E a mitologia está com tudo na telona mesmo. Recentemente falei dos novos cartazes para o filme Immortals. Agora, vocês podem ver o trailer:
Totalmente 300, né? E essa capacete do Mickey Rourke (Hipérion)? Bom... pelo menos, dessa vez parece que veremos deuses em ação!
terça-feira, 3 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O universo interativo de Thor
A Marvel divulgou um interessante guia interativo para o universo de Thor. Viaje abaixo para Midgard (Terra), Asgard, Jotunheim, a Ponte do Arco-Íris e conheça os personagens do filme através de imagens e clipes. Ao final, você será recompensado com uma imagem inédita do observatório de Heimdall.
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domingo, 1 de maio de 2011
Filme dos deuses!
Essa semana aqui no blog foi toda voltada para a mitologia escandinava porque ela culminaria no filme Thor (Thor, 2011) que estreou nesta sexta-feira. Assim, tanto eu quanto os leitores do blog poderiam ter informações bem frescas das lendas que inspiraram a produção.
A primeira crítica que havia lido do filme caía em cima das incongruências mitológicas, dizendo que o filme era só mais um blockbuster de super-heróis. Fiquei meio apreensivo, mas a proposta do filme é adaptar o personagem mitológico dos quadrinhos Marvel (criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby, em 1962) e não a divindade escandinava. Nada que me impedisse de ir ao cinema para ver mitologia e quadrinhos: três das coisas que mais gosto nessa vida! Então... vamos lá! Será difícil omitir alguns detalhes do filme que são fundamentais, portanto, preparem-se para alguns spoilers.
- Jane Foster não era uma cientista nas HQS, mas uma enfermeira. A idéia era colocar uma mulher que ajudava pessoas doentes ensinando a humildade necessária a Thor. Mas a transformação dela em astrofísica caiu como uma luva nos objetivos do filme e de suas continuações.
- Donald Blake, o ex-namorado de Jane Foster no filme, é, na verdade, o alter ego de Thor na Terra dos quadrinhos. Quando ele é banido por Odin e perde seus poderes, ele tem sua alma fundida ao terráqueo e seu martelo Mjolnir se transforma em uma begala. Ao bater a bengala no chão, Don vira Thor com todos os seus poderes e martelo.
- A questão sanguínea de Loki está nas HQs e na mitologia, mas ficar azul-Avatar é novidade. Provavelmente para dar um chamariz visual ao filme.
- O sono de Odin do filme é muito rápido. Nos quadrinhos, é bem longo. Aliás, foi uma premissa repetida para as aventuras do herói, uma vez que, durante o descanso do Todo-Poderoso, todos os inimigos queriam atacar Asgard. Desconheço esse sono na mitologia. Pesquisarei quando falar sobre o deus.
- Esperava um Volstagg bem mais obeso. E a Marvel já conseguiu deixar um ator forte bem gordo em seus filmes (veja o Blob de Kevin Durand no filme Wolverine). Pelo menos a fome compulsiva aparece em um dos momentos do filme.
- Fandral (Josh Dallas) está ótimo... mas Hogun (Tadanobu Asano) asiático? E com sotaque??? Essa cota racial politicamente correta gerou uma discussão intensa no momento que escalaram o ator negro Idris Elba para fazer Heimdall. Se a mitologia é NÓRDICA, como ter asiáticos e negros entre suas divindades? A melhor explicação dada é que deuses estão além da cor da pele, assim como Jesus não seria branco europeu por ter nascido numa área predominantemente árabe. Tá... com Heimdall funcionou, porque Idris Elba segurou as pontas do personagem. Mas Hogun não.
- O post de ontem sobre Yggdrasil e os nove mundos vale a pena ser lido antes do filme. Dá uma boa contextualizada. Inclusive é o momento do filme onde Thor diz que tecnologia e magia se unem, mas na verdade é uma explicação para juntar o deus com o Homem de Ferro no vindouro filme d'Os Vingadores. Aliás, o que realmente parece unir tecnologia e magia no filme é Bifrost, a ponte dimensional do filme que é aberta pela espada de Heimdall e pode levar qualquer um pra qualquer lugar. Bom... Bifrost é a ponte que leva de Asgard a Midgard e só. Heimdall é só o sentinela que a tudo vê e ouve. Jotunheim e os outros reinos eram alcançados por meio de longas jornadas, tanto na mitologia quanto nas HQs. Entendo que a necessidade de adaptação transformou a ponte - que, por sinal, ficou bem interessante num acrílico furta-cor, mesmo que sua representação seja a de um arco-íris mesmo.
- Os gigantes do gelo azuis não são referência pra mim. Que eu saiba tanto na mitologia quanto nos quadrinhos, eram de pele alva. A idéia de armas de gelo foi muito boa, considerando que as representações de barbas e cabelos sempre eram congeladas.
- A armadura Destruidor é das HQs. Sempre muito poderosa foi muito bem representada na telona. Assutadora. E aquela girada que ela dá na Sif (Jamie Alexander) foi de tirar o fôlego!
- Ver Sleipnir (o cavalo de oito patas de Odin) e Caixa do Inverno Eterno foi um brinde extra inesperado por mim. Um brinde mitológico... porque também teve o brinde quadrinístico na pele do Gavião Arqueiro (o agente Barton e fica com uma flecha apontada para Thor numa parte do filme).
- A beleza dos cenários de Asgard no filme impressiona. Os céus são incríveis! Até Jotunheim (que alguns momentos parece mais Niflheim) ficou bem feita. Mas acho que eles gastaram tanto nesses cenários construídos digitalmente que os cenários “reais” são de filme B.
- Não gostei muito da edição do filme. Achei os cortes muito óbvios e duros. Alguns momentos parecem corridos demais. No entanto, todas as cenas fazem sentido para a história. Assim como Odin, o diretor Kenneth Branagh parece ter um propósito por trás de todas as cenas.
- Natalie Portman deu uma entrevista logo após seu merecido Oscar por Cisne Negro (Black Swan, 2010), falando que fazer este filme foi a salvação de sua vida, pois ela estava nos primeiros meses de sua gravidez e completamente travada emocionalmente depois da intensidade da bailarina que protagonizou. E ela faz bem a doçura a Jane Foster. Nada demais. Aliás, nenhuma atuação merece destaque, mesmo com as presenças de Anthony Hopkins (Odin) e Rene Russo (Frigg). Talvez o britânico Tomas Hiddleston que faz Loki. Quem conhece o personagem sabe que a cara de cínico que o ator emprega é perfeita! É possível ver toda a fragilidade psicológica do deus.
- Mas... cá entre nós... Chris Hemsworth é Thor! Em gênero, número e grau! Quase como Robert Downey Jr. é Tony Stark no Homem de Ferro (Iron Man, 2008). Sua cena principal é quando não consegue reerguer o martelo e depois se desculpa com Loki. O praticamente-estreante-em-Hollywood deu conta do recado.
- Darcy (Kat Dennings) foi escalada para ser o alívio cômico. Até consegue... mas, pra mim, a melhor piada esta na referência cruzada dos asgardianos na Terra com personagens da ficção: Xena, Robin Hood...
- Interessante como americano é bobo. Falar "eu te amo" é quase pedir em casamento. Um beijo na boca é a chave para todo o amor do mundo. E beijar a mão de uma mulher, deixa até Natalie Portman com cara de idiota! Americanos tem problemas sérios.
- Vi 2D mesmo... 3D não presta! É palhaçada pra vender ingresso mais caro e você fica perdido procurando tridimensionalidade ao invés de se preocupar com a história. Ah... e fiquem até o final! Tem uma ceninha importante para o filme d'Os Vingadores no pós-créditos!
É isso. Fiquei feliz com a película porque ela faz o possível para respeitar o público de cinema, o de quadrinhos e o de mitologia. Vale o ingresso! Pra mim, vale o DVD na estante com certeza!
PS.: Pra terminar: alguém tem aí um Mjolnir pra me dar? Não sei se sou digno, mas o martelo é muito legal, não?
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quinta-feira, 28 de abril de 2011
Yggdrasil e os nove mundos
Acredita-se que os mitos escandinavos tenham surgido na Islândia, terra de fogo e gelo, neve e vulcão. Eles falam de um universo complexo, na qual diferentes reinos foram construídos para os deuses, mortais, os gigantes, elfos e anões. Eram nove diferentes reinos localizados em volta de um grande freixo chamado Yggdrasil, a Árvore da Vida:
- NIFLHEIM: A terra congelada de Niflheim exisita antes do universo conhecido ser criado. Localizava-se entre as raízes de Yggdrasil e era envolta em escuridão ("Reino das Névoas"). Em seu centro, havia uma fonte gelada (Hvergelmir), mãe de vários rios. Tornou-se o reino de Hel, deusa dos mortos (Helheim). Lá também morava a serpente Nidhogg, bem aos pés do freixo, que se alimentava da carne dos cadáveres da encosta Nastrond e roía as raízes da árvore para destrui-la.
- MUSPELLHEIM: Governada pelo gigante de fogo Surt, Muspellheim era a região ardente que existia junto com Niflheim antes de Odin criar o universo. Era uma terra árida e flamejante ("Reino da Desolação"). No início, seu calor fez o gelo de Niflheim derreter e criar Ymir e Audumla. Alguns corpos celestes foram criados a partir de faíscas de Muspellheim.
- ASGARD: "Mundo dos Ases", lar dos deuses Aesires. Situava-se no topo da árvore, cercado por uma muralha enorme. No meio de Asgard, ficava a Planície de Idavoll, onde os deuses se reuniam em fortalezas para definir questões importantes. Para entrar e sair, os deuses construíram Bifrost, uma ponte de arco-iris feita de três fios de fogo trançados que ligava Asgard a Midgard. Apenas os deuses podiam atravessar a ponte guardada pelo deus Heimdall. Os únicos mortais que podiam entrar em Asgard pela ponte eram os mortos a caminho do Valhalla.
- VANAHEIM: "Reino dos Vanes", morada dos Vanires. Ficava ao nível de Asgard, no topo de Yggdrasil. É possível que Asgard na verdade seja uma cidadela dentro de Vanaheim, explicando ainda mais os conflitos entre as duas raças divinas.
- ALFHEIM: É o reino dos elfos, onde foi construído o palácio do deus Freyr, que repatriou essas criaturas como elfos de luz.
- MIDGARD: Entre os galhos de Yggdrasil, em sua parte central, ficava Midgard ("mundo do meio"), a morada dos humanos protegida por uma fortaleza mágica construída pelos deuses contra os gigantes.
- JOTUNHEIM: O lar dos gigantes de gelo e pedra, governado por Thrym em sua fortaleza Utgard. Ligava-se a Asgard pelo rio Iving, que nunca se congelava. Lá ficava o Poço da Sabedoria (Mimisbrunnr) de Mimir, abaixo da raiz de Yggdrasil mais próxima de Midgard.
- SVARTALFHEIM: A terra dos elfos negros (ou duendes). Fica no nível de Midgard.
- NIDAVELLIR: O reino subterrâneo dos anões. Também fica no nível de Midgard e Svartalfheim.
O esquilo Ratatösk vivia nos galhos de Yggdrasil. Ele passava o tempo todo subindo e descendo a árvore, levando mensagens desaforadas de Nidhogg para o galo (ou águia) dourado Gullinkambi que morava em Asgard.
Na base de Yggdrasil, viviam as Nornes. Elas guardavam o Poço do Destino (Urdarbrunnr), que, freqüentemente, recebia a visita dos deuses em momentos de grandes decisões. Outra função das governantes do destino era curar as raízes devoradas por Nidhogg. Na base do freixo, também viviam quatro cervos dos ventos, alimentando-se de seus frutos. Sustentando a Árvore da Vida, a gigantesca Jormungand, a serpente do mundo.
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quarta-feira, 27 de abril de 2011
Aesires e Vanires
Aesir é o nome dado para a principal raça celeste de deuses nórdicos. Viviam na paradisíaca Asgard, com o Odin como líder supremo, Pai de Todos. Incluiam Balder, Bragi, Forseti, Heimdall, Höd, Honir, Loki, Magni, Mimir, Thor, Tyr, Ull, Vili, Ve, Vidar e Frigg, entre outros. Eram, em sua maioria, deuses com particularidades guerreiras.
Seus inimigos mortais eram os Vanires, deuses, em sua maioria, da natureza selvagem, do mar e de fertilidade que viviam em Vanaheim. Foram considerados os portadores de saúde, juventude, sorte e riqueza, e os mestres da magia. Incluiam Njörd, Nerthus, Freyr, Freya, Gullveig, Heid, Idun e Sif entre outros.
A guerra se instalou quando Aesires torturaram a deusa vanir Gullveig que só queria saber de ouro. Eles a amarraram no salão de Odin, a perfuraram com lanças e a queimaram três vezes numa pira mágica, mas ela sempre renascia. Os Vanires pediram reparação e direitos iguais, mas os Aesires preferiram atacar acreditando em sua força guerreira. No entanto, os Vanires se mostraram resistentes e começaram a ganhar terreno na batalha.
Após anos de guerras e fantásticos contos de trapaças, as duas raças divinas decidiram por uma trégua: cada lado cuspiu em um jarro de barro e, da saliva, nasceu o gigante Kvasir, o sábio. Os vanires Njord, Freyr e Freya se mudaram para Asgard para viver com os Aesires como símbolo da amizade criada. Enquanto Honir e Mimir foram morar em Vanaheim. A princípio, os Vanires acharam que o acordo valeu a pena, pois acreditavam que os dois aesires que estavam com eles eram os mais sábios de todos. Ao perceberem que estavam enganados, decapitaram Mimir e mandaram de volta a Asgard. Os Aesires decidiram não retribuir e permitiram que os Vanires morassem em Asgard.
Aesir pode ser derivada da antiga palavra teutônica "ase", palavra comum para "deus". Também são chamados de Ases, Aesares e Aisares. Os Vanires (ou Vanes) são, às vezes, comparados a elfos.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Freya
Gravura de Feya-Mardöll, por Jenny Nyström (1854-1964) |
Freya é a deusa mãe da dinastia Vanir na mitologia nórdica. Filha de Njörd e Skadi, e irmã gêmea de Freyr, ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor, da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores. É também a padroeira da colheita e do nascimento, da magia e da adivinhação.
De caráter arrebatador, teve vários deuses e mortais como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo um belíssimo colar mágico de âmbar e rubis (Brisingamen, que obteve dormindo com os Brisings, quatro anões que o fizeram, Alfrigg, Berling, Dvalin e Grerr) e um manto de penas chamado Valhamr (que a permitia se transformar em falcão). Andava em uma carruagem puxada por dois gatos azuis, na companhia de Hildesvini (seu amante mortal Ottar transformado em um javali de batalha com presas de ouro). Teria sido vista também como uma porca ou uma cabra.
Freya se mudou para Asgard para viver com os Aesires como símbolo da amizade criada depois da grande guerra. Lá ela mora no palácio Folkvang (Campo do Povo) com sua criada Fulla. Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin: metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Sessrumnir no Valhalla. Tornou-se líder das Valquírias. Quando cavalgava os céus com sua armadura, tornava-se a Aurora Boreal.
Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar. Por isso, podia ser a deusa da riqueza. Com Odur, foi mãe de Hnossa (jóia) e Gersimni (preciosa). Mas tinha uma suposta e secreta paixão por Loki e era desejada pelos gigantes. A demora em encontrar Odur fez com que ela se tornasse promíscua. Quando o encontrou, Odur havia se tornado um horrendo monstro marinho, mas ela se manteve a seu lado até sua morte acidental. Ela o reclamou no Valhalla, onde ele vive em Sessrumnir.
Freya também é chamada de Fréia, Freja, Freyja, Frauja, Fremantle, Frowa e Froya. E ainda tinha os epitetos: Vanadis (deusa dos Vanir), Mardöll (brilho do mar), Hörn (cabelos de ouro), Gefn (dadivosa) e Syr (semeadora). Já sabemos de sua confusão com a deusa Frigg, mas agora vemos suas distinções. Ela também é associada a inúmeras deusas gregas e egípcias, mas nenhuma é tão abrangente quanto ela.
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segunda-feira, 25 de abril de 2011
Frigg
Rainha dos Aesires de Asgard e deusa da chuva e da fertilidade, Frigg era a personificação tanto da terra cultivada quanto do mundo civilizado. Filha de Fiorgoin e Gialp, foi uma das esposas de Odin (a mais amada) e mãe de Balder, Thor, Tyr, Hermod, Bragi e Hoder. Era patrona do casamento e do amor materno, mas alguns estudiosos encontraram texto que mostram Loki apontando-a como amante dos irmãos de Odin, Vili e Ve.
Em Asgard, a alta, bela e imponente Frigg ficava no salão Fensalir (Salão das Águas) com suas doze criadas (Eir, Fulla, Gefjon, Gna, Hlín, Lofn, Saga, Sjöfn, Snotra, Syn, Vár e Vör) e era a única que tinha o privilégio de sentar no trono (Hlidskialf) ao lado de Odin. Seu animal sagrado era o ganso. Sexta-feira em inglês é friday e pode ser em homenagem a deusa (frigadagr). Também estava associada à véspera do ano novo, quando tecia o que vinha a seguir e usava um cinturão de chaves. Acredita-se também que ela deu à luz a Balder, o deus do Sol amado por todos, na virada do ano.
Usava um turbante com penas de garça e um manto que parecia uma nuvem, cuja cor escurecia e clareava segundo seu humor. Algumas representações a colocavam com uma vassoura na mão para "varrer" as nuvens do céu, o que poderia ligá-la aos conceitos medievais de bruxaria. Outras diziam que ela costurava as nuvens e o destino, colocando-a como deusa dos tecelões e das fiandeiras.
Previa, portanto, o futuro, mas não costumava revelá-lo, pois não tinha poderes para alterá-lo. Quando seu amado filho Balder sonhou que teria um triste fim, Frigg pediu a tudo o que havia na criação para não machucá-lo. Mas ela não pediu ao visgo, e Balder foi morto com uma lança feita de um arbusto dessa planta em um embuste de Loki. Essa história alimentou a superstição da sexta-feira 13.
Existe uma grande confusão entre as deusas Frigg e Freya, que em muitas casos são vistas como a mesma pessoa, a figura feminina mais importante do panteão, sendo Frigg o lado materno Aesir e Freya o lado mulher Vanir. Optei por separá-las em indivíduos distintos também por causa de seus parentescos.
Além disso, Frigg é chamada de vários nomes, como Friga, Frig, Frygga, Friggja, Frigida, Fria, Frika, Fricka, Frige, Bertha e Holda. É comparada a Hera / Juno para os greco-romanos.
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sexta-feira, 22 de abril de 2011
Falando em Páscoa...
Em alguns posts do blog, citei a Páscoa cristã:
- QUARUP: quando mostro que o evento indígena representa a ressurreição;
- CHOCOLATE: quando não falo absolutamente nada sobre a Páscoa, mas chocolate é chocolate (!!!);
- ISHTAR: quando é apresentado um ritual a essa deusa babilônica que lembra a tradição dos ovos de Páscoa; e
- CARNAVAL: quando se entende o calendário cristão.
Fiquem ligados e feliz Páscoa para todos!
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quarta-feira, 20 de abril de 2011
Percy Jackson - A batalha do labirinto
Como o próprio título já diz, o quarto volume da saga de Percy Jackson se baseia no mito do labirinto, com direito a Dédalo (que, aliás, não é um semideus, filho de Atena), Ícaro, Minos e o Minotauro.
O Labirinto nesse caso é praticamente um mundo. Rick Riordan transformou a armadilha de Dédalo em um intrincado e complexo jogo de corredores que possui portas em tudo quanto é canto dos EUA. Com isso, ele cria sua história: os exércitos malígnos de Cronos querem descobrir a porta que sai dentro do acampamento dos heróis para destruir os únicos que podem lutar pelos deuses. Claro que temos alguns percalços pelo caminho, como os estábulos de Gerião (saídos dos trabalhos de Hércules) e as presenças de Jano e Hera.
Neste livro, as tramas adolescentes parecem mais presentes agora que os heróis tem entre 14 e 15 anos. Rachel gosta de Percy que ama Annabeth que ama Luke que não ama ninguém... Clarisse mostra um lado amoroso, enquanto Nico balança entre o bem e o mal por causa de sua irmã e a natureza de seus poderes. O ciclope Tyson também ganha um papel maior. Além disso, Grover finalmente atinge seu objetivo e manda uma mensagem ecológica para todos nós.
Novamente fui supreendido por alguns personagens, como os telquines, os hipalectrions, as empusas e Campe. Agora só falta um livro de uma saga que só no penúltimo livro começou a se distanciar de certo bruxinho.
O Labirinto nesse caso é praticamente um mundo. Rick Riordan transformou a armadilha de Dédalo em um intrincado e complexo jogo de corredores que possui portas em tudo quanto é canto dos EUA. Com isso, ele cria sua história: os exércitos malígnos de Cronos querem descobrir a porta que sai dentro do acampamento dos heróis para destruir os únicos que podem lutar pelos deuses. Claro que temos alguns percalços pelo caminho, como os estábulos de Gerião (saídos dos trabalhos de Hércules) e as presenças de Jano e Hera.
Neste livro, as tramas adolescentes parecem mais presentes agora que os heróis tem entre 14 e 15 anos. Rachel gosta de Percy que ama Annabeth que ama Luke que não ama ninguém... Clarisse mostra um lado amoroso, enquanto Nico balança entre o bem e o mal por causa de sua irmã e a natureza de seus poderes. O ciclope Tyson também ganha um papel maior. Além disso, Grover finalmente atinge seu objetivo e manda uma mensagem ecológica para todos nós.
Novamente fui supreendido por alguns personagens, como os telquines, os hipalectrions, as empusas e Campe. Agora só falta um livro de uma saga que só no penúltimo livro começou a se distanciar de certo bruxinho.
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terça-feira, 19 de abril de 2011
Iara
O mito da Iara (Uiara ou Mãe d'Água) é o equivalente brasileiro da sereia européia, que evoluiu entre os nativos brasileiros no século 18, introduzido pelos colonizadores encantados com a beleza exótica da mulher "indígena" e que, muitas vezes, apareciam mortos pelas mãos de outros "índios". A miscigenação entre brancos e "índios" gerou uma nova mitologia cabocla, onde o mito da Iara ganhou força.
Conta-se que, antes de ser essa figura fantástica, Iara era uma nativa guerreira, a melhor de sua tribo. Seus irmãos invejavam os elogios que ela recebia do pai – que era o pajé da tribo – e resolveram matá-la quando ela estivesse dormindo. Mas Iara tinha a audição aguçada e acabou matando seus irmãos. Com medo de seu pai, fugiu. O furioso pajé iniciou uma busca implacável pela própria filha que terminou com ela sendo jogada no encontro do Rio Negro com o Rio Solimões (que originam o Rio Amazonas).
Vários peixes a trouxeram à superfície em uma noite de lua cheia como uma sereia de longos cabelos e olhos verdes, beleza inesquecível e canto de uma melodia hipnótica e enlouquecedora que fazia os homens evitarem lagos e margens de rios ao entardecer. Ela atraía e seduzia pescadores com seu canto, com promessas de felicidade eterna se vivessem ao seu lado em seu palácio precioso no fundo do rio. Ainda podia se materializar em ariranha ou garça. Tornou-se, assim, protetora das águas - principalmente águas doces - e dos peixes.
Crianças também podiam ser atraídas. Neste caso, elas eram raptadas e levadas para o palácio da Iara no fundo dos rios, onde ficam aprendendo os segredos da manipulação de plantas, ervas, poções, remédios e magias para ser "devolvidos" depois de 7 anos como um grande xamã.
Uma lenda Tupi, diz que Iara era a mais formosa mulher da tribo – provavelmente irmã de Jaci, a mais bela nativa que já havia se tornado a Lua. Por sua doçura, era amada pelos animais e pelas plantas, mantendo-se, entretanto, indiferente à seus admiradores. Numa quente tarde de verão, banhava-se em um rio quando foi surpreendida por um grupo de homens que a violentou e a matou. O espírito das águas trocou seus membros inferiores violados por uma cauda de peixe e a trouxe de volta à vida para se vingar.
Alguns estudiosos dizem que a Iara seria originalmente uma serpente, mas isso é um equívoco, uma vez que o mito não é originário do Brasil. Possivelmente houve uma mescla com o mito do Ipupiara.
Conta-se que, antes de ser essa figura fantástica, Iara era uma nativa guerreira, a melhor de sua tribo. Seus irmãos invejavam os elogios que ela recebia do pai – que era o pajé da tribo – e resolveram matá-la quando ela estivesse dormindo. Mas Iara tinha a audição aguçada e acabou matando seus irmãos. Com medo de seu pai, fugiu. O furioso pajé iniciou uma busca implacável pela própria filha que terminou com ela sendo jogada no encontro do Rio Negro com o Rio Solimões (que originam o Rio Amazonas).
Encontro dos rios Negro e Solimões (Amazonas), que não se misturam por causa de uma propriedade química das águas.
Vários peixes a trouxeram à superfície em uma noite de lua cheia como uma sereia de longos cabelos e olhos verdes, beleza inesquecível e canto de uma melodia hipnótica e enlouquecedora que fazia os homens evitarem lagos e margens de rios ao entardecer. Ela atraía e seduzia pescadores com seu canto, com promessas de felicidade eterna se vivessem ao seu lado em seu palácio precioso no fundo do rio. Ainda podia se materializar em ariranha ou garça. Tornou-se, assim, protetora das águas - principalmente águas doces - e dos peixes.
Crianças também podiam ser atraídas. Neste caso, elas eram raptadas e levadas para o palácio da Iara no fundo dos rios, onde ficam aprendendo os segredos da manipulação de plantas, ervas, poções, remédios e magias para ser "devolvidos" depois de 7 anos como um grande xamã.
Uma lenda Tupi, diz que Iara era a mais formosa mulher da tribo – provavelmente irmã de Jaci, a mais bela nativa que já havia se tornado a Lua. Por sua doçura, era amada pelos animais e pelas plantas, mantendo-se, entretanto, indiferente à seus admiradores. Numa quente tarde de verão, banhava-se em um rio quando foi surpreendida por um grupo de homens que a violentou e a matou. O espírito das águas trocou seus membros inferiores violados por uma cauda de peixe e a trouxe de volta à vida para se vingar.
Alguns estudiosos dizem que a Iara seria originalmente uma serpente, mas isso é um equívoco, uma vez que o mito não é originário do Brasil. Possivelmente houve uma mescla com o mito do Ipupiara.
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