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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Assur

O maior de todos os deuses assírios, Assur era deus da Terra, do ar e do sol. Os assírios adaptaram a mitologia babilônica, tornando-o marido de Ishtar. Mas seu papel mais importante era o deus da guerra, e os prisioneiros de guerra desfilavam pelas ruas em sua homenagem.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Ku

A divindade havaiana responsável pela terra e pela guerra era Ku (Tu, na Polinésia). Incentivava a inveja e as brigas entre os humanos, sempre com uma expressão feroz, mas também ajudou a fazer a terra e o primeiro humano, junto com o deus criador Kane (Tane) e seu pacífico colega - e oposto deus da paz - Lono. Era adorado durante oito meses do ano, quando Lono se ausentava do mundo.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ataensic

A primeira ancestral dos povos Iroquois e Huron das florestas orientais norte-americanas. Ela é filha do Povo dos Céus – deuses que desceram à Terra – que morreu dando a luz aos gêmeos, Hahgwehdiyu e Hahgwehdaetgah. Seu corpo foi usado por Hahgwehdiyu para criar a Terra. Ela é considerada tanto a Mulher do Céu quanto a Mãe Terra.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Papa e Rangi

Os dois deuses supremos da criação maori são o casal Papa e Rangi, a terra e o céu. Rangi tomou Papa num forte abraço no começo do tempo. Os outros deuses que ficaram encurralados dentro do ventre de Papa forçaram a separação entre os dois (ver Tane). Rangi ficou arrasado com a separação e suas lágrimas caíram sobre a terra na forma de chuva. A carne de Papa se tornou vermelho-sangue, enquanto os deuses fugiam e espalhavam a vida por toda superfície terrestre.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pachacamac

Pachacamac é o deus inca dos terremotos (pacha = terra; camac = animador). Para a cultura limenha pré-inca, Pachacamac seria aquele que dá vida ao mundo.

Era simbolizado por um totem esculpido em madeira com cerca de 2 metros de altura, conservado em uma câmara escura do templo de Inti (para simbolizar sua invisibilidade), que era forrada de ouro e prata. Esse ídolo tinha duas faces opostas, uma delas decorada com serpentes, a outra com espigas de milho, que possivelmente representavam seus aspectos destruidor e criador, respectivamente. Também era representado em cerâmicas como um grifo (asas e rosto de condor e corpo de puma, duas das grandes divindades animais dos incas).

Existe um enorme sítio arqueológico que leva seu nome em Lima, no Peru (e eu visitei!). A arquitetura do lugar mostra características anti-sísmicas e o templo ao deus era enorme. Do topo, é possível ver duas ilhas rochosas no Pacífico que conta uma lenda...

Pachacamac teria se encantado pela beleza da curandeira Urpe, que vivia nas proximidades de seu templo. Como não podia vir ao reino dos mortais, o deus colocou seu sémen em uma lúcuma (fruta local) que chegou às mãos de Urpe. A curandeira engravidou e deu a luz ao semideus Vichama. Aos 3 anos, Vichama pediu para conhecer seu pai. Pachacamac ouviu as preces de seu filho e decidiu vir à Terra como um mendigo. Quando se apresentou, Urpe se desesperou ao ver que seu filho ficaria desamparado com um pai tão pobre e fugiu na direção do mar. Furioso, Pachacamac os transformou nas pedras que você vê na foto abaixo.


São as explicações humanas para os fenômenos da natureza. Por exemplo, depois da chegada dos conquistadores, Pachacamac acabou sendo sincretizado a um Jesus Cristo de pele escura por causa de vários terremotos a que a estátua sobreviveu (El Señor de los Temblores). Existem inúmeras pinturas de um "Cristo moreno" com histórias de milagres em terremotos, mas ninguém sabe onde está a precursora das lendas.

Existe uma outra lenda que coloca Pachacamac como criador do primeiro homem e da primeira mulher da Terra. No entanto, o deus esqueceu de alimentá-los e o homem morreu de fome. A mulher, então, amaldiçoou Pachacamac e rezou para Inti para engravidar. Furioso, Pachacamac matou o menino que nasceu e o esquartejou. De cada pedaço, surgiu uma fruta ou uma planta comestível. O segundo filho da mulher foi Vichama que escapou da morte. Pachacamac matou, então, a mulher. Vichama vingou-se de sua mãe, vencendo o deus em batalha. Jogou seus pedaços no oceano, que se tornaram peixes. Por essa razão, alguns acreditam que Pachacamac também seja o deus dos peixes e da pesca.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pacha Mama

Pacha Mama (Pachamama ou Mama Pacha) é a "Mãe do Mundo", deusa da terra e da fertilidade, que dava vida à tudo na terra. Era adorada como campos, montanhas e rios, assim como, as estações e o tempo. Diz-se que, na primavera, surge como uma uma índia de estatura baixa com pés grandes, usando um sombreiro e acompanhada por um cachorro preto muito feroz, que vai envelhecendo ao passar das estações. Alguns dizem que ela tem a forma de um dragão que vive sob a terra, fornecendo alimento ao povo inca. Terremotos eram sinais de seu mau humor.

Logo após seu marido Inti, o deus-sol, era principal divindade do panteão inca. Dizem que é ciumenta e vingativa, mas nunca deixa de favorecer aqueles que ganham a sua simpatia. Ela interfere em todos os atos da vida e os demais deuses lhe deviam obediência. Ela era a síntese dos três mundos divididos por Viracocha. Era também considerada uma deusa da morte, já que para a terra todos os seres acabam voltando, e, por isso, podia ser representada com duas caras.

Quando os incas chegaram pela primeira vez à capital Cuzco, os pulmões inflados de um lhama foram erguidos acima da cidade. Depois disso, os lhamas passaram a ser sacrificados como símbolo da deusa. Para garantir uma boa colheita, espalhava-se farinha de trigo na plantação. Uma outra forma de sacrifício era oferecer folha de coca à deusa para trazer sorte ao se construir uma nova casa. Os viajantes deixavam oferendas nas encruzilhadas antes de iniciarem suas caminhadas para evitar o mal de alturas ou a queda nos precipícios (castigos que a deusa infligia àqueles que a desrespeitavam ou ofendiam suas criaturas). As terças de Carnaval são consideradas dias da homenagear a deusa.
“A natureza, ou Pachamama, onde a vida é reproduzida e existe, tem o direito de existir, persistir, manter e gerar os seus ciclos vitais, estruturas, funções e os seus processos na evolução”. (Texto da Constituição do Equador)
Tem relações com as grandes deusas-mães da natureza, como Gaia. A conversão católica a associou à figura da Virgem Maria.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Mati-Syra-Zemlya

Mati-Syra-Zemlya (úmida mãe terra) era a mais antiga e poderosa deusa eslava pré-cristã. Não possuía representação antropormófica, sendo a própria Terra. Não era um espírito, mas a presença em todas as coisas. Um mito dizia que, na noite do dia 24 de cada mês, ela se tornava uma mulher de pele escura, vestida de fitas coloridas, e ia abençoando casas. Em algumas vezes, aparecia como uma ovelha, seu animal sagrado.

As pessoas adoravam-na cavando um buraco no chão e falando nele. Ouvir os sons vindos do buraco era um forma de saber se a deusa traria boas colheitas. Também deixavam pão e derramavam vinho para a deusa. Arar um sulco ao redor da casa, protegia contra pragas. Antes de viagens, era preciso beijar a terra natal e pedir licença à terra que se vai visitar. Também era convocada em juramentos e casamentos com um pouco de terra na cabeça do envolvidos (podia ser comida).

Posteriormente, foi associada a Mokosh e poderia ser sua personificação. É comparada a Gaia grega, e também era chamada de Matka e Matkusha.