Camazotz ("morcego mortal") era o Deus dos morcegos, um vampiro com dentes afiados, asas, garras e nariz de folha. Monstros-morcego (vampiros) eram chamados pelo mesmo nome e enfrentaram os irmãos gêmeos no Xibalba. O deus em si arrancou a cabeça de Hunahpu e a fez de bola para o jogo de pelota.
Também chamado de Cama-Zots e Zotz, pensa-se que seu mito foi inspirado num morcego hematófago (Desmodus rotundus) que vivia no México e na Guatemala, hoje extinto. Era associado à noite e à sacrifícios e vivia na sua caverna no Xibalba, chamada Zotzilaha.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Kinich-Ahau
O deus-sol dos maias era Kinich-Ahau, o Senhor do Olho do Sol. Como tantos outros deuses do sol, de dia tinha uma identidade diferente da noturna. Durante o dia, enquanto viajava pelo céu, Kinich-Ahau podia aparecer tanto na forma jovem quanto na velha, mas em geral era retratado vesgo com um grande nariz aquilino. Alguns diziam que nesse momento, ele seria o avatar diurno de Itzamna, o Pássaro Dourado (Arara) Flamejante, o Dragão Celeste. Era também deus da música e da poesia, relacionando-se com os cervos, os colibris (energia sexual) e as águias (caráter guerreiro).
Mas à noite, em sua viagem noturna pelo mundo subterrâneo, transformava-se no Deus Jaguar, governante maior do Xibalba, símbolo de poder do rei e da fertilidade da terra. Essa transição diária também o colocava como o Criador do Tempo, a Origem do Porvir.
Em seu lado irado, era o patrono das doenças, das guerras e da seca na terra. Sacerdotes vestiam a pele do jaguar e traziam essas qualidades de volta à vida em cerimônias (muitas próximas do Ano Novo) destinadas a curar, a trazer chuvas ou a levar sucesso às caçadas e aos combates.
Mas à noite, em sua viagem noturna pelo mundo subterrâneo, transformava-se no Deus Jaguar, governante maior do Xibalba, símbolo de poder do rei e da fertilidade da terra. Essa transição diária também o colocava como o Criador do Tempo, a Origem do Porvir.
Em seu lado irado, era o patrono das doenças, das guerras e da seca na terra. Sacerdotes vestiam a pele do jaguar e traziam essas qualidades de volta à vida em cerimônias (muitas próximas do Ano Novo) destinadas a curar, a trazer chuvas ou a levar sucesso às caçadas e aos combates.
Possível escultura de Kinich Ahau no Templo das Máscaras em Kohunlich, sítio arqueológico na península de Yucatán. |
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terça-feira, 10 de julho de 2012
Será que agora vai, Teseu? Será, Minotauro?
Teseu combatendo o Minotauro, estátua em mármore de Jean-Étienne Ramey (Paris, Jardim das Tulherias, 1826) |
O responsável pelo visual das criaturas mitológicas será o designer de Avatar. Dessa forma, eu espero que cheguem a um Minotauro interessante, porque toda hora tem um diferente... já teve em Percy Jackson, em Fúria de Titãs...
Aguardemos 2014 (ou 2015...).
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domingo, 8 de julho de 2012
Ah Puch
Ah Puch, o Descarnado, é um dos soturnos governantes do Xibalba, o inferno maia. Associado àmorte, à noite, à guerra e aos sacrifícios, era o responsável pelo Mitnal, o último nível do submundo, o mais profundo e desagradável. Era também chamado de Kisín (o flatulento), Hun Ahau (morte única), Yum Kimil (senhor morte) e Vucub Camé (sete mortes).
Muito temido pelos maias, dizia-se que Ah Puch escondia-se de modo assutador na casa dos mortos e moribundos, pronto para levar suas almas, como um ceifador. Acreditava-se que a única maneira de escapar de suas atenções era gritando e gemendo de uma forma bem convincente para que o deus acreditasse que o moribundo já estivesse recebendo alguma punição de seus demônios menores. Assim, ele sairia triste por não levar uma alma, porém feliz de saber que a tortura estava sendo realizada.
Muan, era sua coruja-mensageira que levava as más notícias à humanidade. Até hoje persiste a lenda que, quando uma coruja pia, alguém próximo morre. Se você a ouvir, respire fundo e conte até dez. Aliás, Ah Puch é patrono do número dez. Também era visto com cachorros e morcegos.
Normalmente era representado como um esqueleto em estado de putrefação. Seus chapéus são bem variados: ou a cabeça de um jaguar, ou de um boi ou de uma coruja, que podiam ser adornados com olhos humanos. Cascavéis aparecem enroladas em seu corpo ou como cabelos, com seus chocalhos representados como sinos. No Poço de Sacríficios de Chichen Itzá (sagrada cidade maia), foram encontradas inúmeras cascavéis de bronze e de ouro, provavelmente, dos corpos imolados em nome dos deuses.
Ah Puch é a antítese de Itzamna, o complemento das forças da vida que harmonizavam o dinamismo cósmico. É identificado com o Mictlantecuhtli dos astecas, enquanto o Mitnal parece nos trazer uma representação de inferno próximo ao que Dante Alighieri criou na Divina Comédia, com nove círculos, sendo o nono o mais profundo.
Muito temido pelos maias, dizia-se que Ah Puch escondia-se de modo assutador na casa dos mortos e moribundos, pronto para levar suas almas, como um ceifador. Acreditava-se que a única maneira de escapar de suas atenções era gritando e gemendo de uma forma bem convincente para que o deus acreditasse que o moribundo já estivesse recebendo alguma punição de seus demônios menores. Assim, ele sairia triste por não levar uma alma, porém feliz de saber que a tortura estava sendo realizada.
Muan, era sua coruja-mensageira que levava as más notícias à humanidade. Até hoje persiste a lenda que, quando uma coruja pia, alguém próximo morre. Se você a ouvir, respire fundo e conte até dez. Aliás, Ah Puch é patrono do número dez. Também era visto com cachorros e morcegos.
Normalmente era representado como um esqueleto em estado de putrefação. Seus chapéus são bem variados: ou a cabeça de um jaguar, ou de um boi ou de uma coruja, que podiam ser adornados com olhos humanos. Cascavéis aparecem enroladas em seu corpo ou como cabelos, com seus chocalhos representados como sinos. No Poço de Sacríficios de Chichen Itzá (sagrada cidade maia), foram encontradas inúmeras cascavéis de bronze e de ouro, provavelmente, dos corpos imolados em nome dos deuses.
Ah Puch é a antítese de Itzamna, o complemento das forças da vida que harmonizavam o dinamismo cósmico. É identificado com o Mictlantecuhtli dos astecas, enquanto o Mitnal parece nos trazer uma representação de inferno próximo ao que Dante Alighieri criou na Divina Comédia, com nove círculos, sendo o nono o mais profundo.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Vucub-Caquix e seus filhos
No Popol Vuh - antigo documento quechua -, Vucub-Caquix ("sete araras") era um monstruoso e gigantesco pássaro-demônio que pretendia ser o astro-rei da antiga criação (antes da atual, logo depois do dilúvio). Carregava um falso sol em seu bico, causando infelicidade pelo mundo.*
O demoníaco abutre foi abatido pelos irmãos gêmeos heróis, Xbalanque e Hunahpu, que o atingiram com dardos de zarabatanas. O monstro caiu dos céus em chamas para o Xibalba (inferno maia) e se tornou um deus da morte.
Outra lenda conta que os gêmeos herói se irritaram com a arrogância do deus-demônio e dediriam matá-lo. Para tal, se esconderam sob a árvore favorita dele e o atacaram com suas zarabatanas. Enfurecido, Vucub-Caquix arrancou o braço de Hunahpu e escapou. Os gêmeos, então, convenceram um casal de idosos para posar como curandeiros, oferecendo-se para curar seus olhos e dentes. O velho casal enganou o pássaro, dizendo-lhe que precisaram substituir seus olhos de metal e seus dentes de jóias e turquesas. O abutre concordou, e eles substituíram por grãos de milho. Vucub Caquix perdeu seu poder e morreu rapidamente.
É também chamado de Vucab-Cakix, Vucub-Came e Gucup-Caquix.
Com sua esposa Chimalmat, teve dois filhos tão malignos quanto ele: os gigantes montanhosos Cabrakán, deus dos terremotos, e Zipacná, o empilhador de terra. Ambos também tiveram seu fim pelas armadilhas dos gêmeos. Cabrakán foi enterrado depois de comer galinhas envenenadas e Zipacná foi esmagado por uma montanha enquanto comia um caraguejo preparado pelos heróis.
O demoníaco abutre foi abatido pelos irmãos gêmeos heróis, Xbalanque e Hunahpu, que o atingiram com dardos de zarabatanas. O monstro caiu dos céus em chamas para o Xibalba (inferno maia) e se tornou um deus da morte.
Outra lenda conta que os gêmeos herói se irritaram com a arrogância do deus-demônio e dediriam matá-lo. Para tal, se esconderam sob a árvore favorita dele e o atacaram com suas zarabatanas. Enfurecido, Vucub-Caquix arrancou o braço de Hunahpu e escapou. Os gêmeos, então, convenceram um casal de idosos para posar como curandeiros, oferecendo-se para curar seus olhos e dentes. O velho casal enganou o pássaro, dizendo-lhe que precisaram substituir seus olhos de metal e seus dentes de jóias e turquesas. O abutre concordou, e eles substituíram por grãos de milho. Vucub Caquix perdeu seu poder e morreu rapidamente.
É também chamado de Vucab-Cakix, Vucub-Came e Gucup-Caquix.
Com sua esposa Chimalmat, teve dois filhos tão malignos quanto ele: os gigantes montanhosos Cabrakán, deus dos terremotos, e Zipacná, o empilhador de terra. Ambos também tiveram seu fim pelas armadilhas dos gêmeos. Cabrakán foi enterrado depois de comer galinhas envenenadas e Zipacná foi esmagado por uma montanha enquanto comia um caraguejo preparado pelos heróis.
* Uma curiosidade: acredita-se que esse monstro esteja representado na constelação de Cygnus (Cisne), onde em seu "bico" existe uma estrela misteriosa (X-1) que se tornou uma supernova e, consequentemente, um buraco negro.
domingo, 1 de julho de 2012
Mensagem sobre o fim
Transcrevo aqui parte da matéria da Veja On Line sobre a descoberta de uma escadaria maia com inscrições sobre o último dia de 2012, dia 21 de dezembro:
Ou seja, como já havia dito em outras postagens (aqui, aqui e aqui), podemos relaxar e planejar o ano que vem.
Uma escadaria com mensagens hieroglíficas de mais de 1.300 anos da civilização maia, com menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012, foi encontrada no sítio arqueológico de La Corona, na Guatemala.
O texto, escrito em 56 hieróglifos nos degraus de uma escadaria, é considerado a descoberta mais importante das últimas décadas de pesquisas sobre a civilização pré-colombiana. Em maio, arqueólogos já haviam anunciado a descoberta do mais antigo calendário maia, encontrado no mesmo local.
"A mensagem tem caráter mais político do que profético", afirma Marcello Canuto, diretor do Instituto de Pesquisas da América Central da Universidade de Tulane (EUA) e codiretor do Projeto Arqueológico La Corona. De acordo com ele, os maias usaram o calendário para promover a continuidade e a estabilidade dos reinados, mais do que prever o apocalipse. Descrevendo ciclos de poder, estabeleceram que ele fosse se encerrar em 21 de dezembro de 2012.
David Stuart, da Universidade do Texas, que esteve na primeira expedição a La Corona em 1997, identificou a referência a 2012 em um bloco de uma escadaria descoberto recentemente. A mensagem comemorava a visita a La Corona do rei maia mais poderoso da época, em 696 a.C. Yuknoom Yich'aak K'ahk', de Calakmul, esteve na cidade alguns meses depois de ser derrotado em uma batalha pelo seu maior rival, Tikail, no ano 695. Ele visitava aliados para recuperar o apoio e evitar sua queda. Segundo Stuart, a mensagem sobre 2012 tentava retomar a ordem estabelecendo um grande ciclo de poder.
Detalhe de um dos hieróglifos encontrados no sítio arqueológico La Corona, com referências a 2012(Tulane University/Divulgação) |
Ou seja, como já havia dito em outras postagens (aqui, aqui e aqui), podemos relaxar e planejar o ano que vem.
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segunda-feira, 25 de junho de 2012
Você precisa de um herói?
Where have all good men gone and where are all the gods? / Where's the street-wise Hercules to fight the rising odds? / Isn't there a white knight upon a fiery steed? / Late at night I toss and turn and dream of what I need
Onde estão todos os homens bons e todos os deuses? / Onde está o sagaz Hércules para lutar contras as crescentes desigualdades? / Não há um cavaleiro branco em seu nobre alazão? / Tarde da noite eu me remexo e sonho com o que eu preciso
I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night / He's gotta be strong and he's gotta be fast and he's gotta be fresh from the fight / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the morning light / He's gotta be sure and it's gotta be soon and he's gotta be larger than life (larger than life)
Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite / Ele precisa ser forte e precisa ser rápido e precisa ter acabado de sair da luta / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até a luz da manhã / Ele tem que ter certeza e tem que ser breve e tem que ser maior que a vida / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite
Somewhere after midnight in my wildest fantasy / Somewhere just beyond my reach there's someone reaching back for me / Racing on the thunder and rising with the heat / It's gonna take a superman to sweep me off my feet
Em algum lugar depois da meia-noite nas minhas mais selvagens fantasias / Em algum lugar além do meu alcance / Existe alguém que quer me alcançar / Correndo pelo trovão e erguendo-se com o calor / Será preciso um super-homem pra me tirar do chão.
I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night / He's gotta be strong and he's gotta be fast and he's gotta be fresh from the fight / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the morning light / He's gotta be sure and it's gotta be soon and he's gotta be larger than life / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night
Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite / Ele precisa ser forte e precisa ser rápido e precisa ter acabado de sair da luta / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até a luz da manhã / Ele tem que ter certeza e tem que ser breve e tem que ser maior que a vida / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite
Up where the mountains meet the heavens above / Out where the lightning splits the sea / I would swear that there's someone somewhere watching me / Through the wind and the chill and the rain / And the storm and the flood / I can feel his approach like a fire in my blood (like a fire in my blood...)
Lá no alto onde as montanhas encontram os céus / Onde o trovão divide o mar / Eu juraria que existe alguém em algum lugar me observando / Através do vento e do frio e da chuva / E da tempestade e da inundação / Eu sinto que ele se aproxima como fogo em meu sangue (como fogo em meu sangue...)
I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night / He's gotta be strong and he's gotta be fast and he's gotta be fresh from the fight / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the morning light / He's gotta be sure and it's gotta be soon and he's gotta be larger than life
Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite / Ele precisa ser forte e precisa ser rápido e precisa ter acabado de sair da luta / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até a luz da manhã / Ele tem que ter certeza e tem que ser breve e tem que ser maior que a vida
Direto da década de 1980 com Bonnie Tyler!
sábado, 16 de junho de 2012
Natureza mitológica
Em período de Rio+20 e debates sobre o planeta, este blog ficou VERDE. Aproveitem essa oportunidade para ver como os elementos naturais tem representações diversas por todas as mitologias do mundo:
- O verde representado pelas florestas, pela vegetação, pela flora ou, até mesmo, pela agricultura. Ou pela estação da primavera.
- Sem esquecer dos animais.
- Seja do mar ou dos rios, a água.
- Tanto nos céus, quanto na terra.
- E o grande Sol e a Lua.
- Com o clima sujeito a ventos e tempestades.
- E não esqueçamos, é claro, daqueles que criaram tudo!
terça-feira, 12 de junho de 2012
Dia dos namorados
Hoje é o Dia dos Namorados no Brasil, véspera do dia de Santo Antônio. Mas você já sabe que essa data não é tããão amorosa assim, né?
Não sabe ainda?
Clique AQUI e conheça a verdade por trás do dia de hoje e sobre o famoso Valentine's Day.
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domingo, 10 de junho de 2012
Pellervoinen
Pellervoinen é o semeador. Nascido da terra, foi convocado por Vainamoinen para plantar árvores, plantas e flores por todo o canto, criando as florestas, os pântanos e campos. Tornou-se assim o protetor de toda a vegetação, uma força criadora da Natureza. Dessa forma, é frequentemente associado à primavera e à fertilidade da terra.
São inúmeros os rituais para despertá-lo no verão e proteger as colheitas nos meses frios. Os poemas folclóricos contam que três meninas - Inverno, Verão e Primavera - tentam acordá-lo. Primavera é a única a conseguir fazê-lo. Algumas versões desses poemas contam que Pellervoinen apenas insemina a menina Primavera para que ela forneça a fertilidade necessária à toda vegetação. Depois, quando ele finalmente acorda, ele só precisa regar as plantas. Os antigos finlandeses identificam Pellervoinen com toda a fertilidade no mundo, inclusive a dos seres humanos.
Também chamado de Sampsa e Pellervo, alguns acreditavam que Pellervoinen possuía várias formas, como, por exemplo, o deus Pekko (ou Pellonpekko), responsável pelas colheitas e pela agricultura. É comumente descrito como um jovem esbelto e pequeno que transporta ou um saco ou uma cesta em volta do pescoço.
É comparado às divindades escandinavas Frey e Njord, mesmo não recebendo diretamente o epíteto de deus.
São inúmeros os rituais para despertá-lo no verão e proteger as colheitas nos meses frios. Os poemas folclóricos contam que três meninas - Inverno, Verão e Primavera - tentam acordá-lo. Primavera é a única a conseguir fazê-lo. Algumas versões desses poemas contam que Pellervoinen apenas insemina a menina Primavera para que ela forneça a fertilidade necessária à toda vegetação. Depois, quando ele finalmente acorda, ele só precisa regar as plantas. Os antigos finlandeses identificam Pellervoinen com toda a fertilidade no mundo, inclusive a dos seres humanos.
Também chamado de Sampsa e Pellervo, alguns acreditavam que Pellervoinen possuía várias formas, como, por exemplo, o deus Pekko (ou Pellonpekko), responsável pelas colheitas e pela agricultura. É comumente descrito como um jovem esbelto e pequeno que transporta ou um saco ou uma cesta em volta do pescoço.
É comparado às divindades escandinavas Frey e Njord, mesmo não recebendo diretamente o epíteto de deus.
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