Logo após seu marido Inti, o deus-sol, era principal divindade do panteão inca. Dizem que é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses lhe deviam obediência. Ela era a síntese dos três mundos divididos por Viracocha. Era também considerada uma deusa da morte, já que para a terra todos os seres acabam voltando, e, por isso, podia ser representada com duas caras.
Quando os incas chegaram pela primeira vez à capital Cuzco, os pulmões inflados de um lhama foram erguidos acima da cidade. Depois disso, os lhamas passaram a ser sacrificados como símbolo da deusa. Para garantir uma boa colheita, espalhava-se farinha de trigo na plantação. Uma outra forma de sacrifício era oferecer folha de coca à deusa para trazer sorte ao se construir uma nova casa. Os viajantes deixavam oferendas nas encruzilhadas antes de iniciarem suas caminhadas para evitar o mal de alturas ou a queda nos precipícios (castigos que a deusa infligia àqueles que a desrespeitavam ou ofendiam suas criaturas). As terças de Carnaval são consideradas dias da homenagear a deusa.
“A natureza, ou Pachamama, onde a vida é reproduzida e existe, tem o direito de existir, persistir, manter e gerar os seus ciclos vitais, estruturas, funções e os seus processos na evolução”. (Texto da Constituição do Equador)Tem relações com as grandes deusas-mães da natureza, como Gaia. A conversão católica a associou à figura da Virgem Maria.