domingo, 27 de outubro de 2019

Diwali


Diwali (Deepavali ou Deepawali, "fila de lâmpadas" em sânscrito) é uma festa religiosa hindu, conhecida também como o Festival das Luzes. É celebrado uma vez ao ano no Hinduísmo, no Sikhismo, no Budismo e no Jainismo, em outubro ou novembro, dependendo do calendário lunar.

O evento dura cinco dias, tendo seu auge no terceiro dia - a lua nova (amavasya), o dia mais escuro - quando velas e lamparinas à óleo (diyas) são acesas como uma representação da vitória da luz sobre as trevas, do conhecimento sobre a ignorância, do bem sobre o mal dentro de nós, fazendo uma alusão a diversas histórias, entre elas:
  • A vitória de Rama, um dos avatares de Vishnu, sobre Ravana, o mal encarnado que havia raptado sua esposa Sitadevi. Após anos de exílio, eles retornam ao lar, pois o povo do Reino de Ayodhya acendeu lamparinas para iluminar o caminho.
  • A destruição de Narakasura por Krishna.
  • O nirvana de Mahavira (ocorrido em 15 de outubro de 527 a.C.) no Jainismo.
  • O retorno do iluminado Guru Hargobind Ji (1595-1644) à cidade de Amritsar após sua libertação como preso político pelo imperador. Para os sikhis, essa data é também conhecida como Bandi Chhorh Divas, o "Dia da Libertação dos Detidos".
Historiadores acreditam que essa data também está associada aos festivais que celebravam o fim da colheita de verão e os preparativos para o outono.

Apesar de ser um feriado extremamente religioso de muita introspecção e votos de sacrifício, as pessoas estreiam roupas novas, dividem doces (mithai) e presentes e lançam fogos de artifício para celebrar. Acredita-se que a deusa Lakshmi, da riqueza e da prosperidade, visita e abençoa as casas limpas e bem iluminadas e, por isso, muitas edificações mantém todas as luzes internas acesas e muitas vezes fazem uma decoração externa com luzes.

Celebração com fogos na Índia em 2013.

Jogatina é encorajada nessa época como uma forma de atrair boa sorte ao longo do ano. É uma lembrança dos jogos de dados que Shiva e Parvati realizavam no Monte Kailasa, bem como as disputas entre Radha e Krishna. Em honra a Lakshmi, as mulheres sempre deveriam ganhar.

domingo, 12 de maio de 2019

Dia das Mães

A mais antiga comemoração do Dia das Mães é mitológica. Na Grécia antiga e – posteriormente – em toda a Ásia Menor, a entrada da primavera em março era festejada em honra de Réa (Cibele para os romanos), a Mãe dos Deuses.

Ann Mary Reeves Jarvis
Hoje o Dia das Mães é uma celebração em família, mas em sua história está um velório nos EUA.

Em 1858, a ativista e filantropa Anna Jarvis havia organizado clubes de mães (chamados de Mother's Day Work Clubs, ou Clubes do Trabalho Diurno das Mães) para lutar por melhorias de condições sanitárias em que viviam as crianças pobres de famílias trabalhadoras, e depois para ajudar soldados e órfãos da Guerra Civil. Em 1868, Jarvis criou o Mother's Friendship Day (Dia da Amizade das Mães), para unir mães e veteranos numa celebração da paz. Outras ativistas propuseram outras datas, como o Mother's Day For Peace (Dia das Mães Para a Paz) em 1872. O sentido dessas datas eram as mães se unindo para celebrar alguma coisa, não sendo celebradas.

A filantropa faleceu em 1905 e sua filha, Anna, tentou tornar essa data um feriado nacional, porém, foi recebida com escárnio: os congressistas diziam que teriam que criar "Dia da Sogra" se aceitassem a proposta. Durante o memorial de três anos de morte da filantropa, um culto celebrando todas as mães deu a partida para que data fosse oficializada. No entanto, somente em 1914, a data foi oficializada nos EUA pelo então presidente, Woodrow Wilson, para todo segundo domingo de maio: dia 9 de maio de 1914 é considerado o primeiro Dia das Mães.

Dos EUA, a celebração passou para o resto do mundo, nem todos comemorando na mesma data: na Noruega, por exemplo, é no segundo domingo de fevereiro, e em Portugal, no primeiro domingo de maio, quando a Igreja Católica celebra o Mês de Maria, mãe de Jesus. Em alguns países, a data é fixa: 8 de março na Rússia; 21 de março no Egito, na Síria e em outros países árabes; 7 de abril na Grécia, 10 de maio no México e na Índia; 15 de maio no Paraguai; 26 de maio na Polônia; 15 de agosto na Bélgica e na Costa Rica. Aqui no Brasil, a primeira comemoração se deu em 1918, em Porto Alegre. A data foi oficializada por Getúlio Vargas em 1932, nos moldes estadunidenses e, em 1947, entrou para o calendário católico brasileiro.

Na década de 1920, Anna Jarvis ficou incomodada com a comercialização do feriado. Ela criou a Associação Internacional para o Dia das Mães, alegou direitos autorais sobre o segundo domingo de maio, e chegou a ser presa por perturbar a paz. Ela e sua irmã Ellsinore gastaram a herança da família fazendo campanha contra o feriado. As duas morreram na pobreza e sem filhos. Segundo o obituário de Anna no New York Times, ela dizia que "um cartão impresso não que dizer nada além de que você é preguiçoso demais para escrever para a mulher que fez mais por você que qualquer outra pessoa no mundo. E tortas! Você leva uma para sua mãe e então come tudo você mesmo. Um belo sentimento!". Hoje o Dia das Mães é considerada a segunda melhor data comercial, perdendo somente para o Natal.

Seja celebrando todas as mães, seja celebrando as mães espirituais, seja celebrando só a sua mãe, o importante é que a maternidade seja entendida como fator imprescindível para a vida.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Camisinha

A mitologia grega apresentou a ideia da camisinha ao mundo. O rei Minos, filho de Zeus e Europa, era conhecido por suas inúmeras amantes. Por obra de sua esposa Pasífae, Minos passou a ejacular serpentes, escorpiões e lacraias, que matavam todas aquelas que se deitassem com o soberano. Somente ela era imune ao feitiço, mas este tornou o rei incapaz de ter filhos. Minos, no entanto, se apaixonou por Procris. Para evitar que a relação com Minos lhe trouxesse a morte, Procris introduziu em sua vagina uma bexiga de cabra, onde os seres venenosos ficaram aprisionados.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Nove!

Nove anos em 2019! Inacreditável!

E o ano de 2019 será de lutas intensas já que Marte, deus greco-romano da guerra, é o planeta regente a partir de 20 de março (até essa data, ainda teremos o Júpiter de 2018 enchendo o nosso saco). Com isso, Ogum é o orixá do próximo ano. Sincretizado à São Jorge, ele rege 2019 para tirar o povo da catarse e levá-lo à luta. Para os chineses, 5 de fevereiro marca o início do Ano do Porco da Terra. Por marcar o fim do ciclo dos doze signos do horóscopo chinês, 2019 está sendo considerado um bom ano para todos os outros animais do zodíaco.

Aos trancos e barrancos, mas sempre em frente!

De onde viemos? Para onde vamos?

Comecei o ano com essas duas perguntas através do livro Origem (Ed. Arqueiro, 2017), de Dan Brown, que agora busca desafiar a igreja (como sempre) com a evolução tecnológica num suspense pelas ruas de Madri e Barcelona. A fórmula se mantém (tornando tudo meio óbvio), mas dessa vez com menos arte e mais arquitetura, menos códigos e mais ansiedade para saber qual afinal são as respostas para as perguntas.

Passamos quase o livro todo querendo pular para o final, com a certeza de que não vamos perder nada se o fizermos. Infelizmente, Dan Brown ainda vive das reviravoltas d'O Código da Vinci, o que nos faz ler tudo, aguardando por alguma coisa. Só que essa coisa não vem... E quando vem a hora das respostas, você já vai estar tão ansioso que não é o suficiente.

Bom... a resposta "de onde viemos?" é dada parcialmente e até tem uma estrutura interessante que realmente dá uma bela pancada em todos os preceitos mitológicos/religiosos. Porém, a fagulha divina ainda está lá. Já a segunda resposta... Ficou de um jeito meio inventado, forçado, tipo "era isso? Um livro inteiro pra isso?". E isso, é claro, dá uma derrubada no livro.

Porém...

Fiz a pausa dramática porque cada vez que o autor abordava a situação histórico-política-religiosa da Espanha, me senti sendo transportado para o Brasil de agora. E uma frase de Edmund Burke se tornou para mim mais importante do que as duas perguntas: "Aqueles que não conhecem a história estão fadadas a repeti-la". #ficaadica

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

domingo, 23 de dezembro de 2018

Mnemósine

Mneme era uma das musas titânicas, "aquela que recorda", nascida do movimento das águas. Sua nascente no Hades era conhecida como ter o poder de fazer não só recuperar e preservar a memória como também alcançar a onisciência. Foi ela que lembrou Zeus de quem ele era, de suas origens e o ajudou a compreender a importância de resgatar e unir seus irmãos para lutar contra a tirania de seu pai Cronos.

Após a derrota dos titãs, Zeus tomou Mneme como sua primeira amante durante nove noites e a transformou na deusa da memória, Mnemósine. Dessa relação, nasceram as nove musas clássicas. Mnemósine morava com suas filhas no Museion.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Oiá / Iansã

Ilustração de Carybé
Na mitologia nigeriana Yorubá, o nome Oiá (Oyá) provém do rio de mesmo nome – atualmente chamado de rio Níger –, onde seu culto é realizado. Filha de Aganju e Iemanjá, é tanto uma divindade das águas como sua mãe e Oxum, quanto do ar, sendo uma das que controla os ventos.

Assim como a deusa Obá, Oiá também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações, para assumir tal cargo recebeu do feiticeiro Oxóssi uma espécie de erukê* especial chamado de Eruexim, com o qual estaria protegida dos eguns (maus espíritos).

O nome Iansã (Inhansã) trata-se de um título que Oiá recebeu de Xangô, seu marido. Faz referência ao entardecer, "a mãe do céu rosado" ou "a mãe do entardecer". Era como ele a chamava, pois dizia que ela era radiante como o entardecer. Costuma ser reverenciada antes de Xangô, como o vento personificado que precede a tempestade. Na saudação, pedem clemência para que ela apazigue o deus das tempestades. Entre os orixás femininos é uma das mais imponentes e guerreiras, sendo associada à forte sensualidade.

Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará. No candomblé as cores utilizadas para representá-la são o rosa e o marrom. No Brasil, foi sincretizada à Santa Bárbara e sua comemoração é no dia 4 de dezembro. Já na Santeria cubana, está associada à imagens de Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Anunciação e Santa Teresa.

* Apetrechos da cultura afro-brasileira confeccionados com cauda de boi, de búfalo ou de cavalo, com as finalidades de afastar os maus espíritos, eliminar as adversidades da comunidade e atrair a fartura e prosperidade. Na África, nobres os usam como símbolos de status e para espantar moscas.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Árvore de Natal


Uma das tradições mais famosas do Natal é a árvore cheia de enfeites que se torna elemento principal na decoração e ponto de referência para as famílias e os presentes. Entretanto, não existe apenas um registro e não se sabe ao certo qual a data exata de seu aparecimento, mas algumas histórias merecem ser citadas.

Conta-se que era comum pendurar ramos verdes em portas e janelas para afastar maus espíritos e doenças (algo parecido com o que ainda fazemos com as guirlandas natalinas), uma vez que as árvores e plantas que permaneciam verdes e saudáveis durante os invernos mais rigorosos tinham um significado especial. Já os antigos romanos também usavam ramos e galhos para a decoração do festival dedicado a Saturno, o deus da agricultura, e atrair fartura nas plantações.

Outra versão acredita que o alemão Martinho Lutero, monge protestante do século XVI, foi quem deu início à decoração de pinheiros com luzes dentro de casa. Dizem que, em uma noite de inverno, enquanto ele caminhava, viu estrelas brilhando entre as árvores e relacionou com a presença de Jesus Cristo. Em casa, resolveu reproduzir a cena e usou velas em um pinheiro. Porém, a história que popularizou o adorno aconteceu em 1846, na Grã-Bretanha: uma imagem da família real, com a influente Rainha Victoria, e o príncipe alemão, Albert, foi publicada no Illustrated London News e viralizou tanto por lá, quanto nos Estados Unidos também (ao lado).

Os pisca-piscas coloridos como conhecemos só deram o ar da graça em 1917, quando Albert Sadacca, um jovem de Nova York, resolveu criar as luzes elétricas e coloridas após a explosão de uma árvore com luzes de velas. Este foi o início da empresa NOMA Electric Company, a maior empresa fabricante de luzes de Natal há anos.

A data certa para montar, segundo a tradição cristã, é no início do Advento – tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo – que é de quatro domingos antes do Natal. O desmonte da árvore e seus enfeites no dia 6 de janeiro, o Dia de Reis, que representa o encontro dos Reis Magos com o Menino Jesus.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Día de Los Muertos

A única certeza que todos os homens e mitologias sempre dividiram é a Morte. Causadora de tantos medos, ela é encarada de forma bem diferente dependendo da sua localização geográfica. Em muitos países, é motivo de choro e luto demorado. Em outros, os doentes e idosos fazem de tudo para morrer em determinado lugar. E existem os países que encaram a morte de frente. E com festa!


Día de Los Muertos comemora as vidas dos ancestrais, que nessa época voltam do outro mundo para visitar os vivos. Os povos indígenas mesoamericanos – há relatos da celebração em povos náuatles (astecas), maias, tarascanos e totonacas há, no mínimo, três mil anos – tinham cerca de um mês inteiro dedicado aos mortos: o nono do calendário asteca, equivalente ao nosso agosto. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento. As festividades eram presididas pela deusa Mictecacihuatl, a Dama de la Muerte, esposa de Mictlantecuhtli, senhor do reino dos mortos.

Quando os espanhóis chegaram naquelas terras, se assustaram com esses costumes e logo trataram de cristianizar a celebração, que teve a data alterada para coincidir com o Dia de Finados católico. A festa como conhecemos é recente: em 1960, o governo criou um feriado nacional, incluiu a festa no currículo escolar e passou a incentivá-la como um ícone da identidade mexicana forma do pelo sincretismo religioso, que mistura Virgem Maria, crucifixos e vários elementos da crença asteca. Sua singularidade e importância cultural a fez ser reconhecida pela UNESCO, em novembro de 2003, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Segundo a crença popular, neste dia os mortos têm permissão divina para visitar seus parentes vivos. As ruas e as casas são enfeitadas com flores, velas e incensos. As tumbas são decoradas e os vivos levam oferendas aos mortos. As famílias preparam verdadeiros banquetes, as pessoas se enfeitam de fantasias e máscaras (a maioria como caveiras coloridas) e as crianças se divertem. Nos cemitérios. De noite. E com os mortos.


Entre oferendas e decorações, um arco de flores simboliza a passagem usada pelos espíritos. Algumas famílias têm o costume de abrir os túmulos e retirar os mortos para limpar os restos mortais deles. Depois colocam os mortos nas tumbas para mais um ano de descanso, claro.

Um dos símbolos mais tradicionais da festa é a caveira decorada, conhecida como La Catrina. O nome vem de uma gravura do artista José Guadalupe Posada, que mostra a caveira de uma mulher da alta sociedade, vestindo um enorme chapéu decorado com flores. A ideia é mostrar que mesmo tendo status e riqueza em vida, somos todos iguais após a morte.


Caveiras coloridas aparecem na decoração, nas fantasias, nas maquiagens e até mesmo em forma de doce, feita de açúcar. Essa guloseima é um presente para mortos e vivos, mas não é a única comida típica da época. Vale também levar a comida que o morto gostava, brinquedos para crianças e tequila para os adultos, tudo para animar a celebração. A festa tem até cronograma organizando a chegada dos antepassados: entre 31 de outubro e 1º de novembro, os mexicanos celebram as almas que morreram quando crianças, no Día de los Angelitos, ou Dia dos Anjinhos; já o dia seguinte é dedicado a quem foi para o outro mundo durante a vida adulta.

A festa dos mortos afeta vários aspectos da sociedade mexicana. Os jornais ficam cheios de charges e quadrinhos de esqueletos. E também são comuns as peças de teatro que contam a história de Don Juan Tenorio, drama escrito pelo espanhol José Zorrilla y Moral, mas que aparece de várias formas na cultura latina. Don Juan é um sujeito que vive para seduzir mulheres e lutar com homens.

Recentemente a animação Coco (A vida é uma festa, no Brasil), da Disney/Pixar apresentou diversas características desta celebração familiar.

PELO MUNDO
A grande comunidade mexicana no EUA levou as tradições do Día de Los Muertos para diversos estados, como Texas, Arizona e Los Angeles.

Dia de los Ñatitas (Dia das Caveiras) é um festival celebrado na Bolívia em novembro. Nos tempos pré-colombianos, indígenas andinos tinham o costume de partilhar um dia com os ossos de seus antecessores no terceiro ano após o sepultamento (hoje somente as caveiras são usadas). Tradicionalmente, a caveira de um ou mais membros da família são mantidas em casa para tomar conta da família e protegê-la durante o ano. No dia 9 de novembro, a família coroa a caveira com flores frescas, às vezes também as vestindo com peças de roupa, e fazendo oferendas de cigarros, folhas de coca, álcool, e vários outros itens em agradecimento pela proteção durante o ano. As caveiras também são, por vezes, levadas ao cemitério para uma missa especial e bênçãos.

No Haiti, as tradições vudus se misturam aos sincretismos da celebração. Tambores e músicas retumbantes são tocadas por toda a noite pelos cemitérios para acordar o Baron Samedi, Senhor dos Mortos, e seu descendente, o Gede.

República Tcheca, Portugal e Espanha também celebram o Dia de Finados com oferendas, doces e brinquedos, porém, o mais comum na Europa é a visitação aos túmulos para a colocação de flores e velas com rezas. Em algumas comunidades germânicas e anglo-saxãs, comida é deixada na mesa de uma sala aquecida como um jantar para as almas.

Nas Filipinas o feriado Araw ng mga Patay (Dia dos Mortos) é uma reunião familiar, quando as tumbas são limpas ou repintadas, velas são acesas e flores são oferecidas. As famílias acampam por um ou dois dias nos cemitérios, realizando atividades comuns junto às tumbas de seus parentes.

Durante o Festival da Vaca (Gai Jatra) no Nepal, toda família que perdeu um membro durante o ano anterior deve fazer uma construção de bambus, panos e papéis decorativos com retratos dos falecidos, chamada gai. Dependendo dos costumes locais, uma vaca viva ou uma réplica são usadas durantes os rituais de celebração, uma vez que que, tradicionalmente, é esse animal que guia o espírito do morto no outro mundo.

Japoneses (Bon Odori), coreanos (Chuseok) e chineses (Ching Ming) também realizam festivais de limpeza das sepulturas e oferendas.