segunda-feira, 2 de maio de 2016
Ammut
A deusa Ammut ficava ao lado da balança, quando o coração dos mortos era pesado, na entrada do outro mundo. Se o morto tivesse levado uma vida má e não estivesse em condições de sobreviver no outro mundo, ela comia seu coração; daí vinha seu título, Devoradora dos Mortos. Sua forma incorporava três dos animais mais temidos do antigo Egito: cabeça de crocodilo, corpo de leão e quarto traseiro de hipopótamo.
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sexta-feira, 29 de abril de 2016
Manu
O primeiro homem, Manu era filho de Brahma e Sarasvati. Na forma de um peixe, Brahma disse a Manu que o mundo seria destruído por um dilúvio e que ele deveria construir um barco e pôr dentro dele as sementes de todos os seres vivos. Quando as águas subiram, tudo ficou submerso e o barco de Manu encalhou no Himalaia. Por fim, as águas baixaram. Manu fez oferendas que se transformaram numa bela mulher, Parsu. Ela e Manu tornaram-se os pais da raça humana.
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terça-feira, 26 de abril de 2016
Svarozhich
Svarozhich é o deus eslavo do fogo, especialmente aquele que secava os grãos depois da colheita. Filho do deus supremo Svarog e irmão do deus do sol Dazhbog, podia predizer o futuro, se sacrificassem humanos a ele.
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sábado, 23 de abril de 2016
Ho Ho Erh Hsien
Segundo a lenda, os Erh Hsien eram gêmeos que ganhavam a vida fazendo cal e carvão. Devido a seu trabalho árduo e ao sucesso que obtiveram, tornaram-se símbolos de parceria e harmonia (Ho Ho, em chinês). Assim, tornaram-se Ho Ho Erh Hsien (He He Er Xian), deuses da riqueza, empregados de Ts’ai Shen. Ao começarem um novo negócio, os chineses levam amuletos e flores de lótus (símbolo de harmonia) aos deuses gêmeos na esperança de ter sucesso.
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quarta-feira, 20 de abril de 2016
Sukuna-Biko
O deus japonês da medicina Sukuna-Biko tinha estatura tão pequena que, quando descansava sobre uma espiga de milho, uma brisa podia levá-lo para o espaço.
Viajou pelo mundo todo e conhecia tudo o que havia para ser conhecido na área médica. Por ter visitado muitos países, tornou-se uma divindade popular entre os comerciantes e pela mesma razão foi também associado às comunicações. Além de suas habilidades curativas, Sukuna-Biko podia controlar as feras, as cobras, os insetos, e proteger as pessoas dos ataques desses animais.
Foi aliado de Okunikushi, o genro do deus da tempestade Susanowo, e ajudou-o a governar a terra de Izumo nas costas do mar do Japão.
Viajou pelo mundo todo e conhecia tudo o que havia para ser conhecido na área médica. Por ter visitado muitos países, tornou-se uma divindade popular entre os comerciantes e pela mesma razão foi também associado às comunicações. Além de suas habilidades curativas, Sukuna-Biko podia controlar as feras, as cobras, os insetos, e proteger as pessoas dos ataques desses animais.
Foi aliado de Okunikushi, o genro do deus da tempestade Susanowo, e ajudou-o a governar a terra de Izumo nas costas do mar do Japão.
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sexta-feira, 15 de abril de 2016
HÉRCULES: Arte hercúlea
Por ser talvez o heroi da mitologia clássica mais conhecido universalmente, Hércules é um dos que teve mais sorte entre os artistas desde a Antiguidade. Seus trabalhos, assim como outras lendas ligadas ao herói, são figurados já desde o começo do séc. VII a.C., quando surge na cerâmica grega a técnica da decoração em negro. As divindades e os herois eram representados em figuras negras e contornos entalhados contra o fundo alaranjado da argila, em composições inspiradas em obras pictóricas (madeira e afrescos) que se perderam, mas cuja existência é atestada por fontes literárias. Entre os muitos exemplos, destacam-se uma ânfora ática do século VI a.C. com a Disputa pela Corça da Cerineia entre Héracles, Apolo e Ártemis, sob o olhar de Atena (Museu do Vaticano) e duas ânforas do início do século V a.C. (Museu do Louvre) que mostram Hércules golpeando a Hidra de Lerna com um machado e Hércules luta contra as aves estinfálidas. Nestes dois exemplos, são bem visíveis os atributos tradicionais do heroi: a pele do Leão da Nemeia e a clava. Às vezes, o semideus também é representado com uma espada (presente de Hermes) ou com arco e flechas (dados por Apolo).
Na segunda metade do século VI a.C., aparecem também os primeiros vasos com decoração invertida, ou seja, de figuras vermelhas que tem contornos negros no interior e se recortam sobre fundo negro. Durante cerca de um século os ceramistas usaram essa técnica não só para realizar o escorço das figuras, mas também mostram a profundidade espacial e a expressão psicológica dos personagens. Entre os exemplos mais importantes desse estilo aplicado à figura de Hércules, está vaso de grandes dimensões (cratera em cálice) de c. 510 a.C., do ceramista Eufrônio, com a representação da luta entre Hércules e Anteu, e o vaso de boca larga (canjirão) com a cena de O jovem Hércules estrangulando as serpentes, de c. 480 a.C.
Também são muitas as representações do heroi na estatuária antiga. Entre os exemplos mais interessantes, há dois: o Hércules Lansdowne e o Hércules de Farnese, ambos do século IV a.C. Não faltam os exemplos de mosaicos greco-romanos ou de arte etrusca que tem como tema as gestas dele.
A figura de Hércules se mantém como um tema preferido pelos artistas e pelos respectivos clientes até os primeiros séculos da era cristã, para depois desaparecer do horizonte artístico, junto com outros temas mitológicos, no decorrer dos séculos seguintes. Uma de suas representações tardias na arte antiga é a da pintura parietal (mural) do século I d.C. proveniente de Herculano, com Hércules estrangulando as serpentes.
Outros herois e deuses da mitologia clássica reapareceram na arte durante o século XV, no Renascimento italiano. Já então visto como encarnação do bem que triunfa sobre o mal, segundo a interpretação neoplatônica da lenda, Hércules se torna mais uma vez um assunto popular, destinado a perdurar. O escultor e pintor Antonio del Pollaiolo foi um dos primeiros a utilizar temas exclusivamente mitológicos. Por volta de 1460 pintou, a pedido de Lourenço o Magnífico, três grandes telas sobre os trabalhos de Hércules, que infelizmente se perderam. Duas madeirinhas de Pollaiolo com Hércules e a Hidra e Hércules e Anteu (Galleria degli Uffizi) são consideradas evocações dessas obras. Nelas, já não vemos o linearismo* e a bicromia das representações dos vasos antigos, mas uma restituição clássica da anatomia unida às poderosas figuras masculinas da estatuária antiga, que estava sendo redescoberta no decorrer do século XV pelos artistas humanistas. As cenas são impregnadas de energia, graças as nervosas linhas de contorno que compõe a figura de Hércules e as dos seus adversários. Em Hércules e a Hidra, a pele de leão se infla com o enérgico salto do heroi para a frente e a ponta do manto descreve uma curva, assim como os longos pescoços da Hidra e sua cauda que se enrola a uma perna de Hércules. Além disso, as cenas não se recortam mais sobre o fundo monocromático, abstrato, mas sobre um paisagem a perder de vista, conquista da pintura flamenga e dos estudos sobre a perspectiva.
Mais tarde, nos primeiros anos neoclássicos do século XIX, o escultor Antonio Canova explorou o tema da cólera de Héracles executando um grupo escultórico de grande dramaticidade, no qual mostra o herói arremessando no ar seu amigo Licas (veja aqui). Uma versão entre o fantástico e o fantasmagórico de um episódio da vida do herói nos é dada por Héracles e a Hidra de Lerna, de Gustave Moreau. Seria errôneo, contudo, atribuir a popularidade do heroi entre os artistas exclusivamente ao aspecto simbólico do bem que triunfa sobre o mal. Talvez, mais do que qualquer outra coisa, os artistas sejam atraídos pelo caráter dramático e exasperado de suas aventuras.
Na segunda metade do século VI a.C., aparecem também os primeiros vasos com decoração invertida, ou seja, de figuras vermelhas que tem contornos negros no interior e se recortam sobre fundo negro. Durante cerca de um século os ceramistas usaram essa técnica não só para realizar o escorço das figuras, mas também mostram a profundidade espacial e a expressão psicológica dos personagens. Entre os exemplos mais importantes desse estilo aplicado à figura de Hércules, está vaso de grandes dimensões (cratera em cálice) de c. 510 a.C., do ceramista Eufrônio, com a representação da luta entre Hércules e Anteu, e o vaso de boca larga (canjirão) com a cena de O jovem Hércules estrangulando as serpentes, de c. 480 a.C.
Também são muitas as representações do heroi na estatuária antiga. Entre os exemplos mais interessantes, há dois: o Hércules Lansdowne e o Hércules de Farnese, ambos do século IV a.C. Não faltam os exemplos de mosaicos greco-romanos ou de arte etrusca que tem como tema as gestas dele.
A figura de Hércules se mantém como um tema preferido pelos artistas e pelos respectivos clientes até os primeiros séculos da era cristã, para depois desaparecer do horizonte artístico, junto com outros temas mitológicos, no decorrer dos séculos seguintes. Uma de suas representações tardias na arte antiga é a da pintura parietal (mural) do século I d.C. proveniente de Herculano, com Hércules estrangulando as serpentes.
Outros herois e deuses da mitologia clássica reapareceram na arte durante o século XV, no Renascimento italiano. Já então visto como encarnação do bem que triunfa sobre o mal, segundo a interpretação neoplatônica da lenda, Hércules se torna mais uma vez um assunto popular, destinado a perdurar. O escultor e pintor Antonio del Pollaiolo foi um dos primeiros a utilizar temas exclusivamente mitológicos. Por volta de 1460 pintou, a pedido de Lourenço o Magnífico, três grandes telas sobre os trabalhos de Hércules, que infelizmente se perderam. Duas madeirinhas de Pollaiolo com Hércules e a Hidra e Hércules e Anteu (Galleria degli Uffizi) são consideradas evocações dessas obras. Nelas, já não vemos o linearismo* e a bicromia das representações dos vasos antigos, mas uma restituição clássica da anatomia unida às poderosas figuras masculinas da estatuária antiga, que estava sendo redescoberta no decorrer do século XV pelos artistas humanistas. As cenas são impregnadas de energia, graças as nervosas linhas de contorno que compõe a figura de Hércules e as dos seus adversários. Em Hércules e a Hidra, a pele de leão se infla com o enérgico salto do heroi para a frente e a ponta do manto descreve uma curva, assim como os longos pescoços da Hidra e sua cauda que se enrola a uma perna de Hércules. Além disso, as cenas não se recortam mais sobre o fundo monocromático, abstrato, mas sobre um paisagem a perder de vista, conquista da pintura flamenga e dos estudos sobre a perspectiva.
* Linearismo se baseia na consistência mais expressiva e física da linha de cor e do chiaoscuro para uma definição mais clara e limpa da forma às custas da sensação de profundidade. Essa tendência artística se desenvolveu por volta do século XV e teve em Botticelli um de seus expoentes.O mesmo Pollaiolo representa Hércules e Anteu num pequeno bronze de c. 1475. Vicenzo de Rossi, escultor florentino do século XVI, dá sua versão do tema num grupo escultórico que hoje se encontra no Palazzo Vecchio, em Florença; em 1599, Giambologna realiza o grupo marmóreo com Hércules e o centauro Nesso. Alguns anos mais tarde, Rubens pinta Héracles estrangulando o leão da Nemeia (várias versões) e Héracles no jardim das Hespérides (Galleria Sabauda, Turim); o pintor espanhol Francisco de Zurbarán fornece suas versões para os trabalhos de Hércules em telas (veja aqui sua tela de Hércules e Cérbero).
Mais tarde, nos primeiros anos neoclássicos do século XIX, o escultor Antonio Canova explorou o tema da cólera de Héracles executando um grupo escultórico de grande dramaticidade, no qual mostra o herói arremessando no ar seu amigo Licas (veja aqui). Uma versão entre o fantástico e o fantasmagórico de um episódio da vida do herói nos é dada por Héracles e a Hidra de Lerna, de Gustave Moreau. Seria errôneo, contudo, atribuir a popularidade do heroi entre os artistas exclusivamente ao aspecto simbólico do bem que triunfa sobre o mal. Talvez, mais do que qualquer outra coisa, os artistas sejam atraídos pelo caráter dramático e exasperado de suas aventuras.
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quarta-feira, 13 de abril de 2016
Ask e Embla
O primeiro homem, criado pelos deuses de uma árvore em cinzas, e a primeira mulher, criada de uma árvore de olmo, feitos pelos três criadores no litoral do mar gigante de Midgard. Odin deu vida ao casal. Vili lhes deu pensamentos e sentimentos e Ve deu-lhes a capacidade de ver e ouvir. Ask e Embla geraram a raça humana e Midgard tornou-se sua morada.
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segunda-feira, 11 de abril de 2016
Tonatiuh
No antigo mito centro-americano dos Cinco Sóis (as cinco eras mundiais), Tonatiuh representava a Quinta Era. Esse deus governava o mundo de Tonatiuhican, o céu asteca, um paraíso espiritual reservado apenas aos mais dignos, como os guerreiros mortos em batalhas e as mulheres que morriam ao dar à luz.
Como deus do oriente e do sol, seu poder era constantemente desafiado pela luta enfrentada em seu nascimento diário, com sua passagem pelos céus durante o dia e sua morte à noite. Feroz e belicoso, Tonatiuh era também uma divindade guerreira que fortalecia os soldados no calor e nos esforços das batalhas.
As esferas de influência de Tonatiuh indicavam que seu poder sofria ameaças constantes. A humanidade só poderia mantê-lo se exercitasse a virtude de elevada moral – junto com um ciclo interminável de sacrifícios humanos. Os apetites do deus estão graficamente representados em suas imagens. Seu corpo, no centro de um grande disco solar cheio de raios, é vermelho, e ele usa um cocar de penas de águia. Sua língua tem a forma da faca sacrifical que os sacerdotes astecas usavam para arrancar o coração das vítimas vivas – oferenda que as presas gigantes de Tonatiuh seguram firmemente. A violência deste deus era tão grande que os astecas atribuíram seu nome ao mais cruel dos conquistadores espanhóis, Pedro de Alvarado.
Como deus do oriente e do sol, seu poder era constantemente desafiado pela luta enfrentada em seu nascimento diário, com sua passagem pelos céus durante o dia e sua morte à noite. Feroz e belicoso, Tonatiuh era também uma divindade guerreira que fortalecia os soldados no calor e nos esforços das batalhas.
As esferas de influência de Tonatiuh indicavam que seu poder sofria ameaças constantes. A humanidade só poderia mantê-lo se exercitasse a virtude de elevada moral – junto com um ciclo interminável de sacrifícios humanos. Os apetites do deus estão graficamente representados em suas imagens. Seu corpo, no centro de um grande disco solar cheio de raios, é vermelho, e ele usa um cocar de penas de águia. Sua língua tem a forma da faca sacrifical que os sacerdotes astecas usavam para arrancar o coração das vítimas vivas – oferenda que as presas gigantes de Tonatiuh seguram firmemente. A violência deste deus era tão grande que os astecas atribuíram seu nome ao mais cruel dos conquistadores espanhóis, Pedro de Alvarado.
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sexta-feira, 8 de abril de 2016
Brigantia
Como deusa celta da vitória, Brigantia (Briganta, Brigindo) era apropriadamente a protetora dos brigantes, tribo do norte da Bretanha que habitava o local hoje conhecido como West Yorkshire, poderosa o bastante para resistir às forças do Império Romano por mais de 150 anos. Parece ter sido associado por Júlio César a “Minerva Celta” – uma das divindades locais que ele descreveu após invadir a Bretanha em 55 a.C. Certamente a deusa corresponde à romana Minerva, tanto no seu aspecto guerreiro quanto no seu papel de protetora das artes e do artefato: uma estátua do século III mostra Brigantia segurando a lança de Minerva e um globo que simboliza o governo, com suas asas da vitória aparecendo por trás dos seus ombros. Séculos mais tarde, pode ter sido também o modelo para Britânia, a guerreira que usava capacete e carregava um tridente, personificando o Império Britânico.
Embora os brigantes fossem mais tarde subjugados pelos legionários romanos, que marcharam para o norte para construir o Muro de Adriano no século II, sua divindade ainda era reverenciada durante a ocupação romana da Bretanha como uma deusa ninfa das fontes. Pode também corresponder à irlandesa Brígida, à qual se atribuíam a cura e a medicina, protegia muitas fontes, cujas águas possivelmente curavam os enfermos.
Embora os brigantes fossem mais tarde subjugados pelos legionários romanos, que marcharam para o norte para construir o Muro de Adriano no século II, sua divindade ainda era reverenciada durante a ocupação romana da Bretanha como uma deusa ninfa das fontes. Pode também corresponder à irlandesa Brígida, à qual se atribuíam a cura e a medicina, protegia muitas fontes, cujas águas possivelmente curavam os enfermos.
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terça-feira, 5 de abril de 2016
Welsit Manatu
O criador do povo lenape é Welsit Manatu ("espírito bom"). Ele fez tudo o que há no mundo: criou a Terra do barro, formou os humanos e plantou ervas úteis para o povo comer e usar como remédio. Também ajudou as pessoas matando ou transformando seres nocivos. Por exemplo, reduziu o enorme esquilo que comia gente a um tamanho pequeno. Seu trabalho é desfeito pelo cruel Mahtantu, que criou plantas venenosas e morcegos.
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