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terça-feira, 25 de julho de 2017

Tsao Chün (Zao Jun)

Tsao significa lareira ou forno e pode ter sido um príncipe da Dinastia Han que gostava de cozinhar. Normalmente, é retratado como um velho gentil cercado pela esposa e pelos filhos; mas não se limitava a ser um guardião. Do seu “templo” – um pequeno nicho perto do fogão da cozinha onde está representado numa pintura em papel –, o deus do lar registrava cada movimento e cada palavra da família.

Então, na noite do vigésimo quarto dia da décima segunda lua, Tsao Chün subia aos céus para apresentar seu relatório aos deuses do Paraíso Ocidental. Desse relatório dependia a prosperidade ou as adversidades dos donos da casa. Portanto, nesta noite a família lhe oferecia notas de dinheiro, bolos de mel e vinho para adoçar a língua do deus. Em seguida, queimavam a imagem numa pequena fogueira de madeira de pinho e soltavam fogos de artifício para iluminar sua subida.

Quando Tsao Chün volta à terra, uma nova imagem de papel é colocada no nicho, onde permanece pelo ano todo. Durante a ausência do deus, os membros da família ficam livres para fazer o que lhes aprouver. Mas sempre se lembram de que o desastre pode chegar sem que ele esteja por perto para protegê-los.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Bes

Considerada a divindade doméstica mais popular do Egito, Bes era um anão libidinoso, rude e cômico. Amante da música, do canto e das bebedeiras, era associado a todos os prazeres humanos. Mas também protegia as pessoas do mau olhado e dos espíritos ruins, sendo muito adorado pelo povo. Trazia prosperidade aos recém-casados, encorajava o amor livre e cuidava das crianças. Todas as casas tinham a sua imagem esculpida nas cabeceiras das camas ou nos espelhos, ou pintada nas paredes dos dormitórios – até mesmo nos reais. Junto com Taweret, cuidava das mulheres que estavam dando à luz e, por isso, em casas onde iria acontecer um parto se via sua figura desenhada sobre a cama da mulher grávida. Seus símbolos eram instrumentos musicais – como o pandeiro e a harpa – e as facas.

Bes era representado com um rosto largo e barbudo, grande orelhas pontudas e uma língua comprida, que alguns diziam parecer estar com uma máscara. Gordinho e de pernas arqueadas, vestia uma pele de leopardo ou leão, com a própria cauda do animal, e uma pena de avestruz nos cabelos despenteados. Acreditava-se que sua feiúra afastava os espíritos malignos e, por essa razão, ao contrário dos outros deuses egípcios que só eram pintados de perfil, Bes era sempre retratado de frente. Também por causa de sua feiúra, Bes se tornou o deus dos cosméticos e de todas as formas de embelezamento feminino. Sua imagem era reproduzida em tubos de kajal, potes de rouge e cremes, e frascos de perfume.

Quando os egípcios foram dominados pelos romanos, por volta de 31 a.C., as forças invasoras adotaram o deus, mas substituíram suas vestes egípcias pelas de legionário romano. Era também chamado de Besu ou Bisu.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lares e Penates

Filhos de Mercúrio e Lara, os Lares eram um grupo de deuses que cuidavam das casas e das encruzilhadas. A família fazia oferendas a esses deuses em ocasiões importantes, como casamentos, nascimentos e enterros, uma vez que - originalmente - eles eram representações dos antepassados. Eram comumente representados como jovens dançando de túnica, com um copo de chifre em uma mão (rhyton) e uma taça na outra (patera), muitas vezes ainda, acompanhados por serpentes simbólicas fálicas.

Já os Penates cuidavam das despensas, dos celeiros e dos armazéns, ou seja, do armazenamento de comidas e bebidas. Nas refeições, era costume oferecer-lhes comida. Cada família romana adorava dois penates e quando uma família viajava, transportava-os consigo.

Na casas em Pompeia, um relicário com as três figuras (lararium) ficava ou na cozinha ou nas salas. No final do Império Romano, era colocado atrás da porta de entrada da casa e uma vela ou lamparina ficava queimando diante da imagem. Mesmo quando o cristianismo tornou-se a religião oficial do império, a adoração a essas divindades domésticas perdurou.

Lararium

Ambos são ligados a deusa Vesta e não possuíam nomes individuais, apenas funções especiais, como aqueles voltados para o Estado.