Mostrando postagens com marcador livro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador livro. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 26 de março de 2012

A deusa, o herói, o centauro e a justa medida

No último sábado, aconteceu o lançamento do livro A deusa, o herói, o centauro e a justa medida, escrito e ilustrado por Favish. O autor criou poemas narrativos inspirados livremente na mitologia grega com vocabulário atual - e bem brasileiro! Ainda não li a obra (assim que o fizer, comento por aqui), mas sei que Acteon, Ártemis e Quíron são importantes.

Estive presente no evento e adquiri um exemplar autografado! Em rápida conversa com o autor carioca, fiquei sabendo que a proposta é fazer outros volumes da série Mil e Um Mitos com outras mitologias. Não só fiquei feliz com a notícia como coloquei o blog à disposição!

Série Schizo, de Ofra Amit
Quem quiser um exemplar, entre em contato com a Livre Galeria, responsável pela publicação. Aliás, o lançamento ocorreu durante a 1ª MACLI - Mostra de Arte Contemporânea em Literatura Infantil, organizada pela galeria. Com obras do próprio Favish (que estão no livro), Fernando Vilela (SP), Ofra Amit (Israel), Juliana Bollini (Argentina) e John Parra (EUA), a mostra fica até 26 de maio.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Um Percy egípcio?

Rick Riordan está uma máquina de fazer livros adolescentes de mitologia! O autor da série de Percy Jackson – que já está na segunda fase – também investiu na mitologia egípcia nas Crônicas dos Kane. A sinopse do primeiro livro, A Pirâmide Vermelha, é:
Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane. Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que expulsa-lo ao esquecimento e forças das crianças a fugir para salvar suas vidas. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz os cada vez mais perto da verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós.

Apesar da presença de deuses, esse livro parece ter um estilo mais aventureiro, Indiana Jones, Tomb Raider. No entanto, a Editora Intrínseca já lançou o segundo volume – O Trono de Fogo – com uma sinopse que o aproxima dos poderes adolescentes percyanos:
Os deuses do Egito Antigo foram libertados, e desde então os irmãos Carter e Sadie Kane vivem mergulhados em problemas. Descendentes da Casa da Vida, ordem secreta que remonta à época dos faraós, os dois têm poderes especiais, mas ainda não os dominam por completo. Refugiados na Casa do Brooklin, local de aprendizado para novos magos, eles correm contra o tempo. Seu inimigo mais ameaçador, Apófis, está se erguendo, e em poucos dias o mundo terá um final trágico. Para terem alguma chance de derrotar as forças do caos, precisarão da ajuda de , o deus sol. Despertá-lo não será fácil: nenhum mago jamais conseguiu. Carter e Sadie terão de rodar o mundo em busca das três partes do Livro de Rá, para só então começarem a decifrar seus encantamentos. E, é claro, ninguém faz ideia de onde está o deus.

Apófis... Cronos... vai dizer que não encontrou alguma semelhança só de ler as sinopses? Bom... o que importa é que esses livros são uma nova porta de entrada para adolescentes nas histórias mitólogicas, agora as do fascinante Egito. Já andei vendo algums críticas falando que essa série tem uma narrativa bem mais interessante por seu teor aventureiro.

Aproveito para dizer que o segundo filme de Percy Jackson – que será baseado no livro O mar de monstros – já está marcado para março de 2013.

domingo, 2 de outubro de 2011

Para crianças

Saiu hoje no Globinho, uma pequena nota sobre o lançamento do livro Histórias greco-romanas, de Ana Maria Machado com ilustrações de Laurent Cardon (2011, Editora FTD).

Minotauros em ação, rapaz virando flor, tecelã se transformando em aranha, labirintos, palácios... Histórias de amor e muitas aventuras de autores gregos e romanos são recontados por Ana Maria. Tem Hermes, Dédalo e Ícaro, Teseu, Ariadne, Eco, Narciso, Eros, Aracne e muio mais.

É uma ótima forma de introduzir a mitologia no mundo infantil. O livro é recomendado para crianças a partir do 4º ano fundamental (8/9 anos).

sábado, 11 de junho de 2011

O herói perdido

Rick Riordan não aguentou e retornou a série de Percy Jackson e os Olimpianos com o livro O herói perdido (The lost hero). Lançado em outubro de 2010, o livro iniciou uma nova série, Os heróis do Olimpo, e chegou ao Brasil pela Editora Intrínseca este mês.

A sinopse oficial diz que, "depois de salvar o Olimpo do titã Cronos, Percy Jackson e seus amigos trabalharam duro para reconstruir o Acampamento Meio-Sangue. É lá que a próxima geração de semideuses terá de se preparar para enfrentar uma nova e aterrorizante profecia. Os novos campistas seguirão firmes na inevitável jornada, mas, para sobreviver, precisarão contar com a ajuda dos semideuses dos quais todos já ouvimos falar".
Sete meios-sangues responderão ao chamado.
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final,
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.
Mas essa sinopse parece esconder algumas diferenças cruciais que já estão sendo comentadas por aí:
  • Percy está desaparecido e só é citado no livro (o título meio que já entrega isso, não?)!
  • Sendo assim, o livro é escrito na terceira pessoa (Percy era o narrador anteriormente).
  • Teremos um novo trio de protagonistas e parece que um novo acampamento!
  • É mais juvenil do que infanto-juvenil, com mais ação e humor mais pontual.
  • A abordagem mitológica será bem mais greco-romana do que somente grega.
O autor também já confirmou o segundo livro, The Son of Neptune (O Filho de Netuno) para o final do ano, mostrando que Percy pode (ou não) reaparecer.

E lá vamos nós!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Percy Jackson - O último olimpiano

E cheguei finalmente ao último livro da série Percy Jackson & Os olimpianos. O livro é a batalha final do início ao fim, de sua preparação à sua conclusão. Assim como os livros anteriores tinha um "herói-base", neste a história de Aquiles e Tróia são a referência.

O bom desse livro é que ele faz de tudo para não deixar ponta solta. Todas as relações são explicadas (mesmo que demoradamente) e amarradas de forma a fechar esse ciclo e possibilitar um novo, seja com esses personagens ou com outros. O autor faz de tudo para citar praticamente todos os personagens que passaram pela série e - de sobra - termina por caracterizar todos os 12 (13) olimpianos.

Por ser um livro infanto-juvenil, o final chega a ser previsível, com poucas novidades interessantes. A mortal Rachel Dare e os líderes dos chalés ganham destaque. Os deuses entram em combate, mas ficam em segundo (ou terceiro) plano. Ficamos conhecendo alguns outros deuses (chamados de deuses menores) e muitos outros titãs. Nenhum personagem surpreendente dessa vez, mas gostei de como foi escrito o tal "último olimpiano".

O que me incomodou foi a forma como foi tratada a relação entre realidade e mitologia que sempre foi bem resolvida nos livros anteriores. A batalha ocorre em toda a ilha de Manhattan, que é praticamente destruída. Um poderoso monstro devasta parte dos EUA. Tudo isso é transformado em tempestades naturais, enquanto o mundo não sabe o que acontece por causa de alguns "feitiços". Toda hora eu ficava me perguntando: "e os humanos? Como a Névoa modifica isso?". Pra mim, a barra foi forçada.

Bom... no fim das contas, é uma boa série para introduzir adolescentes no mundo da mitologia e da leitura. Pra quem se interessa, clique nos links a seguir para ver as postagens sobre cada livro ou na tag para ver tudo que já foi fala do sobre Percy Jackson por aqui.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Percy Jackson - A batalha do labirinto

Como o próprio título já diz, o quarto volume da saga de Percy Jackson se baseia no mito do labirinto, com direito a Dédalo (que, aliás, não é um semideus, filho de Atena), Ícaro, Minos e o Minotauro.

O Labirinto nesse caso é praticamente um mundo. Rick Riordan transformou a armadilha de Dédalo em um intrincado e complexo jogo de corredores que possui portas em tudo quanto é canto dos EUA. Com isso, ele cria sua história: os exércitos malígnos de Cronos querem descobrir a porta que sai dentro do acampamento dos heróis para destruir os únicos que podem lutar pelos deuses. Claro que temos alguns percalços pelo caminho, como os estábulos de Gerião (saídos dos trabalhos de Hércules) e as presenças de Jano e Hera.

Neste livro, as tramas adolescentes parecem mais presentes agora que os heróis tem entre 14 e 15 anos. Rachel gosta de Percy que ama Annabeth que ama Luke que não ama ninguém... Clarisse mostra um lado amoroso, enquanto Nico balança entre o bem e o mal por causa de sua irmã e a natureza de seus poderes. O ciclope Tyson também ganha um papel maior. Além disso, Grover finalmente atinge seu objetivo e manda uma mensagem ecológica para todos nós.

Novamente fui supreendido por alguns personagens, como os telquines, os hipalectrions, as empusas e Campe. Agora só falta um livro de uma saga que só no penúltimo livro começou a se distanciar de certo bruxinho.

terça-feira, 15 de março de 2011

Percy Jackson - A maldição do titã

Finalizei o terceiro livro da série Percy Jackson. Assim como o segundo livro se baseia nas aventuras de Ulisses e Jasão, o livro A Maldição do Titã utiliza vários elementos dos famosos trabalhos de Hércules (alguns já foram usados anteriormente) e da grandiosa Titanomaquia, ou a Batalha dos Titãs. São dois assuntos que merecem muitos posts por aqui, então, não vou detalhá-los.

Este livro começa se aprofundar na questão do herói na mitologia grega, mostrando que nenhum deles era perfeito. Todas as sagas e missões possuem um revés que nem sempre é considerado porque só se fala nas vitórias, conquistas e benesses. Ler O Poder do Mito, de Joseph Campbell, deve dar uma boa reforçada nisso. As similaridades com a série Harry Potter continuam, com poucas disparidades.

Somos apresentados a alguns personagens novos, como novos meio-sangue e alguns deuses que ainda não haviam sido caracterizados anteriormente, como Apolo, Ártemis e Deméter. Aliás, a cena final do filme quando Percy vai até a sala dos Olimpianos no meio de uma reunião divina, acontece neste livro.

Mas o mais interessante pra mim, é o bestiário destes livros. A cada volume sou apresentado a seres que não sabia o nome ou - confesso - nunca havia ouvido falar! Dessa vez, descobri Keto (ou Ceto), o Ofiotauro (e sua função sagrada), Talo (colosso de Creta) e Ládon (dragão das Hespérides). Como os titãs são muito citados, descobri nomes e relacionamentos interessantes, assim como o Monte Otris, a base titã na grande guerra contra os deuses do Monte Olimpo.

Calma que só faltam dois livros.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Percy Jackson - O mar de monstros

Perdão se volto ao assunto dos livros da série de Percy Jackson, mas comecei a lê-los e pretendo terminá-los (um dia...). Não vou desvendar o segundo volume das aventuras do garoto semideus como fiz com o primeiro e com o filme adaptado. Mas gostaria de citar alguns pontos mitológicos, tentando não contar segredos.

O segundo livro se baseia em duas grandes aventuras da mitologia grega: a Odisseia e os Argonautas. A Odisseia é um poema épico de Homero que conta a viagem de Ulisses de volta para casa. No caminho, inúmeros perigos como Caribdis, o ciclope Polifemo e os tais lotófagos que pareceram no Cassino em Las Vegas do primeiro livro/filme. Os Argonautas são um grupo de heróis que se juntaram a Jasão para recuperar seu trono indo atrás do Velocino de Ouro na Cólquida. Dito isso, fica meio óbvio quais serão os perigos e qual é o objetivo, não?

Temos vários personagens novos e alguns que já apareceram, mas são mais desenvolvidos pelo autor (como Clarisse, filha de Ares). Fala-se em: lestrigões, Ganimedes, Hermes, ciclopes, cavalos marinhos gregos (que são cavalos com rabo de peixe), sereias (com uma descrição que me surpreendeu), harpias, Circe, Píton, centauros e por aí vai. Percy, Annabeth, Grover e Quíron estão de volta, assim como o traidor Luke.

A linha dos livros parece realmente seguir bem de perto a série Harry Potter. Neste livro, continuam as tentativas de reviver o titã Cronos (Voldermort?) e ficamos sabendo de uma profecia que coloca Percy como uma arma que pode se virar contra os deuses. Fora isso... vocês já perceberam que também temos um trio de protagonistas: Percy (Harry, o deslocado herói), Annabeth (Hermione, a inteligente) e Grover (Ron, o alívio cômico)?

Continua sendo interessante ver como o autor transpõe a mitologia grega para os dias atuais, como, por exemplo, Hermes sendo o verdadeiro mensageiro dos deuses com camisa do correio e um caduceu que vira um celular, ou o Mar de Monstros do título que é o misterioso Triângulo das Bermudas. A entrada de Tântalo também é muito boa. No entanto, esse volume me deu a impressão de que é preciso ter algum conhecimento de mitologia para realmente entender as subtramas, pois muita coisa é explicada superficialmente e acaba ficando distorcido na transposição. Mesmo assim, é um bom ponto de entrada para os jovens no mundo da mitologia grega.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 21 e 22... o fim!

Chegamos ao último post, o fim do livro e do filme. Se vocês chegaram até aqui, já sabem que as obras são diferentes, com personagens distintos que alteram o enredo. Então, mais SPOILERS neste final - que tenta aproximar novamente filme do livro -, mas acho que os grandes mistérios já foram resolvidos...

NO LIVRO:
  • O trio pega um avião para Nova York, mas somente Percy vai para o Empire States. Annabeth e Grover vão para o acampamento contar os últimos acontecimentos a Quíron. Percy precisa pegar o elevador desde baixo até o 600º andar.
  • Antes de chegar ao palácio dos deuses, Percy caminha pela cidade no Monte Olimpo com as musas, náiades, sátiros, o Velocino de ouro e outras coisas mais.
  • No salão principal, só dois deuses: Zeus (de terno risca de giz azul-escuro e barba grisalha bem aparada) e Poseidon (de sandálias, blusa estampada e pele curtida de sol como um pescador).
  • Percy devolve o raio, conta toda a história e descobre a influência de CRONOS nos acontecimentos! Assim como Voldermort e as Horcruxes (se você não sabe o que estou falando, você está fora de sintonia com o mundo pop dos últimos 5 ou mais anos), Cronos quer voltar a vida depois de ter seu corpo espalhado pelo mundo.
  • Zeus vai embora e Poseidon tem uma rápida conversa com Percy (sem muita emoção) onde diz que Sally, sua mãe, está em casa (porque Hades aceitou o elmo e cumpriu sua palavra) e que a cabeça de Medusa - que ele havia enviado pelo correio para o Olimpo - está na sua cama.
  • Percy volta pra casa e encontra sua mãe. Os dois tem uma conversa franca e Percy decide ir para o acampamento, enquanto Sally transforma Gabe (o padrasto) numa estátua e acaba se transformando numa artista (nada mal, hein? Você mata uma pessoa e se dá bem em um livro infanto-juvenil!).
  • No acampamento, tudo se dá normalmente com uma longa passagem de tempo. Grover - com chifres maiores - se despede após conseguir sua licença como buscador para procurar . Percy precisa decidir se vai passar o ano todo no acampamento ou se vai tirar férias com a mãe.
  • Percy vai treinar para espairecer e encontra Luke com a Mordecostas, uma espada de bronze celestial e aço temperado, ou seja, atinge mortais e imortais. Os dois começam a conversar, até que Luke se revela como o ladrão a mando de Cronos. Ele mandou os monstros atrás de Percy e amaldiçoou os tênis voadores para arrastá-lo ao Tártaro. Sua cicatriz vem da tentativa de roubar um pomo do Jardim das Hespérides.
  • Luke faz uma mágica e um escorpião das profundezas ataca Percy. Luke continua entregando seus planos e foge. Percy não consegue se curar na água, mas Annabeth o leva para a enfermaria onde néctar e ambrosia o salvam.
  • As profecias nesses últimos capítulos tornam-se importantes, pois sã elas que, na verdade, revelam que Luke é o ladrão. Ao longo do livro ficamos sabendo que Annabeth também tem uma profecia importante, mas só parte dela que conhecemos (sobre sair em missão com Percy), mas o resto parece ser segredo para os próximos volumes da série.
  • Percy e Annabeth decidem passar as férias com seus familiares mortais (como Harry Potter ao fim de cada ano).

NO FILME:
  • Se vocês leram o post anterior, já sabem que o Percy, Annabeth e Sally chegam ao topo do Empire States em forma de poeira por causa das pérolas de Perséfone.
  • Assim que chegam, são atacados por Luke - que nós já sabíamos desde o Mundo Inferior que é o Ladrão de Raios, ou seja, O vilão. Rola um combate onde Percy utiliza seus poderes ao máximo pela primeira vez e derrota Luke (será que alguém pode me dizer pra onde foi toda a água usada nesse combate???). Se você leu a parte de cima sobre o livro, viu que só temos um combate entre Percy e Luke no último capítulo!
  • Uma porta especial no topo do Empire States leva ao elevador para o Olimpo. Nada de subir desde o térreo.
  • Sally não pode sair do elevador, mas Percy e Annabeth chegam ao salão com os Doze Olimpianos em discussão. Mas nada de roupas atuais: todos estão vestidos com armaduras. Percy devolve o raio e entrega Luke. Hermes, pai do ladrão, faz cara de surpreso. Depois, Percy pede que Grover seja retirado do Mundo Inferior.
  • Segue uma conversa pai e filho entre Poseidon e Percy, tentando esclarecer ressentimentos. Poseidon diz que seu afastamento se deve a lei que Zeus criou após ele se tornar "humano demais" por ficar com Sally e Percy. Um pouco de emoção, orgulho... e fim.
  • Sally deixa Percy no acampamento, dizendo que Gabe saiu da vida deles para sempre. No acampamento, Percy reencontra Grover com seus primeiros chifres e termina treinando espadas com Annabeth num momento cheio de "química".
  • A cena pós-créditos é Gabe voltando pra casa depois de Sally trocar as fechaduras e encaixotar todas as suas coisas. Ela sai, deixando-o com vontade de beber cerveja. Mas a geladeira está trancada com um cadeado e tem um bilhete de Percy, avisando para não abrir em hipótese alguma. Claro que Gabe ignora e acaba petrificado, pois a cabeça da Medusa estava lá (nada de envio postal para o Olimpo).

SOBRE MITOLOGIA...
  • Fala-se em purificar o raio nas águas de Lemnos para remover a mácula humana de seu metal. Lemnos é uma ilha... possivelmente, a ilha das Amazonas, e, por isso, a idéia de purificação tenha algum sentido. Aliás... já falei aqui que desconheço essa história de "raio-mestre" de Zeus? Que eu saiba, ele tem um cetro e só. Preciso pesquisar essa história de armas individuais dos deuses e de espadas com nomes.
  • Escorpiões das profundezas? Nunca ouvi falar, mas tem essa criatura nos filmes Fúrias de Titãs, tanto no antigo quanto no novo.
  • A cabeça da Medusa realmente funciona após sua morte.

Bom... é isso. Nos últimos capítulos, quase toda parte mitológica já havia sido desenvolvida. Eu sei que é necessário fazer uma adaptação dos livros para o cinema e vários roteiros são escritos. Mas eu me pergunto pra quê tanta mudança. Algumas eu entendo (como a saída do poodle rosa), mas outras não. A entrada de Perséfone e as saídas de Ares e Cronos não me convenceram e, inclusive, ficou parecendo que a Fox não tinha objetivo nenhum de transformar Percy Jackson em uma sequência a la Harry Potter. Podiam ter se aproximado mais e talvez o filme não fosse o fiasco de bilheteria que foi.

Agora a mitologia de todo o mundo continua por aqui. Já tenho recebido comentários sobre o assunto nesses posts do livro e em breve a mitologia grega ganhará novos tags.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 18, 19 e 20

Estamos nos encaminhando para o fim do livro e vamos encontrar as maiores diferenças de enredo... o vilão é outro! Nem sei como fazer para escrever em tópicos. Então... preparem-se porque está CHEIO DE SPOILERS!

NO LIVRO:
  • Depois de fugir de Crosta, Percy, Annabeth e Grover chegam aos Estúdios de Gravação MAC (Morto ao Chegar) que é a entrada para o Mundo Inferior: um saguão cinza cheio de gente translúcida.
  • Caronte é o recepcionista do estúdio, um negro de cabelos loiros vestido com terno italiano, que também é o ascensorista do elevador que desce para o Mundo Inferior e, em seguida, vira uma barca. O trio precisa suborná-lo para poder entrar. Várias almas os acompanham. No Mundo Inferior, a pele escura de Caronte fica translúcida e é possível ver seu crânio.
  • A barca navega sobre o Estige, um rio escuro, oleoso e poluído pelos sonhos e esperanças dos humanos.
  • Ao aportar em um praia de areia negra, o trio se depara com Cérbero, um rottweiler de três cabeças e translúcido, que é simplesmente adestrado por Annabeth! (Hã?)
  • O trio atravessa os Campos de Asfódelos até o palácio de Hades, descrito como uma versão negra do Olimpo. Mas, antes de entrar, o tênis voador que estava com Grover começa a arrastá-lo para o Tártaro. Percy e Annabeth o salvam.
  • No palácio, o trio passa pelo Jardim de Romãs de Perséfone - que não está porque é verão, ou seja, a deusa está com a mãe Deméter no Olimpo! - e pelo Jardim de Jóias.
  • Agora se dá a primeira aparição de Hades no livro. O trio encontra em seu trono um deus de pele albina e cabelos negros compridos, usando uma coroa de ouro e vestes de seda negra. Ele diz que não quer guerra porque seu reino já está lotado, que não mandou inimigos atrás de Percy e que seu Elmo das Trevas também foi roubado... ou seja... ele não é o vilão! Ele não quer o raio e sim seu elmo de volta!
  • Percy exige sua mãe e Hades manda esqueletos para pegar o raio que, sem saber, está dentro da mochila que ARES deu a ele!!!
  • Percy DEIXA SUA MÃE COM HADES após dizer ao deus que iria consertar tudo e sua mãe seria devolvida! O trio quebra as pérolas da nereida, que os envolvem como uma bolha, e o emerge em Santa Monica! Hades manda um terremoto para Los Angeles.
  • Na praia, o trio enfrenta Ares, o responsável por toda a confusão! O deus da guerra queria... GUERRA! Mas Percy desconfia que outra pessoa roubou o raio e o elmo, já que um deus não pode fazê-lo, e também duvida da capacidade estratégica dele, achando que outra pessoa ordenou tudo. Segue um combate entre Percy e o deus a vista de inúmeros humanos que, por causa da Névoa, enxergam um policial contra Percy.
  • Percy consegue acertá-lo com sua espada e uma "escuridão" surpreendente termina a luta. Ares vai embora ferido e jurando vingança. As Fúrias recolhem o Elmo das Trevas para devolvê-lo a Hades. Agora, Percy precisa devolver o raio.

NO FILME:
  • Depois da fuga mirabolante do Cassino Lótus, o trio vai com um carrão até o letreiro de Hollywood. Embaixo do H, está a entrada do Mundo Inferior (chamado de Mundo dos Mortos): com a leitura de uma frase em grego, um buraco na terra se abre e os leva para um corredor cheio de velas e caveiras.
  • Caronte é um magricela de capuz. Com algumas dracmas, o trio entra sozinho na barca.
  • A barca flui por 1 segundo em um rio escuro - sem qualquer menção de seu nome - até que começa a flutuar no ar acima do terreno flamejante. As esperanças e sonhos dos humanos ficam flutuando também.
  • Nada de Cérbero (ainda bem.. porque vê-lo sendo adestrado seria um mico)! Nada de Campos de Asfódelos! Nada de Tártaro! A barca os leva direto para o castelo de Hades. Lá, são recebidos por Cães do Inferno e.. Perséfone??? Vocês leram acima, né?
  • Até aqui a gente já conheceu a versão "demônio flamejante" de Hades na fogueira do acampamento. Agora ficamos conhecendo o Hades roqueiro (me parece que a descrição feita para Ares no livro, ficou para Hades no filme) que se diz banido para o Mundo Inferior por seus irmãos e quer o raio para poder dominar tudo.
  • Percy exige sua mãe e Hades manda os cães do inferno para matá-lo, sem saber, que o raio está com Percy dentro da escudo que LUKE deu a ele!!!
  • Perséfone impede que Hades fique com o raio. Com apenas três pérolas da deusa, GROVER FICA, e Percy, Annabeth e Sally se transformam em poeira e vão direto para o Empire States, entrada do Olimpo.
  • Já sabemos até aqui que Luke é o ladrão de raios e que o vilão é Hades. Também já sabemos que Ares não existe no filme... então... nada de combate divino!

SOBRE MITOLOGIA...
  • Desconheço a consistência do Rio Estige... pra mim, ele é um rio como outro qualquer que nasce de um leito sob a terra. Pesquisarei sobre isso, assim como sua localização. Aliás... a localização da mitológica entrada do Mundo Inferior também me é desconhecida.
  • Não existe uma descrição física de Caronte, mas com certeza ele não seria negro. Na Divina Comédia de Dante, Gustave Doré fez uma ilustração dele como um homem idoso. É possível que ele escondesse seu rosto por ter uma aparência horrenda e muitas de suas representações são como um esqueleto ambulante.
  • No livro, é feita uma descrição de algumas divisões do Mundo Inferior, como o Érebo, os Campos Elíseos, a Ilha dos Abençoados (?) e o Campos de Asfódelos. Fala-se também de três juízes e julgam as almas e as enviam para o local correto. Pretendo descrever o local posteriormente, mas é fácil perceber que Dante parece ter feito uma mistura do Submundo grego com o Inferno cristão. Aliás, no filme, é dito que TODAS as vidas terminam em sofrimento! ui...
  • Cérbero era o ÚNICO guardião do Mundo Inferior. Só permitia a entrada de almas, nada de mortais ou almas fujonas. Suas três cabeças são um clássico na mitologia, mas sua representação varia. A idéia de ser rottweiller não é estranha, porém, é mais comum vê-lo como um mastim. Botei a palavra único em letras maiúsculas porque os Cães do Inferno não existem na mitologia grega! Se eu estiver errado, escrevam!
  • A ideia do palácio de Hades ser o inverso do Olimpo é bem interessante. No entanto, confesso que não tenho referências disso.
  • Um dia descreverei o mito de Perséfone neste blog. A saber: o livro está correto. Perséfone passa metade do ano com a mãe Deméter no Olimpo (primavera e verão) e a outra metade com Hades (outono e inverno). A romã é o fruto que a prende no Mundo Inferior com Hades. Aliás, pouco sei sobre o real relacionamento de Hades e Perséfone. Apesar do sequestro, achava que eles tinha um relacionamento OK. Com certeza, Perséfone não é a safada do filme, mas o ressentimento é bem possível.
  • O jardim de jóias é referente a Hades ser o mestre do subterrâneo e, portanto, de todas as jóias e metais preciosos. Confesso que desconheço a existência de jardins no Mundo Inferior, seja de jóias ou um pomar de romãs.
  • Já falei demais sobre essas pérolas...
  • No livro, fala-se que do ferimento de Ares, sai icor, o sangue dourado dos deuses. Não conhecia isso e é verdade.

Viram? Eu avisei desde o início: tornaram-se duas obras quase distintas! O filme já está meio que definido a partir daqui. O livro ainda tem um mistério a ser resolvido, mas que já dá pra saber: o que é a escuridão? Você sabe? No próximo post, a resposta e o fim.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 16 e 17

Bom... vocês já sabem: as coisas são BEM diferentes agora...

NO LIVRO:
  • Depois de se safarem da armadilha de Hefesto, Percy e seus amigos devolvem o escudo de Ares. O deus da guerra consegue a carona para eles em um caminhão de animais e também dá uma mochila com dinheiro e comida. Um irritado Percy exige informações sobre sua mãe e descobre que quando uma pessoa se transforma em chuva de ouro, ela é na verdade abduzida ou metamorfoseada, ou seja, Sally teria sido levada por Hades.
  • No caminhão, o trio encontra um leão, um antílope e uma zebra enjaulados. Ficamos sabendo que Percy é capaz de ler a mente de cavalos e, portanto, de zebras (alguém se lembra que Harry Potter fala com cobras? Pois é...).
  • Descobrimos também que a primeira missão que deu errado de Grover foi levar Thalia - filha de Zeus, lembram? - em segurança para o acampamento, mas, no meio do caminho, ele encontrou os fugitivos Luke e Annabeth. Grover não conseguiu dar conta de proteger os três e Thalia acabou se sacrificando.
  • Percy dorme e sonha (exatamente como Harry Potter com relação a Voldermort vivo): ele vê os vilões conversando naquele instante sobre o andamento das mentiras. Por causa desse sonho, Annabeth começa a desconfiar que Hades não é o vilão.
  • O trio salva os animais que estavam indo para um circo e saltam do caminhão próximos ao Hotel e Cassino Lótus. Lá eles são convidados para a maior suíte com um cartão infinito para gastos e ficam 5 dias.
  • Eles pegam um taxi para Santa Monica, onde Percy mergulha no oceano e encontra a mesma nereida do Mississipi. Ele conhece um pouco mais de seus poderes e recebe três pérolas de teleporte (olha elas aí!).
  • Em Los Angeles, o trio é atacado por alguns valentões e se escondem no Palácio das Camas-de-Água do Crosta. Crosta é, na verdade, Procrusto, o Esticador, que tenta matá-los. Percy o engana e foge com uma página amarelas mitológica...

NO FILME:
  • Lembrando: nada de Ares!!! Então... nada de caminhão, nada de telepatia com zebras, nada de sonhos ou flashbacks!!!
  • A idéia do Cassino é essa mesma. As maiores diferenças são as seguintes: no filme tem um doce que eles comem e resolvem ficar por lá (efeito "maconha"), não tem essa história de suíte e a fuga do Cassino é mirabolante com direito a lutas e um carro novinho em folha! Ah... e a última das pérolas de Perséfone que precisa ser encontrada é uma bilha de roleta! Pelo menos, eles ficam por lá 5 dias mesmo...
  • Vale lembrar que as pérolas são o grande objetivo de metade do filme, já que eles atravessam os EUA atrás delas. Mas vocês viram que elas são apenas teleportadoras no livro... funcionam em qualquer lugar e não somente no Mundo Inferior porque elas não estão ligadas a Perséfone.
  • Nada de Procrusto!!! Bom... esse também podia ter ficado de fora mesmo, porque é uma participação desnecessária.

SOBRE MITOLOGIA...
  • A idéia de se transformam em chuva de ouro como forma de abdução deve ter ligação direta com o mito de Perseu, uma vez que Zeus se transformou em uma chuva de ouro para poder seduzir Danae, mãe do herói.
  • A telepatia de Percy com cavalos e zebras é dita corretamente como um poder divino por Poseidon ter criado os cavalos.
  • Não conheço a "benção de sátiro", que permite aos animais chegarem em segurança aos seus destinos, encontrando todo tipo de benefícios pelo caminho. Pode ter sido criado pelo autor.
  • Quando assisti ao filme, fiquei me perguntando o que o Cassino teria a ver com mitologia, e na época descobri sobre os Lotófagos (comedores de lótus) que aparecem na Odisséia de Ulisses.
  • Vocês já sabem: na mitologia, não existem pérolas teleportadoras seja de Perséfone ou de nereidas.
  • Não conhecia o personagem Procrusto, o Esticador. Ele foi um gigante que amarrava suas vítimas em camas e, para que elas coubessem, ou as esticava ou amputava alguns membros. Foi derrotado por Teseu.

Coloquei só dois capítulos dessa vez porque só faltam 5 e o final começa a chegar, ou seja, alguns pontos tentam se assemelhar. No próximo post, teremos a visita ao Mundo Inferior e todas as consequências disso.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 13, 14 e 15

Como disse ontem... tudo muda a partir daqui. Alguns pontos ainda se assemelham, mas, pra mim, são duas obras distintas.

NO LIVRO:
  • Após o combate com a Medusa e o encontro com a poodle Gladiola (repito: não vale a pena explicar), Percy, Annabeth e Grover pegam um trem para Los Angeles. Nessa viagem, Percy começa a enxergar através da Névoa e vê centauros e um Leão (Neméia?).
  • Conhecemos a relação complicada entre Annabeth e a família de seu pai.
  • A paixão da menina por arquitetura os faz conhecer o Portal em Arco em Denver. Lá, Percy é atacado pela Equidna (uma senhora serpentílica) e pela Quimera (disfarçada de chihuahua)! Annabeth e Grover não estavam junto.
  • Percy perde a luta e é obrigado a se jogar no Rio Mississipi, onde conhece um pouco mais da extensão de seus poderes aquáticos e conversa com uma nereida, que dá um recado de Poseidon sobre um desvio de caminho.
  • Depois dessa confusão toda, Percy manda uma "mensagem de Íris" para Luke, ou seja, fazem um arco-íris com uma mangueira e se comunicam com o Acampamento. Nessa conversa, Luke acusa Hades, mas lembra que, se um deus não pode tocar nas armas dos outros deuses, Annabeth, filha da estrategista Atena, poderia ser a ladra. Também pergunta sobre o tênis alado.
  • Numa parada para comer cheeseburger, o trio é abordado por... Ares, o deus da guerra / motoqueiro em pessoa! O deus negocia uma carona e informações em troca de seu escudo que ficou largado em um parque aquático.
  • O trio vai para a Aqualândia para cair numa armadilha de Hefesto (que ele não avisou, é claro), já que Ares deixou seu escudo num momento em que estava com sua amante Afrodite, esposa do deus do fogo. Nesse momento, ficamos conhecendo a aracnofobia de Annabeth.

NO FILME:
  • Nada de viagem de trem, portanto, nada de passado de Annabeth, de Equidna, de Quimera ou de nereida! Após o combate com a Medusa, o trio pega um carro e se dirige ao Parthenon em Nashville. Lá eles enfrentam a Hidra por uma pérola no topo de uma gigantesca estátua de Atena. Como vocês viram acima, isso não existe no livro! Até gostaria de ter visto a mãe dos monstros com seu caõzinho detonando tudo, mas a cena da Hidra é muito boa no filme.
  • Nada de Ares! Como assim??? Ele é peça FUNDAMENTAL! Além disso, a descrição que é feita no livro sobre o figurino e jeito de Ares é praticamente a mesma que colocaram para Hades no filme! E se não tem Ares... nada de armadilha de Hefesto!

SOBRE MITOLOGIA...
  • É dito que Hades só pode entrar no Olimpo no solstício de inverno, a maior noite do ano. Sempre me perguntei sobre essa ausência de Hades entre os Olimpianos, mas não sei a resposta. Pesquisarei.
  • Achava que o Elmo das Trevas de Hades - que o funde com as sombras e irradia medo - era somente um capacete da invisibilidade. Inclusive, esse capacete aparece no mito de Perseu. Aliás... eu nunca ouvi essa história dos deuses não poderem tocar nas armas dos outros deuses.
  • Zéfiro, o Vento Ocidental, é corretamente citado, mas desconheço essa história dele funcionar como "cegonha". Deve ser coisa do autor.
  • A quimera é descrita de muitas formas. A usada no livro parece ser a que a coloca como filha do Leão da Neméia com a Hidra de Lerna, dois monstros abatidos por Hércules. Sendo assim, ela não seria filha de Equidna - que é realmente considerada "a mãe de todos os monstros" e possui um corpo serpentílico.
  • As nereidas são as 50 filhas do titã Oceano. Virou sinônimo de ninfa do mar e, consequentemente, de sereia, apesar de algumas pequeninas diferenças.
  • Já falei sobre a deusa Íris aqui. Faz sentido a criação da mensagem.
  • Tudo que foi descrito sobre Ares está OK, inclusive seu romance com Afrodite e a armadilha de Hefesto (claro que na mitologia, é apenas uma rede de ouro intransponível e não uma elaboradíssima versão com cupidos-webcam e aranhas robóticas!).
  • A aracnofobia de Annabeth tem relação com o mito de Aracne, uma tecelã que se achou melhor do que Atena.
Viram? Mudanças drásticas! Daqui pra frente esse ritmo continua, até que, mais para o fim, as coisas tentam convergir (com alguma dificuldade). Let's move on!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 10, 11 e 12

A partir daqui, as diferenças são tantas que acho que será até difícil seguir a linha que eu estava fazendo. Vou tentar, mas começa realmente a parecer duas obras distintas.

LIVRO vs. FILME
  • Após a negociação com Hades para reaver sua mãe em troca do raio roubado, Percy resolve fugir do Acampamento com Annabeth e Grover, tendo uma "ajudinha" de Luke (que dá um escudo, um tênis voador e um mapa das pérolas de Perséfone). Isso acontece no filme. No livro, não. Quíron prepara o trio para a missão de recuperar o raio, ou seja, nada de rebeldia adolescente. Luke só dá o tênis, pois os outros elementos não existem. Sobre essas pérolas (que já falei aqui), falarei mais a frente.
  • Annabeth possui um boné da invisibilidade que não existe no filme.
  • Grover já possui pequenos chifres no livro e seu objetivo é virar um buscador para encontrar o sumido deus , enquanto no filme ele só ganhará chifres se conseguir proteger Percy.
  • Argos leva o trio à rodoviária, onde eles pegam um ônibus para Los Angeles. No caminho, Percy fica sabendo um monte de coisa, inclusive o porquê do cheiro horroroso de seu padastro. No ônibus, eles são novamente abordados pelas Fúrias, mas dessa vez pelas três! Elas são novamente derrotadas e o ônibus explode, deixando o trio como fugitivos da polícia. No filme, essa cena dura uns 2 segundos... eles saem do ônibus e só.
  • Pelo menos eles realmente chegam ao Empório de Anões de Jardim da Tia Eme, ou... a Medusa. No filme, a criatura é interpretada magistralmente pela Uma Thurman, mas no livro, a criatura teria uma aparência árabe, inclusive utilizando uma veste semelhante a uma burca: ao invés do óculos escuros, um véu. Talvez problemas religiosos tenham impedido de manter essa descrição... Importante dizer que eles chegaram no Empório por acaso, não por causa das pérolas.
  • O combate entre o trio e Medusa é bem diferente. Annabeth novamente fica invisível (que covarde, não?) e Grover é responsável por distraí-la. Percy usa uma esfera espelhada (e não o celular) para decapitá-la. Outra grande diferença é que o trio carrega a cabeça com eles no filme, enquanto, no livro, Percy manda a cabeça pelo correio para o Olimpo!
  • Ainda bem que no filme cortaram a poodle rosa Gladiola... nem vale o sacrifício de explicar...

SOBRE MITOLOGIA...
  • A caneta-espada tem o nome de Anaklusmos, ou Contracorrente. Foi forjada em bronze celestial pelos ciclopes do Monte Etna e resfriada no rio Lete. É mortífera para monstros e qualquer criatura do Mundo Inferior, mas atravessa mortais como uma ilusão. Não tenho referências de uma arma assim.
  • Não conheço a tal da Névoa, magia que impede que os mortais vejam os monstros e os deuses. No livro, diz-se que há referências na Ilíada, de Homero. Investigarei.
  • Sobre as Eras, no livro diz-se que a Era de Ouro é a seria aquela comandada pelos titãs, a Quarta Era. E a atual seria a Quinta Era, a era da civilização ocidental comandada por Zeus. Bom... que eu saiba, a Era de Ouro é a Primeira Era, aquela realmente governada pelos titãs e a humanidade vivia em paz e harmonia, livre de quaisquer sofrimentos. Até que Prometeu roubou o fogo divino para a humanidade e surgiu a Era de Prata, onde os homens tiveram que aprender a sobreviver. Em seguida, a curta Era de Bronze veio com a violência e brutalidade para abrir espaço a Era de Heróis. A Quinta Era - que é mesmo a atual - é a Era de Ferro que veio com o fim dos heróis e perda da fé. Tentarei escrever um post sobre isso.
  • SURPRESA: Pra mim, a história entre a rivalidade de Poseidon e Atenas vinha da disputa pela cidade de Atenas, quando um criou o cavalo e o outro a oliveira, respectivamente. Atenas venceu. Fiquei encasquetado que no livro é falado que Poseidon teria criado uma fonte de água salgada e não o cavalo... e É ISSO MESMO! Agora entendo melhor porque Atena foi escolhida, afinal os frutos da oliveira são bem mais úteis do que uma fonte de água salgada!
  • Não sei se sátiros são empatas como no livro.
  • No livro, diz que somente Medusa está viva das três górgonas, quando - eu acho - que o contrário é o verdadeiro: somente ela foi morta (por Perseu). Mas a história de sua transformação é bem semelhante.

Viram? Cada vez mais diferente. E já vou avisando: os próximos capítulos FORAM CORTADOS DO FILME MAS SÃO FUNDAMENTAIS PARA A TRAMA... tipo, é grande divisor de águas entre as duas obras! Stay tuned!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 7, 8 e 9

E vai ficando cada vez mais distinto...

LIVRO vs. FILME
  • Existe um Oráculo (o espírito de Delfos que possui uma múmia) no livro que não é sequer citado no filme, apesar de ter grande importância.
  • As náiades também não aparecem no filme.
  • Os colares de argila que representam o tempo de cada meio-sangue no acampamento também foram desconsiderados.
  • A primeira noite na fogueira é bem tranquila, só aprendizados. No filme, a primeira noite no acampamento é com Hades aparecendo e criando um bela quizumba que vou descrever mais abaixo. É aqui que ficamos cada vez mais ciente da diferença no ritmo das histórias contados no livro e na telona.
  • A relação de Percy e Annabeth no livro começa como uma simples amizade cheia de dúvidas por causa das relações entre seus pais divinos. E parece que Annabeth tem uma queda por Luke. No filme, Percy e Annabeth se aproximam de uma relação mais amorosa.
  • Luke é o responsável por ensinar esgrima a Percy. Isso não acontece no filme, mas parece que foi mesclado à cena de combate entre Percy e Annabeth durante a Batalha das Bandeiras... falando nisso...
  • No filme, Percy fica no time azul de Luke contra Annabeth do time vermelho. Aliás, essa é a entrada de Luke no filme. Percy sem querer encontra a bandeira que estava protegida pela filha de Atena e os dois se enfrentam. Com seus poderes sobre à água, Percy acaba derrotando-a. No livro é BEM diferente: Annabeth faz questão da presença de Percy no seu time azul, ao lado de Luke que já havia sido apresentado. O time vermelho está com os filhos de Ares, comandados por Clarisse - aquela que já enfrentou os poderes de Percy. Percy fica somente de vigia, mas Clarisse quer devolver a surra que levou, utilizando uma lança elétrica. Percy quebra a lança e a vence, enquanto, Luke pega a bandeira dando à vitória ao time azul. Annabeth fica invisível só olhando!
  • Logo depois dessa vitória, surge um Cão do Inferno que é derrotado por Quíron. Em seguida, um holograma de tridente surge na cabeça de Percy: é Poseidon reclamando-o como filho. Nada disso acontece no filme, ainda mais pelo fato de que todos sabem que Percy é filho de Poseidon desde o início. E, depois da vitória, acontece o jantar de confraternização em volta da fogueira onde Hades aparece e resolve negociar com Percy. Cães do Inferno só aparecem mais pra frente no filme.
  • Só depois de ser reclamado é que Percy conhece o chalé de número 3, a casa dos filhos de Poseidon que está vazia. No filme, ele já chega ao acampamento para morar num chalé só pra ele construído por seu pai.
  • Ficamos sabendo nestes capítulos porque os deuses pararam de ter filhos com mortais (semelhante ao filme), mas somos apresentados a um pinheiro que marca a entrada do Acampamento Meio-Sangue que é, na verdade, Thalia uma filha de Zeus com uma estrela dos anos 80. Essa história não é contada no filme.

SOBRE MITOLOGIA...
  • Que eu saiba, o Oráculo de Delfos era um Templo para Apolo conduzido por sacerdotes. A pitonisa era a única sacerdotisa e capaz de falar com os deuses em forma de profecias. Alguns dizem que, na verdade, os efeitos de transe eram por conta de gases alucinógenos utilizados nos rituais. Nada de possessão em múmias... Mas o Oráculo do livro cita o nome Febo Apolo, assassino de Píton, e isso está correto, pois Febo seria o nome romano do deus Apolo e Píton uma serpente derrotada por ele.
  • As náiades (ninfas aquáticas) aparecem por nesses capítulos somente como meras sereias, mas elas são mais do que simples sedutoras.
  • No livro é dito que os filhos de Deméter e Afrodite não são poderosos. Bom... Perséfone, filha de Deméter, tornou-se a Rainha do Mundo Inferior (contra sua vontade... é verdade), e Cupido, filho de Afrodite, arrumou um monte de confusão com deuses e mortais. Não sei se chamar os filhos dessas duas deusas de "não-poderosos" é algo muito certo, mas investigarei se existem outros.
  • Tenho que procurar sobre essa filha de Zeus, chamada Thalia. Nunca ouvi falar e não dá pra saber se foi inventado pelo autor.
  • É dito que o vulcão Etna seria o lar do titã Cronos e que a forja dos ciclopes seria no fundo do oceano. Preciso verificar essas informações com maior precisão, tinha ideia do Monte Etna ser a forja.
  • Fala-se sobre uma lenda na qual Hera e Poseidon pede para Hefestos construir uma rede de ouro indestrutível que iria prender Zeus até que ele jurasse se tornar um governante melhor. Nunca ouvi falar nisso. Mas a tal rede é utilizada para outra coisa... que, aliás, acontece mais pra frente no livro.
  • Cães do Inferno na mitologia grega? Pra mim só existe um: Cérbero. Mas como essa criatura aparece no livro e no filme terei que investigar melhor. Aliás... é importante dizer que o inferno flamejante cristão não era exatamente a ideia de Mundo Inferior dos gregos.

E então? Já descobriram alguma coisa sobre essas referências mitológicas? Continuem pesquisando e acompanhando!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 4, 5 e 6

Vou continuar, mas aviso que, a partir destes capítulos, percebe-se que o filme é realmente uma adaptação de roteiro. Começam a aparecer inúmeras diferenças drásticas e só vou apontar algumas mais discrepantes.

LIVRO vs. FILME
  • O Minotauro realmente aparece como o segundo monstro da trama para atacar o carro onde estão Percy, sua mãe Sally e Grover. Mas aqui tem algumas coisas a se questionar. No filme, o Minotauro joga uma vaca na frente do carro e Sally perde o controle do veículo e capota. No livro, o carro é atingido por um raio (!!!) e capota. Mas espere... um raio? Ele não foi roubado? Quem atirou esse raio? Espero que isso seja respondido mais para frente...
  • Outra coisa é a atuação de Grover nesse combate. No filme, Grover ajuda Percy e Sally a saírem do carro e é aí que Percy descobre que Grover é um sátiro. É nesse combate também que Percy usa pela primeira vez a caneta/espada. No livro, Grover fica inconsciente durante TODO o combate com o Minotauro!
  • A "morte" da mãe parece condizer com o livro.
  • O fim do Minotauro é parecido. Percy realmente usa o chifre dele para derrotá-lo (sem touradas como no livro), mas no filme, o monstro só tomba. O que ocorre no livro é que o Minotauro tem o mesmo destino da Fúria: vira pó (banimento para o Tártaro). Além disso, Percy fica com o pedaço do chifre ao invés de descartá-lo como na telona.
  • A presença de Annabeth no livro e no filme são BEM diferentes. Ela é descrita como uma menina de cabelos loiros e cacheados, ou seja, nada parecida com Alexandra Daddario, atriz ruiva de cabelos lisos escolhida para personificá-la. A personagem entra na história na enfermaria onde Percy se recupera do combate com o Minotauro. No filme, ela só chega pouco antes da Batalha das Bandeiras. E essas são só as primeiras diferenças... pois parece que ela foi mesclada a uma personagem que não existe no filme: Clarisse, filha de Ares.
  • Na enfermaria também somos rapidamente apresentado ao segurança Argos, com olhos por todo corpo, mas esse personagem não aparece no filme.
  • Somos apresentados também ao Néctar e à Ambrosia, a bebida e a comida dos deuses que possuem funções curativas. Esses dois elementos não aparecem no filme.
  • No Acampamento Meio-Sangue, temos outras mudanças drásticas e (acredito eu) importantíssimas. Primeiro, ficamos sabendo que o responsável pelo acampamento é o Sr. D., que, na verdade, é Dionísio! No filme, temos a impressão que o responsável é o Sr. Brunner/Quíron. Sr. D., Sr. Brunner e Grover contam a história dos deuses nos EUA para Percy num jogo chamado pinochle (tipo truco) que não acontece no filme.
  • Depois temos a divisão dos 12 acampamentos olimpianos que separam os filhos em dormitórios. No filme, desde o início fica-se sabendo que Percy é filho de Poseidon e ele é levado para uma casa feita só para ele. No livro, não tem nada disso. No início, ninguém sabe de quem ele é filho, então, é levado para o dormitório 11 de Hermes, onde conhece um Luke de 19 anos com uma cicatriz no rosto!
  • Percy tem uma briga com Clarisse no banheiro onde novamente mostra seus poderes ligados à água. Annabeth desconfia de algo. Essa passagem não ocorre no filme, até porque - como já disse - Clarisse não existe.
  • Ah... e Sr. Brunner/Quíron não segura o horrendo cajado que Pierce Brosnan tem no filme... ele usa um arco.
  • Interessante comentar que no livro tem outra coisa parecida com a série Harry Potter. Sabem aquela história de não poder falar Voldermort e só chamá-lo de Você-sabe-quem? Pois é... no livro também tem uma coisa com nomes, como se eles tivessem o poder de conjurar quem foi dito. Claro que Percy (assim como Harry) fica falando e sempre sendo repreendido.

SOBRE MITOLOGIA...
  • O Minotauro é descrito corretamente como filho de Pasífae, mas não tenho referências dele ter péssimas visão e audição.
  • Existem várias lendas sobre Argos. O mais comum é descrevê-lo com vários olhos na cabeça, descansado de dois em dois, ou seja, ficando permanentemente acordado.
  • No livro, Dionísio está no Acampamento porque foi repreendido por Zeus ao tentar seduzir um ninfa que estava proibida. Ainda não encontrei essa história para confirmá-la, mas o amor de Zeus por Dionísio era tamanho que não sei se essa história poderia ser verdadeira. Talvez no livro tenha sido feita uma brincadeira por causa das características boêmias do deus.
  • Eu só conhecia o poder da flauta sobre os animais vindo de Apolo ou de . Não sei se todos os sátiros detém esse poder, apesar de ser bem possível.

Então já sabem: se vocês encontrarem alguma referência mitológica que possa confirmar (ou não) os dados acima, escrevam! Lembrem-se, também, que todos os mitos aqui contados parcialmente, terão - um dia - sua versão completa (ou a mais completa possível) aqui neste site. Acompanhem!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Desvendando PJ: Livro 1 - Capítulos 1, 2 e 3

Olha... vai ser um pouco mais complicado do que eu imaginava: o filme e o livro são bem distintos. Os personagens principais estão lá... a temática está lá... mas o desenrolar da história é bem diferente. Até mesmo na velocidade das ações, já que o filme parece se desenrolar em pouquíssimos dias, o livro gira em torno de quase um mês (ou mais). Mas vamos lá... tentarei reduzir ao máximo os spoilers (mesmo achando impossível fazer isso). Espero que vocês tenham lido o livro e visto o filme.

LIVRO vs. FILME
  • No livro, a escola de Percy é um internato. Esse detalhe é importante, porque o deixa afastado de sua mãe por 6 meses. Já no filme, é uma instituição pública com aulas diárias em turnos, ou seja, ele vai todo dia para escola saindo de sua casa.
  • Sr. Brunner, o centauro Quíron, foi corretamente representado em sua versão humana com cadeira de rodas. Porém, no livro, seu corpo de centauro é branco, enquanto no filme é marrom.
  • O passeio no museu pela ala greco-romana com a turma acontece como no filme. No entanto, antes de ir embora acontece um incidente com uma aluna (Nancy Bobofit), onde já ficamos sabendo que Percy tem alguma ligação com a água. E é este incidente que gera a chamada da Sra. Dodds e sua transformação em Fúria na mesma ala greco-romana onde foi realizado o passeio. No filme, Sra. Dodds chama Percy para uma sala fechada e o ataca.
  • No livro, a Sra. Dodds já está há pelo menos 6 meses dando aula como professora substituta, enquanto no filme ela tem pouco tempo na escola.
  • A caneta/espada - que só é entregue para Percy no filme após o ataque da Fúria - é usada pelo rapaz para derrotá-la. Aliás, no filme, ela é afugentada pelo Sr. Brunner e Grover sem ser derrotada.
  • Esse episódio fica um tempo como se fosse ilusão, tentando desnortear Percy. Tanto Grover quanto o Sr. Brunner dizem que nada aconteceu e que nunca ouve uma Sra. Dodds. Mas, como escrevi acima, no filme ambos participam do primeiro ataque.
  • Ao voltar pra casa no fim do semestre, Percy e Grover tem um longo papo em um ônibus e eles encontram as Três Parcas. Essa passagem não é contada no filme.
  • No filme, logo após o ataque, Percy e Grover vão pra casa avisar sua mãe do ocorrido e eles fogem para o acampamento. No livro, a história é bem mais longa. Depois do ataque é que os personagens da mãe e do padrasto Gabe surgem. Conhecemos o odor terrível e o jeito insuportável de Gabe e como Sally é maravilhosa. Ficamos sabendo que a mãe trabalha numa loja de doces e que ela vai levá-lo para férias no litoral. É lá que Grover os avisa que eles estão sendo caçados e começa a corrida para o acampamento.
  • No litoral, também ficamos sabendo um pouco do passado de Percy Jackson que teria sido expulso de outras escolas por causa de eventos estranhos como seu momento Hércules (esmagou uma serpente no berço da creche) ou sua paranóia com um ciclope que o espionava. Isso não é citado no filme.
  • No filme, Poseidon aparece rapidamente para Percy logo no início, falando em sua mente. No livro, Percy tem sonhos com águias e cavalos, mas nenhum contato com seu pai. nem sequer sabe quem é, pois ele teria sido abandonado antes de nascer, quando seu pai saiu numa viagem marítima sem volta.

SOBRE MITOLOGIA...
  • É sabido que Cronos vomitou seus filhos depois que Réa, sua esposa, ofereceu a ele uma bebida com uma poção que Zeus conseguiu com Métis. No livro, diz que era uma mistura de mostarda e vinho, da qual não tenho referências.
  • A Batalha de Titãs foi a grande batalha que definiu o Panteão grego. Foi basicamente entre os filhos de Cronos - que se tornaram os Olimpianos - e os irmãos de Cronos, os Titãs. Os deuses venceram, mas não tenho referências de que Cronos foi esquartejado com sua própria foice e espalhado pelo Tártaro como diz no livro. A princípio, todos teriam sido apenas encarcerados no local.
  • Aliás, o Tártaro não é o Mundo Inferior, ou Subterrâneo. O Tártaro é ainda mais profundo. Alguns dizem que é uma entidade, mas o Tártaro é um local que já existia antes do Caos criar o mundo.
  • As Parcas são realmente as fiadoras do destino. O retrato delas no livro é bem próximo da lenda.
  • No livro, as Fúrias são chamadas de Benevolentes e são servas de Hades. Não tenho referências desse nome, mas sim de Erínias. As Fúrias nasceram do sangue de Urano depois de ser destronado por seu filho, Cronos, e elas não tinham absolutamente NADA de benevolentes. São realmente servas de Hades e possuem asas de morcego, mas nada de carecas: tinham cabelos ofídicos.
  • Hércules realmente esmaga serpentes em seu berço quando ainda era um recém-nascido. As serpentes teriam sido enviadas por Hera, descontente com o filho de Zeus fora do casamento.
  • Ciclopes nunca foram espiões. Sendo sarcástico, acho que um olho só não deve ser bom para o negócio... Ciclopes eram exímios ferreiros e artesãos.
  • Percy sonha com uma águia e um cavalo se enfrentando. A águia é o animal consagrado a Zeus, enquanto os cavalos teriam sido criados por Poseidon como presente à humanidade.

Acho que é isso nos três primeiros capítulos. Se vocês encontrarem alguma referência mitológica que possa confirmar (ou não) os dados acima, escrevam! E lembrem-se: todos os mitos aqui contados parcialmente, terão - um dia - sua versão completa (ou a mais completa possível) aqui neste site. Portanto, aguardem e acompanhem!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Desvendando Percy Jackson e o Ladrão de Raios...

Divulguei a estréia do filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Percy Jackson & The Olympians: The Lightining Thief, 2010) por aqui. Também comentei por aqui o que achei do filme e suas referências mitológicas. Por conta das diferenças, acabei descrevendo o mito de Perseu.

Agora que estou de férias, resolvi pegar o livro para comparar com o filme e ver como foram escritas as lendas gregas. Tem tanta coisa diferente... que resolvi contar aqui. Vai ser impossível não revelar alguns spoilers. Tentarei diariamente postar sobre um ou mais capítulos do livro, explicando e comparando, até seu fim.

Pra começar seria interessante dizer que não encontrei referências de uso mitológico para o termo meio-sangue (half-blood) utilizado no livro e no filme para chamar os semideuses. É possível que essa idéia de "mestiço" tenha vindo da série Harry Potter, já que a série do Percy Jackson veio com a proposta de substituir (sem sucesso) o bruxo.

Com relação ao filme, a idade do protagonista é uma questão. No livro, Percy tem 12 anos. O ator Logan Lerman tinha 18 anos quando filmou. Percebe-se que o objetivo não era sequenciar o filme como foi pensado com Harry Potter, que teve um ator que cresceu na telona.

Que comece a saga!

Capítulos: 1/2/3 - 4/5/6 - 7/8/9 - 10/11/12 - 13/14/15 - 16/17 - 18/19/20 - 21/22