Filho de
Odin e
Frigg (ou de
Gunnlud),
Bragi (
Bragui ou
Braggar) era escritor, poeta, protetor dos trovadores e deus da eloquência. Recebeu este dom quando seu pai talhou as antigas runas em sua língua. Ele agia, portanto, como porta-voz e mensageiro dos deuses. Sua outra função era receber os guerreiros mortos, recém-chegados aos salões de
Valhalla, com poemas nos quais enaltecia seus atos de heroísmo.
Oferecia aos poetas, o hidromel da poesia (feito a partir do sangue de
Kvasir), que os inspirava em suas criações e lhes dava o
bragarmal, o dom da poesia. Em funerais de reis e chefes guerreiros, eram feitos brindes e juramentos solenes sobre uma taça de bebida chamada de
bragarfull, "Taça de Bragi".
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Bragi com harpa, de Carl Wahlbom (1810-1858) |
Marido da deusa
Idun, ficou a seu lado tocando harpa quando ela desmaiou aos pés de
Yggdrasil, á árvore da vida. Só saiu de seu lado, quando ela se recuperou e trouxe a primavera novamente. Essa história acontece todo ano, e Bragi está sempre ao lado de Idun. Em uma passagem do
Edda Prosaica (livro completo sobre a Mitologia Nórdica, escrito por Snorri Sturluson), Bragi é chamado de efeminado por Loki, e Idun, ao tentar acalmar os ânimos foi chamada de lasciva.
Apesar de casado com a deusa guardiã das maças da juventude, era descrito como um velho sábio com barba (branca, na maioria das vezes). Taças e harpas são associadas a ele, assim como todos os pássaros canoros.
Acredita-se que originalmente Bragi não seria um deus. Ele seria o poeta
Bragi Boddason do século IX, que teria servido a inúmeros reis escandinavos e sido alçado à divindade por outros poetas de séculos seguintes graças a sua capacidade literária.