domingo, 15 de fevereiro de 2015

As musas

Apolo e as musas, óleo sobre madeira de Peruzzi (1523).

As musas (mousai, em grego) são conhecidas como as deusas da inspiração da arte e da ciência. É preciso saber que existiam inúmeras deusas inspiradoras e levou algum tempo a se chegar a uma categorização delas. Hesíodo, por exemplo, as associava à fontes de água e, portanto, à ninfas de fontes de água doce (náiades ou crineias). Daí a expressão "fonte de inspiração".

Três tipos de musas foram, então, colocadas em ordem, com textos de Homero e Hesíodo: as Titânicas (ou Primordiais), as Olimpianas (ou Canônicas ou Clássicas) e as Apolônidas.

Adoradas no Monte Hélicon, as musas titânicas eram três deusas da música, filhas de Urano e Gaia:
  • Meletea, a prática ("a que pratica"), que produz som golpeando o ar.
  • Aoidea ou Aeda, a canção ("a que canta"), que é a personificação da voz humana.
  • Mneme, a memória ("a que recorda"), nascida do movimento das águas.

Juntas eram o conhecimento básico para prática do culto à arte poética.

Relevo com três musas (possivelmente as titânicas) atribuído ao escultor Praxíteles
(séc. IV a.C. Museu Arqueológico de Atenas)

Após a derrota dos titãs, Zeus tomou Mneme como amante durante nove noites e a transformou em deusa da memória (Mnemósine). Dessa relação, nasceram as nove musas clássicas, as Olimpianas. Mnemósine teve suas filhas (também chamadas de Mneas ou Mnemônides, as recordações) longe dos outros deuses. Elas moravam no Museion (palavra grega para "templo das musas", onde elas residiam ou onde alguém se aperfeiçoa nas diversas artes, e que originou a palavra museu) com as Graças e foram criadas por Eufeme e seu filho Crotos (inventor do aplauso).

Relevo em mármore de sarcófago com as nove musas representadas. (séc. II d.C. Museu do Louvre)

As musas subiam ao Olimpo envolta por nuvens, cantando hinos imortais para se juntar aos deuses na corte de Apolo, deus olimpiano da música e da poesia (Apolo Musegetes). Dizia-se que, quando elas cantavam, tudo se imobilizava: céus e mares paravam para ouvi-las. Somente no funeral de Pátroclo, cantaram lamentos. Eram muitas vezes associadas a Dioniso por conta das festas do deus, porém, eram divindades virginais. Quando diz-se que alguém era filho de uma musa, provavelmente estava se insinuando que ela lhe favorecia.

As nove musas são:

Estátua romana de Calíope
(séc. II d.C.)
Calíope
A mais sábia das Musas e também sua líder. Seu nome significa "a bela voz" e é a musa da poesia épica, das ciências em geral e da elouquência, presidindo as relações entre homens e nações. Com Apolo foi mãe de Orfeu e Linus. Com Ares foi mãe dos fundadores da Trácia. Pode ter sido mãe das sereias.

Costuma ser representada sob a figura de uma donzela de ar majestoso, coroada de louros e grinaldas. Sentada em meditação, segura uma tábua de escrever e um estilete ou um pergaminho e uma pena. A IlíadaA Odisseia e A Eneida apareciam como livros em algumas representações da musa, uma vez que ela era considerada a musa de Homero e Virgílio.




Clio, óleo de Pierre Mignard (1689)
Clio (Cleio)
Musa da história e da criatividade, é frequentemente representada segurando um papiro enrolado e um clarim, com o livro do historiador grego Tucídides ao seu lado. A ela é atribuída a introdução do alfabeto fenício na Grécia. Seu nome significa "a que anuncia" e, assim, era a que divulgava e celebrava realizações, dando fama. Foi mãe de Jacinto, com um rei da Macedônia.

Fez sua irmã Calíope atuar como mediadora na disputa de Adônis entre Perséfone e Afrodite, depois que a deusa do amor fez Clio se apaixonar por um mortal em vingança por receber uma crítica da musa.


Erato, óleo de Cahrles Meynier
(1789)
Erato
Musa da poesia romântica e erótica, e também da mímica. Era representada com uma coroa de rosas e uma cítara (que ela teria inventado, ou uma lira) e, em muitas vezes aparece com Hímero, o cupido do desejo sexual, ou até mesmo Eros. Apesar de seu nome significar "adorável", "a que desperta o desejo", manteve seu caráter virginal, pois faziam com que os outros fossem desejados e dignos de serem amados.

Alguns textos a colocam somente como uma nereida, uma das ninfas do mar, filha de Nereu.







Estátua alemã de Euterpe
(1857)
Euterpe
"A que dá júbilo" era a musa da poesia lírica e, portanto, da música. Era representada com uma flauta dupla (aulos), invenção atribuída a ela, mas teria mesmo inspirado Atenas a criá-la e o músico Mársias a tocá-la.














Estátua romana de Melpômene
(séc. II d.C.) 
Melpômene
"A que canta" era a musa do canto, mas ficou mais conhecida como a musa da tragédia, sendo representada com uma máscara trágica. Sempre bem vestida, usava, porém, coturnos, que eram as costumeiras botas gastas dos atores. Algumas vezes também segura um bastão (a clava de Hércules) e usa uma coroa de ciprestes. Era a oposta de Tália.











Polímnia, óleo de Charles Meynier
(1789)
Polímnia
"A que canta muitos hinos" é a musa das poesias e cânticos sagrados. Usava um véu e era representada com um olhar pensativo (muitas vezes com o dedo na boca ou a mão no queixo). É também musa da geometria, da agricultura e da meditação.












Tália, óleo de Jean-Marc Nattier (1739)
Tália
A oitava a nascer, é a musa da poesia idílica e da comédia, "a que floresce e celebra" é representada com uma máscara de comédia, uma coroa de azevinho (ou hera) e um cajado de pastor. Podia aparecer também com um clarim como um instrumento de sustentação da voz dos atores. Era a oposta de Melpômene, e pode ter sido mãe dos dançarinos coribantes.

Uma das três Graças também se chama Tália. Não se sabe se são dois personagens diferentes ou a mesma, uma vez que os dois grupos femininos moravam no mesmo local.


Terpsícore, óleo de Jean-Marc Nattier (1739)
Terpsícore (ou Terpsícora)
A "radiante agitadora" é a musa da dança e da música coral, sendo representada com uma lira e uma palheta nas mãos. O interessante é que aparecia sempre sentada como se comandasse a dança, e raramente era representada realmente dançando. Alguns dizem que ela é a mãe das sereias junto ao rio Aquelau.





Urânia, óleo de Eustache Le Suer
(1647)
Urânia
A "celestial" é a mais velha das musas. Recebeu seu nome por ser a primeira neta de Urano. Poderosa como seu pai e bela como sua mãe, é a musa da astrologia, da astronomia e da filosofia, representada com um compasso e um globo celestial. É também associada ao Amor Universal e ao Espírito Santo. Vestida com um manto estelar, era capaz de prever o futuro pela posição das estrelas. Foi a primeira a cavalgar Pégaso (que criou uma fonte de inspiração ao bater com seus cascos no Monte Hélicon) e a responsável por salvar o cavalo alado da fúria de Zeus.






Afirmavam os poetas que tudo que diziam era apenas repetição do que as musas lhes haviam sussurrado e davam a elas todo o crédito. Eles invocavam sua musa e esperavam que ela viessem atendê-los na sua inspiração, muitas vezes, na forma de pássaros. Diz-se que Hesíodo pastoreava seus rebanhos no Hélicon quando as musas se dirigiram a ele e lhe disseram que sabiam tanto mentir quanto revelar a verdade. Deram-lhe um ramo de loureiro e iniciaram-no como poeta. Alguns eram abençoados no berço, quando elas colocavam uma doce gota de orvalho nos lábios do bebê.

Urânia e Calíope, óleo de Simon Vouet (1634, National Gallery of Art, Washington)

Porém, nem só histórias boas rondam as musas. Elas sabiam ser bem vingativas quando atacadas. Uma história conta que o arrogante poeta Tamires zombou das capacidades das musas creditando seu talento a si mesmo: acabou cego e sem memória. Já o Rei Pierus disse que suas nove filhas rivalizavam em beleza e talento com as musas: forma transformadas em almas-de-gato (um tipo de ave que produz um som de gemido).

As musas apolônidas seriam três filhas de Apolo chamadas Kefiso, Apolonis e Borístenes, mas eram adoradas na região de Delfos como as três cordas da lira do deus, Nete, Mese e Hypate.

Uma genealogia diz que as musas eram as cinco filhas de Zeus e Plusia: Meletea, Mnemea, Aoidea, Telxínoe (a que toca) e Arche (a que glorifica). Uma genealogia menos comum coloca as musas como filhas de Harmonia e netas de Ares e Afrodite (embora outros mitos digam que as musas dançaram no casamento de Harmonia e Cadmo). Já Cícero contava sete musas, filhas de Piero e da ninfa Antíope: Neilo, Tritone, Asopo, Heptapora, Aquelóis, Tipoplo e Ródia.

Na mitologia romana, terminaram sendo identificadas com as Camenas, simples ninfas inspiradoras das fontes, perdendo sua importância. Na mitologia escandinava, aproximam-se das völvas e, na mitologia hindu, das apsaras.

Foi sugerido por escritores tardios que os gregos inventaram as musas a partir de uma lenda egípcia que dizia que Osíris viajava com nove talentosas donzelas por conta de seu gosto pela música e pela dança. Posteriormente, essas donzelas se transformaram em deusas. Essa alegação é apoiada pelo fato de Osíris receber o epíteto de Hegetes, líder das donzelas, palavra que teria dado origem a Musegetes, epíteto de Apolo como líder das musas.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Novas lupas religiosas

Normalmente, as lupas de mitologia (que vocês podem ver aí do lado) estão sempre se referindo a uma cultura ou território. Porém, como mitologia e religião são praticamente indissociáveis e, nos últimos tempos, tenho colocado algumas postagens mais ligadas a religiões, resolvi criar duas novas lupas: para a Mitologia Cristã e para a Mitologia Judaica e, assim, ficar mais fácil de encontrar as postagens para esses temas.

Com o tempo - quem sabe - podem surgir outras lupas desse tipo, como Budismo ou Islamismo, entre outras. Nos casos do Xintoísmo e do Hinduísmo, creio que as lupas de Mitologia Japonesa e Mitologia Hindu podem servir de base. Divirtam-se!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Signos geométricos

Ontem, signos selvagens. Hoje, geométricos.

Áries
Touro
Gêmeos
Câncer
Leão
Virgem
Libra
Escorpião
Sagitário
Capricórnio
Aquário
Peixes

Essas imagens são obras da artista plástica brasileira Odilla Mestriner (1928-2009), da série Signos (1975), retiradas do site do Instituto Odilla Mestriner. Vale a pena conhecer mais sobre ela.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Signos selvagens

O americano Damon Hellandbrand (ou Orion35) fez uma releitura selvagem dos signos do zodíaco.


Tá mais pra assustador...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Quem é esse homem?

Conhece? Clique aqui é veja o que a perícia descobriu.

Bastardo. Analfabeto. Exorcista. Mágico. Milagreiro. Insurgente. Rebelde. Bandido. Pecador. Zelota. Revolucionário. Messias. Nazareno. Jesus, o Cristo.

Esses são alguns dos epítetos que o personagem mais famoso da história da humanidade recebe no livro Zelota - A vida e a época de Jesus de Nazaré (Ed. Zahar, 2013), do phD em temas religiosos - e iraniano - Reza Aslan. Esteja ciente que, ao pegar esse livro para ler, você não vai reconhecer o Jesus Cristo, aquele pregador pacífico que todos reverenciam. Não. Você vai conhecer o Jesus homem, o Jesus histórico, posivelmente o verdadeiro Jesus que passou pela Terra. Digo provavelmente porque o autor deixa bem claro que pouco se sabe realmente sobre esse Jesus, uma vez que tudo que foi escrito sobre ele é de autoria política e bem depois de sua morte. É preciso esmiuçar o contexto real e histórico para entender quem pode ter sido esse homem que para muitos é o Filho de Deus.

A cultura judaica é o centro da história. Descobre-se o (talvez) primeiro holocausto que esse povo passou, mas também ficamos certos de que o grande problema das religiões é que ela serve e dá poder ao homem. Em busca do poder, seja ele financeiro ou político (e aqui também entenda religião como política), massacres e injustiças foram cometidos... assim como nos dias de hoje.

É interessante perceber que em nenhum momento se reduz a importância de Jesus. Pelo contrário, ele ganha novas tonalidades e se aproxima ainda mais de nós. Fica mais parecido com o homem da foto que encabeça esta postagem do que com o branco, de cabelos loiros compridos e olhos azuis que Roma nos apresentou. Com isso, a Bíblia enquanto livro religioso recebe uma comprovação de artifício político com inúmeros absurdos históricos e paradoxos entre seus próprios autores! A história da criação do Cristianismo - e da Igreja em si - tem revelada suas incongruências.

Vale dizer que Jesus não é o único personagem visitado: Maria, de virgem, passa por questionamentos de fidelidade; João Batista, de primo batizador, passa a grande mentor; o apóstolo Tiago, de Menor e quase sumido nas escrituras, passa a irmão de Jesus e o verdadeiro líder dos seguidores de Jesus após sua morte; Paulo, de perseguidor convertido e pai do Cristianismo, passa a um dissidente dos ensinamentos e quase um mentiroso birrento. Até mesmo a cruz recebe nova e mais factível interpretação.

Porém, essa é a minha interpretação. Leia por sua conta e reveja sua fé, porque - acredite - não tem como não questionar a Bíblia e tudo que lhe foi ensinado, mesmo que você seja o mais crente possível.



Dito isso, não sei se vocês perceberam que eu ressaltei o fato do autor ser iraniano. Fiz isso pelo motivo mais claro e atual: questionar nacionalidades, religiões e fundamentalismos. Mesmo sendo um best-seller, ele foi duramente criticado somente pelo fato de ter nascido no país considerado mais fundamentalista islâmico que existe. Como alguém como ele (um muçulmano) poderia escrever sobre a figura mais importante do Cristianismo? É claro que seu objetivo seria acabar com Jesus e com as bases da religião judaico-cristã! Certo? Errado.

Veja a entrevista a seguir (está em inglês mas tem legendas nas configurações) que foi considerado "uma das piores entrevistas da história", onde Reza Aslan precisa explicar várias vezes seu gigantesco currículo acadêmico enquanto a âncora da Fox News só quer chamá-lo de muçulmano, num caso explícito de islamofobia.


Também veja o vídeo a seguir para você entender o problema da islamofobia que acaba se transformando numa questão de Crença vs. Realidade, do que alguns aceitam como realidade vs. do que os fatos reais apresentam, que é exatamente o ponto do livro.


É isso. Reveja sua fé e os seus pré-conceitos (escrito assim mesmo).



Sobre o livro em si, achei um pouco confusa a ordem não-cronológica que o autor faz. Ele até segue um raciocínio direcionado, mas faz inúmeros vai-e-vens temporais que por muitas vezes perde o contexto. No fim, as notas dos capítulos inserem mais informação sobre as pesquisas e referências nas quais o livro foi baseado. Leia-as também - de preferência após cada capítulo correspondente para não ficar ainda mais perdido. Mesmo com isso tudo, as ideias e objetivos do autor ficam claros.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Horas iguais

Você já passou pela experiência de olhar por acaso para um relógio digital e perceber que os algarismos formam coincidências numéricas, tipo 11h11, 13h13, 02h02, 12h21, etc.? Algumas pessoas costumam achar isso intrigante e questionam se estas combinações numéricas apresentam algum significado. Há quem interprete como um sinal de que existe alguém pensando em você naquele momento específico, enquanto outros creem que é uma espécie de oportunidade que a vida oferece de você fazer pedidos para o universo. Mas será que existe algum fundo de verdade neste tipo de pensamento?

Algumas pessoas dizem que uma moça francesa afirmou ter planejado e organizado seu futuro através das horas e minutos iguais ou invertidos. Ela teria conseguido realizar muitos dos desejos, por exemplo, casar-se com o homem que ela mais amava. E seguia da seguinte forma:
01:01 - Alguém te ama
02:02 - Em breve terá um encontro.
03:03 - Contigo ele/a é mais feliz.
04:04 - Alguém distante pensa em você.
05:05 - Receberás um convite.
06:06 - Fará de tudo pelo seu amor.
07:07 - Alguém gosta de ti.
08:08 - Hoje ele/a pensou em você.
09:09 - Presentes do seu amor.
10:10 - Alguém irá se declarar para você.
11:11 - Você receberá um recado.
12:12 - Novidades te alegrarão.
13:13 - Você terá um lindo namorado.
14:14 - É hora de investir naquele alguém especial.
15:15 - Alguém chora por você.
16:16 - Alguém quer loucamente um beijo seu, em segredo.
17:17 - Não pensa em você desse jeito.
18:18 - Alguém sente saudades de ti, pois te ama.
19:19 - Você terá quem deseja.
20:20 - Terá união no amor.
21:21 - Você vai perceber que outro pode ser aquele alguém.
22:22 - Estão te xingando.
23:23 - Zombam de ti, mas nunca serás traída.
Com as horas invertidas (sequência de dígitos em que os números quando lidos em um sentido ou em sentido contrário são sempre os mesmos, por exemplo, 23:32, 01:10, 04:40, etc) funcionava da seguinte forma:
01:10 - Alguém está te querendo.
02:20 - Notícias boas estão a caminho.
03:30 - Alguém te deseja.
04:40 - Traíste alguém.
05:50 - Receberás uma surpresa.
10:01 - Teu amor está com outro(a).
12:21 - Falam mal de ti.
13:31 - Algo não irá te agradar.
14:41 - Perdeste algo.
15:51 - Alguém está te paquerando.
20:02 - Sentem saudade.
21:12 - Desejam o teu bem.
23:32 - Alguém está te zombando.
Mas ficam as perguntas: isso vale se a pessoa ficar esperando o hora chegar no relógio? Vale se o relógio não estiver no padrão AM/PM?

Já os numerólogos possuem várias teorias. Por exemplo: se alguém é "perseguido" pela coincidência de ver o relógio no marcador 13h13, os números 1 e 3 se repetem. Se for pelo 11h11, o número 1 está em evidência. E essas simbologias numerológicas nos oferecem pistas importantes sobre quais são os significados desta intrigante experiência. Outro modo de interpretar é avaliar o número final que obtemos pela soma dos algarismos da hora igual. No caso de 13h13, por exemplo, somamos 1+3+1+3 = 8. Então, os números 1, 3 e 8 são os veículos de nosso inconsciente para nos entregar um recado. Se a soma dos algarismos der um resultado igual ou superior a 10, precisamos somar novamente esses dois números, a fim de obter o resultado reduzido da soma.

Seguem abaixo algumas perguntas que você poderá fazer a si mesmo ao refletir sobre alguma sequência numérica:

NÚMERO 0: É indicador de um amplo potencial. É a semente a ser fecundada, o estado em que a pessoa se prepara para ter uma ideia criativa, tomar uma decisão importante, iniciar um projeto, enfim, começar uma nova etapa em sua vida. Só acontece às 00h00 (perfeito para reveillons).
  • O que estou gestando?
  • Tenho consciência de meu potencial, dos dons e talentos que possuo?
  • Estou me preparando adequadamente com os pensamentos corretos para adotar uma postura mais confiante que me permitirá iniciar um novo ciclo em minha vida?
  • Tenho refletido sobre aquilo que quero começar e as decisões que preciso tomar para iniciar uma nova fase?

NÚMERO 1:
  • Será que estou precisando de mais coragem para tomar uma decisão importante nesta fase em que vivo?
  • Como posso iniciar um novo projeto ou dar uma guinada em minha vida?
  • O que preciso fazer para ter mais independência, autonomia e criatividade?
  • A existência está me pedindo mais autoconfiança para bancar as minhas ideias ou exercer liderança?
  • Será que preciso melhorar minha relação com meu pai ou algum outro homem?

NÚMERO 2:
  • Quais conflitos tenho evitado para não enfrentar o incômodo da discordância e da desarmonia em meus relacionamentos?
  • Tenho valorizado meus sentimentos e expressado minhas emoções?
  • Não estou defendo meus direitos e pontos de vista porque tenho medo das pessoas não me amarem ou não gostarem mais de mim?
  • Será que preciso melhorar meu relacionamento com minha mãe ou outra mulher?

NÚMERO 3:
  • Como tenho me comunicado?
  • Tenho me permitido viver momentos de lazer?
  • Não estou me divertindo?
  • O que faço para ter mais prazer na minha vida?
  • Será que preciso melhorar meu relacionamento com algum irmão, vizinho ou colega de estudo?

NÚMERO 4:
  • Estou me organizando para administrar melhor o meu tempo?
  • Consigo me planejar para realizar uma meta?
  • Sou persistente e prático nesse processo?
  • De que forma tenho cuidado do meu corpo e da minha saúde?
  • Será que preciso melhorar meu desempenho profissional e assumir mais responsabilidades familiares?
  • Como tem sido meu desempenho em algum trabalho em equipe?

NÚMERO 5:
  • Estou me abrindo para novas oportunidades?
  • Como tenho lidado com o sexo e o prazer?
  • Tenho exagerado ou preciso viver novas experiências nesse sentido?
  • Quero viajar, fazer um novo curso ou simplesmente implementar novidades em minha rotina?
  • Será que preciso melhorar minha maneira de estudar, me concentrar e aprender?
  • Estou me dispersando ou sabendo escolher prioridades nesta fase de minha vida?

NÚMERO 6:
  • Sinto-me muito carente de afeto e de amor da família?
  • Tenho me dedicado aos meus familiares, buscando resolver atritos e conciliar divergências?
  • De que forma tenho expressado meus ideais românticos?
  • Será que preciso melhorar meu relacionamento com algum grupo ou mesmo com meus familiares?
  • Como posso apreciar mais a beleza e desenvolver meu senso estético, artístico ou musical?

NÚMERO 7:
  • Tenho agido de forma muito defensiva, me protegendo de relacionamentos íntimos?
  • Sinto-me solitário ou acabo me abrindo de forma impulsiva em meus relacionamentos?
  • Tenho receio de ser traído ou incompreendido?
  • Como tenho lidado com a possibilidade de ser infiel, traindo a pessoa parceira ou algum amigo?
  • Procuro me especializar e ser uma pessoa com mais conhecimentos?
  • Como tenho me relacionado com algum professor, mestre, guru? Ou nesse papel professoral?
  • Sigo minhas intuições ou duvido muito da minha fé e da religiosidade?

NÚMERO 8:
  • Como tenho buscado me destacar e ser respeitado?
  • Eu estou me impondo de forma tirânica ou acabo me submetendo passivamente à vontade dos outros?
  • De que forma estou lidando com o dinheiro?
  • Estou administrando bem minhas finanças, me endividando ou sendo muito "pão duro"?
  • Será que preciso melhorar minha relação com meu chefe, meu patrão ou outra figura de autoridade?
  • Sinto-me merecedor do sucesso e da abundância material?

NÚMERO 9:
  • Em que preciso colocar um ponto final?
  • Qual pendência é necessária ser finalizada?
  • Quais tarefas necessito concluir?
  • Estou chegando ao fim de um ciclo?
  • E conseguindo me abrir para o nascimento do novo?
  • Será que estou bastante apegado a uma relação, situação ou atividade?
  • Como posso desenvolver o desprendimento?
  • Chegou a hora de doar algumas roupas que não uso mais ou desapegar de alguns objetivos?

E aí? Acreditas?

PS.: Essa é a primeira postagem cruzada dos meus blogs Mito+Graphos e H+Min+Sec, que fala de relógios e o tempo em si. Vá lá! E tive ajuda do site Significados para essa postagem.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Deuses americanos


Deuses Americanos (American Gods) é o quarto romance de Neil Gaiman, publicado em 2001, que mistura várias vertentes da mitologia (com foco maior na mitologia escandinava, mas passando por egípcia, africana e outras). Tudo está centralizado em um misterioso e taciturno protagonista Shadow, que de repente se vê envolvido num embate entre os deuses antigos que migraram para o centro do mundo atual (os EUA, lembrando a premissa de Percy Jackson) e os deuses do capitalismo, como a Mídia e a Tecnologia.

Sei que os fãs de Gaiman são inúmeros, mas achei a narrativa bem arrastada. Os poucos momentos de ação não seguram. Você lê praticamente livo inteiro esperando o grande combate e ele acontece meio longe do leitor. Talvez eu tenha tido essa sensação por não ter lido outros livros dele, pois me parece que existe ligações entre eles. Ou talvez por ter conhecimento mitológico e não ter sido surpreendido pelas variações de nomes e atitudes de personagens - o que me fez ficar mais interessado pelos "vilões" modernos. Então, leia os livros de Gaiman em sequência.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Cinco

2013 não tinha sido bom. E 2014 também não foi (como eu já esperava). Ponto final. Por aqui só consegui fazer 27 postagens em todo o ano, sendo que nem 1/4 foram verbetes mitológicos. Não sei como será o ano do Carneiro, de Marte e de Ogum. Só espero que melhore um pouco para que eu possa aparecer mais por aqui. Penso até em mudar algumas coisas... como fazer verbetes mais curtos e ir atualizando com o tempo... mas ainda não sei. Enquanto isso, a página no Facebook está ativa, compartilhando algumas coisas interessantes tanto do blog quanto de outros. Que os deuses estejam conosco!