sábado, 21 de abril de 2012

Wakan-Tanka

Para o povo Lakota, Wakan-Tanka (Grande Mistério ou Grande Espírito) era uma poderosa força criativa que vivia na escuridão (Han). Sentindo-se solitário, decidiu criar companheiros a partir de si mesmo. Sua primeira criação foi a rocha (Inyan). Com a rocha, criou a Terra (Maka). Em seguida, Wakan-Tanka cruzou com a Terra e gerou os céus (Skan). Misturando a Terra, os céus e a rocha, criou o Sol (Wi).

Por conter em sua essência a força criativa de Wakan-Tanka, essas quatro divindades elementais criaram outros a partir de si mesmos: a Lua (Hanhepi-Wi), o Vento (Tate), o Trovão (Wakinyan) e a Mulher-Búfalo Branco (Wohpe). Por sua vez, esses quatro se espalharam na criação do Tufão (Yumni), do Búfalo (Tatanka, e os seres de quatro pernas), do Urso (Hununpa, e os seres de duas pernas) e das Quatro Direções (Tate tob). Juntos, todos criaram as quatro partes da alma: o sobrenatural (Tonwan), o intelecto (Sicun), o sopro de vida (Niya) e o espírito da morte (Nagi).

Acredita-se, então, que Wakan-Tanka está em tudo, pois sua força foi se dividindo progressivamente por toda a criação. Tudo tem wakan. O termo também é utilizado para simbolizar o panteão de deuses em geral. Os xamãs tentam canalizar a energia de Wakan-Tanka para o bem do mundo. É também chamado de Wakanda ou Wakonda.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Vari

Como o coco era um alimento fundamental para a alimentação dos antigos mangaian (hoje os maoris das Ilhas Cook), fica claro porque o universo estava contido no interior de um gigantesco coco cósmico, onde morava o deus supremo Vari.

Este coco era sustentado pelo caule cônico Take, que era a Raiz de Toda Existência. Vari utilizava a energia que fluía do caule ao coco para criar toda a vida. Portanto, Take está em tudo.

Outros povos polinésios desenvolveram uma visão semelhante do universo com um deus supremo dentro de um ovo ou uma concha.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lares e Penates

Filhos de Mercúrio e Lara, os Lares eram um grupo de deuses que cuidavam das casas e das encruzilhadas. A família fazia oferendas a esses deuses em ocasiões importantes, como casamentos, nascimentos e enterros, uma vez que - originalmente - eles eram representações dos antepassados. Eram comumente representados como jovens dançando de túnica, com um copo de chifre em uma mão (rhyton) e uma taça na outra (patera), muitas vezes ainda, acompanhados por serpentes simbólicas fálicas.

Já os Penates cuidavam das despensas, dos celeiros e dos armazéns, ou seja, do armazenamento de comidas e bebidas. Nas refeições, era costume oferecer-lhes comida. Cada família romana adorava dois penates e quando uma família viajava, transportava-os consigo.

Na casas em Pompeia, um relicário com as três figuras (lararium) ficava ou na cozinha ou nas salas. No final do Império Romano, era colocado atrás da porta de entrada da casa e uma vela ou lamparina ficava queimando diante da imagem. Mesmo quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do império, a adoração a essas divindades domésticas perdurou.

Lararium

Ambos são ligados a deusa Vesta e não possuíam nomes individuais, apenas funções especiais, como aqueles voltados para o Estado.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Novidades nas continuações

O ator Anthony Head assinou contrato para substituir Pierce Brosnan (com problemas de agenda) como o professor centauro Quíron em Percy Jackson e o Mar de Monstros (Percy Jackson: Sea of Monsters, 2013). A continuação da saga infanto-juvenil na telona também contratou Nathan Fillion como o deus Hermes, pai de Luke, e três atrizes para personificarem as Três Moiras. O gigante franco-canadense Robert Maillet será o ciclope Polifemo. Se você quiser saber mais sobre os filmes e livros de Percy Jackson, clique aqui.

E o filme 300 terá uma continuação, chamada Batalha de Artemísia (antes seria Xerxes). A ideia é contar uma história paralela à Batalha das Termópilas do filme de 2006 e também será baseada numa HQ de Frank Miller (escrita após o sucesso do filme por pressão da Warner). Nesse novo confronto, a frota persa enfrentou por três dias uma flotilha de navios gregos nos mesmos dias das Termópilas. Ainda que os gregos tenham sido derrotados, os persas tiveram que retroceder. O filme começa um pouco antes de 300 e termina um pouco depois. Rodrigo Santoro já está negociando seu retorno como Xerxes. Sullivan Stapleton (o general ateniense Temístocles, o protagonista), Jamie Blackley (o jovem guerreiro Calisto) e Eva Green (uma deusa persa) já estão praticamente fechados para fazer parte do elenco. A previsão é que chegue aos cinemas em 2013.

Ah... e durante a Páscoa, fiquei sabendo da nova animação da Dreamworks que coloca Bunnymund (o Coelhinho da Páscoa por Hugh Jakman) ao lado de North (o Papai Noel por Alec Baldwin), Tooth (a Fada do Dente por Isla Fisher), Jack Frost (o Inverno por Chris Pine) e Sandy (o Sandman) como guerreiros lendários e imortais contra Pitch (o Bicho Papão por Jude Law)! Eles farão de tudo para proteger as crianças e impedir o mundo de afundar nas trevas eternas!



Rise of the Guardians (título provisório: A origem dos guardiões) é baseado na série de livros de William Joyce, The Guardians of Childhood (Os guardiões da infância, em tradução livre). Estréia em novembro nos cinemas (3D) de todo mundo.

domingo, 8 de abril de 2012

Coelhinho da Páscoa

Para os cristãos, o domingo de Páscoa marca a ressurreição de Cristo. A sexta-feira santa é a data do sofrimento e da crucificação de Cristo.

Mas o que o COELHO tem a ver com isso???

No Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos pagãos da Antiguidade consideravam o coelho branco como um símbolo da Lua e da Primavera. Portanto, é possível que ele tenha se tornado símbolo pascoal pelo fato da Lua determinar a data da Páscoa, que costuma cair próximo ao início da estação. Além disso, coelhos são mamíferos roedores muito férteis. O seu período de gestação não passa de quarenta dias (quaresma). A ideia da fertilidade foi utilizada pela Igreja como propagação rápida dos ensinamentos cristãos, com objetivo de aumentar a quantidade de discípulos sem distinção.

No Brasil, acredita-se que a tradição do coelho date do início do século XX, trazida em 1913, por imigrantes alemães. Conta a lenda que uma mãe muito pobre, sem ter o que dar para as crianças no dia de Páscoa, resolveu pintar ovos de galinha com cores vivas. Quando as crianças viram os ovos, lindos e coloridos, ficaram muito animadas. A alegria dos meninos assustou um coelho que, saltitando, se afastou do local e fez com que as crianças achassem que aqueles ovos tinham sido botados pelo bichinho!

No resto das Américas pode ter chegado por volta de 1700. Pelo mundo, outros animais participam das festividades: crianças tchecas acreditam que são cotovias que levam presentes, enquanto na Suíça, são os cucos que o fazem.