Tapio era o grande patriarca dos deuses das florestas na mitologia finlandesa. Uma lenda conta que Tapio teria sido a primeira árvore. Era casado com a Mielikki, a Dama das Florestas, com quem teve Nyyrikki e Tuulikki.
Apesar de ser chamado de Rei Urso (talvez se transformasse nesse animal), Tapio é descrito tendo um corpo verde humanóide, com barba e sobrancelhas de líquen e musgo, e chifres de gravetos na cabeça. Diz-se que se cobria com um manto de folhas para camuflagem.
Vivia rodeado pelas divindades dos bosques, a quem os habitantes adoravam a fim de garantir o êxito nas caçadas. Algumas vezes, Tapio era considerado mortal: quando alguma floresta ou bosque era violado, ele escurecia o local e sufocava até a morte as pessoas que degradaram a natureza.
O antigo nome da Finlândia, Tapiola, vêm de seu nome.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Deus sustentável
Nada de ouro, marfim ou diamantes. No mundo moderno, os deuses vão ter que se contentar em ganhar esculturas de materiais ecológicos. Foi isso que fez artista indiano Surya Prakash: construiu uma estátua da divindade hindu Ganesha com copos de papel.
Foto: Noah Seelam – France Presse
A homenagem foi feita para o festival do deus, que acontecerá no dia 1º de setembro.
(Matéria da Folha de São Paulo)
Foto: Noah Seelam – France Presse
A homenagem foi feita para o festival do deus, que acontecerá no dia 1º de setembro.
(Matéria da Folha de São Paulo)
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Uluru
No meio do inóspito deserto da Austrália central, há um monte colossal de arenito vermelho, o Uluru, um dos locais mais sagrados para os aborígenes australianos. Seu nome ocidental é Ayers Rock (em homenagem ao Primeiro-Ministro australiano Henry Ayers) ou, somente, A Rocha, que possui 8km de circunferência, 318 metros de altura e se estende por 2,5km de profundidade. A pedra obtém sua cor ferruginosa através da oxidação dos minerais que a impregnam - como feldspato - o que também causa a emissão de um brilho vermelho ao amanhecer e ao pôr-do-sol.
Muitos mitos secretos se passam nessa rocha, em cujas paredes inferiores e cavernas há pinturas antiquíssimas. Acredita-se que seja um portal para o Tempo do Sonho, ou até mesmo o próprio local. Outros dizem que foram os Ungambikulas que criaram a pedra ao brincar com a lama depois de um dilúvio. Após a criação do universo, os irmãos teriam voltado a Uluru e se tornaram pedregulhos.
Há várias histórias de turistas que levaram para casa um pedaço do Uluru e devolveram a lembrança alegando que foram amaldiçoados por levar uma parte do monumento sagrado. O Parque Nacional Australiano que administra o local diz receber um pacote por dia, enviado de várias partes do mundo, com uma amostra do Uluru e um pedido de desculpas.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
O incompreendido Odin...
A tirinha acima é de Carlos Ruas, ilustrador de Niterói (RJ), responsável pelo blog Um sábado qualquer, que possui tirinhas que brincam com a religião. Na categoria Buteco dos Deuses, várias divindades aparecem conversando com Deus em situações mais do que inusitadas. Divertidíssimo!
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Colagens espirituais
Saindo um pouco do eixo comum por aqui, resolvi mostrar para vocês algumas das belas colagens digitais do designer gráfico e ilustrador espanhol Luis Toledo - que também é conhecido como La Prisa Mata. Várias tem um tom místico e uma riqueza de detalhes ímpar. Vejam:
Festas do deus Dionísio
Semshu Hor: os "semshu hor" eram os seguidos de Hórus. Esse conceito evoluiu com o tempo e vários reis místicos do Egito foram chamados dessa forma antes dos Faraós.
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terça-feira, 16 de agosto de 2011
E como vai o entretenimento mitológico?
O filme Imortais (Immortals, 2011) tem recebido inúmeras críticas sobre sua semelhança com 300. Mas o diretor indiano Taseem Singh está dizendo que o filme é bem mais sombrio do que o trailer, com deuses sujando as mãos de sangue. Também disse que os deuses são jovem guerreiros porque nunca entendeu como alguém com poderes divinos e imortalidade gostaria de parecer um velhaco (até que isso faz sentido). Os atores estão falando que o diretor é um visionário e que a tecnologia 3D dará uma nova profundidade aos filmes.
A sequência de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010) - marcada para março de 2012 - continua em pré-produção, com Sam Worthington (Perseu) falando que será melhor e mais profundo do que o primeiro. Que onda é essa de profundidade, hein?
Já a sequência de Thor ficou para julho de 2013, com Chris Hemsworth (Thor) e Idris Elba (Heimdall) garantidos por contrato. O diretor Brian Kirk foi procurado pela Marvel pela habilidade que demonstrou na série televisiva Game of Thrones de cuidar de um elenco grande em uma trama complexa. Parece que o novo filme deverá ser mais focado em Asgard, com um panteão muito maior de deuses e criaturas da mitologia nórdica, como Encantor, Skurge e Balder!
Oba!
A sequência de Fúria de Titãs (Clash of the Titans, 2010) - marcada para março de 2012 - continua em pré-produção, com Sam Worthington (Perseu) falando que será melhor e mais profundo do que o primeiro. Que onda é essa de profundidade, hein?
Já a sequência de Thor ficou para julho de 2013, com Chris Hemsworth (Thor) e Idris Elba (Heimdall) garantidos por contrato. O diretor Brian Kirk foi procurado pela Marvel pela habilidade que demonstrou na série televisiva Game of Thrones de cuidar de um elenco grande em uma trama complexa. Parece que o novo filme deverá ser mais focado em Asgard, com um panteão muito maior de deuses e criaturas da mitologia nórdica, como Encantor, Skurge e Balder!
Oba!
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terça-feira, 9 de agosto de 2011
Pachacamac
Pachacamac é o deus inca dos terremotos (pacha = terra; camac = animador). Para a cultura limenha pré-inca, Pachacamac seria aquele que dá vida ao mundo.
Era simbolizado por um totem esculpido em madeira com cerca de 2 metros de altura, conservado em uma câmara escura do templo de Inti (para simbolizar sua invisibilidade), que era forrada de ouro e prata. Esse ídolo tinha duas faces opostas, uma delas decorada com serpentes, a outra com espigas de milho, que possivelmente representavam seus aspectos destruidor e criador, respectivamente. Também era representado em cerâmicas como um grifo (asas e rosto de condor e corpo de puma, duas das grandes divindades animais dos incas).
Existe um enorme sítio arqueológico que leva seu nome em Lima, no Peru (e eu visitei!). A arquitetura do lugar mostra características anti-sísmicas e o templo ao deus era enorme. Do topo, é possível ver duas ilhas rochosas no Pacífico que conta uma lenda...
Pachacamac teria se encantado pela beleza da curandeira Urpe, que vivia nas proximidades de seu templo. Como não podia vir ao reino dos mortais, o deus colocou seu sémen em uma lúcuma (fruta local) que chegou às mãos de Urpe. A curandeira engravidou e deu a luz ao semideus Vichama. Aos 3 anos, Vichama pediu para conhecer seu pai. Pachacamac ouviu as preces de seu filho e decidiu vir à Terra como um mendigo. Quando se apresentou, Urpe se desesperou ao ver que seu filho ficaria desamparado com um pai tão pobre e fugiu na direção do mar. Furioso, Pachacamac os transformou nas pedras que você vê na foto abaixo.
São as explicações humanas para os fenômenos da natureza. Por exemplo, depois da chegada dos conquistadores, Pachacamac acabou sendo sincretizado a um Jesus Cristo de pele escura por causa de vários terremotos a que a estátua sobreviveu (El Señor de los Temblores). Existem inúmeras pinturas de um "Cristo moreno" com histórias de milagres em terremotos, mas ninguém sabe onde está a precursora das lendas.
Existe uma outra lenda que coloca Pachacamac como criador do primeiro homem e da primeira mulher da Terra. No entanto, o deus esqueceu de alimentá-los e o homem morreu de fome. A mulher, então, amaldiçoou Pachacamac e rezou para Inti para engravidar. Furioso, Pachacamac matou o menino que nasceu e o esquartejou. De cada pedaço, surgiu uma fruta ou uma planta comestível. O segundo filho da mulher foi Vichama que escapou da morte. Pachacamac matou, então, a mulher. Vichama vingou-se de sua mãe, vencendo o deus em batalha. Jogou seus pedaços no oceano, que se tornaram peixes. Por essa razão, alguns acreditam que Pachacamac também seja o deus dos peixes e da pesca.
Era simbolizado por um totem esculpido em madeira com cerca de 2 metros de altura, conservado em uma câmara escura do templo de Inti (para simbolizar sua invisibilidade), que era forrada de ouro e prata. Esse ídolo tinha duas faces opostas, uma delas decorada com serpentes, a outra com espigas de milho, que possivelmente representavam seus aspectos destruidor e criador, respectivamente. Também era representado em cerâmicas como um grifo (asas e rosto de condor e corpo de puma, duas das grandes divindades animais dos incas).
Existe um enorme sítio arqueológico que leva seu nome em Lima, no Peru (e eu visitei!). A arquitetura do lugar mostra características anti-sísmicas e o templo ao deus era enorme. Do topo, é possível ver duas ilhas rochosas no Pacífico que conta uma lenda...
Pachacamac teria se encantado pela beleza da curandeira Urpe, que vivia nas proximidades de seu templo. Como não podia vir ao reino dos mortais, o deus colocou seu sémen em uma lúcuma (fruta local) que chegou às mãos de Urpe. A curandeira engravidou e deu a luz ao semideus Vichama. Aos 3 anos, Vichama pediu para conhecer seu pai. Pachacamac ouviu as preces de seu filho e decidiu vir à Terra como um mendigo. Quando se apresentou, Urpe se desesperou ao ver que seu filho ficaria desamparado com um pai tão pobre e fugiu na direção do mar. Furioso, Pachacamac os transformou nas pedras que você vê na foto abaixo.
São as explicações humanas para os fenômenos da natureza. Por exemplo, depois da chegada dos conquistadores, Pachacamac acabou sendo sincretizado a um Jesus Cristo de pele escura por causa de vários terremotos a que a estátua sobreviveu (El Señor de los Temblores). Existem inúmeras pinturas de um "Cristo moreno" com histórias de milagres em terremotos, mas ninguém sabe onde está a precursora das lendas.
Existe uma outra lenda que coloca Pachacamac como criador do primeiro homem e da primeira mulher da Terra. No entanto, o deus esqueceu de alimentá-los e o homem morreu de fome. A mulher, então, amaldiçoou Pachacamac e rezou para Inti para engravidar. Furioso, Pachacamac matou o menino que nasceu e o esquartejou. De cada pedaço, surgiu uma fruta ou uma planta comestível. O segundo filho da mulher foi Vichama que escapou da morte. Pachacamac matou, então, a mulher. Vichama vingou-se de sua mãe, vencendo o deus em batalha. Jogou seus pedaços no oceano, que se tornaram peixes. Por essa razão, alguns acreditam que Pachacamac também seja o deus dos peixes e da pesca.
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