexual no mundo cessou. O deus Ea, então, criou o andrógino Asu-shu-namir para reviver Ishtar. A criatura desceu como enviado do rei dos deuses e exigiu que Ereshkigal utilizasse as àguas da vida para reviver Ishtar, que voltaria a cada seis meses para revê-lo. Outros dizem que seu pai Sin, deus da lua, enviou um exército para salvá-la junto com Tammuz.
Estudiosos estão revendo este mito nos escritos antigos. Ainda não se saberia a verdadeira razão da descida de Ishtar ao Mundo Inferior. Uma regra de Ereshkigal dizia que para ela sair, como ordenado por Ea, ela teria que enviar alguém para seu lugar. Assim, demônios acompanharam o retorno de Ishtar até sua casa, onde encontrou seu marido Tammuz se divertindo ao invés de estar em luto. Ishtar o indicou e os demônios o levaram. A irmã de Tammuz, Geshtinanna (ou Belili) se desesperou e ofereceu ficar metade do ano no Mundo Inferior.
O culto a Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, libações e outras ofertas corporais. A dança do ventre oriental pode ser derivada das danças a Ishtar. Era dito que todo ano novo (revisto no calendário lunar), o rei precisava "se casar" com a deusa em uma grande orgia com suas sacerdotisas. Outro ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Embora não exista uma prova concreta associando os dois rituais, é possível que seja o antigo ritual pagão que deu originou os ovos da Páscoa cristã. Aliás, na Bíblia, encontra-se os nomes de Ishtar e Inanna associados à prostitutas e a Torre de Babel seria uma descrição de um Templo de Ishtar.
O leão era o animal sagrado da deusa, que muitas vezes era representada como uma bela e voluptosa mulher cavalgando o felino. Imagens do animal adornavam a Porta de Ishtar, na entrada da Babilônia. Uma estrela de oito pontas em seu cinto (uma roseta) também é seu símbolo, portanto, é relacionada aos dois lados do planeta Vênus: a Estrela Vespertina (do amor, do romance, do sexo) e a Estrela da Manhã (a emoção da guerra). Tammuz podia ser representado como um cordeiro ou um touro. É interessante notar a relação predatória entre os animais que representam o casal.
Algumas de suas representações primevas a colocavam próxima a uma árvore sagrado com uma serpente e vários pássaros. Essa representação pode ter dado origem a inúmeras lendas de serpentes voadoras divinas em outras culturas, assim como, ter influenciado a história de Adão e Eva. As asas que costumam aparecer podem ser referentes à essas representações ou ao mito de sua descida ao Mundo Inferior, mostrando que ela era capaz de ir e vir aonde bem entendesse. Como deusa da guerra, segurava um arco e uma adaga curva.
Acredita-se que na Antiga Babilônia, Ishtar tenha sido inicialmente uma deusa da lua ligada à vegetação. No entanto, os sumérios a identificaram com alguns mitos de sua deusa Inanna e a alçaram ao mais alto panteão. Por essa razão, suas relações familiares eram bastante confusas. Pode ser tanto filha de deuses da lua quanto do todo-poderoso An - que também é descrito como seu marido. Seria irmã gêmea de Shamash, ou então, irmã de Marduk e Ereshkigal.
Ishtar tinha inúmeras aventuras amorosas, como Marduk e o herói Gilgamesh. Seu epíteto "A Virgem" seria pelo fato de nunca ter se casado - e esse epíteto também pode ter ligação com a Virgem Maria. Seu parceiro mais importante foi seu irmão/filho Tammuz (ou Dumuzi), deus da vegetação.
O mito que descreve as estações possui algumas leituras relacionadas ao casal. Em uma delas, Ishtar teria ido ao Mundo Inferior para ficar com seu amado falecido. Chegando às portas do reino de Ereshkigal, Ishtar ordenou que o guardião a deixasse passar pelos sete portões. O guardião a avisou que ela teria que tirar uma parte de sua roupa a cada portão que passasse e Ishtar acabou chegando nua ao trono de Ereshkigal para negociar. Enquanto isso, com a ausência da deusa, toda a atividade sexual no mundo cessou. O deus Ea, então, criou o andrógino Asu-shu-namir para reviver Ishtar. A criatura desceu como enviado do rei dos deuses e exigiu que Ereshkigal utilizasse as àguas da vida para reviver Ishtar, que voltaria a cada seis meses para revê-lo. Outros dizem que seu pai Sin, deus da lua, enviou um exército para salvá-la junto com Tammuz.
Estudiosos estão revendo este mito nos escritos antigos. Ainda não se saberia a verdadeira razão da descida de Ishtar ao Mundo Inferior. Uma regra de Ereshkigal dizia que para ela sair, como ordenado por Ea, ela teria que enviar alguém para seu lugar. Assim, demônios acompanharam o retorno de Ishtar até sua casa, onde encontrou seu marido Tammuz se divertindo ao invés de estar em luto. Ishtar o indicou e os demônios o levaram. A irmã de Tammuz, Geshtinanna (ou Belili) se desesperou e ofereceu ficar metade do ano no Mundo Inferior.
O culto a Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, libações e outras ofertas corporais. A dança do ventre oriental pode ser derivada das danças a Ishtar. Era dito que todo ano novo (revisto no calendário lunar), o rei precisava "se casar" com a deusa em uma grande orgia com suas sacerdotisas. Outro ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Embora não exista uma prova concreta associando os dois rituais, é possível que seja o antigo ritual pagão que deu originou os ovos da Páscoa cristã. Aliás, na Bíblia, encontra-se os nomes de Ishtar e Inanna associados à prostitutas e a Torre de Babel seria uma descrição de um Templo de Ishtar.
O leão era o animal sagrado da deusa, que muitas vezes era representada como uma bela e voluptosa mulher cavalgando o felino. Imagens do animal adornavam a Porta de Ishtar, na entrada da Babilônia. Uma estrela de oito pontas em seu cinto (uma roseta) também é seu símbolo, portanto, é relacionada aos dois lados do planeta Vênus: a Estrela Vespertina (do amor, do romance, do sexo) e a Estrela da Manhã (a emoção da guerra). Tammuz podia ser representado como um cordeiro ou um touro. É interessante notar a relação predatória entre os animais que representam o casal.
Algumas de suas representações primevas a colocavam próxima a uma árvore sagrado com uma serpente e vários pássaros. Essa representação pode ter dado origem a inúmeras lendas de serpentes voadoras divinas em outras culturas, assim como, ter influenciado a história de Adão e Eva. As asas que costumam aparecer podem ser referentes à essas representações ou ao mito de sua descida ao Mundo Inferior, mostrando que ela era capaz de ir e vir aonde bem entendesse. Como deusa da guerra, segurava um arco e uma adaga curva.
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