Folhinha ainda está aproveitando o mês de agosto para falar sobre o folclore brasileiro. Dessa vez, foram selecionadas alguns mais desconhecidos.
"Os seres fantásticos do folclore brasileiro são mais vivos onde as pessoas não vão tanto à escola. Nas cidades, onde é maior o estudo, esses mitos são deixados para trás. É uma perda irrecuperável", diz Ricardo Azevedo, que já escreveu diversos livros infanto juvenis sobre cultura popular. A escritora Heloisa Prieto conta que "uma das maneiras de preservar essa tradição é a literatura. Desde a Grécia antiga, transforma-se lendas orais em livros. Neles podemos ter imagens, textos e cantigas de roda."
Vejam nesta postagem as ilustrações de Roger Mello, que já foi finalista do prêmio Andersen, o principal da literatura infantil, para a matéria original.
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domingo, 25 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Agosto, mês do desgosto e do folclore
Tutu Marambá, o bicho-papão brasileiro. Assombrador de crianças, aparece em cantigas de ninar, que a criança ouve, fecha os olhos de medo e dorme |
Por que justo agosto é um mês de azar? Por que quem tem sorte no jogo tem azar no amor? E sonhar com dente é morte de parente? São perguntas cujas respostas a gente só encontra no folclore. Um grande número de assombrações, fantasmas e entes fantásticos de todos os tipos e tamanhos surgem através dessa ciência popular.
Em 22 de agosto de 1982, a "Folhinha", do jornal a Folha de São Paulo, comemorou o mês apresentando às crianças criaturas do folclore nacional. Além de seres mais conhecidos, como a Mula Sem Cabeça e o Lobisomem, o caderno trouxe outros como o Tutu Marambá, Domingos Pinto Colchão e o Papa-Figo.
Vejam as ilustrações de Ricardo Azevedo para a publicação original nesta postagem.
Pé-de-Garrafa tem a figura de um homem com os pés redondos como fundo de garrafa. Anda pelo mato dando gritos tão fortes que fazem as pessoas enlouquecerem e se perderem |
A onça-boi é um animal assombrado que anda pela floresta sempre em duplas e não sabe subir em árvores. |
O caboclo d'água vive no fundo dos rios. Tem o domínio das águas e
dos peixes. Ataca canoeiros e pescadores, virando barcos e criando ondas enormes. |
Domingos Pinto Colchão (também conhecido como Pinto Pelado) é um galo endiabrado, meio desengonçado e depenado que entra pelas casas derrubando tudo. |
A boiúna é uma cobra escura e gigantesca com rosto humano que habita os rios amazônicos. Pode se transformar em barco ou navio, solta fogo pelos olhos e engole pessoas com facilidade. |
A mula sem cabeça galopa pela noite assombrando e dando sustos. Solta chispas de fogo pelas narinas e pela boca. Para evitar seu ataque é só esconder unhas e dentes. |
O cavalo de três pés é uma versão da mula sem cabeça. Aparece nas estradas desertas correndo, dando coices e voando. Quem pisar em seu rastro será infeliz |
Muito feio, pálido e barbudo, o Papa-Figo anda esfarrapado e sujo, roubando crianças mentirosas. É um tipo de bicho-papão. |
No Brasil, um lobisomem é o filho que nasce depois de sete filhas. Aparece de noite nas encruzilhadas e cemitérios. Uiva para a lua e aprecia comer cocô de galinha |
A mãozinha preta aparece sem mais nem menos andando pelo ar. Às vezes é útil ajudando nos serviços da casa. Outras vezes fica brava e sai perseguindo e beliscando as pessoas |
São homens que andam pelas ruas e estradas com um saco grande pendurado nas costas, onde bota as crianças mal comportadas. |
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