sábado, 25 de outubro de 2014

Quem disse que a Justiça é cega?

Vejam que interessante: no Palacio de la Justicia em Valparaíso, no Chile, a estátua de Têmis, deusa grega da justiça e imagem icônica, não está vendada e nem utiliza a balança para pesar, como se não só enxergasse tudo como se soubesse exatamente como resolvê-los.


Será que lá funciona assim mesmo?

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ainda na expectativa da lenda

Sinceramente... pra falar do filme em si, acho melhor que vocês leiam as críticas do Hollywoodiano e do Omelete. O Hollywodiano deu nota 1 e o Omelete deu nota 3. Dou 2, então, porque minha opinião cinematográfica é um misto das duas.

Depois da insanidade que já fizeram este ano, Dwayne Johnson resolveu fazer o filme da sua vida: transformar Hércules num herói real. Por isso, como esse site é de mitologia, ficou por um triz fazer qualquer avaliação de Hércules (Hercules, 2014), que busca tirar qualquer vestígio mitológico da história.

Bom... se você é fã de mitologia, veja somente os primeiros minutos do filme. Tem algumas coisinhas aqui ou ali a se questionar, mas você verá as cobras a mando da vingativa Hera que o herói mata na infância. Verá o Javali de Erimanto, a Hidra de Lerna e o famoso Leão da Neméia. Durante o filme, serão citados os outros trabalhos e até Cérbero aparece. Mas entenda desde já: é tudo sugestão psicológica. Nesse filme, Hércules é um mercenário que – mesmo com sua força descomunal (divina ou não?) – tem uma equipe que o ajuda sorrateiramente a resolver os problemas (os créditos finais mostram como) e faz bastante propaganda sobre seus feitos "divinos".

Contente-se com isso...

Não tenho nenhuma referência dessa "realidade" do herói. Sei que o filme foi baseado na HQ The Tracian Wars, the Steve Moore, mas não sei ela foi embasada em alguma documentação histórica factível. De sua equipe, todos os personagens existem na história mitológica:
  • Autolicus (Rufus Sewell) foi um guerreiro e semideus, filho de Hermes;
  • Atalanta (Ingrid Bolso Berdal) foi uma poderosa caçadora, dita como a única mulher entre os Argonautas (by the way: perfeita para o papel de Mulher-Maravilha ou da amazona Ártemis que já tomou o lugar da super-heroína amazona dos quadrinhos);
  • Anfiarau (Ian McShane) não era exatamente um guerreiro, mas sim o adivinho abençoado pelos deuses.
  • Tideu (Aksel Hennie) não era um selvagem mudo, mas um guerreiro que participou de Guerra de Troia e chegou a ser um príncipe em Argos.
  • Iolaus (Reece Ritchie) realmente é sobrinho de Hércules e também o ajudou em alguns de seus famosos trabalhos, mas não como contador de histórias e sim como um esperto escudeiro.
Dos outros personagens, Lorde Cotys (John Hurt) pode ter sido inspirados nos dois reis homônimos da Trácia, assim como Rhesus (Tobias Santelmann) também foi um rei trácio (sem ligação com centauros...). Mas é Euristeu (Joseph Fiennes) o mais importante deles por ser o mandante dos Doze Trabalhos do herói. (SPOILER) Ele não foi o responsável pela morte da família de Hércules, mas inspirado por Hera, o obrigou a pagar por seus crimes.

Então, se você não quiser ver esse filme no cinema ou esperar passar na TV, veja o trailer abaixo que praticamente dá uma ideia no filme (tirando algumas cenas e efeitos que não aparecem).


Por que não fazem o filme mitológico num mundo onde hobbits são sucesso de bilheteria? Será que Doze Trabalhos são muitos para 2h de cinema e precisariam ser uma trilogia ou um filme para TV em várias partes? Será que não podem nem fazer a versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato, que me fez amar ainda mais a mitologia?

Minha expectativa por algo decente do herói me estimulou a finalmente escrever a postagem sobre ele neste blog. Aguardem.

domingo, 31 de agosto de 2014

Juro que vi!

“Essa história aconteceu numa noite de lua cheia. Uns diz que é superstição, coisa da roça, mas otros diz que não, que isso aconteceu. Quem teve lá me contou essa história assim. E disse: ‘Juro que vi!’“
É assim, como se estivéssemos ouvindo uma história à beira da fogueira, que começa o primeiro vídeo da série Juro que vi, sobre o Curupira. Ao todo são cinco curtas de animação, produzidos pela MultiRio – empresa de multimeios do Rio de Janeiro ligada à Secretaria Municipal de Educação – entre 2003 e 2009, que contam a história de personagens icônicos do folclore brasileiro. Além de retratar as lendas nacionais, os vídeos também mostram uma preocupação com toda a parte ambiental, de preservação da fauna e flora, além de questões relativas a cidadania.

O CURUPIRA


O BOTO


O SACI


O MATINTA PEREIRA


A IARA


Excelentes vídeos para a garotada!

sábado, 23 de agosto de 2014

Curupira

Ilustração de Rafamarc
O Curupira é uma entidade protetora das árvores e da caça, senhor dos animais que habitam a floresta. Antes das grandes tempestades percorre a floresta batendo nos troncos das árvores certificando-se de sua resistência e avisando aos animais para se abrigarem. Assemelha-se em suas atribuições à Diana dos romanos e à Ártemis dos gregos, protetoras dos bosques e da caça, inclusive fazendo parte do cortejo lunar ao lado do Saci, do Boitatá e do Uratau.

Seu nome vem do tupi curu, menino e pira, corpo: corpo de menino. É mais conhecido por esse nome na Amazônia, no Maranhão e no Sudeste do Brasil, exceto Espírito Santo. Entidades semelhantes são conhecidas como Caapora ou Caipora, no Nordeste do Brasil e Espírito Santo; Kilaino, no Mato Grosso; Maguare, na Venezuela; Selvaje, na Colômbia; Chudiachaque, no Peru; e Kaná, na Bolívia. Também guarda semelhanças com o mito eslavo do Leshy.

Gravura de Ernst Zeuner, 1963.
Entre os mitos brasileiros, o Curupira é incontestavelmente o mais antigo, possivelmente legado pela população primitiva que habitou o Brasil no período pré-colombiano e que descendia dos invasores asiáticos, tendo passado dos Nauas aos Caraíbas e destes aos Tupis e Guaranis. A mais antiga menção de seu nome foi feita pelo padre José de Anchieta, quando ele escreveu sobre os medos "indígenas", em carta de 30 de maio de 1560:
"É coisa sabida e pela boca de todos corre que há certos demônios que os brasis chamam de Curupira, que acometem aos índios muitas vezes no mato, dão-lhe de açoites, machucam-nos e matam-nos. São testemunhas disto os nossos irmãos, que viram algumas vezes os mortos por eles. Por isso, costumam os índios deixar em certo caminho, que por ásperas brenhas vai ter ao interior das terras, no cume das mais alta montanha, quando por cá passam, penas de aves, abanadores, flechas e outras coisas semelhantes, como uma espécie de oblação, rogando fervorosamente aos Curupiras que não lhes façam mal."

Por ser um mito difundido pelo Brasil inteiro e por parte da América do Sul, suas características físicas variam bastante. Porém, é comumente representado como um moleque (ou um anão) de cabeleira ruiva (vermelha ou alaranjada), orelhas pontudas, dentes verdes, pés invertidos: dedos para trás e calcanhar para frente. Às vezes, sua pele também é descrita como esverdeada e seu cabelo como fogo. Em alguns casos, é calvo, em outros, tem um casco de jabuti. Em algumas regiões do Norte brasileiro, o Curupira não possui órgãos sexuais e possui dentes azulados.


O Curupira gosta de sentar na sombra das mangueiras para comer os frutos. Lá fica entretido ao deliciar cada manga. Mas se percebe que é observado, logo sai correndo, e numa velocidade tão grande que a visão humana não consegue acompanhar. Costuma encantar crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após ensinar os segredos da floresta por sete anos, devolve os jovens para a família.

No entanto, não tem um gênio bom e é também chamado de espírito da mentira. Seus pés virados deixam rastros falsos no chão, iludindo viajantes e caçadores. Também os confunde com assobios e sinais falsos até eles se perderem. Persegue, tortura e pode até matar os caçadores que atiram em animais sem necessidade ou animais em procriação e amamentação. Quando não morrem, ficam abobalhados para sempre. Lenhadores que derrubam árvores de forma predatória também são alvos de suas travessuras.

Pode, contudo, ter contatos amistosos com alguns caçadores, dando-lhes armas e transmitindo certos segredos que, quando revelados, são fatalmente punidos. Isto é feito em troca de comida ou presentes, como fumo e pinga, porque, na verdade, era bem fácil distrai-lo. Para conseguir fugir dele é só fazer um novelo de cipó bem emaranhado e esconder a ponta de forma que o Curupira não a consiga achar. Por ser muito curioso, o Curupira se esquece de seu alvo e fica tentando desemaranhar o novelo.

NUNCA ESQUEÇA UMA CONDIÇÃO...
Uma história conta que o Curupira resolveu comer o coração de um caçador que havia matado um macaco. O esperto caçador entregou ao Curupira um pedaço do coração do macaco, que provou, gostou e quis comer tudo! Pensando em se safar o caçador disse que só daria tudo se o Curupira desse um pedaço de seu coração para ele. Como a entidade acreditara que tinha comido o coração do caçador, pegou uma faca, enterrou em seu peito e tombou sem vida.

O caçador disparou, então, pela floresta e prometeu a si mesmo nunca mais voltar. Durante um ano, não quis saber de entrar na mata, dizendo que estava doente quando lhe perguntavam por que não saía mais da aldeia. Até que sua vaidosa filha pediu o mais diferente colar já visto e o caçador pensou que os dentes do Curupira dariam uma bela joia. Partiu para a floresta e encontrou o esqueleto do gênio encoberto por mato no mesmo lugar onde havia morrido com os dentes verdes brilhando como esmeraldas. Começou, então, a bater com ele no tronco de uma árvore, para que se despedaçasse e soltasse os dentes. Imaginem a sua surpresa quando, de repente, o Curupira voltou à vida! Exatamente como antes, como se nada tivesse acontecido! Por sorte, o Curupira acreditou que o caçador o ressuscitara de propósito e lhe deu um arco e flecha mágicos que nunca errava o alvo. Porém, tinha uma condição: jamais alvejasse uma ave ou animal que estivesse em bando, pois ele seria atacado e despedaçado.

Mesmo sem o colar, o caçador voltou à tribo se sentindo poderoso. Nunca mais faltou caça para a tribo. Por onde passava, era olhado com respeito e admiração. Até que o orgulho o fez esquecer da única condição dada pelo Curupira e flechou um pássaro voando em bando. Imediatamente foi atacado pelo bando enlouquecido e estraçalhado pelos pássaros. Com pena daquele que o ressuscitara, o Curupira arranjou cera derretida e colou os pedaços do caçador, devolvendo-lhe a vida. O gênio avisou que essa seria a única vez que ele poderia ajudá-lo e ele nunca mais poderia beber ou comer coisas quentes para não derreter a vela. Feliz e agradecido voltou para a aldeia sem nada dizer e levou uma vida normal durante muito tempo. Até o dia em que sua mulher preparou uma comida tão apetitosa, que ele não aguentou esperar esfriar e acabou derretendo por inteiro.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Mês do folclore

Selos comemorativos emitidos em 2011. Tem Curupira,
Mãe-do-Ouro, o Boto e a Mula-sem-Cabeça.
Todos os povos possuem suas tradições, crenças e superstições, que se transmitem de geração em geração através de lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo. A Unesco declara que folclore é sinônimo de cultura popular e representa a identidade social de uma comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais, que precisa ser bem administrada como herança cultural.

E agosto é dito como o mês do Folclore, sendo dia 22 seu dia comemorativo. Então, veja AQUI um pouco mais sobre a mitologia do nosso país, que faz parte de nosso folclore. Tem a Iara, tem Jaci e o nosso famoso Saci, além de muitos outros.

A Folha de São Paulo já publicou matérias sobre o assunto com vários outros personagens que disponibilizei AQUI e AQUI. Maurício de Souza também andou fazendo uma publicação sobre o folclore nacional que mostrei AQUI e talvez ainda seja encontrada em bancas.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Favorite icon

É bobagenzinha, mas também é aquele detalhe que faz a diferença: agora esse blog possui um favorite icon (favicon)! Pra quem não sabe o que é: são pequenas imagens que ficam guardados em um site e ajudam um usuário comum a identificar uma página quando ela está exibida em uma lista ou em uma barra de abas, como, por exemplo, imagens simplificadas da marca que representam. É só dar uma olhadinha aí em cima!


Se você adicionar esse blog como favorito, também vai aparecer o favicon na sua lista! Bacana, não? Adiciona logo!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Hipnos e a corte dos sonhos

Hipnos é a personificação do sono e da sonolência na mitologia grega. Segundo a Teogonia de Hesíodo, era filho de Nyx, sem pai; segundo o pseudo-Higino, era filho de Nyx com Érebo.

Noite e Sono, tela de Evelyn de Morgan (1878)

Nos poemas homéricos, Hipnos habita a ilha de Lemnos, mas Virgílio o deslocou para os Infernos e Ovídio para o país dos Cimérios, às bordas do reino dos mortos. Nesta concepção, residia em um palácio construído em uma remota caverna próxima ao Rio Lete (esquecimento) no Érebo, a terra da escuridão eterna, além dos portões do sol nascente. Lá vivia com seu irmão gêmeo Thanatos (a morte). Por ser irmão da morte e viver no reino de Hades, Hipnos estava também ligado ao coma (kõma é "sono profundo" em grego) e vícios profundos.

Sono e Morte, tela de John William Waterhouse (1874)

Às vezes mostrado adormecido em um leito de penas com cortinas negras à volta, seus atributos incluíam um chifre contendo ópio, um talo de papoula e outras plantas hipnóticas, um ramo gotejando água do rio Lete e uma tocha invertida. Costumava ser visto trajando peças douradas enquanto seu irmão gêmeo normalmente usava tons prateados. Também foi retratado como um jovem nu dotado de asas nas têmporas, tocando flauta com a qual adormecia os homens, com um rastro de névoa por onde passava. Em alguns casos, era um senhor com asas nas costas e se vestia como sua mãe, com um robe negro incrustado de estrelas e uma coroa de papoulas. Somnus (ou Sopor) é sua contraparte romana.

Hipnos está envolvido em alguns mitos gregos:
  • Endimião, sentenciado por Zeus ao sono eterno, recebeu de Hipnos o dom de dormir com os olhos abertos para poder ver constantemente sua amada Selene, deusa da lua. Em outra versão dessa história, assombrado pela beleza de Endimião, Hipnos o fez dormir de olhos abertos para poder admirar constantemente seu rosto.
  • Já precisou adormecer Zeus em duas ocasiões a pedido de Hera: certa vez para causar problemas a Hércules e, em outra, para ajudar os aqueus na Guerra de Troia. O grande deus ficou furioso e ameaçou jogá-lo ao mar. Hipnos se transformou em um besouro (ou num marimbondo) para fugir, mas, com receio de enfurecer Nyx, Zeus conteve sua fúria.

De Hipnos provem a hipnose, um estado alterado e temporário de atenção, que pode ser induzido, possibilitando fenômenos espontâneos como em resposta a estímulos verbais ou de outra natureza, como toques ou sons. Durante muito tempo se confundia a hipnose com o sono, devido ao relaxamento físico enquanto a pessoa está em transe.

Para Hesíodo e o pseudo-Higino, Hipnos também é irmão dos Oniros (ou Oneiroi), os Mil Sonhos, enquanto para Ovídio, ele é o seu pai com a graça bastarda Pasítea (deusa da alucinação, da meditação e do relaxamento, prometida a ele por Hera, mãe da graça com Dioniso). Toda noite Hipnos se erguia no cortejo de sua mãe Nyx, tendo Aergia (deusa da indolência e da preguiça) na sua frente e os oniros voando como morcegos através de dois portais: do feito de chifre, saíam os sonhos proféticos enviados pelos deuses; do feito de marfim, saíam os sonhos falsos e sem sentido, além dos pesadelos (melas oneiros, "sonho negro").

Morfeu, Fântaso e Íris,
tela de Pierre-Narcisse Guérin (1810)
Morfeu era o líder dos Oniros, também chamado de deus dos sonhos, porque dava forma a eles e os indicava o caminho. Às vezes, adotava uma aparência humana especialmente igual aos entes queridos, permitindo aos mortais fugir por um momento do olhar dos deuses. Era o principal serviçal de Hipnos, impedindo que ruídos o acordassem. Dormia em uma cama de ébano, rodeado de flores de dormideira, que continha alcaloides de efeitos sedantes e narcóticos. Era representado com asas, voava rápido e silenciosamente, lhe permitindo chegar em qualquer lugar e a qualquer momento. Inadvertidamente, Morfeu revelou segredos aos mortais através de seus sonhos, e por isso foi fulminado por Zeus. Do seu nome procede o nome da droga morfina, por suas propriedades que induz à sonolência e tem efeitos análogos ao sonho.

De todos os oniros, três eram responsáveis por distribuir os sonhos a quem dormia: Icelos (sonhos humanos e plausíveis), Fântaso (sonhos simbólicos e objetos inanimados) e Fobetor ("O Temível", responsável por medos noturnos, pesadelos e animais). A única mulher, Fantasia, distribuía os sonhos e devaneios aos acordados ou à beira da morte.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Desvendando PJ: Livro 2 - Capítulos 16 a 20

Chegamos a parte final e não dá pra colocar "Livro X Filme" porque os caminhos são diferentes, mesmo acabando de forma igual.

NO LIVRO
Percy e Tyson enfrentam juntos Polifemo. Nossos heróis fogem no navio controlado por Percy, mas Polifemo consegue afundá-lo. Eles são salvos pelos hipocampos, que os levam para Miami. Lá são cercados por Luke e seus comparsas. Enquanto Clarisse leva o velocino para o acampamento, Percy engana o vilão fazendo-o contar todos os seus planos de libertação de Cronos quando ele tinha feito uma mensagem de Íris para o acampamento. Luke, então, ataca Percy, que acaba salvo por Quíron e seus amigos centauros. Vale lembrar que Quíron tinha sido demitido do acampamento e estava em férias com seus primos. De volta ao acampamento, Clarisse é considerada a heroína, mas dá o devido valor a Percy. Tyson não fica no acampamento: vai fazer um estágio nas forjas de Hefesto. O velocino cura a árvore e recupera a barreira protetora do acampamento. Durante um novo campeonato de bigas – que Percy vence – Thalia volta à vida.

NO FILME
Como Luke cercou os heróis e "matou" Tyson na saída da caverna de Polifemo, ele ficou com o velocino. Num descampado, ele utiliza o velocino no caixão de Cronos e o titã volta à vida. Os heróis que estavam presos conseguem escapar com ajuda de Tyson (que "volta" dos mortos) e enfrentam Luke e os outros alunos. Apenas Contracorrente, a espada de bronze celestial de Percy, consegue ferir Cronos e – é claro – que ele consegue devolver o titã para o caixão. O tal monstro-manticora "mata" Annabeth, que volta com uma ajudinha do velocino. Luke acaba nas mãos de Polifemo, enquanto nossos heróis voltam para o acampamento e a história segue como o livro: sem as bigas, mas com Clarisse como a heroína e o velocino restaurando a barreira protetora e a vida de Thalia.

SOBRE MITOLOGIA...
Odisseia, Velocino e Titanomaquia: a gente se vê por aqui! (um dia...)

***

Assim acaba esse novo "Desvendando" que ficou super confuso porque os filmes seguiram caminhos bem diferentes para chegar do ponto A ao ponto B. Releiam aqui as partes I, II e III antes dessa.

O filme deixou o gancho de Thalia para uma sequência, mas não tenho ouvido nada sobre esse assunto. Até acredito que não vá ocorrer porque os atores estão ficando mais velhos e mais desinteressados nessa franquia cinematográfica. Mesmo assim, as aventuras de Percy Jackson continuam fazendo sucesso: o último livro da segunda saga está pra sair ("Sangue do Olimpo") e um musical está sendo ensaiado!