No meio da cidade do Rio de Janeiro tem um paraíso chamado Jardim Botânico. E ele é protegido por Ossanha, orixá do verde, belamente representado nessa estátua em resina de 5 metros de altura do artista plástico baiano Tatti Moreno (2004).
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sábado, 19 de março de 2016
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Xochiquetzal
Chamada de "preciosa pena florida", Xochiquetzal é a representação do arquétipo da mulher jovem em pleno vigor sexual. É a divinização da amante, uma deusa essencialmente feminina e seu âmbito é o amor, a volúpia, a sensualidade, o desejo sexual e o prazer em geral. Sua ação também abrange o jogo, o canto, a dança, a alegria, as flores, enfim, tudo aquilo que envolve beleza. Por essas razões, também rege as atividade artísticas: é a patrona de pintores, bordadeiras, tecelãs e escultores. Conta a lenda que as mulheres nascidas no dia regido por ela podiam ter atividades extremas: tanto serem boas bordadeiras como serem prostitutas. Servia também como protetora das jovens mães, tornando-se padroeira do nascimento e da parturiência.
Irmã gêmea de Xochipilli, foi esposa de Tlaloc, mas também desposou Tezcatlipoca, Centeotl, Ixotecuhtli e Mixcoatl (com esse, foi mãe de Quetzalcoatl). Conta-se que ela realizou o primeiro ato sexual e que de seus cabelos formou-se a primeira "mulher-deusa" para que esta se casasse com Piltzintecuhtli, de cuja união nasceu o Centeotl.
É sempre retratada como uma mulher sedutora e juvenil ricamente vestida que carrega um buquê de malmequeres, sendo simbolicamente associada à vegetação e às flores em particular. Pássaros (como beija-flores) e borboletas costumavam acompanhá-la em comitiva. Uma jaguatirica também a rondava. Sua ligação com a fertilidade do homem e a beleza das flores, também a associou a fertilidade da terra.
Vivia em Tamoanchan, a "Árvore Florida", um verdadeiro paraíso sobre uma motanha bem próxima do céu, onde permanecia um determinado tempo, mas depois retornava ao subterrâneo, onde governava uma área reservada aos guerreiros mortos em combate e às mulheres que morriam dando à luz filhos homens. Qualquer homem que tocasse em uma flor de seu jardim, transformava-se em um amante passional.
A cada oito anos, uma animada festa era realizada em sua honra, onde os celebrantes usavam máscaras de animais e flores como calêndulas. Era também considerada deusa da música, dos jogos e da dança.
Originalmente, foi associada à lua, mas também existem lendas que a colocam como sendo mulher de Coxocox, e ambos foram os únicos sobreviventes do grande dilúvio ao se agarrarem num tronco de árvore. O casal precisaria repovoar o mundo, mas seus filhos nasciam mudos. Um pombo encantado devolveu-lhes o dom da fala, mas cada um começou a falar em uma língua diferente.
Sua equivalência direta é com a deusa Flora, dos romanos, mas também possui ligações com as deusas Afrodite, Deméter e Pérsefone da mitologia grega.
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quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Flora / Clóris
Flora é a deusa romana que encarna toda a natureza e cujo nome se converteu na designação de todo o reino vegetal. Cuidava da primavera e fazia plantas e árvores darem flores, sendo assim, adorada por todos os agricultores. Seus festivais (as Floralias) aconteciam no fim de abril com muitos rituais de fecundidade e danças de acasalamento.
Possuía uma flor que engravidava toda mulher. Teria sido dessa forma que Juno deu à luz Marte sem ajuda de seu marido Júpiter, após uma crise de ciúmes por ele sozinho ter dado à luz Minerva. Flora também teria ofertado o mel e as sementes florais aos homens.
Para os romanos, as rosas foram uma criação da deusa. Quando uma de suas ninfas morreu, Flora a transformou em flor com ajuda de outros deuses: Febo deu a vida, Baco jorrou o néctar e Pomona criou seu fruto. Abelhas se sentiram atraídas pela flor e Cupido atirou suas flechas para espantá-las. As flechas se transformaram em espinhos e, assim, criou-se a rosa.
É identificada com a ninfa Clóris da mitologia grega e, assim, teria sido amante de Zéfiro, o vento oeste. Após o casamento público, foi Zéfiro quem a nomeou rainha de todas as flores e lhe concedeu o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais. Formaram um casal de deuses alegres e jovens que deslizavam pelos céus, enfeitados com coroas de flores, e tocavam com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.
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terça-feira, 2 de março de 2010
Chandra
Estátua de Chandra (séc. XIII, British Museum) |
Por vir da seiva, era considerado um deus da vegetação e também um deus da fertilidade ao ser responsável pelo orvalho que cai a noite e é capaz de gerar vida na natureza. Por isso, quando um casal deseja ter filhos, orava para Chandra. Era dito que Buda era seu filho com a deusa Tara.
Seu nome significa "radiante" e também era chamado de Rajanipati (Senhor da Noite), Kshuparaka (Aquele que ilumina a noite) e Indu (Gota brilhante, o primeiro chakra). Era considerado um graha, uma força cósmica capaz de determinar o comportamento dos seres vivos. Graha também pode significar "planeta", referenciando a influência dos astros na vida terrestre. Na astrologia védica, Chandra reina sobre o signo de Câncer, e é responsável pela mente, pelas emoções e pela sensibilidade. Alguns atributos associados:
- ANIMAL: Antílope e coelho
- ALIMENTO: Arroz
- DIA: Segunda-feira
- COR: Branca
- ELEMENTO: Água
- METAL: Prata
- PEDRA: Pérola e selenita
- ESTAÇÃO: Inverno
- DIREÇÃO: Noroeste
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Vertumno
Estátua em chumbo de Vertumno e Pomona no Hyde Park Corner, em Londres |
Inicialmente uma divindade etrusca, o culto a Vertumno chegou a Roma por volta de 300 a.C., tendo um templo construído no Monte Aventino. Dia 13 de agosto acontecia seu festival, as Vertumnalias. Era patrono dos jardins e das árvores frutíferas.
Como deus da mudança das estações e do amadurecimento da vida vegetal, Vertumno transformava as cores das folhas a cada outono. Amava a ninfa Pomona, visitando-a sob diversas formas na tentativa de seduzi-la. Pomona sempre rejeitava suas formas, até que Vertumno apareceu em sua forma real e ela se apaixonou na hora. É também chamado de Vertumnus.
É um mito interessante sobre como às vezes tentamos ser pessoas diferentes para conquistar pessoas e espaços, quando de repente o mais importante é ser nós mesmos.
Vertumno, de Giuseppe Arcimboldo (também considerado o retrato de Rodolfo II da Hungria) |
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