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terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A África na Avenida

Os desfiles tem espaço para todos os deuses e santos, mas é a África que empodera as escolas. E, na segunda-feira, os orixás desceram e sambaram.

SALGUEIRO
Exu abriu a escola da malandragem e levou o Estandarte de Ouro de melhor Comissão de Frente.

Exu comanda a malandragem.
E teve componente que recebeu a energia dos orixás.

PORTELA
Poseidon voou sobre as águas na comissão de frente da Portela, que trazia Ulisses enfrentando o mar em sua Odisseia. E ainda teve Moisés sobre a águia-símbolo, vikings, múmias e o Eldorado nas viagens de Paulo Barros.


MANGUEIRA
Oyá que abriu os caminhos da Mangueira de Bethânia, mas a África mandou seus orixás pra avenida.


Dá-lhe Carnaval!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cavalo de Troia

O Cavalo de Troia foi um grande cavalo de madeira usado pelos gregos como um estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada de Troia.

Detalhe do vaso de Mykonos com uma das mais antigas
representações do Cavalo de Troia (séc. VIII a.C.).

Os gregos se uniram para assaltarem Troia e recuperar Helena, esposa raptada de Menelau, rei de Esparta. Depois de um penoso e frustrante cerco de nove anos, a cidade permanecia inexpugnada, protegida por altas muralhas. Ambos os lados contavam com o auxílio de deuses: Atena, deusa da sabedoria, favorecia os gregos, especialmente Ulisses, que teria tido a ideia de criar o cavalo de madeira com um interior oco, onde um grupo de guerreiros deveria se esconder. Simulando uma retirada, os gregos deixaram o cavalo às portas da cidade e se ocultaram em uma ilha próxima. Um grego, Sinon, deixou-se capturar e induziu os troianos a levarem o cavalo para dentro da cidade como um presente de vitória sobre o inimigo. À noite, quando a cidade dormia, os gregos saíram do cavalo e facilitaram a entrada de seu exército, que finalmente deixou a cidade em ruínas (localizadas em terras turcas).

Iluminura de Virgílio mostra Sinon e
o cavalo diante dos troianos (séc. V).
A história dessa guerra foi contada primeiro na Ilíada de Homero, mas ali o cavalo não é mencionado, só aparecendo brevemente na sua Odisseia, que narra a acidentada viagem de Ulisses de volta para casa. Outros escritores depois dele ampliaram e detalharam o episódio.

O cavalo é considerado em geral uma criação lendária, mas não é impossível que tenha realmente existido. É mais provável que tenha sido uma máquina de guerra verdadeira (um aríete) transfigurada pela fantasia dos cronistas. Seja como for, revelou-se um fértil motivo literário e artístico, e desde a Antiguidade foi citado ou reproduzido vezes incontáveis em poemas, romances, pinturas, esculturas, monumentos, filmes e de outras maneiras, incluindo caricaturas e brinquedos.

Cavalo de Troia criado para o filme Troia (Troy, 2004), hoje exposto na Turquia.

Tornou-se também origem de duas conhecidas expressões idiomáticas, significando um engodo destrutivo, e neste sentido denomina atualmente uma espécie de vírus de computador ou algo recebido aparentemente agradável, mas que acarreta consequências funestas, um "presente de grego".

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Percy Jackson - O mar de monstros

Perdão se volto ao assunto dos livros da série de Percy Jackson, mas comecei a lê-los e pretendo terminá-los (um dia...). Não vou desvendar o segundo volume das aventuras do garoto semideus como fiz com o primeiro e com o filme adaptado. Mas gostaria de citar alguns pontos mitológicos, tentando não contar segredos.

O segundo livro se baseia em duas grandes aventuras da mitologia grega: a Odisseia e os Argonautas. A Odisseia é um poema épico de Homero que conta a viagem de Ulisses de volta para casa. No caminho, inúmeros perigos como Caribdis, o ciclope Polifemo e os tais lotófagos que pareceram no Cassino em Las Vegas do primeiro livro/filme. Os Argonautas são um grupo de heróis que se juntaram a Jasão para recuperar seu trono indo atrás do Velocino de Ouro na Cólquida. Dito isso, fica meio óbvio quais serão os perigos e qual é o objetivo, não?

Temos vários personagens novos e alguns que já apareceram, mas são mais desenvolvidos pelo autor (como Clarisse, filha de Ares). Fala-se em: lestrigões, Ganimedes, Hermes, ciclopes, cavalos marinhos gregos (que são cavalos com rabo de peixe), sereias (com uma descrição que me surpreendeu), harpias, Circe, Píton, centauros e por aí vai. Percy, Annabeth, Grover e Quíron estão de volta, assim como o traidor Luke.

A linha dos livros parece realmente seguir bem de perto a série Harry Potter. Neste livro, continuam as tentativas de reviver o titã Cronos (Voldermort?) e ficamos sabendo de uma profecia que coloca Percy como uma arma que pode se virar contra os deuses. Fora isso... vocês já perceberam que também temos um trio de protagonistas: Percy (Harry, o deslocado herói), Annabeth (Hermione, a inteligente) e Grover (Ron, o alívio cômico)?

Continua sendo interessante ver como o autor transpõe a mitologia grega para os dias atuais, como, por exemplo, Hermes sendo o verdadeiro mensageiro dos deuses com camisa do correio e um caduceu que vira um celular, ou o Mar de Monstros do título que é o misterioso Triângulo das Bermudas. A entrada de Tântalo também é muito boa. No entanto, esse volume me deu a impressão de que é preciso ter algum conhecimento de mitologia para realmente entender as subtramas, pois muita coisa é explicada superficialmente e acaba ficando distorcido na transposição. Mesmo assim, é um bom ponto de entrada para os jovens no mundo da mitologia grega.