quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Uluru
No meio do inóspito deserto da Austrália central, há um monte colossal de arenito vermelho, o Uluru, um dos locais mais sagrados para os aborígenes australianos. Seu nome ocidental é Ayers Rock (em homenagem ao Primeiro-Ministro australiano Henry Ayers) ou, somente, A Rocha, que possui 8km de circunferência, 318 metros de altura e se estende por 2,5km de profundidade. A pedra obtém sua cor ferruginosa através da oxidação dos minerais que a impregnam - como feldspato - o que também causa a emissão de um brilho vermelho ao amanhecer e ao pôr-do-sol.
Muitos mitos secretos se passam nessa rocha, em cujas paredes inferiores e cavernas há pinturas antiquíssimas. Acredita-se que seja um portal para o Tempo do Sonho, ou até mesmo o próprio local. Outros dizem que foram os Ungambikulas que criaram a pedra ao brincar com a lama depois de um dilúvio. Após a criação do universo, os irmãos teriam voltado a Uluru e se tornaram pedregulhos.
Há várias histórias de turistas que levaram para casa um pedaço do Uluru e devolveram a lembrança alegando que foram amaldiçoados por levar uma parte do monumento sagrado. O Parque Nacional Australiano que administra o local diz receber um pacote por dia, enviado de várias partes do mundo, com uma amostra do Uluru e um pedido de desculpas.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
O incompreendido Odin...
A tirinha acima é de Carlos Ruas, ilustrador de Niterói (RJ), responsável pelo blog Um sábado qualquer, que possui tirinhas que brincam com a religião. Na categoria Buteco dos Deuses, várias divindades aparecem conversando com Deus em situações mais do que inusitadas. Divertidíssimo!
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Colagens espirituais
Saindo um pouco do eixo comum por aqui, resolvi mostrar para vocês algumas das belas colagens digitais do designer gráfico e ilustrador espanhol Luis Toledo - que também é conhecido como La Prisa Mata. Várias tem um tom místico e uma riqueza de detalhes ímpar. Vejam:
Festas do deus Dionísio
Semshu Hor: os "semshu hor" eram os seguidos de Hórus. Esse conceito evoluiu com o tempo e vários reis místicos do Egito foram chamados dessa forma antes dos Faraós.
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terça-feira, 16 de agosto de 2011
E como vai o entretenimento mitológico?
O filme Imortais (Immortals, 2011) tem recebido inúmeras críticas sobre sua semelhança com 300. Mas o diretor indiano Taseem Singh está dizendo que o filme é bem mais sombrio do que o trailer, com deuses sujando as mãos de sangue. Também disse que os deuses são jovem guerreiros porque nunca entendeu como alguém com poderes divinos e imortalidade gostaria de parecer um velhaco (até que isso faz sentido). Os atores estão falando que o diretor é um visionário e que a tecnologia 3D dará uma nova profundidade aos filmes.
A sequência de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010) - marcada para março de 2012 - continua em pré-produção, com Sam Worthington (Perseu) falando que será melhor e mais profundo do que o primeiro. Que onda é essa de profundidade, hein?
Já a sequência de Thor ficou para julho de 2013, com Chris Hemsworth (Thor) e Idris Elba (Heimdall) garantidos por contrato. O diretor Brian Kirk foi procurado pela Marvel pela habilidade que demonstrou na série televisiva Game of Thrones de cuidar de um elenco grande em uma trama complexa. Parece que o novo filme deverá ser mais focado em Asgard, com um panteão muito maior de deuses e criaturas da mitologia nórdica, como Encantor, Skurge e Balder!
Oba!
A sequência de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010) - marcada para março de 2012 - continua em pré-produção, com Sam Worthington (Perseu) falando que será melhor e mais profundo do que o primeiro. Que onda é essa de profundidade, hein?
Já a sequência de Thor ficou para julho de 2013, com Chris Hemsworth (Thor) e Idris Elba (Heimdall) garantidos por contrato. O diretor Brian Kirk foi procurado pela Marvel pela habilidade que demonstrou na série televisiva Game of Thrones de cuidar de um elenco grande em uma trama complexa. Parece que o novo filme deverá ser mais focado em Asgard, com um panteão muito maior de deuses e criaturas da mitologia nórdica, como Encantor, Skurge e Balder!
Oba!
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
Pachacamac
Pachacamac é o deus inca dos terremotos (pacha = terra; camac = animador). Para a cultura limenha pré-inca, Pachacamac seria aquele que dá vida ao mundo.
Era simbolizado por um totem esculpido em madeira com cerca de 2 metros de altura, conservado em uma câmara escura do templo de Inti (para simbolizar sua invisibilidade), que era forrada de ouro e prata. Esse ídolo tinha duas faces opostas, uma delas decorada com serpentes, a outra com espigas de milho, que possivelmente representavam seus aspectos destruidor e criador, respectivamente. Também era representado em cerâmicas como um grifo (asas e rosto de condor e corpo de puma, duas das grandes divindades animais dos incas).
Existe um enorme sítio arqueológico que leva seu nome em Lima, no Peru (e eu visitei!). A arquitetura do lugar mostra características anti-sísmicas e o templo ao deus era enorme. Do topo, é possível ver duas ilhas rochosas no Pacífico que conta uma lenda...
Pachacamac teria se encantado pela beleza da curandeira Urpe, que vivia nas proximidades de seu templo. Como não podia vir ao reino dos mortais, o deus colocou seu sémen em uma lúcuma (fruta local) que chegou às mãos de Urpe. A curandeira engravidou e deu a luz ao semideus Vichama. Aos 3 anos, Vichama pediu para conhecer seu pai. Pachacamac ouviu as preces de seu filho e decidiu vir à Terra como um mendigo. Quando se apresentou, Urpe se desesperou ao ver que seu filho ficaria desamparado com um pai tão pobre e fugiu na direção do mar. Furioso, Pachacamac os transformou nas pedras que você vê na foto abaixo.
São as explicações humanas para os fenômenos da natureza. Por exemplo, depois da chegada dos conquistadores, Pachacamac acabou sendo sincretizado a um Jesus Cristo de pele escura por causa de vários terremotos a que a estátua sobreviveu (El Señor de los Temblores). Existem inúmeras pinturas de um "Cristo moreno" com histórias de milagres em terremotos, mas ninguém sabe onde está a precursora das lendas.
Existe uma outra lenda que coloca Pachacamac como criador do primeiro homem e da primeira mulher da Terra. No entanto, o deus esqueceu de alimentá-los e o homem morreu de fome. A mulher, então, amaldiçoou Pachacamac e rezou para Inti para engravidar. Furioso, Pachacamac matou o menino que nasceu e o esquartejou. De cada pedaço, surgiu uma fruta ou uma planta comestível. O segundo filho da mulher foi Vichama que escapou da morte. Pachacamac matou, então, a mulher. Vichama vingou-se de sua mãe, vencendo o deus em batalha. Jogou seus pedaços no oceano, que se tornaram peixes. Por essa razão, alguns acreditam que Pachacamac também seja o deus dos peixes e da pesca.
Era simbolizado por um totem esculpido em madeira com cerca de 2 metros de altura, conservado em uma câmara escura do templo de Inti (para simbolizar sua invisibilidade), que era forrada de ouro e prata. Esse ídolo tinha duas faces opostas, uma delas decorada com serpentes, a outra com espigas de milho, que possivelmente representavam seus aspectos destruidor e criador, respectivamente. Também era representado em cerâmicas como um grifo (asas e rosto de condor e corpo de puma, duas das grandes divindades animais dos incas).
Existe um enorme sítio arqueológico que leva seu nome em Lima, no Peru (e eu visitei!). A arquitetura do lugar mostra características anti-sísmicas e o templo ao deus era enorme. Do topo, é possível ver duas ilhas rochosas no Pacífico que conta uma lenda...
Pachacamac teria se encantado pela beleza da curandeira Urpe, que vivia nas proximidades de seu templo. Como não podia vir ao reino dos mortais, o deus colocou seu sémen em uma lúcuma (fruta local) que chegou às mãos de Urpe. A curandeira engravidou e deu a luz ao semideus Vichama. Aos 3 anos, Vichama pediu para conhecer seu pai. Pachacamac ouviu as preces de seu filho e decidiu vir à Terra como um mendigo. Quando se apresentou, Urpe se desesperou ao ver que seu filho ficaria desamparado com um pai tão pobre e fugiu na direção do mar. Furioso, Pachacamac os transformou nas pedras que você vê na foto abaixo.
São as explicações humanas para os fenômenos da natureza. Por exemplo, depois da chegada dos conquistadores, Pachacamac acabou sendo sincretizado a um Jesus Cristo de pele escura por causa de vários terremotos a que a estátua sobreviveu (El Señor de los Temblores). Existem inúmeras pinturas de um "Cristo moreno" com histórias de milagres em terremotos, mas ninguém sabe onde está a precursora das lendas.
Existe uma outra lenda que coloca Pachacamac como criador do primeiro homem e da primeira mulher da Terra. No entanto, o deus esqueceu de alimentá-los e o homem morreu de fome. A mulher, então, amaldiçoou Pachacamac e rezou para Inti para engravidar. Furioso, Pachacamac matou o menino que nasceu e o esquartejou. De cada pedaço, surgiu uma fruta ou uma planta comestível. O segundo filho da mulher foi Vichama que escapou da morte. Pachacamac matou, então, a mulher. Vichama vingou-se de sua mãe, vencendo o deus em batalha. Jogou seus pedaços no oceano, que se tornaram peixes. Por essa razão, alguns acreditam que Pachacamac também seja o deus dos peixes e da pesca.
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segunda-feira, 18 de julho de 2011
100 anos de Machu Picchu
Machu Picchu (“pedra velha”) é um lugar incomparável no mundo. Suas construções com pedras enormes encaixadas milimetricamente ainda se encontram preservadas, ocultando técnicas utilizadas há mais de 500 anos. Sua história mistura o real e o imaginário, fazendo com que cada pessoa tenha sua própria interpretação dos fatos que cercam esta misteriosa Cidade Perdida. Em 2011, comemora-se os 100 anos da descoberta dessa maravilha pelo antropólogo, historiador – ou simplesmente, explorador aficcionado da arqueologia – Hiram Bingham.
E é pra lá que eu vou!
Não importa muito, de todo modo, qual tenha sido a origem da fortaleza, ou melhor, é mais fácil deixar o debate para os arqueólogos. O que é inegável, entretanto, o mais importante, é que temos à nossa frente uma expressão pura da mais poderosa raça indígena das Américas, intocada pelo contato com a civilização invasora e cheia de tesouros imensamente evocativos em suas paredes, paredes que morreram em decorrência do tédio de não mais existir… (Ernesto CHE Guevara)Por isso que os últimos posts foram sobre mitologia inca e vamos ficar sem notícias por algum tempinho. Mas voltarei com histórias e fotos sobre esse local divino! Enquanto isso, cliquem na imagem e curtam o giro 360º por Machu Picchu!
Até!
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terça-feira, 12 de julho de 2011
Pacha Mama
Pacha Mama (Pachamama ou Mama Pacha) é a "Mãe do Mundo", deusa da terra e da fertilidade, que dava vida à tudo na terra. Era adorada como campos, montanhas e rios, assim como, as estações e o tempo. Diz-se que, na primavera, surge como uma uma índia de estatura baixa com pés grandes, usando um sombreiro e acompanhada por um cachorro preto muito feroz, que vai envelhecendo ao passar das estações. Alguns dizem que ela tem a forma de um dragão que vive sob a terra, fornecendo alimento ao povo inca. Terremotos eram sinais de seu mau humor.
Logo após seu marido Inti, o deus-sol, era principal divindade do panteão inca. Dizem que é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses lhe deviam obediência. Ela era a síntese dos três mundos divididos por Viracocha. Era também considerada uma deusa da morte, já que para a terra todos os seres acabam voltando, e, por isso, podia ser representada com duas caras.
Quando os incas chegaram pela primeira vez à capital Cuzco, os pulmões inflados de um lhama foram erguidos acima da cidade. Depois disso, os lhamas passaram a ser sacrificados como símbolo da deusa. Para garantir uma boa colheita, espalhava-se farinha de trigo na plantação. Uma outra forma de sacrifício era oferecer folha de coca à deusa para trazer sorte ao se construir uma nova casa. Os viajantes deixavam oferendas nas encruzilhadas antes de iniciarem suas caminhadas para evitar o mal de alturas ou a queda nos precipícios (castigos que a deusa infligia àqueles que a desrespeitavam ou ofendiam suas criaturas). As terças de Carnaval são consideradas dias da homenagear a deusa.
Logo após seu marido Inti, o deus-sol, era principal divindade do panteão inca. Dizem que é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses lhe deviam obediência. Ela era a síntese dos três mundos divididos por Viracocha. Era também considerada uma deusa da morte, já que para a terra todos os seres acabam voltando, e, por isso, podia ser representada com duas caras.
Quando os incas chegaram pela primeira vez à capital Cuzco, os pulmões inflados de um lhama foram erguidos acima da cidade. Depois disso, os lhamas passaram a ser sacrificados como símbolo da deusa. Para garantir uma boa colheita, espalhava-se farinha de trigo na plantação. Uma outra forma de sacrifício era oferecer folha de coca à deusa para trazer sorte ao se construir uma nova casa. Os viajantes deixavam oferendas nas encruzilhadas antes de iniciarem suas caminhadas para evitar o mal de alturas ou a queda nos precipícios (castigos que a deusa infligia àqueles que a desrespeitavam ou ofendiam suas criaturas). As terças de Carnaval são consideradas dias da homenagear a deusa.
“A natureza, ou Pachamama, onde a vida é reproduzida e existe, tem o direito de existir, persistir, manter e gerar os seus ciclos vitais, estruturas, funções e os seus processos na evolução”. (Texto da Constituição do Equador)Tem relações com as grandes deusas-mães da natureza, como Gaia. A conversão católica a associou à figura da Virgem Maria.
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terça-feira, 5 de julho de 2011
Inti
Inti (Intu ou Apu-Punchau) era o poderoso deus inca do Sol, irmão e marido de Mama-Quilla, a deusa da Lua, e filho de Viracocha e Mama Cocha. Também foi casado com Pacha Mama, deusa da Terra. Sua importância era tamanha que alguns o adoravam como deus supremo e criador de tudo e invertiam a genealogia, colocando-o como pai de Viracocha.
Inti cruza os céus diariamente, proporcionando luz e calor, até mergulhar no mar ocidental. Após seu mergulho subterrâneo e subaquático, ele resurge toda manhã. Quando havia eclipses, achavam que Inti estava zangado. Costuma ser retratado como um um disco solar de ouro com face humana tendo raios e chamas ao redor. Aparece nas bandeiras da Argentina e do Uruguai.
Depois da criação, enviou seu filho Manco Capac para ser rei e ensinar às pessoas a arte da civilização. Todos os reis incas posteriores se diziam descendentes de Manco Capac e eram adorados como parte da família do próprio Sol, protetor da casa real. Inti tinha um templo enorme na capital inca, Cuzco, no Peru, onde as múmias dos imperadores eram colocadas quando morriam. As muralhas do templo eram forradas de ouro, que os incas acreditavam ser o suor do sol.
O Inti Rami, o Festival do Sol, era celebrado no solstício de inverno. Uma vez que Inti regia as estações do ano e o ciclo agrícola, ofereciam-lhe uma fogueira, onde queimavam uma vítima em sacrifício, junto com folhas de coca e milho, para dar boas-vindas.
Inti cruza os céus diariamente, proporcionando luz e calor, até mergulhar no mar ocidental. Após seu mergulho subterrâneo e subaquático, ele resurge toda manhã. Quando havia eclipses, achavam que Inti estava zangado. Costuma ser retratado como um um disco solar de ouro com face humana tendo raios e chamas ao redor. Aparece nas bandeiras da Argentina e do Uruguai.
Depois da criação, enviou seu filho Manco Capac para ser rei e ensinar às pessoas a arte da civilização. Todos os reis incas posteriores se diziam descendentes de Manco Capac e eram adorados como parte da família do próprio Sol, protetor da casa real. Inti tinha um templo enorme na capital inca, Cuzco, no Peru, onde as múmias dos imperadores eram colocadas quando morriam. As muralhas do templo eram forradas de ouro, que os incas acreditavam ser o suor do sol.
O Inti Rami, o Festival do Sol, era celebrado no solstício de inverno. Uma vez que Inti regia as estações do ano e o ciclo agrícola, ofereciam-lhe uma fogueira, onde queimavam uma vítima em sacrifício, junto com folhas de coca e milho, para dar boas-vindas.
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domingo, 3 de julho de 2011
Faz parte de nós
No dia 14 de junho de 1957, a Dra. Nise da Silveira foi recebida por Carl Jung em sua residência na Suíça. Sentada diante de seu mestre, falou-lhe do desejo de aprofundar seu trabalho no hospital psiquiátrico e de suas dificuldades como autodidata. Ele a ouviu muito atento e perguntou:
O painel é ilustrado pela tema mítico do dragão-baleia, uma das mais antigas variações do mito do herói. Em vez de percorrer longas extensões da terra em busca de aventuras, de combater e matar dragões, aqui o herói é devorado pelo monstro. O drama do encontro com o monstro exprime a situação perigosa para o indivíduo de ser tragado pelo inconsciente. O painel ainda completa dizendo que os mitos são manifestações originais da estrutura básica da psique e, por isso, seu estudo deveria ser fundamental para a prática psiquiátrica.
Na verdade, esse post é pra mostrar que mitologia não é apenas um monte de historinhas fantásticas e/ou religiosas. É muito mais do que isso. Faz parte da concepção do ser enquanto indivíduo e parte de uma sociedade complexa como a humanidade.
— Você estuda mitologia?Essa história está em um dos painéis expostos no Museu de Imagens do Inconsciente - que fica no Instituto Municipal de Assitência à Saude Nise da Silveira, na zona Norte do Rio de Janeiro. O trabalho deste museu merecia BEM mais destaque (minha opinião sobre isso está no meu outro blog).
— Não. – respondeu Nise.
— Pois se você não conhecer mitologia nunca entenderá os delírios de seus doentes, nem penetrará na significação das imagens que eles desenhem ou pintem.
O painel é ilustrado pela tema mítico do dragão-baleia, uma das mais antigas variações do mito do herói. Em vez de percorrer longas extensões da terra em busca de aventuras, de combater e matar dragões, aqui o herói é devorado pelo monstro. O drama do encontro com o monstro exprime a situação perigosa para o indivíduo de ser tragado pelo inconsciente. O painel ainda completa dizendo que os mitos são manifestações originais da estrutura básica da psique e, por isso, seu estudo deveria ser fundamental para a prática psiquiátrica.
Na verdade, esse post é pra mostrar que mitologia não é apenas um monte de historinhas fantásticas e/ou religiosas. É muito mais do que isso. Faz parte da concepção do ser enquanto indivíduo e parte de uma sociedade complexa como a humanidade.
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quarta-feira, 29 de junho de 2011
Chaska
Criada a partir do sol, Chaska era considerada uma das donzelas de Inti (o supremo deus-sol). Protegia as jovens virgens e as princesas, sendo homenageada no amanhecer e no entardecer dos dias. A bela jovem de cabelos ondulados também era protetora dos flores e da primavera.
Chaska foi o nome dado para o planeta Vênus pelos incas, que observavam os movimentos do astro para diversas ações cotidianas. Existe uma grande confusão relacionada a Chaska e Chaska-Qoylor. É possível que sejam a mesma divindade. Alguns dizem que eles são casados, mas, na verdade, não se sabe a real razão da similaridade dos nomes, nem mesmo seus gêneros.
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