terça-feira, 30 de março de 2010

Seshat

Conhecida como Rainha da Biblioteca e Guardiã dos Arquivos Celestiais, Seshat era mulher de Ptah, filha de Thot e irmã gêmea de Mafdet. Era escriba dos deuses e anotava os impostos coletados e os espólios obtidos nas guerras. Também registrava todos os discursos de coroação dos faraós. Está associada à matemática, à astronomia e aos esquemas de construção quer permeiam a arquitetura e a engenharia. Era dito que seu pai era o responsável pelo conhecimento oculto, enquanto Sheshat representava o conhecimento visível.

Aparece com um papiro de sete pontas como enfeite de cabeça (ou uma roseta - um símbolo de fertilidade do Nilo) e um vestido de pele de leopardo (veste funerária, onde as pintas representam as estrelas do céu e, portanto, a eternidade), segurando um ramo de palmeira onde marca os anos de reinado dos faraós. Seu nome significa - literalmente - "mulher escriba". Era também chamada de Dama do Destino.

Os rituais para a deusa eram liderados por um sacerdote letrado que utilizava cordas para obter dimensões que garantiam os alinhamentos sagrados do universo e, assim, o conhecimento técnico sobre as construções das cidades e - até mesmo - da elevação do Nilo. É possível que tenha sido a grande deusa da sabedoria do Egito Antigo até o culto a Thot crescer ao ponto de "rebaixá-la". Em momentos, chegou a ser vista como uma sacerdotisa.

Um comentário:

  1. Interessante, talvez por que tenho parcos conhecimentos de mitologia não tinha me dado conta que temos pelo menos duas "DEUSAS" da sabedoria: Minerva (grega) e, agora, fico sabendo de Seshat (egípcia)
    Isso bate perfeitamente com o conhecimento histórico de que as mulheres, originalmente, eram profundamente respeitadas e as primeiras sociedade humanas foram matriarcais, a final elas traziam novos seres ao mundo para uma comunidade.
    A medida que as sociedades forma ficando mais complexas e as guerras entre diferentes grupos mais frequentes, o papel da mulher foi sendo relegado ao mundo doméstico (que perda!!!!).
    Todo esse "discurso" porque não em sai da cabeça o conjunto de imagens postadas no Philos+Hippos tratando da violência doméstica (crianças incluídas).
    Por que nós, mulheres, somos tão perigosas?
    Por que nós, mulheres, reagimos tão pouco?
    Por que um número imenso de mulheres não acredita no seu potencial?
    Acho que ler um pouco mais sobre Mitologia e fazer paralelos (a prórpia Seshat foi "rebaixada") pode responder a algumas das muitas questões sobre o elemento feminino.
    Se não fosse pedir muito gostaria de saber se há outras divindades femininas da sabedoria em outras culturas.

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