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quarta-feira, 3 de março de 2010

Idun

Loki e Idun, ilustração de John Bauer (1911)
Deusa vanir da primavera, Idun era a guardiã do pomar sagrado cujas maçãs davam a juventude eterna e restaurava os males de quem as comesse. Portanto, os deuses eram mortais mas ela era responsável pela imortalidade deles, fornecendo uma maçã por dia, vinda de seu eski, um cofre de madeira de freixo.

Os gigantes vivam tentando roubar as maçãs. O gigante Thiazi, por exemplo, capturou Loki e disse que só o soltaria se o deus o ajudasse a roubá-las. Loki atraiu Idun até a floresta e o gigante pode capturá-la metamorfoseado em águia. Quando os deuses começaram a envelhecer, descobriram as ações de Loki. Obrigaram-no, então, a resgatar Idun, e Loki utilizou o manto de penas de falcão de Freya para tirá-la de Thiazi, transformando-a numa noz. Esta história é uma metáfora para a chegada do inverno, onde Thiazi (Deus do Inverno) seqüestra Idun (Deusa da Vegetação) com ajuda de Loki - que representa o vento quente de verão. O retorno de Idun como um noz é o retorno da primavera, o rejuvenescimento dos deuses.

Bragi tocando harpa para Idun de pé,
de Nils Blomeér (1846)
Outra parábola sobre essa passagem de estação é a do desmaio de Idun aos pés de Yggdrasil, a árvore da vida. Desacordada, Idun caiu em Niflheim, o mundo subterrâneo e ficou paralisada com o que viu (chegada do outono). Os deuses foram atrás dela com peles de lobo branco, mas não conseguiram movê-la e a cobriram com as peles (neve). Seu marido Bragi ficou tocando harpa e cantando ao seu lado até ela se recuperar - e trazer a primavera.

Ao que parece, Idun não tinha culto regular, sendo uma deusa mais figurativa. Na mitologia grega, foi comparada a Hebe, e suas maçãs os pomos dourados dos Jardins das Hespérides. Pode ser chamada de Iduna, Ithun e Iounn, que significa "sempre jovem" ou "rejuvenescedor".