Novo trailer do filme Fúria de Titãs 2 traz um monte de criaturas mitológicas.
Falta pouco!
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Mais monstros furiosos
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Alegorias divinas
Como eu disse, as alegorias e adereços mostraram a força dos mitos e lendas por todo o mundo, sendo capazes de se relacionar com quaisquer enredo. As mitologias africana e greco-romana e - é claro - as lendas do folclore brasileiro nunca faltam. Vejam algumas representações:
Incrível, não? Já mostrei no blog as referências nos desfiles de 2010 e 2011. Agora é esperar a campeã de 2012 e as próximas viagens carnavalescas.
PS.: Todas as fotos são do Globo.com ou da Folha.com.
A Medusa de Caravaggio apareceu para falar das influências do pintor Romero Britto no desfile da Renascer de Jacarepaguá. |
Uma integrante da Portela veio de Iemanjá no reino subaquático da Bahia de Clara Nunes. |
Mães de santo vieram na comissão de frente da Portela com Milton Gonçalves representando todos os orixás. |
A Bahia de Jorge Amado (da Imperatriz Leopoldinense) também teve Iemanjá representando os mares que inspiravam o autor. |
Este carro da Imperatriz tinha Xangô sobre sua tartaruga e o dourado de Oxum. |
A loba romana na ala da Porto da Pedra. |
A quimera mitológica do abre-alas da Beija-Flor de Nilópolis. |
Na comissão de frente da Beija-Flor, a serpente encantada que fica sob São Luís do Maranhão. |
Acadêmicos do Salgueiro trouxe o céu, o inferno, lobisomens e mulas sem cabeça para falar da literatura de cordel. |
A comissão de frente da Estação Primeira de Mangueira era um terreiro com todos os orixás. |
Oxóssi veio como orixá guerreiro, protetor das florestas e do Cacique de Ramos da Mangueira. |
Incrível, não? Já mostrei no blog as referências nos desfiles de 2010 e 2011. Agora é esperar a campeã de 2012 e as próximas viagens carnavalescas.
PS.: Todas as fotos são do Globo.com ou da Folha.com.
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domingo, 19 de fevereiro de 2012
Sambas divinos
Todo ano o Carnaval do Rio traz a mitologia nos desfiles das escolas de samba. Já até mostrei fotos sobre isso em 2010 e 2011. Esse ano vou mostrar as referências nos sambas-enredo:
Hoje tem e amanhã continua!
- IEMANJÁ: Essa é "arroz de festa"! Dificilmente ela é esquecida. Em 2012, ela está na Portela e na Imperatriz Leopoldinense (ambas com enredo sobre a Bahia).
- OXALÁ E OXUM: Os dois orixás aparecem no samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense sobre a Bahia de Jorge Amado.
- XANGÔ: A Beija-Flor de Nilópolis pede luz ao orixá em seus rituais que cantam a história de São Luís do Maranhão.
- HERA: O polêmico enredo sobre o iogurte rendeu a Porto da Pedra muitas críticas e a deusa Hera ganhou uma frase no samba-enredo e "tece o caminho das estrelas".
- LOBA: A loba que amamentou Rômulo e Remo - ditos como filhos do deus Ares e fundadores de Roma - é citada na Porto da Pedra.
- OXÓSSI: O orixá guerreiro protege o Cacique de Ramos e a Estação Primeira de Mangueira.
Hoje tem e amanhã continua!
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sábado, 18 de fevereiro de 2012
É carnaval!
Curtam bastante essa festa que tem ligações com a mitologia greco-romana e os deuses Saturno e Baco / Dionísio!
Se quiser saber mais sobre a festa clique AQUI. Tem outras postagens sobre o assunto AQUI.
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O dia de São Valentim
Dia 14 de fevereiro é o dia de São Valentim (Valentine's Day) em vários países e também o Dia dos Namorados.
O bispo Valentim teria lutado contra as ordens do imperador romano Cláudio II, o Gótico, que proibia o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Além de continuar celebrando casamentos, ele mesmo teria se casado secretamente. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à decapitação. Muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes de apoio. Alguns fizeram até jejum. Na prisão, ele se apaixonou por Astérias, a filha cega de um carcereiro (ou juiz), e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes de sua execução (decapitação) no dia 14 de fevereiro de 269, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava "De seu Valentim" (from your Valentine).
Mas, por mais verdadeira que pareça, essa história tende a ser falsa...
A Igreja Católica chegou a considerar Valentim um mártir, mas começou a duvidar de sua identidade e de sua existência a partir de 1969. Nas mais antigas listas de mártires confeccionadas nos primeiros séculos da era cristã, existem pelo menos três santos com nome de Valentim: dois bispos sepultados em diferentes locais de Roma, e um terceiro que teria sido torturado e morto na África, todos eles lembrados em 14 de fevereiro. Estudiosos afirmam que os dados que chegaram até hoje sobre esses três supostos mártires são escassos, insuficientemente fundamentados e de data muito posterior à época em que se supõe que tenham vivido. Acreditam, então, que ao longo dos séculos esses três Valentins foram se unificando na memória popular, dando lugar assim a uma tradição a partir de alguém que de fato nunca existiu. Várias igrejas do mundo, na Espanha, Irlanda, Polônia, Itália e Grécia, afirmam ter pelo menos parte dos restos do santo.
O 14 de fevereiro também marcava a véspera da Lupercalia, festa anual celebrada na Roma antiga em honra a Juno e Fauno. Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade. Em 5 d.C., o Papa Gelásio I se apropriou da data para cortar os rituais pagãos, mas a associação de todos esses eventos com o amor romântico só teria acontecido após o fim da Idade Média, quando tal conceito foi formulado a partir do dia de acasalamento dos pássaros.
A primeira referência romântica que se conhece é o poema O Parlamento dos Pássaros, do inglês Geoffrey Chaucer (1343-1400). Ele relacionava o acasalamento das aves, que aconteceria perto do dia de São Valentim, a uma data particularmente auspiciosa para os amantes – amores entre damas e cavaleiros, o "amor cortês". A lenda foi crescendo e, no século 15 já se dizia que ele havia casado soldados para que não fossem para a guerra.
A Inglaterra é a grande responsável pela difusão da lenda, mas nem todos os países relacionaram São Valentim aos namorados. Na Grécia, ele é celebrado apenas como um mártir. Na Eslovênia, é o padroeiro dos criadores de abelhas. Na América Latina, o dia também vale para amigos. O costume já havia sido adotado antes da Revolução Industrial em países da Europa Ocidental. Israel tem o Dia do Amor (Tu B'Av) e a China tem o Festival do Amantes (Qing Ren Jie).
NO BRASIL, NADA DE ROMANTISMO
O conservadorismo brasileiro não permitia uma data de comemoração de namoro. O que havia era cada um em um canto do sofá, com a mãe no meio. Historiadores acreditam que somente a partir das décadas de 1920 e 1930 que o namoro começou a ser permitido. Somando isso à tradição de Santo Antônio, casamenteiro em Portugal e mencionado como mediador de parcerias, o costume de celebrar São Valentim nunca foi instalado por aqui.
Até 1948 ainda não existia data no calendário para festejar o romance entre namorados, pretendentes e apaixonados. Como o mês de junho era um mês fraco para o comércio, a extinta loja Clipper em São Paulo teria contratado uma agência de propaganda (Standart Propaganda) para melhorar suas vendas. O publicitário João Dória sugeriu, então, a mudança da data de 14 de fevereiro para 12 de junho, véspera do Dia de Santo Antônio.
E, assim, o Dia dos Namorados brasileiro se tornou uma data comercial, celebrada somente aqui.
O bispo Valentim teria lutado contra as ordens do imperador romano Cláudio II, o Gótico, que proibia o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Além de continuar celebrando casamentos, ele mesmo teria se casado secretamente. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à decapitação. Muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes de apoio. Alguns fizeram até jejum. Na prisão, ele se apaixonou por Astérias, a filha cega de um carcereiro (ou juiz), e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes de sua execução (decapitação) no dia 14 de fevereiro de 269, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava "De seu Valentim" (from your Valentine).
Mas, por mais verdadeira que pareça, essa história tende a ser falsa...
A Igreja Católica chegou a considerar Valentim um mártir, mas começou a duvidar de sua identidade e de sua existência a partir de 1969. Nas mais antigas listas de mártires confeccionadas nos primeiros séculos da era cristã, existem pelo menos três santos com nome de Valentim: dois bispos sepultados em diferentes locais de Roma, e um terceiro que teria sido torturado e morto na África, todos eles lembrados em 14 de fevereiro. Estudiosos afirmam que os dados que chegaram até hoje sobre esses três supostos mártires são escassos, insuficientemente fundamentados e de data muito posterior à época em que se supõe que tenham vivido. Acreditam, então, que ao longo dos séculos esses três Valentins foram se unificando na memória popular, dando lugar assim a uma tradição a partir de alguém que de fato nunca existiu. Várias igrejas do mundo, na Espanha, Irlanda, Polônia, Itália e Grécia, afirmam ter pelo menos parte dos restos do santo.
O 14 de fevereiro também marcava a véspera da Lupercalia, festa anual celebrada na Roma antiga em honra a Juno e Fauno. Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade. Em 5 d.C., o Papa Gelásio I se apropriou da data para cortar os rituais pagãos, mas a associação de todos esses eventos com o amor romântico só teria acontecido após o fim da Idade Média, quando tal conceito foi formulado a partir do dia de acasalamento dos pássaros.
A primeira referência romântica que se conhece é o poema O Parlamento dos Pássaros, do inglês Geoffrey Chaucer (1343-1400). Ele relacionava o acasalamento das aves, que aconteceria perto do dia de São Valentim, a uma data particularmente auspiciosa para os amantes – amores entre damas e cavaleiros, o "amor cortês". A lenda foi crescendo e, no século 15 já se dizia que ele havia casado soldados para que não fossem para a guerra.
A Inglaterra é a grande responsável pela difusão da lenda, mas nem todos os países relacionaram São Valentim aos namorados. Na Grécia, ele é celebrado apenas como um mártir. Na Eslovênia, é o padroeiro dos criadores de abelhas. Na América Latina, o dia também vale para amigos. O costume já havia sido adotado antes da Revolução Industrial em países da Europa Ocidental. Israel tem o Dia do Amor (Tu B'Av) e a China tem o Festival do Amantes (Qing Ren Jie).
NO BRASIL, NADA DE ROMANTISMO
O conservadorismo brasileiro não permitia uma data de comemoração de namoro. O que havia era cada um em um canto do sofá, com a mãe no meio. Historiadores acreditam que somente a partir das décadas de 1920 e 1930 que o namoro começou a ser permitido. Somando isso à tradição de Santo Antônio, casamenteiro em Portugal e mencionado como mediador de parcerias, o costume de celebrar São Valentim nunca foi instalado por aqui.
Até 1948 ainda não existia data no calendário para festejar o romance entre namorados, pretendentes e apaixonados. Como o mês de junho era um mês fraco para o comércio, a extinta loja Clipper em São Paulo teria contratado uma agência de propaganda (Standart Propaganda) para melhorar suas vendas. O publicitário João Dória sugeriu, então, a mudança da data de 14 de fevereiro para 12 de junho, véspera do Dia de Santo Antônio.
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E, assim, o Dia dos Namorados brasileiro se tornou uma data comercial, celebrada somente aqui.
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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Ptah
São muitos os mitos que cercam Ptah, o Grande Escultor. Na cosmogonia de Mênfis (uma das capitais do Antigo Egito), ele era o Deus Criador, filho de Nun e Naunet, espíritos dos mares primevos. Criou o mundo pelo verbo. Teria criado os primeiros deuses somente com o ato de pensar neles e dar-lhes nome.
Também teria criado outros seres a partir da pedra, da madeira e do metal, usando suas habilidades como escultor. Para os egípcios, o coração (a origem do pensamento) e a voz (o sopro de vida) eram vistos como uma prova da presença de Ptah. Por essa razão, no momento do nascimento de uma criança, gritava-se "Ptah!" e a alma (ka) passava a habitar seu corpo e a criança chorava.
Formava uma tríade divina com sua esposa Sekhmet e seu filho Nefertum. Imhotep e Maahes também eram seus filhos. Acreditava-se que o faraó Ramsés II teria sido esculpido por Ptah em metal para governar o Egito. Mas com a ascensão de outros faraós e mudança de capital do império, Ptah perdeu importância, tornando-se o Divino Artesão, patrono dos ourives, dos escultores e dos ferreiros, sendo comparado ao Hefesto grego.
Na maioria das vezes, é retratado como um homem de pele clara com uma barba curta, vestindo um sudário branco bem justo (ou poderia estar mumificado). Usa na cabeça uma calota (como um solidéu) e segura um cetro que combina o ankh (símbolo da vida), o was (representação de força e poder) e o djed (pilar da estabilidade). Muitas vezes aparece com grandes orelhas por ter fama de atender às súplicas da humanidade. É também um símbolo da fertilidade masculina.
Ptah foi associado a diversos outros deuses do panteão egípcio (Hapi, Osíris, Tatenen, Seker etc.) e ao boi Ápis. Por essa razão, muito se vê sobre ele. Encontra-se também muitos estudos que ligam sua teogonia ao que veio a ser a religião judaico-cristã, com um deus acima dos outros.
Também teria criado outros seres a partir da pedra, da madeira e do metal, usando suas habilidades como escultor. Para os egípcios, o coração (a origem do pensamento) e a voz (o sopro de vida) eram vistos como uma prova da presença de Ptah. Por essa razão, no momento do nascimento de uma criança, gritava-se "Ptah!" e a alma (ka) passava a habitar seu corpo e a criança chorava.
Formava uma tríade divina com sua esposa Sekhmet e seu filho Nefertum. Imhotep e Maahes também eram seus filhos. Acreditava-se que o faraó Ramsés II teria sido esculpido por Ptah em metal para governar o Egito. Mas com a ascensão de outros faraós e mudança de capital do império, Ptah perdeu importância, tornando-se o Divino Artesão, patrono dos ourives, dos escultores e dos ferreiros, sendo comparado ao Hefesto grego.
Na maioria das vezes, é retratado como um homem de pele clara com uma barba curta, vestindo um sudário branco bem justo (ou poderia estar mumificado). Usa na cabeça uma calota (como um solidéu) e segura um cetro que combina o ankh (símbolo da vida), o was (representação de força e poder) e o djed (pilar da estabilidade). Muitas vezes aparece com grandes orelhas por ter fama de atender às súplicas da humanidade. É também um símbolo da fertilidade masculina.
Ptah foi associado a diversos outros deuses do panteão egípcio (Hapi, Osíris, Tatenen, Seker etc.) e ao boi Ápis. Por essa razão, muito se vê sobre ele. Encontra-se também muitos estudos que ligam sua teogonia ao que veio a ser a religião judaico-cristã, com um deus acima dos outros.
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Odoyá!
Vocês já sabem que dia é hoje, certo?
Iemanjá Rainha do Mar (por Maria Bethânia)
PS.: A imagem deste post faz parte do projeto Iconografias do Maranhão, coordenado por Raquel Noronha, contemporânea minha da ESDI e agora professora na UFMA.
Iemanjá Rainha do Mar (por Maria Bethânia)
Quanto nome tem a Rainha do Mar? Quanto nome tem a Rainha do Mar?
Dandalunda, Janaína, Marabô, Princesa de Aiocá, Inaê, Sereia, Mucunã, Maria, Dona Iemanjá.
Onde ela vive? Onde ela mora?
Nas águas, na loca de pedra, num palácio encantado, no fundo do mar.
O que ela gosta? O que ela adora?
Perfume, flor, espelho e pente. Toda sorte de presente pra ela se enfeitar.
Como se saúda a Rainha do Mar? Como se saúda a Rainha do Mar?
Alodê, Odofiaba, Minha-mãe, Mãe-d'água, Odoyá!
Qual é seu dia, Nossa Senhora?
É dia dois de fevereiro quando na beira da praia eu vou me abençoar.
O que ela canta? Por que ela chora?
Só canta cantiga bonita, chora quando fica aflita se você chorar.
Quem é que já viu a Rainha do Mar? Quem é que já viu a Rainha do Mar?
Pescador e marinheiro que escuta a sereia cantar. É com o povo que é praiero que dona Iemanjá quer se casar.
PS.: A imagem deste post faz parte do projeto Iconografias do Maranhão, coordenado por Raquel Noronha, contemporânea minha da ESDI e agora professora na UFMA.
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terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Ebisu
Ebisu é o deus japonês dos pescadores, um dos Sete Deuses da Sorte do xintoísmo, o único de origem
japonesa. Importantíssimo para uma nação insular, é responsável pela
navegação segura e por uma pesca abundante, garantindo prosperidade nas
negociações marítimas. É comumente associado a Daikoku, outro dos
sete deuses, para garantir abundância tanto na terra quanto no mar.
Inclusive, algumas lendas colocam Ebisu como filho de Daikoku.
Prém, na verdade, ele foi Hiruko, o primeiro filho de Izanagi e Izanami. A deusa Izanami teria comprometido as leis do cortejo ao falar primeiro no encontro dos deuses e, assim, seu primogênito nasceu sem ossos, parecendo um sanguessuga. Hiruko era tão monstruoso que foi abandonado ao mar em um barco de junco, onde, acabou se transformando em uma divindade. Talvez seja essa a origem do velho costume japonês dos pais comemorarem o nascimento de seus primeiros filhos, colocando uma estatueta em um barquinho de junco no mar.
É comumente apresentado como um homem gordo, sorridente e barbudo vestindo roupas formais de juiz ou as vestes de caça de um cortesão. Está sempre segurando uma vara de pescar na mão direita com um pargo vermelho preso na linha (que está na mão esquerda), simbolizando sorte. Se estiver segurando um leque, representa concessão de desejos e tomada de decisões. Diz-se que Ebisu era um pouco surdo. Assim, surgiu o costume de bater palmas antes de orar para ele a fim de ganhar sua atenção.
Por ter nascido sem ossos e superado essa condição ao se tornar uma divindade, Ebisu também é protetor das crianças que nascem com problemas e é associado às águas-vivas.
OBS.: Os outros deuses da sorte são: Benten, Bishamon, Daikoku, Fukurokuju, Hotei e Jurojin.
Prém, na verdade, ele foi Hiruko, o primeiro filho de Izanagi e Izanami. A deusa Izanami teria comprometido as leis do cortejo ao falar primeiro no encontro dos deuses e, assim, seu primogênito nasceu sem ossos, parecendo um sanguessuga. Hiruko era tão monstruoso que foi abandonado ao mar em um barco de junco, onde, acabou se transformando em uma divindade. Talvez seja essa a origem do velho costume japonês dos pais comemorarem o nascimento de seus primeiros filhos, colocando uma estatueta em um barquinho de junco no mar.
É comumente apresentado como um homem gordo, sorridente e barbudo vestindo roupas formais de juiz ou as vestes de caça de um cortesão. Está sempre segurando uma vara de pescar na mão direita com um pargo vermelho preso na linha (que está na mão esquerda), simbolizando sorte. Se estiver segurando um leque, representa concessão de desejos e tomada de decisões. Diz-se que Ebisu era um pouco surdo. Assim, surgiu o costume de bater palmas antes de orar para ele a fim de ganhar sua atenção.
Por ter nascido sem ossos e superado essa condição ao se tornar uma divindade, Ebisu também é protetor das crianças que nascem com problemas e é associado às águas-vivas.
OBS.: Os outros deuses da sorte são: Benten, Bishamon, Daikoku, Fukurokuju, Hotei e Jurojin.
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Cernunnos
Cernunnos é, possivelmente, a mais antiga divindade do panteão celta. Há sinais, inclusive, de que ele seja anterior às invasões celtas. Independentemente de sua origem, o Deus Cornudo (ou Galhudo, ou Cornífero),
desempenha uma função importante não só por se tratar do Senhor dos Animais - domésticos e selvagens -, mas também da fertilidade e da abundância - regulando as colheitas dos grãos e das frutas - e Mestre das Caças. Ele conectava a Terra, o Céu e o Mar no centro sagrado do mundo, como a representação da Natureza. Posteriormente, foi considerado também o deus do dinheiro e, em alguns momentos, é associado ao Sol.
Segundo as lendas, Cernunnos (o princípio masculino) é filho da Grande Deusa (o princípio feminino). Ele atinge sua maturidade no solstício de verão e se apaixona pela Deusa. Ao fazerem amor, deposita toda sua força e a engravida. Quando a Deusa dá a luz no solstício de inverno, o deus morre, pois foi ele mesmo que renasceu. É a representação da passagem das estações. Um símbolo do poder natural da vida e da morte.
Essa relação incestuosa foi substituída por outra lenda, registrada por um poeta. Nela, Cernunnos nasceu da Grande Deusa sem seus chifres. Atingiu sua maturidade no verão e se apaixonou por Epona. Com ela se casou e ambos reinavam no subterrâneo - onde encaminhavam as almas. Porém, Epona precisava vir à Terra cumprir suas funções de deusa da fertilidade, lembrando a história de Hades e Perséfone. Num desses momentos, Epona o traiu e uma galhada começou a nascer na cabeça do deus. Daí viria a ligação entre traíções e chifres.
Sua primeira representação conhecida está presente em uma gravação sobre rocha datada do século IV encontrada no norte da Itália. Aparece como um ser de aspecto antropomorfo, dotado de dois chifres de cervo na cabeça e dois torques em cada braço. O torque - espécie de argola aberta torcida com as extremidades em forma de esferas - é um atributo de poder e realeza utilizado no pescoço ou nos braços pelos grandes chefes e guerreiros mais destacados para que fossem identificados como mestres na sociedade celta.
Ao lado desta imagem estava desenhada uma serpente com cabeça de carneiro - símbolo de renascimento e sabedoria. Acreditava-se, então, que Cernunnos poderia tomar a forma deste animal. Frequentemente é representado acompanhado por animais, principalmente cervos e touros, que se alimentam de um grande saco que tem em seu poder, ou por serpentes que se alimentam da fruta oferecida entre suas pernas. Em algumas ocasiões - como no caldeirão Gundestrup (foto) encontrado na Dinamarca -, aparece sentado de pernas cruzadas.
Os deuses com chifres são sempre identificados como entidades de sabedoria e de poder. Na Antiguidade, tais protuberâncias cefálicas podiam ser levadas apenas pelos mais viris, dotados de valor, honra, masculinidade etc. É possível que a idéia de "coroa real" venha daí. Um conto popular gaélico fala sobre viajantes que ganharam chifres ao comerem maças da floresta de Cernunnos. Após mordê-las, chifres cresceram em suas testas e eles passaram a compreender muitas coisas que aconteciam ao redor do mundo. Uma lenda escocesa afirma que chifres apareciam na cabeça dos melhores guerreiros. Os vikings são popularmente conhecidos por seus elmos com chifres, mas eles nunca levavam adornos semelhantes aos combates, pois isso seria um grande incômodo. Na verdade, utilizavam capacetes lisos e práticos, quase sem ornamentos. Os famosos capacetes com chifres eram utilizados apenas em cerimônias religiosas.
Cernunnos foi muito adorado entre os povos celtas da França (Gália) e da Grã-Bretanha - onde foi associado a Belatucadnos, um deus da guerra. Os gregos associavam-no a Pã, mas os romanos o relacionaram a Mercúrio. Na Irlanda medieval, os chifres de Cernunnos foram transferidos ao Diabo, dando forças ao cristianismo contra o paganismo.
Segundo as lendas, Cernunnos (o princípio masculino) é filho da Grande Deusa (o princípio feminino). Ele atinge sua maturidade no solstício de verão e se apaixona pela Deusa. Ao fazerem amor, deposita toda sua força e a engravida. Quando a Deusa dá a luz no solstício de inverno, o deus morre, pois foi ele mesmo que renasceu. É a representação da passagem das estações. Um símbolo do poder natural da vida e da morte.
Essa relação incestuosa foi substituída por outra lenda, registrada por um poeta. Nela, Cernunnos nasceu da Grande Deusa sem seus chifres. Atingiu sua maturidade no verão e se apaixonou por Epona. Com ela se casou e ambos reinavam no subterrâneo - onde encaminhavam as almas. Porém, Epona precisava vir à Terra cumprir suas funções de deusa da fertilidade, lembrando a história de Hades e Perséfone. Num desses momentos, Epona o traiu e uma galhada começou a nascer na cabeça do deus. Daí viria a ligação entre traíções e chifres.
Sua primeira representação conhecida está presente em uma gravação sobre rocha datada do século IV encontrada no norte da Itália. Aparece como um ser de aspecto antropomorfo, dotado de dois chifres de cervo na cabeça e dois torques em cada braço. O torque - espécie de argola aberta torcida com as extremidades em forma de esferas - é um atributo de poder e realeza utilizado no pescoço ou nos braços pelos grandes chefes e guerreiros mais destacados para que fossem identificados como mestres na sociedade celta.
Ao lado desta imagem estava desenhada uma serpente com cabeça de carneiro - símbolo de renascimento e sabedoria. Acreditava-se, então, que Cernunnos poderia tomar a forma deste animal. Frequentemente é representado acompanhado por animais, principalmente cervos e touros, que se alimentam de um grande saco que tem em seu poder, ou por serpentes que se alimentam da fruta oferecida entre suas pernas. Em algumas ocasiões - como no caldeirão Gundestrup (foto) encontrado na Dinamarca -, aparece sentado de pernas cruzadas.
Os deuses com chifres são sempre identificados como entidades de sabedoria e de poder. Na Antiguidade, tais protuberâncias cefálicas podiam ser levadas apenas pelos mais viris, dotados de valor, honra, masculinidade etc. É possível que a idéia de "coroa real" venha daí. Um conto popular gaélico fala sobre viajantes que ganharam chifres ao comerem maças da floresta de Cernunnos. Após mordê-las, chifres cresceram em suas testas e eles passaram a compreender muitas coisas que aconteciam ao redor do mundo. Uma lenda escocesa afirma que chifres apareciam na cabeça dos melhores guerreiros. Os vikings são popularmente conhecidos por seus elmos com chifres, mas eles nunca levavam adornos semelhantes aos combates, pois isso seria um grande incômodo. Na verdade, utilizavam capacetes lisos e práticos, quase sem ornamentos. Os famosos capacetes com chifres eram utilizados apenas em cerimônias religiosas.
Cernunnos foi muito adorado entre os povos celtas da França (Gália) e da Grã-Bretanha - onde foi associado a Belatucadnos, um deus da guerra. Os gregos associavam-no a Pã, mas os romanos o relacionaram a Mercúrio. Na Irlanda medieval, os chifres de Cernunnos foram transferidos ao Diabo, dando forças ao cristianismo contra o paganismo.
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Thor: Filho de Asgard
Hoje trago a vocês a animação Thor: O filho de Asgard (Thor: Tales of Asgard, 2011, 77') É uma animação feita pela Marvel e, portanto, sua mitologia é mais próxima aos quadrinhos e ao filme. Mesmo assim, são interessantes as referências mitológicas. A sinopse é a seguinte:
Apesar de agradar aos fãs de HQs, é um excelente começo para os jovens interessandas na mitologia escandinava. São raras as mitologias que contam a juventude de seus deuses e essa animação cria uma história fictícia sem fugir de importantes pontos. Estão lá os Nove Reinos (principalmente Asgard, Jotunheim e Svartalfheim), as relações familiares entre Odin, Thor e Loki, além de Thrym, Heimdall, Brunhilda e as Valquírias. Até Sleipnir (o cavalo de oito patas de Odin) e a carruagem do trovão puxada pelos carneiros Tanngnostr e Tanngrisnir. Vale a pena!
Antes de erguer seu poderoso martelo, um jovem Thor sai em busca da lendária espada perdida de Surtur pelos Nove Reinos. Faminto por aventura, Thor secretamente embarca na viagem da sua vida, acompanhado por seu fiel irmão Loki, um feiticeiro do bem com um talento especial para evitar conflitos. Com eles também estão os três guerreiros lendários - Fandral, Hogun e Volstaag - e a bela Sif, que formam um grupo de viajantes poderosos. Mas o que parecia uma inofensiva caça ao tesouro torna-se rapidamente uma aventura perigosa. Agora Thor, tem de mostrar-se digno de seu destino, tendo que defender Asgard dos Gigantes do Gelo.
Apesar de agradar aos fãs de HQs, é um excelente começo para os jovens interessandas na mitologia escandinava. São raras as mitologias que contam a juventude de seus deuses e essa animação cria uma história fictícia sem fugir de importantes pontos. Estão lá os Nove Reinos (principalmente Asgard, Jotunheim e Svartalfheim), as relações familiares entre Odin, Thor e Loki, além de Thrym, Heimdall, Brunhilda e as Valquírias. Até Sleipnir (o cavalo de oito patas de Odin) e a carruagem do trovão puxada pelos carneiros Tanngnostr e Tanngrisnir. Vale a pena!
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