sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Deuses entre nós

O ilustrador turco Berkay Daglar imaginou os deuses gregos no século XXI.


E aí... o que achou?

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Só mais uma coisa a declarar

O artigo 19, I, veda aos Estados, Municípios, à União e ao Distrito Federal o estabelecimento de cultos religiosos ou igrejas, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

É lei!

A Constituição da República em seu artigo 19, inciso I protege a liberdade de crença, o livre exercício dos cultos religiosos e o faz da seguinte forma:
Art. 5. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Nada mais a declarar.

domingo, 7 de outubro de 2012

Ignorância mitológica

Um caso bizarro está se desenrolando em Petrolina, Pernambuco. O escultor Ledo Ivo, com autorização da Marinha, instalou uma escultura da Mãe d'Água, figura da mitologia indígena brasileira, nas águas do rio São Francisco.


Por conta disso, o vereador evangélico Osinaldo Sousa fez então um discurso inflamado, acusando a estátua de estar representando, na verdade, Iemanjá, e que por este orixá ser dos cultos afro-brasileiros, também é o demônio e uma blasfêmia a Deus-Todo-Poderoso!

A gritaria na cidade foi tanta que Ledo Ivo acabou vendendo a estátua para uma pessoa instalá-la em sua fazenda!

Vamos lá... caro, seu "dotô" Osinaldo:
  • Pra começar, são duas mitologias diferentes e, assim, duas entidades diferentes.
  • Consideremos também que a Mãe d'Água não é uma divindade e sim um personagem folclórico próximo a uma sereia (que já expliquei AQUI).
  • Orixás e demônios também são de mitologias diferentes...
  • Cada um deposita sua fé onde bem entender. O senhor, por exemplo, acredita em arcas gigantes, mares que abrem no meio, chuva de sangue e pessoas que andam sobre as águas.
  • Você sabia que o Brasil é pura miscigenação cultural, racial e religiosa? O sincretismo está intrínseco as bases fundamentais deste país.
  • E, por último, e talvez mais importante o Estado deve ser laico, ou seja, nenhum político pode acionar as leis em nome de questões religiosas. Ele até poderia usar de argumento que não se pode utilizar dinheiro público para levantar monumentos a quaisquer religiões, mas seria facilmente refutado com o fato da Mãe d'Água não ser uma deusa e, portanto, não ser digna de adoração.
Lamentável. Esse blog repudia manifestações religiosas de qualquer tipo, principalmente as ignorantes. Aproveitem o dia de hoje e votem corretamente.
(Via Tony Góes)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Lá vai São Francisco!

Pelo dia de hoje, Dia de São Francisco de Assis:



Ney Matogrosso cantando São Francisco no belíssimo musical infantil A Arca de Noé (1980), com composições de Vinícius de Moraes! Época boa...

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Invocando Anfitrite

Um belo video de Damien Krisl (do Eclumes Studio na Suíça) inspirado em Anfitrite, deusa submarina, esposa de Poseidon.

sábado, 29 de setembro de 2012

Hebe

Hebe, estátua de Antonio Canova esculpida
entre 1800-1805. (Museu Hermitage, Rússia)
Filha de Zeus e Hera, Hebe ("puberdade") era a deusa da juventude e das jovens noivas antes do casamento. Era também a copeira dos deuses: cumpria no Olimpo diversas obrigações "domésticas", como preparar o banho de seu irmão Ares, ajudar Hera a atrelar seu carro e servir néctar e ambrosia aos deuses. Em festas dançava com as Musas e as Horas, ao som da lira de Apolo.

Uma lenda diz que Hebe era somente filha de Hera, que, ao comer alface selvagem em um banquete do deus Apolo, teria engravidado da deusa. A verdura é, inclusive, associada à jovem.

Um dia, quando servia aos deuses em um banquete, caiu numa posição inconveniente. Alguns olimpianos puseram-se a rir sem parar e a jovem, envergonhada, negou-se a continuar servindo-os. Foi substituída, então, pelo mortal Ganímedes, trazido por Zeus para a função.

Por ser aquela que alimentava os deuses, Hebe era vista como a deusa da imortalidade, assim como a deusa escandinava Idun. Ela seria responsável por conceder a força para os deuses não envelhecerem e permanecerem com a aparência jovial. Uma lenda conta que Hebe deu sua juventude por um dia ao herói Iolaus para ele derrotar seu inimigo, Euristeu.

Muitos também a adoravam como uma deusa da beleza por conta de sua juventude. Por essa razão, era frequentemente associada a Afrodite, fosse como sua companheira ou sua mensageira (espalhando juventude e suas paixões). Costumava ser retratada como uma bela jovem de vestido sem mangas ou de peito nu.

Pintura do casamento de Hebe e Hércules em vaso.
Foi a terceira esposa de Hércules (a primeira divina), depois que ele foi imortalizado, para reconciliar o herói com Hera, a responsável pelos famosos doze trabalhos. Com ele, teve dois filhos, Alexiares e Aniceto. Uma outra tradição cultural, diz que Hebe foi mãe de Kentauros com Apolo e foi dada à Hércules em casamento numa tentativa de selar a paz entre o algoz da espécie.

Recebia o epíteto de Basileia ("princesa") e Dia ("brilhante"), e os romanos a chamaram de Juventas. Em Flios, sul da Grécia, existiu um templo dedicado a ela, com galos e galinhas (animais sagrados a ela e a Hércules). O símbolo do signo de Aquário é uma representação da deusa despejando o néctar dos deuses.

Hebe, deusa da mocidade, estátua em mármore de Giulio Starace (1887-1952), 1934

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Fora do ar...

Problemas técnicos me tiraram da internet, do computador, do tempo... mas volto na semana que vem. Aguardem!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mitologia dos quadrinhos para a TV

O canal estadunidense Fox vai adaptar para a TV a HQ Headache, de Lisa Joy e Jim Fern. Intitulada Athena, a trama da série terá como foco uma jovem de 23 anos que descobre ser Atena, a deusa grega da sabedoria e da estratégia. A cada semana ela deverá manter sua identidade secreta enquanto enfrenta monstros da mitologia, buscando descobrir qual dos outros deuses do Olimpo estão tramando contra ela para tomar controle da Terra.

sábado, 8 de setembro de 2012

Perto dela

Fui até a Praia de Botafogo e tirei fotos de Awilda, a Iemanjá de 12 metros do espanhol Jaume Plensa.

O nome completo da obra é Olhar nos meus sonhos (Awilda).
As oferendas pra Iemanjá costumam ser feitas em barquinhos.
Para Awilda, as oferendas são em tamanho real!
Referência de tamanho. Pena que o Pão de Açúcar estava encoberto...

No display explicativo, fica-se sabendo que Awilda é, na verdade, a filha de um rei escandinavo do século V que se tornou uma mulher pirata, mas que o artista chama carinhosamente de Iemanjá. Ela ficará até 2 de novembro convivendo com barcos e pessoas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Iemanjá está em praias cariocas!

O artista espanhol Jaume Plensa inaugurou hoje, na Praia de Botafogo, na Zona Sul do Rio, a escultura do rosto gigante de uma mulher, feita em fibra de vidro. Segundo o escultor, trata-se de uma homenagem a Iemanjá, orixá do qual ele diz ser devoto, e foi construída ao longo dos quatro meses que o artista está no Brasil (desde novembro). Intitulada Awilda, a obra ficará instalada na beira do mar por dois meses. A obra faz parte da mostra de arte pública OIR - Outras Ideias para o Rio.

(Matéria do Globo.com e foto de Renata Soares)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lua Azul

A Lua azul vista hoje na Acrópole
Quem olhar para o céu hoje à noite vai ver um evento que só acontece, em média, a cada três anos: a Lua Azul. Mas não se engane com o nome, pois não tem nada a ver com a cor do astro. Ela é, na verdade, o acontecimento de duas luas cheias em um mesmo mês. Só isso. A primeira foi no dia 2 de agosto e tivemos outra hoje, dia 31.

As últimas luas azuis ocorreram em 31 de maio de 2007 e 31 de dezembro de 2009. As próximas deverão ocorrer em julho de 2015, janeiro e março de 2018, outubro de 2020, agosto de 2023, maio de 2026, dezembro de 2028... e assim por diante.

O registro da Lua Azul não é considerado um evento da astronomia. Ele ocorre por causa da falta de sincronização entre o calendário de fases da Lua (29,5 dias) e o calendário gregoriano (meses de 30 ou 31 dias, menos fevereiro), adotado na maior parte do mundo. "É mais um evento popular, que os místicos gostam de invocar, e não tem importância astronômica", diz Gustavo Rojas, astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos.

Fevereiro é o único mês que não pode ter a Lua Azul, mesmo em anos bissextos. Inclusive é possível um ano não ter nem uma lua cheia no mês de fevereiro, nesses anos, acontece uma Lua Cheia no final de janeiro e a outra no início de março, ou seja duas Luas Azuis no mesmo ano. Isto ocorre em média a cada 35 anos.

De acordo com alguns historiadores, o nome Lua Azul foi criado no século XVI, porque algumas pessoas diziam que viam a lua azulada, enquanto outras a viam cinza. Muitas discussões ocorreram até se concluir que era impossível a Lua ser azul. Criou, assim, uma espécie de expressão linguística que passou a ser sinônimo de algo impossível ou difícil. O termo ganhou força principalmente nos EUA e algumas frases como "só me caso com você se a lua estiver azul" foram rapidamente popularizadas.

Segundo Rojas, a escolha do nome "Lua Azul" para descrever duas luas no mesmo mês foi infeliz porque a expressão já era usada na astronomia para descrever anos tropicais com 13 luas cheias, onde pelo uma das estações do ano tem quatro luas cheias, em vez de três. O novo uso da expressão surgiu em 1946, por erro de um astrônomo amador, que acabou se perpetuando.

domingo, 26 de agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O folclore brasileiro de Maurício de Sousa

Curupira
A Mauricio de Sousa Produções está lançando a série Turma da Mônica - Brincando de Folclore. Trata-se de uma série de livros pop-up (aqueles em que as imagens em dobradura levantam da página quando o livro é aberto) que contam as histórias de algumas das lendas do folclore brasileiro sempre com participação da Turma da Mônica.

A série é quinzenal até a edição 11 e será semanal a partir daí, contando com 50 volumes, cada um dedicado a uma lenda diferente:
Saci | Curupira | Boto rosa | Iara | Mula sem Cabeça | Boitatá | Lobisomem | Negrinho do Pastoreio | Vitória Régia | Cuca | Cabra Cabriola | João de Barro | Cobra Honorato | A loira do banheiro | Uirapuru | Gralha-azul | Onça-boi | Lua | Pirarucu | Pai do mato | Onça maneta | Negro D'Água | Jericoacara | Mandioca | Jurutaí | Diamante | Erva Mate | Bicho Homem | Mapinguari | O milho | Iemanjá | Bumba meu boi | Chorô do Ipê | Santo Antônio casamenteiro | São João | Origem das frutas | Peixe eletrônico | Vagalume | Mãe D'Ouro | Por que os galos cantam? | Vaqueiro misterioso | Japim mágico | e outras!
A coleção também conta com livros de atividades e adesivos, que permitirão que as crianças fixem as histórias em suas mentes através de atividades divertidas. O projeto conta com a supervisão de uma pedagoga para garantir a qualidade do material em relação ao seu conteúdo.

Lançada pela Planeta DeAgostini, a série tem preço de lançamento de R$4,99. A partir da segunda edição, vai para R$9,99.

Gente... que barato! Tem coisa aí que nunca ouvi falar! E no traço do Maurício de Sousa!!!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Hidromel

O hidromel é uma bebida alcoólica fermentada à base de mel e água (usualmente, na proporção 1 para 2). Alguns apontam sua origem há 8 mil anos, na Pérsia e na Índia. Portanto, sua fabricação é anterior à do vinho e seguramente à da cerveja, podendo ser considerada a primeira bebida fermentada na História. As culturas antigas consumidoras desta bebida foram os gregos, romanos, celtas, saxões e os vikings, cuja mitologia a colocava como néctar divino. Também era conhecido o consumo de uma bebida similar pelos maias. Os povos de língua inglesa chamam o hidromel de mead, palavra de raiz grega, a mesma do sânscrito methus. Mulso é outra palavra para hidromel e para uma mistura de vinho com mel.

Mas é na mitologia dos povos escandinavos que se encontra grande parte de suas lendas. Após a guerra entre os dois panteões divinos, os Aesires e os Vanires, eles cuspiram em um jarro para determinar a trégua. Dele, surgiu Kvasir, o gigante da sabedoria. Kvasir viajava pelos nove mundos disseminando a paz e o conhecimento. Até chegar em Nidavellir, o reino dos anões, onde foi assassinado pelos irmãos Fjalar e Galar, que misturaram o sangue do gigante à uma bebida fermentada. Assim, quem bebesse desse líquido – chamado de Hidromel da Poesia – adquiria enorme conhecimento.

Um dia, os gigantes invadiram o reino dos anões e levaram odrörir (o recipiente da bebida mágica) para a morada de Suttung, o poderoso gigante das montanhas. Para recuperá-la, Odin disfarçou-se do gigante Bolverk, seduziu a giganta Gunnlud que protegia o recipiente e conseguiu roubar o hidromel. Como uma águia, levou a bebida em seu bico para Asgard. Já sendo o todo-poderoso, Odin acabou ganhando poderes proféticos. Depois, a bebida ficou sob a responsabilidade de Bragi, deus da poesia e provável filho de Gunnlud com Odin.

O epíteto de "bebida divina" não era exclusiva dos escandinavos. Na mitologia grega, Ganimedes era o copeiro do Olimpo que servia aos deuses com hidromel e ambrosia.

Acredita-se em uma tradição que os recém-casados deveriam consumir esta bebida durante o primeiro ciclo lunar após as bodas para nascer um filho varão. Daí teria surgido a lua de mel.

"Thor", um single malte de 16 anos que foi fabricado pela Highland Park com um case de madeira que lembrava um barco viking e o martelo de Thor estampado na garrafa. Custava U$245.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O oitavo anão


O cão Pluto, personagem criado por Walt Disney em 1930, tem o mesmo nome que o planeta Plutão (em inglês, Pluto) o que não é mera coincidência: o personagem foi assim batizado em homenagem àquele corpo celeste, que por sua vez recebeu o nome romano do deus do submundo por ser escuro e gelado.

Como a União Astronômica Internacional rebaixouo astro à categoria de planeta anão, a Walt Disney Co. divulgou um comunicado bem-humorado em que os Sete Anões se solidarizam com o cachorro do Mickey Mouse. Fazendo trocadilhos com os nomes dos personagens, um trecho da carta aberta ao público diz:
Embora a gente esteja pensando que é coisa do Dunga, o rebaixamento de Plutão - uma decisão que algum Zangado tomou e que outros tiraram uma Soneca a respeito - não é Dengoso dizer que nos deixa Feliz o fato do Pluto da Disney se unir a nós como o oitavo anão.
Bonecos do famoso cachorro de cor laranja foram vistos em demasia nos muitos protestos que aconteceram em algumas partes do mundo, antes e depois da "polêmica" decisão dos astrônomos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

In loco

Pirâmide de Kukulcán em Chichen Itzá
No início deste mês, a cidade do Rio de Janeiro foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, título que a cidade maia de Chichén Itzá possui desde 1988. Localizada na Península de Iucatán, no México, estima-se que ela tenha sido fundada entre 435 e 455 a.C.

Ano passado, por ocasião dos 100 anos de Machu Picchu, estive na belíssima cidade inca que, junto com Chichén Itzá, são duas das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Este ano, com tanto papo sobre a cultura maia por causa das errôneas previsões do fim do mundo, é pra lá que eu vou! Por isso, este blog andou focando bastante na mitologia maia!

Aguardem um pouco que voltarei com histórias e fotos de mais um local mágico! Dêem uma olhada no que tem por aqui sobre o assunto que eu volto já!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Camazotz

Camazotz ("morcego mortal") era o Deus dos morcegos, um vampiro com dentes afiados, asas, garras e nariz de folha. Monstros-morcego (vampiros) eram chamados pelo mesmo nome e enfrentaram os irmãos gêmeos no Xibalba. O deus em si arrancou a cabeça de Hunahpu e a fez de bola para o jogo de pelota.

Também chamado de Cama-Zots e Zotz, pensa-se que seu mito foi inspirado num morcego hematófago (Desmodus rotundus) que vivia no México e na Guatemala, hoje extinto. Era associado à noite e à sacrifícios e vivia na sua caverna no Xibalba, chamada Zotzilaha.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Kinich-Ahau

O deus-sol dos maias era Kinich-Ahau, o Senhor do Olho do Sol. Como tantos outros deuses do sol, de dia tinha uma identidade diferente da noturna. Durante o dia, enquanto viajava pelo céu, Kinich-Ahau podia aparecer tanto na forma jovem quanto na velha, mas em geral era retratado vesgo com um grande nariz aquilino. Alguns diziam que nesse momento, ele seria o avatar diurno de Itzamna, o Pássaro Dourado (Arara) Flamejante, o Dragão Celeste. Era também deus da música e da poesia, relacionando-se com os cervos, os colibris (energia sexual) e as águias (caráter guerreiro).

Mas à noite, em sua viagem noturna pelo mundo subterrâneo, transformava-se no Deus Jaguar, governante maior do Xibalba, símbolo de poder do rei e da fertilidade da terra. Essa transição diária também o colocava como o Criador do Tempo, a Origem do Porvir.

Em seu lado irado, era o patrono das doenças, das guerras e da seca na terra. Sacerdotes vestiam a pele do jaguar e traziam essas qualidades de volta à vida em cerimônias (muitas próximas do Ano Novo) destinadas a curar, a trazer chuvas ou a levar sucesso às caçadas e aos combates.

Possível escultura de Kinich Ahau no Templo das Máscaras em Kohunlich, sítio arqueológico na península de Yucatán.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Será que agora vai, Teseu? Será, Minotauro?

Teseu combatendo o Minotauro,
estátua em mármore de Jean-Étienne Ramey
(Paris,  Jardim das Tulherias, 1826)
Depois do grego Hércules e do celta Cuchulain, teremos mais uma versão de herói mitológico na telona! Dessa vez será Teseu e, sendo assim, devemos conhecer toda a história em torno do famoso Minotauro e seu labirinto. Será que falarão de Dédalo ou farão aquela confusão dos Imortais?

O responsável pelo visual das criaturas mitológicas será o designer de Avatar. Dessa forma, eu espero que cheguem a um Minotauro interessante, porque toda hora tem um diferente... já teve em Percy Jackson, em Fúria de Titãs...

Aguardemos 2014 (ou 2015...).

domingo, 8 de julho de 2012

Ah Puch

Ah Puch, o Descarnado, é um dos soturnos governantes do Xibalba, o inferno maia. Associado àmorte, à noite, à guerra e aos sacrifícios, era o responsável pelo Mitnal, o último nível do submundo, o mais profundo e desagradável. Era também chamado de Kisín (o flatulento), Hun Ahau (morte única), Yum Kimil (senhor morte) e Vucub Camé (sete mortes).

Muito temido pelos maias, dizia-se que Ah Puch escondia-se de modo assutador na casa dos mortos e moribundos, pronto para levar suas almas, como um ceifador. Acreditava-se que a única maneira de escapar de suas atenções era gritando e gemendo de uma forma bem convincente para que o deus acreditasse que o moribundo já estivesse recebendo alguma punição de seus demônios menores. Assim, ele sairia triste por não levar uma alma, porém feliz de saber que a tortura estava sendo realizada.

Muan, era sua coruja-mensageira que levava as más notícias à humanidade. Até hoje persiste a lenda que, quando uma coruja pia, alguém próximo morre. Se você a ouvir, respire fundo e conte até dez. Aliás, Ah Puch é patrono do número dez. Também era visto com cachorros e morcegos.

Normalmente era representado como um esqueleto em estado de putrefação. Seus chapéus são bem variados: ou a cabeça de um jaguar, ou de um boi ou de uma coruja, que podiam ser adornados com olhos humanos. Cascavéis aparecem enroladas em seu corpo ou como cabelos, com seus chocalhos representados como sinos. No Poço de Sacríficios de Chichen Itzá (sagrada cidade maia), foram encontradas inúmeras cascavéis de bronze e de ouro, provavelmente, dos corpos imolados em nome dos deuses.

Ah Puch é a antítese de Itzamna, o complemento das forças da vida que harmonizavam o dinamismo cósmico. É identificado com o Mictlantecuhtli dos astecas, enquanto o Mitnal parece nos trazer uma representação de inferno próximo ao que Dante Alighieri criou na Divina Comédia, com nove círculos, sendo o nono o mais profundo.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Vucub-Caquix e seus filhos

No Popol Vuh - antigo documento quechua -, Vucub-Caquix ("sete araras") era um monstruoso e gigantesco pássaro-demônio que pretendia ser o astro-rei da antiga criação (antes da atual, logo depois do dilúvio). Carregava um falso sol em seu bico, causando infelicidade pelo mundo.*

O demoníaco abutre foi abatido pelos irmãos gêmeos heróis, Xbalanque e Hunahpu, que o atingiram com dardos de zarabatanas. O monstro caiu dos céus em chamas para o Xibalba (inferno maia) e se tornou um deus da morte.

Outra lenda conta que os gêmeos herói se irritaram com a arrogância do deus-demônio e dediriam matá-lo. Para tal, se esconderam sob a árvore favorita dele e o atacaram com suas zarabatanas. Enfurecido, Vucub-Caquix arrancou o braço de Hunahpu e escapou. Os gêmeos, então, convenceram um casal de idosos para posar como curandeiros, oferecendo-se para curar seus olhos e dentes. O velho casal enganou o pássaro, dizendo-lhe que precisaram substituir seus olhos de metal e seus dentes de jóias e turquesas. O abutre concordou, e eles substituíram por grãos de milho. Vucub Caquix perdeu seu poder e morreu rapidamente.


É também chamado de Vucab-Cakix, Vucub-Came e Gucup-Caquix.

Com sua esposa Chimalmat, teve dois filhos tão malignos quanto ele: os gigantes montanhosos Cabrakán, deus dos terremotos, e Zipacná, o empilhador de terra. Ambos também tiveram seu fim pelas armadilhas dos gêmeos. Cabrakán foi enterrado depois de comer galinhas envenenadas e Zipacná foi esmagado por uma montanha enquanto comia um caraguejo preparado pelos heróis.

* Uma curiosidade: acredita-se que esse monstro esteja representado na constelação de Cygnus (Cisne), onde em seu "bico" existe uma estrela misteriosa (X-1) que se tornou uma supernova e, consequentemente, um buraco negro.

domingo, 1 de julho de 2012

Mensagem sobre o fim

Transcrevo aqui parte da matéria da Veja On Line sobre a descoberta de uma escadaria maia com inscrições sobre o último dia de 2012, dia 21 de dezembro:
Uma escadaria com mensagens hieroglíficas de mais de 1.300 anos da civilização maia, com menção ao “último dia”, 21 de dezembro de 2012, foi encontrada no sítio arqueológico de La Corona, na Guatemala.

O texto, escrito em 56 hieróglifos nos degraus de uma escadaria, é considerado a descoberta mais importante das últimas décadas de pesquisas sobre a civilização pré-colombiana. Em maio, arqueólogos já haviam anunciado a descoberta do mais antigo calendário maia, encontrado no mesmo local.

"A mensagem tem caráter mais político do que profético", afirma Marcello Canuto, diretor do Instituto de Pesquisas da América Central da Universidade de Tulane (EUA) e codiretor do Projeto Arqueológico La Corona. De acordo com ele, os maias usaram o calendário para promover a continuidade e a estabilidade dos reinados, mais do que prever o apocalipse. Descrevendo ciclos de poder, estabeleceram que ele fosse se encerrar em 21 de dezembro de 2012.

David Stuart, da Universidade do Texas, que esteve na primeira expedição a La Corona em 1997, identificou a referência a 2012 em um bloco de uma escadaria descoberto recentemente. A mensagem comemorava a visita a La Corona do rei maia mais poderoso da época, em 696 a.C. Yuknoom Yich'aak K'ahk', de Calakmul, esteve na cidade alguns meses depois de ser derrotado em uma batalha pelo seu maior rival, Tikail, no ano 695. Ele visitava aliados para recuperar o apoio e evitar sua queda. Segundo Stuart, a mensagem sobre 2012 tentava retomar a ordem estabelecendo um grande ciclo de poder.
Detalhe de um dos hieróglifos encontrados no sítio arqueológico La Corona, com referências a 2012(Tulane University/Divulgação)

Ou seja, como já havia dito em outras postagens (aqui, aqui e aqui), podemos relaxar e planejar o ano que vem.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Você precisa de um herói?


Where have all good men gone and where are all the gods? / Where's the street-wise Hercules to fight the rising odds? / Isn't there a white knight upon a fiery steed? / Late at night I toss and turn and dream of what I need
Onde estão todos os homens bons e todos os deuses? / Onde está o sagaz Hércules para lutar contras as crescentes desigualdades? / Não há um cavaleiro branco em seu nobre alazão? / Tarde da noite eu me remexo e sonho com o que eu preciso

I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night / He's gotta be strong and he's gotta be fast and he's gotta be fresh from the fight / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the morning light / He's gotta be sure and it's gotta be soon and he's gotta be larger than life (larger than life)
Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite / Ele precisa ser forte e precisa ser rápido e precisa ter acabado de sair da luta / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até a luz da manhã / Ele tem que ter certeza e tem que ser breve e tem que ser maior que a vida / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite

Somewhere after midnight in my wildest fantasy / Somewhere just beyond my reach there's someone reaching back for me / Racing on the thunder and rising with the heat / It's gonna take a superman to sweep me off my feet
Em algum lugar depois da meia-noite nas minhas mais selvagens fantasias / Em algum lugar além do meu alcance / Existe alguém que quer me alcançar / Correndo pelo trovão e erguendo-se com o calor / Será preciso um super-homem pra me tirar do chão.

I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night / He's gotta be strong and he's gotta be fast and he's gotta be fresh from the fight / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the morning light / He's gotta be sure and it's gotta be soon and he's gotta be larger than life / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night
Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite / Ele precisa ser forte e precisa ser rápido e precisa ter acabado de sair da luta / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até a luz da manhã / Ele tem que ter certeza e tem que ser breve e tem que ser maior que a vida / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite

Up where the mountains meet the heavens above / Out where the lightning splits the sea / I would swear that there's someone somewhere watching me / Through the wind and the chill and the rain / And the storm and the flood / I can feel his approach like a fire in my blood (like a fire in my blood...)
Lá no alto onde as montanhas encontram os céus / Onde o trovão divide o mar / Eu juraria que existe alguém em algum lugar me observando / Através do vento e do frio e da chuva / E da tempestade e da inundação / Eu sinto que ele se aproxima como fogo em meu sangue (como fogo em meu sangue...)

I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the end of the night / He's gotta be strong and he's gotta be fast and he's gotta be fresh from the fight / I need a hero / I'm holding out for a hero 'til the morning light / He's gotta be sure and it's gotta be soon and he's gotta be larger than life
Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até o fim da noite / Ele precisa ser forte e precisa ser rápido e precisa ter acabado de sair da luta / Eu preciso de um herói / Estou esperando um herói até a luz da manhã / Ele tem que ter certeza e tem que ser breve e tem que ser maior que a vida

Direto da década de 1980 com Bonnie Tyler!

sábado, 16 de junho de 2012

Natureza mitológica


Em período de Rio+20 e debates sobre o planeta, este blog ficou VERDE. Aproveitem essa oportunidade para ver como os elementos naturais tem representações diversas por todas as mitologias do mundo:
Curtam!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos namorados

Hoje é o Dia dos Namorados no Brasil, véspera do dia de Santo Antônio. Mas você já sabe que essa data não é tããão amorosa assim, né?

Não sabe ainda?

Clique AQUI e conheça a verdade por trás do dia de hoje e sobre o famoso Valentine's Day.

domingo, 10 de junho de 2012

Pellervoinen

Pellervoinen é o semeador. Nascido da terra, foi convocado por Vainamoinen para plantar árvores, plantas e flores por todo o canto, criando as florestas, os pântanos e campos. Tornou-se assim o protetor de toda a vegetação, uma força criadora da Natureza. Dessa forma, é frequentemente associado à primavera e à fertilidade da terra.

São inúmeros os rituais para despertá-lo no verão e proteger as colheitas nos meses frios. Os poemas folclóricos contam que três meninas - Inverno, Verão e Primavera - tentam acordá-lo. Primavera é a única a conseguir fazê-lo. Algumas versões desses poemas contam que Pellervoinen apenas insemina a menina Primavera para que ela forneça a fertilidade necessária à toda vegetação. Depois, quando ele finalmente acorda, ele só precisa regar as plantas. Os antigos finlandeses identificam Pellervoinen com toda a fertilidade no mundo, inclusive a dos seres humanos.

Também chamado de Sampsa e Pellervo, alguns acreditavam que Pellervoinen possuía várias formas, como, por exemplo, o deus Pekko (ou Pellonpekko), responsável pelas colheitas e pela agricultura. É comumente descrito como um jovem esbelto e pequeno que transporta ou um saco ou uma cesta em volta do pescoço.

É comparado às divindades escandinavas Frey e Njord, mesmo não recebendo diretamente o epíteto de deus.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Um legado em perigo

Transcrevo aqui parte a matéria do último domingo do jornal O Globo sobre a crise na Grécia que está afetando a cultura e os incríveis monumentos.
Em nenhum outro país da Europa a crise econômica é tão dramática, e em nenhum outro país do mundo a herança cultural é tão antiga e vasta: o que está em perigo na Grécia é patrimônio mundial. [...] O legado de milhares de anos está ameaçado, alerta a Associação Grega de Arqueólogos num apelo internacional contra a redução de orçamento, pessoal e condições.

Os arqueólogos dão exemplos de como a segurança tem sido afetada pelos cortes. Em janeiro, um Picasso e um Mondrian foram levados da Galeria Nacional de Atenas: os ladrões entraram pela varanda, durante uma greve de funcionários. Em fevereiro, dezenas de peças "de valor incalculável" foram roubadas de um museu em Olímpia, o lugar original dos Jogos Olímpicos: os ladrões destruíram o alarme e amarraram uma funcionária. [...]

"Os povos da Europa partilham o mesmo destino", resumem os arqueólogos. "As mesmas medidas de austeridade que estão a desfazer a Grécia e os seus monumentos vão ser impostas pela Europa. A cultura é o nosso território comum e o nosso destino comum. Resistam!"

O apelo foi lançado em abril, conta ao Globo a presidente da associação, Despina Kutsumba, de 38 anos.

— Até agora não tivemos resposta do ministério (Helênico da Cultura e Turismo). Durante dois anos tentamos explicar ao governo que estes cortes levariam ao desastre, mas eles não entenderam nada e continuaram. Depois do roubo de Olímpia decidimos fazer o apelo internacional para os constranger.

Além de mensagens no Facebook, as reações estrangeiras incluem "uma carta de apoio de Jack Lang", ex-ministro francês da Cultura.

— Não pedimos dinheiro, pedimos que pressionem o nosso governo — explica Despina. — De acordo com a constituição, os monumentos são responsabilidade do governo. E agora até a Acrópole e o Museu Arqueológico de Atenas fecham às três da tarde porque não temos guardas. Há tantos turistas, e eles não podem ver as coisas, e não teremos o dinheiro desses bilhetes.

No horário de verão, como o que vigora atualmente museus e sítios arqueológicos na Grécia fechavam às 19h. Até essa hora, a qualquer dia da semana, havia sempre gente em volta do Partenon, o mais célebre monumento da colina da Acrópole.

Enquanto isso, milionários aproveitam a crise.

— Não é verdade que não estejamos a proteger os nossos monumentos, embora o governo diga que os funcionários não fazem o seu trabalho, mas nós, arqueólogos, não nos podemos proteger dos colecionadores ricos que encomendam coisas da Grécia — diz Despina. —Temos a certeza de que o roubo de Olímpia foi uma encomenda de um colecionador privado, porque são coisas muito conhecidas, que não podem ser postas à venda no mercado. Os colecionadores estão a pedir que roubem para eles, como aconteceu no Iraque e no Afeganistão. É um tráfico global. Essas pessoas preferem países com guerras, em profunda crise ou pobres. E agora encontrarão gente desesperada para fazer escavações ilegais para eles. São dezenas de buracos por toda a Grécia, todos os meses, feitos por profissionais e gente sem emprego.

O jornalista Nikolas Zirganos, 53 anos, que investigou o tráfico de antiguidades, confirma: [...]

— É alarmante. Nos mosteiros e nas igrejas, especialmente no norte, estão a roubar o dinheiro que as pessoas doam, afrescos e ícones. Há um colapso dos mecanismos do Estado. E num cenário caótico, que é algo em que ainda assim não acredito, e ninguém quer, pergunto-me se há planos de emergência.

"Enterremos as nossas antiguidades para serem encontradas por arqueólogos no ano 10000, quando os gregos e seus políticos tiverem maior respeito pela História", ironizou recentemente o arqueólogo Michalis Tiverios, de Tessalônica, no norte do país.

Ex-responsável pelo restauro do Partenon, que está a ser feito há décadas com financiamentos internacionais, o perito Manolis Korres diz que a crise ainda não afetou os monumentos principais, e o trabalho dos investigadores prossegue.

Divulguem essa informação. Não é só pelo horror do tráfico de antiguidades. É a história da humanidade que está em jogo.

domingo, 3 de junho de 2012

Os assustadores mitos de Damien Hirst

O artista britânico Damien Hirst - conhecido por suas obras relacionadas à morte - se uniu ao fotógrafo Rankin para transformar a modelo Dani Smith em criaturas saídas de lendas e contos de fadas em um assustador trabalho colaborativo.



Esse vídeo foi criado para o lançamento do livro de fotos e da exposição que os artistas criaram: Myths, Monsters and Legends.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mais mitos em quadrinhos e livros infantis

A Editora Scipione lançou nas livrarias os dois primeiros volumes da coleção Mitos em Quadrinhos - Mitos Egípcios e Mitos Africanos -, publicados originalmente na Inglaterra em 2006 na coleção Graphic Mythology da editora David West Books.

MITOS AFRICANOS
Os africanos antigos adoravam contar histórias e cantar canções. Assim, a tradição oral, ao longo de gerações, deu-nos os mitos africanos tal qual conhecemos hoje. Originária de muitos lugares e tribos diferentes, a mitologia africana é um baú cheio de histórias e personagens tão grandiosos quanto a vida. Este livro traz três mitos africanos – “A história da criação”, “O cão e o chacal” e “A história da aranha Ananse” – contados no formato de quadrinhos.

MITOS EGÍPCIOS
O Egito é considerado uma das primeiras grandes civilizações da Terra. Ao longo de mais de 3 mil anos, os antigos egípcios criaram uma rica e épica mitologia para manifestar sua religião. Neste livro, o leitor conhecerá as histórias de Rá, Ísis e Osíris, Hórus e Seth e outros personagens míticos marcantes.

Cada volume tem 48 páginas e custa R$ 32,50. Se a coleção for completa, ainda teremos mitologia grega, romana, meso-americana e chinesa.

A Editora Sciopine faz parte do Grupo Abril, líder no mercado de livros didáticos do setor privado. Ela ainda tem outras coleções de livros sobre mitologia grega:

PROJETO REENCONTRO INFANTIL
Antes mesmo de nascer, Hércules já estava destinado a ser o maior herói de todos os tempos. Filho de Zeus e Alcmena, mortal bela e sábia, sofre com o ciúme de Hera. Enfeitiçado pela deusa, Hércules mata a própria mulher e seus filhos. E, para receber o perdão dos deuses, tem de executar doze grandes feitos. Usando sua força, inteligência e sobretudo paciência, torna-se um dos maiores exemplos dos mitos e valores gregos. (48 páginas, R$31,50)

COLEÇÃO MITOS GREGOS
Os mitos gregos são contados nesta coleção em linguagem simples, com belíssimas ilustrações. São eles: Teseu e o Minotauro, Pégaso, o cavalo voador, Jasão e o Velocino de Ouro, Ícaro, o menino que podia voar, Odisseu e o cavalo de madeira, Perseu e a monstruosa Medusa, O toque dourado do Rei Midas, Aracne, a mulher-aranha e O segredo da caixa de Pandora (32 páginas cada, R$23,90)


Gosto muito de tudo isso!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Ukko


Na mitologia finlandesa, Ukko (ou Uku) é o deus do céu que controla o clima e a fertilidade das colheitas. É pai de Ilmatar, a deusa do ar e da criação. É também chamado de Ylijumala, o alto deus, por preceder todas as coisas. Também era responsável por boa sorte nas caças.

Ele faz todas as suas aparições em mitos unicamente por efeitos naturais, quando solicitado. Sempre que dormia com sua esposa Akka ou dirigia sua carruagem celeste, acontecia uma tempestade. Inclusive, a palavra finlandesa para tempestade é ukkonen. Equivale a uma mistura de Zeus (grego) e Odin (escandinavo). No Cristianismo, foi sincretizado ao próprio Deus.

Dizia-se que ele era a fonte de uma misteriosa bebida celeste, um líquido doce como o mel porém com propriedades adesivas (hidromel). Sua arma era um martelo em forma de barco chamado Ukonvasara, mas também era representado como um machado ou um machado, sempre simbolizando os raios. Um víbora serpenteando como um raio era um símbolo do deus.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O fim não está próximo

Mesmo que muitos digam que o mundo irá acabar daqui a exatos 7 meses (no dia 21 de dezembro de 2012), podem relaxar: o fim está looooonge...

Saiu no caderno de Ciências do jornal O Globo, do dia 11 de maio, uma matéria que fala sobre escavações nas ruínas de Xúltun (Guatemala) que revelaram um mural maia do século 9 com calendários que avançam além de 2012. Já expliquei aqui os calendários e apresentei a teoria dos 13 Ciclos Harmônicos, mas com essas novas descobertas acredita-se em pelo menos outros 4 ciclos de mais de 300 anos!

Os novos calendários documentam ciclos lunares e planetários (provavelmente Mercúrio e Marte).
Foto: William Saturno/David Stuart/National Geographic/Divulgação



“Nunca tínhamos visto nada igual”, disse David Stuart, professor de Arte e Escritura Mesoamericana da Universidade do Texas-Austin, encarregado de decifrar os hieróglifos. Ele destacou que se tratam das primeiras pinturas maias encontradas em paredes. A sala onde estão tais escritos pode ter sido um escritório para a reunião de sacerdotes e astrônomos com alguma autoridade na comunidade maia.

Os pesquisadores dizem que essa descoberta foi feita em apenas 1% do que foi escavado até agora. Ou seja... muito mais ainda pode surgir. Se quiser, leia mais na reportagem do Globo.com.