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Os deuses olimpianos, gravura de Monsiau.
(séc. XVIII) |
Vários eram os deuses que viviam no Olimpo, um majestoso monte na Grécia onde ficava instalada em seu pico a esplendorosa corte da mitologia grega com palácios de ouro. O sol iluminava os palácios com a mais pura luz sem que nenhuma sombra, chuva ou vento os atingisse. O clima era sempre ameno: nem quente, nem frio.
Para receber os visitantes, logo à sua entrada, ficavam as três lindas
Horas. Quando os deuses saíam, as
Horas cobriam os palácios com nuvens. Durante as reuniões, os deuses comiam ambrosia e tomavam néctar, desfrutando sua eterna juventude e imortalidade. As
Graças e as
Musas dançavam e cantavam de forma harmoniosa e deixavam os deuses estáticos. Elas sempre terminavam de se apresentar com um cântico de louvor a
Zeus, o rei dos deuses.
Hera, sua esposa e rainha dos deuses, ocupava o trono de ouro à direita de
Zeus. À sua esquerda, sentavam-se a pacífica
Irene e a deusa alada da vitória,
Niké.
Têmis, deusa das leis, também estava sempre por perto do governante.
Existiam duas grandes ânforas de cerâmica na entrada do Olimpo: uma com sementes do bem e outra com sementes do mal. Delas
Zeus semeava à humanidade, após ouvir as três
Parcas, suas filhas. A deusa
Fortuna também andava cega e errante pelo Olimpo despejando riqueza e felicidade ao acaso.
Mas dentre todos os que viviam no Olimpo, doze eram os mais importantes - tanto que, por essa adoração, a religião é grega é conhecida como
Dodekatheon, ou doze deuses. São eles:
Zeus,
Hera,
Poseidon,
Ares,
Hermes,
Hefestos,
Afrodite,
Atena,
Apolo,
Ártemis,
Deméter e
Dionísio. Sua importância vem da vitória dos deuses sobre os titãs. Também viviam no Olimpo outros deuses, semideuses e heróis, como
Íris,
Hebe,
Helios,
Héstia,
Ganimedes e
Hércules, entre outros. A deusa
Pérsefone só podia viver metade do ano no Olimpo com sua mãe
Deméter e a outra metade com seu marido
Hades, deus do submundo.
Existe aqui uma história interessante: os registros de poeta Homero diziam que
Héstia fazia parte do grande panteão olimpiano. Quando foi oferecida uma posição à
Dionísio,
Héstia preferiu sair para que não ficassem treze deuses principais, o que daria um enorme azar. Essa interferência, provavelmente foi feita pelos romanos que, ao tomarem a religião grega para si, deram maior importância a
Baco (
Dionísio) do que a
Vesta (
Héstia).
Aos poucos, vou falar sobre cada um deles e muito mais.